Olhar as séries do midseason americano (nosso calendário de séries é, normalmente, atrasado em relação a maioria das séries em exibição nos EUA) dificilmente empolga algum seriemaníaco. Em função das próprias emissoras (da tevê aberta) não investirem muito neste formato durante o verão (deles), o formato que mais surge em cena nos canais, em sua maioria em tempos de reprise, são os realitys shows e algumas produções menores e arriscadas, logo, se não conseguirem audiência pouco ou nada (de dinheiro e investimento) se perde.
Nesta última temporada foram poucas as séries inéditas que os canais americanos (aberto e tevê a cabo) arriscaram em exibir, entre elas, Fear It Felf (coletânea de contos de terror/suspense de diversos diretores envolvidos com o gênero, não teve repercussão de audiência), Swingtown (retrata a vida de moradores do subúrbio de Chicago da década de 70, que gostam de troca de casais, de casamentos abertos e festas do cabide, mas que logo perceberão que esse estilo de vida alternativa vem com algumas complicações – série exibida no canal errado, deveria estar na tevê a cabo onde há mais liberdade de conteúdo, não teve uma audiência muito expressiva) e In Plan Sight (da tevê a cabo, acabou de ser renovada para uma segunda temporada no ano que vem, apresenta as aventuras de uma agente especial que trabalha para o Departamento de Proteção à Testemunhas. Ela precisa evitar que a testemunha seja morta até receber sua nova identidade e se estabeleça em sua nova vida) para citar algumas mais conhecidas do público de downloads, já que por aqui nunca saberemos quando estas serão exibidas.
No entanto, em meio a mesmice e a equívocos, uma série co-produzida pela CBS e o canal canadense CTV surgiu com uma proposta um pouco diferente do habitual cenário de dramas policiais, seu nome é Flashpoint. A série centrada no dia-a-dia da Unidade de Reações Estratégicas, esquadrão de elite em Toronto de policiais treinados para lidar com missões de grande risco (uma espécie de Tropa de Elite canadense), como desarmar bombas, resgatar reféns, evitar suicídio de adolescente e enfrentar organizações criminosas.
O grande diferencial da série é a aposta em tramas e dilemas bastante reais e humanos; a série sempre inicia num momento de grande tensão para em seguida retornar no tempo e relatar como a trama e os personagens chegaram naquele ponto nervoso. Fugindo um pouco da exagerada adrenalina do “drop the gun” de Jack Bauer e da teia de pistas das séries policiais de procedimento, Flashpoint ganha pontos quando cria um cenário onde tudo pode acontecer, nem sempre com final feliz, tanto para as vítimas quanto para os “possíveis” criminosos o roteiro investe na natureza humana de maneira coerente. A fotografia, edição, montagem e trilha sonora são dignos das melhores séries no ar atualmente, fica aí a dica, principalmente se a série chegar por estas bandas.
A série é estrelada pelos atores Enrico Colantoni (o xerife Keith Mars, da inesquecível Veronica Mars) e Amy Jo Johnson (a melhor amiga de Felicity) entre os rostos conhecidos. Conseguindo uma audicência respeitosa, entre 6/7 milhões de espectadores por semana, não duvido de uma possível renovação da série e, até quem sabe, uma chance numa temporada regular.
Para quem não aguenta mais a falta de episódios inéditos e quer descobrir o que ocorreu com seus personagens preferidos após o término de sua série no semestre passado, apanhe sua agenda/celular/palm e anote quando sua série favorita ou mesmo seu guilty pleasure vai estrear nos lares americanos (e computadores do mundo todo!).
Grade Fall Season
1 de Setembro – Segunda-Feira
Gossip Girl (CW, 2ª Temporada)
Prison Break (Fox, 4ª Temporada – Episódio Duplo) – enquanto na Fox mal terá estreado a 3ª temporada;
Raising the Bar (TNT, Nova)
One Tree Hill (CW, 6ª Temporada)
2 de Setembro – Terça-Feira
The Shield (FX, 7ª e última Temporada)
90210/Barrados no Baile (CW, Nova) – não, não é o Vale a Pena ver de Novo;
Privileged (CW, Nova)
3 de Setembro – Quarta-Feira
Bones (Fox, 4ª Temporada)
5 de Setembro – Sexta- Feira
Samurai Girl (ABC Family, Nova)
7 de Setembro – Domingo
True Blood (HBO, Nova)
Entourage (HBO, 5ª Temporada)
Californication (Showtime, 2ª Temporada) – NÃO CONFIRMADO
8 de Setembro – Segunda-Feira
The Sarah Connor Chronicles (Fox, 2ª Temporada)
9 de Setembro – Terça-Feira
Fringe (Fox, Nova – Episódio de 2 Horas) – série mais hypada entre as novatas; também, nas mãos de J. J. Abrams tudo pode acontecer… será que houve mudanças para o piloto pre-air vazado na internet meses atrás?;
10 de Setembro – Quarta-Feira
‘Til Death (Fox, 3ª Temporada)
Do Not Disturb (Fox, Nova)
16 de Setembro – Terça-Feira
House (Fox, 5ª Temporada) – contando os dias para saber o que acontecerá entre House e Wilson;
18 de Setembro – Quinta-Feira
Survivor: Gabão (CBS, 17ª Temporada) – sim, ainda existe o reality No Limite, e fazendo sucesso;
Smallville (CW, 8ª Temporada)
Supernatural (CW, 4ª Temporada)
It’s Always Sunny in Philadelphia (FX, 4ª Temporada)
22 de Setembro – Segunda-Feira
The Big Bang Theory (CBS, 2ª Temporada)
CSI: Miami (CBS, 7ª Temporada) – série mais cafona ever
How I Met Your Mother (CBS, 4ª Temporada) – comédia mais cool da atualidade
Two and a Half Men (CBS, 6ª Temporada)
Worst Week (CBS, Nova)
Boston Legal (ABC, 5ª Temporada)
Heroes (NBC, 3ª Temporada) – será que a greve dos roteiristas do ano passado fez bem para Heroes, que teve um segundo ano vexaminoso? Os trailers estão prometendo uma invasão de Vilões;
23 de Setembro – Terça-Feira
Law and Order: SVU (NBC, 10ª Temporada)
NCIS (CBS, 6ª Temporada)
The Mentalist (CBS, Nova Série)
Without a Trace (CBS, 7ª Temporada)
24 de Setembro – Quarta-Feira
Knight Rider/Supermáquina (NBC, Nova)
Lipstick Jungle (NBC, 2ª Temporada)
Criminal Minds (CBS, 4ª Temporada)
CSI: NY (CBS, 5ª Temporada)
Project Gary (CBS, Nova Série)
The New Adventures of Old Christine (CBS, 4ª Temporada) – minha sitcom tradicional predileta, Julia Louis-Dreyfus me faz rolar de tanto rir, ganha uma temporada completa (antes era sempre lançada no midseason) depois de uma inspirada 3ª temporada;
25 de Setembro – Quinta-Feira
My name is Earl (NBC, 4ª Temporada)
The Office (NBC, 5ª Temporada)
ER (NBC, 15ª e Última Temporada)
Grey´s Anatomy (ABC, 5ª Temporada)
Ugly Betty (ABC, 3ª Temporada)
28 de Setembro – Domingo
Dexter (Showtime, 3ª Temporada) – outra série que conto os dias para seu retorno, qual será o desafio de Dexter nesta temporada?;
Simpsons (Fox, 20ª Temporada)
King of the Hill (Fox, 13ª e Última Temporada)
Family Guy (Fox, 7ª Temporada)
American Dad (Fox, 4ª e Última Temporada)
Desperate Housewives (ABC, 5ª Temporada)
Brothers & Sisters (ABC, 3ª Temporada)
Cold Case (CBS, 6ª Temporada)
The Unit (CBS, 4ª Temporada)
Little Britain (HBO, Nova)
29 de Setembro – Segunda-Feira
Chuck (NBC, 2ª Temporada)
My own Worst Enemy (NBC, Nova)
1 de Outubro – Quarta-Feira
Pushing Daisies (ABC, 2ª Temporada) – melhor estréia da temporada passada, espero que possa de desenvolver melhor neste ano;
Private Practice (ABC, 2ª Temporada)
Dirty Sexy Money (ABC, 2ª Temporada)
South Park (Comedy Central, continuação 12º Temporada) – NÃO CONFIRMADO
3 de Outubro – Sexta-Feira
Ghost Whisperer (CBS, 4ª Temporada)
Numb3rs (CBS, 5ª Temporada)
The Ex List (CBS, Nova Série)
Life (NBC, 2ª Temporada) – curiosamente, estreou ontem (11/08) na tevê Record, antes mesmo de estrear na tevê a cabo, no caso, no canal AXN, mais precisamente em setembro;
Everyboy Hates Chris (CW, 4ª Temporada)
Com o passar das semanas, vou comentanto com vocês o que de melhor ocorreu neste início de temporada e quem vai ficar com o corda do cancelamento no pescoço.
Se você não encontrou sua série preferida neste calendário acima, há duas opções: sua série deve estreiar em meados de Outubro ou somente em 2009 (junto a Lost e 24 Horas) ou você nem notou e ela foi cancelada ao término da temporada passada. Pra ninguém comentar que não sou “faixa”, abaixo estão as séries que você não poderá mais acompanhar à partir de setembro/08.
SÉRIES CANCELADAS NA FALL SEASON 07/08:
– The Kill Point
– The 4400
– Painkiller Jane
– The Dead Zone
– The Company
– I Hate My 30’s
– Journey Man
– Big Shots
– Life Is Wild
– Tin Man
– Bionic Woman
– Cavemen
– Carpoolers
– Heartland
– Las Vegas
– South Of Nowhere
– Jericho
– Welcome to the Captain
– The return of Jezebel James
– Aliens in America
– K-Ville
– Unhitched
– La Familia RBD
– Miss/Guided
– Canterbury’s Law
– Women’s Murder Club
– Men in Trees
– Cane
– New Amsterdan
– Back to you
– October Road
– Notes from the Underbelly
– Moolight
– Shark
– Comanche Moon
– Cashmere Mafia
– Masters of Horror
– Dirt
– Flashgordon
– Tell me you love me
– Masters of Sci-Fi
– Extras
– Jekyll
– Newport Harbor
É isso aí motherfuckers, semana de troca de colunas no AOE. Como o Théo é FDP, ele me passou logo a coluna com que eu tenho MENOS intimidade de todas: a coluna de séries do Sr. Paulo. E eu tenho que escrever essa merda bem na segunda-feira da ressaca pós-Aniversário-AOE-Bomba. Se foder.
Mas ok, felizmente eu tenho uma série que já foi abordada várias vezes aqui e sobre a qual tenho algumas considerações a fazer:
HOUSE M.D.
Quase tão bom quanto sake gelado com sal
House é certamente a melhor série disponível atualmente. Eu sei que essa parece uma afirmação polêmica pra vocês, mas isso é só porque vocês têm mau gosto pra tudo:
“Mimimi, mas Lost é melhor do que sake gelado com sal.”
Tá vai, Lost é genial: consegue ser interessante temporada após temporada, e estabeleceu uma nova forma de narrativa pra um seriado. Mas nemfudeno que é melhor que sake gelado com sal. E ainda por cima, vocês têm que concordar comigo que não existe forma coerente de eles terminarem Lost algum dia, depois de tantos ganchos e pontas soltas que ficaram depois das quatro temporadas. Lost virou uma questão de fé: você ignora as incoerências do roteiro e vai tentando se divertir na medida do possível.
Isso já é uma grande diferença em House, onde as temporadas são extremamente bem-amarradas e crescem em nível de complexidade e coerência. Você não vai perdendo a fé em House a cada episódio, você só consegue admirar a fineza e elegância da narrativa, que conseguem até mesmo colocar a Dra. Cuddy fazendo um strip-tease sem que isso fique vulgar ou injustificável. Aliás, fazerem um episódio inteiro na mente do House foi umas das melhores viagens que eu já assisti, comparável ali talvez apenas à “Quero Ser John Malkovich”. Nah, foi MELHOR do que “Quero Ser John Malkovich”. Pena que não botaram a Dra. Cameron na orgia.
Na real, eu preferia ter visto ela de calcinha
Outra coisa absolutamente espetacular em House, e que torna a série bastante superior a qualquer outra em exibição é que cada episódio possui dois níveis distintos de compreensão. Os roteiristas têm a manha de conseguir fazer com que cada episódio realmente seja uma unidade autônoma, contendo alto nível de diversão independentemente de você acompanhar ou não todos os episódios. Por motivos fora do meu controle, perdi a terceira temporada inteira da série, a acabei assistindo só depois de terminar a quarta temporada, que eu consegui acompanhar na boa, sem aquele stress de não saber o que tinha acontecido anteriormente.
Porém, para quem realmente acompanha episódio-a-episódio, aí está o filet mignon de House: poder descobrir aos poucos as sutiliezas dos relacionamentos entre os personagens, como a questão sexual pendente entre House e Cameron (desde a primeira temporada), ou ver como o Dr. Foreman acabou se tornando um House em miniatura e agora está inapelavelmente ligado ao House que tanto odeia. Eu quase perdi a fé quando a equipe original (Cameron, Foreman e Chase) foi dissolvida, mas isso acabou se mostrando uma tacada genial, já que a competição entre os novos pretendentes ao cargo desembocou na melhor temporada de todas. Mais de UMA DEZENA de novos personagens entraram, cada um com uma profundidade e dimensão que são quase impossíveis em episódios semanais de uma hora. E ainda conseguiram uma nova gostosa pra competir com a Cameron
Os caras tão apelando
E, finalmente, o mais embasbacante mesmo é acompanhar os roteiros dos episódios. Se você notar bem, todo episódio é absolutamente igual: um personagem quase vai pra fita com sintomas esquisitos e o House e equipe assumem pra descobrir o que tá rolando. Mas dentro dessa premissa clichê, surgem os episódios mais absurdamente bem-bolados em qualquer série médica. House tornou séries como E.R. absolutamente irrelevantes. Trazer a cada semana uma doença como personagem principal é um desafio grande demais pra qualquer outra série conseguir imitar.
Não sei se já deu pra perceber que eu pago pau pra House.
Independente da minha opinião, é um fato que a série revolucionou a maneira de fazer dramas médicos, e ao incorporar como personagem principal um comediante de mão cheia como Hugh Laurie. O cara vai morrer como Dr. House, lógico, mas quem é um pouco mais velho como eu, certeza que lembra de outra época espetacular de Dr. House:
Esses dois combinavam mais do que sake gelado e sal
A Bit of Fry and Laurie era o fino do humor britânico. E vocês podem ter certeza de que toda a acidez, ironia, sarcasmo e o timing perfeitos do Dr. House de hoje se devem aos anos que ele passou com o Sr. Stephen Fry ali em cima.
Semana de Troca de Coluna no AOE, por isto nesta semana assumo a coluna Analfabetismo Funcional e New Emo. Como meus poucos conhecimentos se restringem ao meu obsessivo hobby, séries e filmes, vou linká-los com os temas da coluna.
Nos anos 90, o grande fenômeno televisivo, parecido com a repercussão de Lost, atendia pelo nome de Arquivo X. No entanto, recém chegava ao Brasil a tevê a cabo, não existia internet e muito menos banda larga. A repercussão de Arquivo X demorou mais ou menos até a 3ª temporada, depois disso explodiu em quase todo mundo. Com isto, fãs, inclusive este que vos escreve, iam atrás de qualquer informação que saciasse a curiosidade frente a temas, mistérios e personagens que iam surgindo nesta fantástica série de Chris Carter.
Em pouco tempo, surgiram os famosos livros Bastidores que na verdade eram um grande guia de episódios de cada temporada (o primeiro contou com o guia da primeira e da segunda temporada juntos, depois cada volume representava uma temporada), junto a entrevistas com os envolvidos na série, detalhes de cada episódios e diversas curiosidades, um verdadeiro deleite para os eXercers. Em seguida, as espertas editoras começaram a lançar outros materias com a grife da série, como novelizações de episódios, tramas independentes da série (claro que envolvendo os personagens) ou mesmo livros que tentavam explicar os mistérios envolvendo os fenômenos sobrenaturais da série (mais ou menos o que ocorre até hoje em livros baseados em séries famosas).
Alguns anos depois, outra série que possuía uma legião de fãs também recebeu livros envolvendo guias de episódios e novelizações com os personagens, Buffy – A Caça-Vampiros. Até mesmo a série mais assitida da tevê americana embarcou nesta categoria, CSI, foram lançados no Brasil algumas novelizações de tramas inéditas de série envolvendo investigações criminais; literalmente, literatura policial com todos os personagens da série. São eles: C.S.I Investigação na Cena do Crime: Morte no Gelo (único que tive oportunidade de ler, muito bacana, a série funciona também como leitura), CSI Jogo Duplo e CSI A Cidade do Pecado.
Uma recente novidade que chegou às livrarias foi A Ciência Médica de House, sendo House uma das séries americanas mais assistidas e elogiadas atualmente no Brasil, mas que sempre deixou as pessoas com dúvida quanto a veracidade dos casos médicos que House diagnostica. Andrew Holtz, ex-repórter de saúde da CNN, pesquisou as doenças incomuns e os tratamentos pouco ortodoxos com que o médico e sua equipe se deparam no programa. Será mesmo que existe malária no cérebro? O fumo poderia realmente auxiliar na cura de uma inflamação intestinal? Os fãs de House e curiosos poderão, finalmente, desvendar os misteriosos casos da série.
No entanto, atualmente, quem tem incentivado seu espectador a aprofundar seu contato com o universo televisivo é, obviamente, Lost, série mais idolatrada do momento. Você pode expandir seus conhecimentos sobre a famosa ilha e seus habitantes em livros que discutem as teorias mostradas nos episódios, principalmente da mitologia da série ou mesmo em livros que teriam sido escritos por passageiros do vôo 815 da Oceanic. São eles: Lost: Identidade Trocada, Lost: Risco de Extinção e Lost: Sinais de Vida e outros diversos livros tentando entender e jogar alguma luz sobre os diversos mistérios da trama.
Além disso, a cada episódio exibido na série, quando surge um personagem lendo ou comentando sobre algum livro, os fãs correm atrás do mesmo para ver se não há possibilidade de haver alguma resposta aos mistérios da trama no livro citado. Parece loucura, mas isto é coisa de fã.
Continuando a busca pelos episódios “pre air” de séries que irão estrear na temporada 2008/2009 á partir de setembro, hoje comento uma nova série do canal CBS, The Mentalist, um misto de Psych com Criminal Minds. Faço esta comparação pela estrutura inicial do piloto, criado por Bruno Heller (que possui crédito, pois foi um dos idealizadores de Roma, do canal HBO). Seu personagem principal é Patrick Jane, um investigador que usa seus poderes de percepção extra-sensorial para resolver crimes, no entanto, em seu passado era conhecido como um vidente (aqueles que se comunicam com os mortos) que fazia apresentações em programas televisivos. A série policial parece ser uma aposta da emissora pois será exibida ás terças-feiras entre duas séries campeãs de audiência, NCIS e Without a Trace, a.k.a. Desaparecidos (segundo o SBT).
Assim resumindo, The Mentalist, é MAIS UMA série de procedimentos envolvendo investigação de crimes, como a maioria das séries da emissora (transmissora da franquia C.S.I., Criminal Minds, entre outras). No entanto, como diferencial possui um personagem – protagonista – envolvido em algo maior por motivos particulares (já revelado no episódio piloto), além de utilizar seu senso de observação para as investigações de seu grupo, ainda não nítido de qual departamento fazem parte.
O episódio piloto é bem interessante, principalmente se considerarmos sua introdução bastante surpreendente (até mesmo por notarmos que Patrick não tem formação policial). No mais, o caso investigado é introdutório do que deve ser o principal arco da série (se a mesma durar): a caça ao serial killer “Red John”. A destacar as participações do recém indicado ao Emmy, Zeljko Ivanek, o advogado Ray Fiske da série Damages e Steven Culp, com passagens recentes em Desperate Housewives (como falecido marido de Bree), NCIS, Criminal Minds e Saving Grace.
Sobre o elenco de The Mentalist, me empolgo em afirmar que gostei do trabalho de Simon Baker como Patrick Jane, uma boa oportunidade para o ator – eterno coadjuvante – mostrar sua competência. Para quem não lembra Baker tem passagem por filmes como O Diabo Veste Prada e O Chamado 2, além da falecida série Smith. No mais, lamento a participação de Robin Tunney como co-protagonista, mas é mais um antipatia particular minha pela atriz que recentemente era a advogada apaixonada por Lincoln Burrows em Prison Break na já longíqua 1ª temporada da série. Dos demais, pouco foi mostrado e trabalhado, inclusive este pode ser apontado como um dos problemas deste piloto, o pouco aproveitamente e utilidade destes personagens coadjuvantes.
Na quinta passada (17/07), a Academia de Artes e Ciências da Televisão anunciou seus indicados ao prêmio Emmy (ou como preferem alguns jornalistas brasileiros, o Oscar da tevê americana) para a temporada 2007/2008. Em meio a uma temporada muito turbulenta para a tevê aberta devido principalmente a greve dos roteiristas, as séries da tevê a cabo americana continuam sendo as grandes favoritas.
De bate pronto somente alguns comentários sobre os indicados a melhores séries, assim que a data de revelação dos premiados se aproximar (21 de setembro) prometo revelar minhas apostas. P.S.: existem dezenas de categorias no Emmy por isto dei prioridade as referentes as séries, assunto específico da coluna.
MELHOR SÉRIE DRAMÍTICA
Boston Legal
Damages
Dexter
House
Lost
Mad Men
>>> Sinceramente voto em Damages ou Dexter (intimamente House ou Lost). Não me venham com Boston Legal – a.k.a. Justiça Sem Limites, ok? Mesmo com ótimo texto e elenco ainda considero a série uma comédia com toques de drama, assim como Desperate Housewives. Sobra Mad Men que tem pinta de ganhadora da categoria mas que, sinceramente, não me empolgou nos dois primeiros episódios que eu pude assitir, mesmo sendo uma série de inúmeras qualidades.
MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Curb Your Enthusiasm (Segura a Onda)
Entourage
The Office
30 Rock
Two and a Half Men
>>> Prá ser bem sincero, não acompanho nenhuma destas séries de perto; prá não exagerar estou acompanhando a 4º temporada de Entourage, exibida pelo canal HBO. Portanto, tanto faz pra mim, mas claro que os favoritos são The Office e 30 Rock. Sinto falta de outras séries que acompanhei como Californication, Pushing Daisies, The New Adventures of Old Christine e How I Met Your Mother nesta lista.
MELHOR ATOR DE DRAMA
Gabriel Byrne (In Treatment)
Hugh Laurie (House)
Michael C. Hall (Dexter)
James Spader (Boston Legal)
Brian Cranston (Breaking Bad)
Jon Hamm (Mad Men)
>>> Nem vou me prolongar, o prêmio deve ser de House ou, no máximo, de Dexter, ok?
MELHOR ATOR DE COMÉDIA
Alec Baldwin (30 Rock)
Steve Carrell (The Office)
Lee Pace (Pushing Daisies)
Tony Shalhoub (Monk)
Charlie Sheen (Two and a Half Men)
>>> Aqui nesta categoria acontece a mesma coisa das indicações de séries. Meu favorito, que normalmente acompanho, é Tony Shalhoub, o incrível Monk, mas ele já levou tantos prêmios que acho difícil levar novamente.
MELHOR ATRIZ DE DRAMA
Glenn Close (Damages)
Holly Hunter (Saving Grace)
Sally Field (Brothers & Sisters)
Kyra Sedgwick (The Closer)
Mariska Hargitay (Law & Order: SVU)
>>> Categoria das mais disputadas, somente atrizes de renome e bastante premiadas, fica difícil apostar. Minha favorita é, atualmente, Glenn Close (impecável). Nomes como Hunter e Sedgwick não me surpreenderiam na noite dos prêmios.
MELHOR ATRIZ DE COMÉDIA
Christina Applegate (Samantha Who?)
America Ferrera (Ugly Betty)
Tina Fey (30 Rock)
Julia-Louis Dreyfuss (The New Adventures of Old Christine)
Mary-Louise Parker (Weeds)
>>> Cruzando os dedos para o hilária Julia-Louis Dreyfus!
MELHOR ATOR COADJUVANTE DE DRAMA
William Shatner (Boston Legal)
Ted Danson (Damages)
Zeljko Ivanek (Damages)
Michael Emerson (Lost)
John Slattery (Mad Men)
>>> Nenhum nome é mais forte que o de Benjamin Linus ou, simplesmente, Ben de Lost.
MELHOR ATOR COADJUVANTE DE COMÉDIA
Jeremy Piven (Entourage)
Kevin Dillon (Entourage)
Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother)
Rainn Wilson (The Office)
Jon Cryer (Two And A Half Men)
>>> Meu voto seria para Neil Patrick Harris, o sem noção Barney da HIMYM, pena que quase ninguém acompanha esta divertida comédia perdida no canal Fox Life, se não me engano.
>>> Mesmo sendo uma temporada regular para os internos de Seattle Grace, minha torcida é para Dra. Bailey.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE COMÉDIA
Kristin Chenoweth (Pushing Daisies)
Jean Smart (Samantha Who?)
Amy Poehler (Saturday Night Live)
Holland Taylor (Two And A Half Men)
Vanessa Williams (Ugly Betty)
>>> Tanto faz…
MELHOR ESCALAÇÃO DE ELENCO PARA SÉRIE DRAMÍTICA
Brothers & Sisters
Damages
Friday Night Lights
Mad Men
The Tudors
>>> Mesmo imaginando que o prêmio seja de melhor elenco, ou algo que valha, minha torcida permanece para Damages.
MELHOR ESCALAÇÃO DE ELENCO PARA SÉRIE COMÉDIA
Californication
Curb Your Enthusiasm
Pushing Daisies
30 Rock
Ugly Betty
>>> Aqui faço torcida para o simpático elenco de Pushing Daisies ou Californication.
MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE DRAMÍTICA
Boston Legal (episódio The Mighty Rogues, dirigido por Arlene Sanford)
Breaking Bad (episódio piloto, dirigido por Vince Gilligan)
Damages (episódio piloto, dirigido por Allen Coulter)
House (episódio House’s Head, dirigido por Greg Yaitanes)
Mad Men (episódio Smoke Gets In Your Eyes (piloto), dirigido por Alan Taylor)
>>> A incrível viagem pela mente de House vale o prêmio.
MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE COMÉDIA
30 Rock (episódio Rosemary’s Baby, dirigido por Michael Engler)
Entourage (episódio No Cannes Do, dirigido por Dan Attias)
Flight Of The Conchords (episódio Sally Returns, dirigido por James Bobin)
Pushing Daisies (episódio Pie-Lette, dirigido por Barry Sonnenfeld)
The Office (episódio Money (Parts 1 & 2), dirigido por Paul Lieberstein)
The Office (episódio Goodbye, Toby, dirigido por Paul Feig)
MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE DRAMÍTICA
Battlestar Galactica (Episódio Six of One, escrito por Michael Angeli)
Damages (episódio piloto, escrito por Todd A. Kessler, Glenn Kessler e Daniel Zelman)
Mad Men (episódio Smoke Gets In Your Eyes (Piloto), escrito por Matthew Weiner)
Mad Men (episódio The Wheel, escrito por Matthew Weiner e Robin Veith)
The Wire (episódio 30, escrito por David Simon e Ed Burns)
>>> Tenho curiosidade de conhecer esta série da HBO, The Wire, mas fico só na vontade. Ainda não cheguei neste episódio de Battlestar Galactica mas fico contente pela sua menção aqui, a série sci-fi tem roteiros muito acima da média. Por enquanto vou de Damages.
MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE COMÉDIA
Flight Of The Conchords (episódio Yoko, escrito por James Bobin, Jemaine Clement e Bret McKenzie
The Office (episódio Dinner Party, escrito por Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky)
Pushing Daisies (episódio Pie-Lette, escrito por Bryan Fuller)
30 Rock (episódio Rosemary’s Baby, escrito por Jack Burditt)
30 Rock (episódio Cooter, escrito por Tina Fey)
MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE DRAMÍTICA
Stanley Tucci (Dr. Kevin Moretti) – E.R
Glynn Turman (pai do Alex) – In Treatment
Robin Williams (Merritt Rook) – Law & Order: Special Victims Unit
Robert Morse (Bertram Cooper) – Mad Men
Oliver Platt (Freddie Prune) – Nip/Tuck
Charles Durning (John Gavin, Sr.) – Rescue Me
MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE COMÉDIA
Rip Torn (Don Geiss) – 30 Rock
Will Arnett (Devin Banks) – 30 Rock
Steve Buscem (Len) – 30 Rock
Tim Conway (Bucky Bright) – Curb Your Enthusiasm
MELHOR ATRIZ CONVIDADA EM SÉRIE DRAMÍTICA
Ellen Burstyn (Nancy Dutton) – Big Love
Diahann Carroll (Jane Burke) – Grey’s Anatomy
Cynthia Nixon (Janis Donovan) – Law & Order: Special Victims Unit
Anjelica Huston (Cynthia Keener) – Medium
Sharon Gless (Colleen Rose) – Nip/Tuck
Seguindo a linha de colunas como a de Fringe, episódios pilotos pre air de séries que irão ao ar nos Eua apartir de setembro, chegou a vez de Life on Mars (baseado na canção de David Bowie). Para quem não sabe a série americana é uma refilmagem da série homônima da BBC inglesa e a história gira em torno do detetive Sam Tyler que trabalha para a policia de Los Angeles. Durante uma investigação sobre um serial killer, Sam deixa sua namorada, Maya Robertson, que tambem é detetive, investigar o caso sozinha. Algo completamente inesperado acontece e ela desaparece. Ele, por sua vez, devastado e em choque acaba sendo atingido por um carro, e vai parar em 1972 sem nenhum ferimento… e ainda trabalhando para a polícia de Los Angeles. Agora ele enfrenta a dificuldade em se integrar e ajustar a este novo mundo, sem as atitudes e tecnologias dos tempos atuais. Abaixo o promo da série:
Sinceramente, o piloto pre air é muito fraco, o principal problema é o elenco da série, ninguém se salva, chega a dar dó; no entanto, é inquestionável a qualidade da reconstituição de época do episódio apesar do piloto vazado ainda estar indevidamente editado (há uma cena onde dois personagens aparecem em cima de um prédio com cabos de segurança á mostra).
O canal ABC pelo jeito viu que corria risco de ver sua única série dramática estreante da temporada (muito mais que a série será exibida após Grey’s Anatomy, nas quintas-feiras de alta audiência do canal) fracassando e mandou refilmar todo o episódio piloto com troca de elenco entre os coadjuvantes (apesar do protagonista Jason O’Mara não ter carisma algum), vamos ver se tem como melhorar para a estréia oficial em setembro.
Mas, para mim, que já tinha ouvido comentários bastante elogiosos para a série original inglesa, o piloto pre air serviu para neste mid season assistí-la por completo. Foram 2 temporadas (2006-2007), cada uma com 8 episódios, num balanço final de 16 episódios e, apesar da descoberta tardia, Life on Mars é uma série excelente. Foi uma verdadeira maratona de 15 dias após assistir a versão americana para descobrir o quão excelente a versão inglesa é, e que incrível elenco, com total destaque para os protagonistas Sam Tyler e o seu DI (inspetor) Gene Hunt.
Na trama (igual ao que os americanos adaptaram, tanto que o episódio piloto é o mesmo, não sei como conseguiram deixá-lo tão fraco), enquanto nos perguntamos o que está se passando com Sam (estaria ele em coma, louco ou viajou mesmo no tempo?), os casos policias vão preenchendo os espaços na narrativa sempre bem servida de referências da época, detalhes históricos (do futuro) que somente Sam sabe e muita, mas muita comédia, não propriamente comédia, mas diálogos e situações cômicas.
Se o canal ABC se ligar e conseguir salvar a adaptação da mediocridade, inclusive criando conteúdo inteligente para a série já que normalmente uma temporada de série americana tem 20-24 episódios, enquanto toda a versão inglesa foram 16, há tudo para termos uma série policial com toques cômicos excepcional nesta temporada que se aproxima.
OBS.: o sucesso da versão inglesa de Life on Mars foi tanto que a série ganhou um spin off onde uma detetive (isto mesmo, uma mulher) vai parar nos anos 80, desta vez, e acaba trabalhando com ninguém mais, ninguém menos que o inspetor Gene Hunt (novamente). A série se chama Ashes to Ashes.
Este ano de 2008 têm sido muito frustrante para os fãs de séries. Não fosse a greve que interrompeu durante meses todas as séries que estavam sendo exibidas, quando as mesmas retornam já estava quase na época de férias, assim as séries – que voltaram, pois diversas ficaram somente para setembro – voltaram com poucos episódios (na média 4 ou 5) para fechar as temporadas que estavam ocorrendo.
Digo isto pois se nos EUA as temporadas terminaram em maio, por aqui isto ocorreu nestas últimas semanas, e sabemos que novos episódios somente á partir de setembro/outubro. Portanto, fica a pergunta: o que assistir durante a temporada de férias das séries?
Há algumas opções: 1) procurar colocar em dia aquelas séries que você não conseguiu acompanhar durante a temporada regular, ficou deixando pra trás por motivo de tempo e, agora neste intervalo, pode fazer uma maratona. Exemplo meu, as séries Saving Grace, exibida atualmente pelo canal Fox, e Battlestar Galactica, em intervalo no canal TNT (terminada a exibição da 3ª temporada), estou ainda em haver com a 3ª temporada desta incrível série sci-fi, uma vergonha mesmo tê-la deixado pra trás. Nos EUA a série entrou em intervalo, foram exibidos 10 episódios da 4ª temporada, que retorna em janeiro para seu término definitivo.
2) aproveitar para conhecer aquela série que todo mundo sempre falou bem e você usava a desculpa que não conseguia acompanhar por ter que assistí-la desde seu início. Exemplo meu 2, a série inglesa Life on Mars, misto de policial/comédia/drama, está sendo adaptado para o canal americano ABC (seu piloto pre air do ano passado vazou para a internet, mas dizem que o piloto será refilmado com atores diferentes), teve duas temporadas com o total de apenas 16 episódios. Já iniciei a segunda temporada e posso dizer que a série é excelente tanto pelos atores quanto pelos roteiros e ambientação. Para quem nunca ouviu falar, Life on Mars conta a história de Sam, um detetive da polícia que após sofrer um acidente em 2006 acorda no ano de 1973 sem saber como foi parar lá. A série é centrada na resolução de crimes e na tentativa de Sam em voltar para o ano que aconteceu o acidente. Estaria ele em coma, louco ou seria mesmo uma viagem no tempo?
3) para quem acha que está em dia com as séries e prefere conferir coisas novas (por meios alternativos), no ar nos EUA atualmente estão: Swingtown – série ambientada nos anos 70, mostrando as transformações sociais e sexuais da época. O seriado é estrelado por Molly Parker (Deadwood) e Jack Davenport (Coupling) que vivem um casal que se muda para um sofisticado subúrbio de Chicago, onde conhecerá vizinhos que vivem casamentos abertos. Está sendo bem recebida pela crítica, em breve devo assistí-la, mas já deixo claro que a série não é muito hot, afinal, passa na tevê aberta americana;
Weeds – em sua 4ª temporada, Mary Louise-Parker continua dando vida a Nancy Botwin, uma viúva que para garantir o sustento dos filhos passa a vender maconha na pacata e, aparentemente conservadora, Agrestic, pequena cidade do interior da Califórnia;
Fear It Self – é uma antologia de horror/suspense. Cada episódio conta uma história diferente e é realizado por pessoas diferentes. A série é produzida pelos diretores de Chuck – O Boneco Assassino, Jogos Mortais II, III e IV e Freddy x Jason;
In Plan Sight – a série mostra as aventuras de uma equipe de uma das mais respeitadas agências federais americanas, os US Marshalls. A agente Mary Shannon (a bela Mary McCormack, paixão de Mel Gibson em Coração Valente) precisa evitar que a testemunha seja morta até receber sua nova identidade e se estabeleça em sua nova vida;
Além destas séries, em breve, entram em cartaz nos EUA diversas séries dos canais de tevê a cabo como Monk, Psych, The Closer, Saving Grace e Burn Notice, entre outras.
Terminada a temporada de season finales das séries americanas, nós, os fãs, começamos a procurar algo pra curtir enquanto não chega setembro. No entanto, os produtores começam a divulgar sinopses e atores envolvidos em suas séries, ou mesmo num grande golpe de marketing (pelo menos, para mim seria isto), vazar os episódios pilotos das séries novatas para observarem a reação na internet de críticos e curiosos.
Desde o ano passado este evento ocorre, a princípio nunca envolvendo diretamente os envolvidos. Para nós, série maníacos, serve para vermos o que nos espera na temporada que se aproxima. Estes pilotos vazados são chamados de pre air, pois ainda podem ser modificados conforme a repercussão dos mesmos. Convenhamos, é uma excelente idéia dispor de um episódio antes do início da temporada para ver o que as pessoas acham da série.
Se você acha que este instrumento de marketing seria utilizado somente por série desconhecidas sem grande apelo popular, está redondamente enganado: o primeiro piloto pre air vazado foi da série estreante mais comentada até agora, Fringe, do criador de Lost, J. J. Abrams (também no currículo a produção do filme Cloverfield – Monstro e do novo filme da cinessérie, como diretor, Star Trek, a.k.a., Jornada nas Estrelas).
Sinopse: Com um nome que faz referência a “Fringe Science”, ramo da ciência que estuda o que não pode ser provado ou justificado por meios convencionais, “Fringe” é centrada em Olivia Dunham, uma agente do FBI que investiga eventos inexplicáveis ao lado do doutor Walter Bishop, cientista internado em um manicômio, e seu filho, Peter.
Com todo o hype em torno da série, o piloto pre air de Fringe, na verdade um episódio duplo com 1h e 20 min., promete mais do que cumpre (sempre difícil julgar uma série por um episódio somente). Seria ela uma versão de Arquivo X, se isto será suficiente para segurar a série é mais um dos mistérios assim como os que o episódio piloto apresenta aos espectadores.
O elenco está ok, particularmente, achei bastante interessante a figura (e a voz) da protagonista, agente Olivia, somente Joshua “Dawson’s Creek” Jackson parece deslocado como alívio cômico, principalmente se levarmos em consideração o tom urgente e misterioso do piloto. Além disso, Fringe apresentou neste primeiro episódio bons efeitos visuais (assim como a grafia dos ambientes), visual e ritmo – apenas precisa cuidar para que os mistérios conspiratórios não sejam maiores que suas tramas (assim como ocorreu com sua série inspiradora Arquivo X em seus últimos anos).
Assim que assistir a algum outro episódio piloto pre air de outra série estreante, em seguida, já comento no Sit.Com com vocês minhas primeiras impressões. Alguns já estão na fila como Life on Mars US e True Blood.
Na noite de ontem (23/06) o canal AXN exibiu o 12º episódio (de 13 produzidos) da 4ª temporada de Lost, There’s no Place Like Home – parte 1, o que foi para os americanos um episódio final duplo. Aqui, para variar, dividiram e o season finale ficou para semana que vem.
***contém spoilers***
Depois do choque inicial de sabermos que Jack e Kate já haviam saído da ilha num futuro ainda indefinido, sendo que Jack já se mostrava arrependido da escolha e o mistério de quem seria a pessoa morta que Jack visita num funeral abandonado, a 4ª temporada de Lost se mostrou especial ao responder estes dois grandes ganchos do final da temporada anterior e, ainda, acrescentar uma narrativa (que se mostrou bastante eficiente) em seu quebra-cabeças: os flashforwards (escolha de quase todos os episódios).
Mesmo não sendo tão surpreendente quanto Through the Looking Glass (episódio final da temporada anterior), esta 4ª temporada me deixou com uma sensação de que tudo se encaixou, principalmente no arco envolvendo a saída dos Ocean Six, talvez com exceção do episódio de Juliet, The Other Woman, meio óbivo demais ainda contando com flashbacks da médica, um pouco desperdiçada nesta temporada. Os demais episódios foram criando um painel sobre quem eram os Ocean Six, como estes saíram da ilha e porque alguns se arrependeram, quem eram as pessoas no cargueiro de Naomi e a princial informação da temporada: a guerra particular entre Benjamin Linus (novamente impecável durante toda temporada) e Charles Widmore (sim, o pai de Penny, logo, sogro do brotha Desmond).
O arco da temporada, a obsessão de Jack pelo resgate dos naufragos, na verdade, contrastou com o pesado tom dos personagens já no futuro, arrependidos, assombrados e á procura de vingança – com exceção de Kate, que acabou ganhando uma segunda chance do destino ou da ilha. Mesmo assim, os roteiristas encontraram tempo para criar “a pérola” da temporada, The Constant (centrado em Desmond, que possui uma trama própria dentro de Lost, já notaram?), onde criaram uma trama sobre viagem no tempo/mente, morte iminente e um final tão emocionante que funcionou como uma história á parte dos acontecimentos da ilha e dos outros personagens, F-E-N-O-M-E-N-A-L!!!
No balanço final, como saldo positivo: o retorno de Locke e os personagens novos inseridos no tempo e de maneira correta (notem que a personagem de Charlotte promete uma subtrama com o passado da ilha); já como saldo negativo, a concentração de tramas com os Ocean Six, sacrificou excelentes personagens subaproveitados como Juliet e Sawyer (que se transformou quase num alívio cômico, tomando o lugar de Hurley).
Para a próxima temporada a série promete modificar sua estrutura narrativa novamente. Teremos, provavelmente, a reunião de Ben com os Ocean Six para retornar a ilha e os terríveis eventos que ocorreram na ilha após a saída dos Ocean Six que levaram Locke a sair da ilha terminar num caixão (ou melhor, Jeremy Bentham).