Continuando a busca pelos episódios “pre air” de séries que irão estrear na temporada 2008/2009 á partir de setembro, hoje comento uma nova série do canal CBS, The Mentalist, um misto de Psych com Criminal Minds. Faço esta comparação pela estrutura inicial do piloto, criado por Bruno Heller (que possui crédito, pois foi um dos idealizadores de Roma, do canal HBO). Seu personagem principal é Patrick Jane, um investigador que usa seus poderes de percepção extra-sensorial para resolver crimes, no entanto, em seu passado era conhecido como um vidente (aqueles que se comunicam com os mortos) que fazia apresentações em programas televisivos. A série policial parece ser uma aposta da emissora pois será exibida ás terças-feiras entre duas séries campeãs de audiência, NCIS e Without a Trace, a.k.a. Desaparecidos (segundo o SBT).
Assim resumindo, The Mentalist, é MAIS UMA série de procedimentos envolvendo investigação de crimes, como a maioria das séries da emissora (transmissora da franquia C.S.I., Criminal Minds, entre outras). No entanto, como diferencial possui um personagem – protagonista – envolvido em algo maior por motivos particulares (já revelado no episódio piloto), além de utilizar seu senso de observação para as investigações de seu grupo, ainda não nítido de qual departamento fazem parte.
O episódio piloto é bem interessante, principalmente se considerarmos sua introdução bastante surpreendente (até mesmo por notarmos que Patrick não tem formação policial). No mais, o caso investigado é introdutório do que deve ser o principal arco da série (se a mesma durar): a caça ao serial killer “Red John”. A destacar as participações do recém indicado ao Emmy, Zeljko Ivanek, o advogado Ray Fiske da série Damages e Steven Culp, com passagens recentes em Desperate Housewives (como falecido marido de Bree), NCIS, Criminal Minds e Saving Grace.
Sobre o elenco de The Mentalist, me empolgo em afirmar que gostei do trabalho de Simon Baker como Patrick Jane, uma boa oportunidade para o ator – eterno coadjuvante – mostrar sua competência. Para quem não lembra Baker tem passagem por filmes como O Diabo Veste Prada e O Chamado 2, além da falecida série Smith. No mais, lamento a participação de Robin Tunney como co-protagonista, mas é mais um antipatia particular minha pela atriz que recentemente era a advogada apaixonada por Lincoln Burrows em Prison Break na já longíqua 1ª temporada da série. Dos demais, pouco foi mostrado e trabalhado, inclusive este pode ser apontado como um dos problemas deste piloto, o pouco aproveitamente e utilidade destes personagens coadjuvantes.
Na quinta passada (17/07), a Academia de Artes e Ciências da Televisão anunciou seus indicados ao prêmio Emmy (ou como preferem alguns jornalistas brasileiros, o Oscar da tevê americana) para a temporada 2007/2008. Em meio a uma temporada muito turbulenta para a tevê aberta devido principalmente a greve dos roteiristas, as séries da tevê a cabo americana continuam sendo as grandes favoritas.
De bate pronto somente alguns comentários sobre os indicados a melhores séries, assim que a data de revelação dos premiados se aproximar (21 de setembro) prometo revelar minhas apostas. P.S.: existem dezenas de categorias no Emmy por isto dei prioridade as referentes as séries, assunto específico da coluna.
MELHOR SÉRIE DRAMÍTICA
Boston Legal
Damages
Dexter
House
Lost
Mad Men
>>> Sinceramente voto em Damages ou Dexter (intimamente House ou Lost). Não me venham com Boston Legal – a.k.a. Justiça Sem Limites, ok? Mesmo com ótimo texto e elenco ainda considero a série uma comédia com toques de drama, assim como Desperate Housewives. Sobra Mad Men que tem pinta de ganhadora da categoria mas que, sinceramente, não me empolgou nos dois primeiros episódios que eu pude assitir, mesmo sendo uma série de inúmeras qualidades.
MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Curb Your Enthusiasm (Segura a Onda)
Entourage
The Office
30 Rock
Two and a Half Men
>>> Prá ser bem sincero, não acompanho nenhuma destas séries de perto; prá não exagerar estou acompanhando a 4º temporada de Entourage, exibida pelo canal HBO. Portanto, tanto faz pra mim, mas claro que os favoritos são The Office e 30 Rock. Sinto falta de outras séries que acompanhei como Californication, Pushing Daisies, The New Adventures of Old Christine e How I Met Your Mother nesta lista.
MELHOR ATOR DE DRAMA
Gabriel Byrne (In Treatment)
Hugh Laurie (House)
Michael C. Hall (Dexter)
James Spader (Boston Legal)
Brian Cranston (Breaking Bad)
Jon Hamm (Mad Men)
>>> Nem vou me prolongar, o prêmio deve ser de House ou, no máximo, de Dexter, ok?
MELHOR ATOR DE COMÉDIA
Alec Baldwin (30 Rock)
Steve Carrell (The Office)
Lee Pace (Pushing Daisies)
Tony Shalhoub (Monk)
Charlie Sheen (Two and a Half Men)
>>> Aqui nesta categoria acontece a mesma coisa das indicações de séries. Meu favorito, que normalmente acompanho, é Tony Shalhoub, o incrível Monk, mas ele já levou tantos prêmios que acho difícil levar novamente.
MELHOR ATRIZ DE DRAMA
Glenn Close (Damages)
Holly Hunter (Saving Grace)
Sally Field (Brothers & Sisters)
Kyra Sedgwick (The Closer)
Mariska Hargitay (Law & Order: SVU)
>>> Categoria das mais disputadas, somente atrizes de renome e bastante premiadas, fica difícil apostar. Minha favorita é, atualmente, Glenn Close (impecável). Nomes como Hunter e Sedgwick não me surpreenderiam na noite dos prêmios.
MELHOR ATRIZ DE COMÉDIA
Christina Applegate (Samantha Who?)
America Ferrera (Ugly Betty)
Tina Fey (30 Rock)
Julia-Louis Dreyfuss (The New Adventures of Old Christine)
Mary-Louise Parker (Weeds)
>>> Cruzando os dedos para o hilária Julia-Louis Dreyfus!
MELHOR ATOR COADJUVANTE DE DRAMA
William Shatner (Boston Legal)
Ted Danson (Damages)
Zeljko Ivanek (Damages)
Michael Emerson (Lost)
John Slattery (Mad Men)
>>> Nenhum nome é mais forte que o de Benjamin Linus ou, simplesmente, Ben de Lost.
MELHOR ATOR COADJUVANTE DE COMÉDIA
Jeremy Piven (Entourage)
Kevin Dillon (Entourage)
Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother)
Rainn Wilson (The Office)
Jon Cryer (Two And A Half Men)
>>> Meu voto seria para Neil Patrick Harris, o sem noção Barney da HIMYM, pena que quase ninguém acompanha esta divertida comédia perdida no canal Fox Life, se não me engano.
>>> Mesmo sendo uma temporada regular para os internos de Seattle Grace, minha torcida é para Dra. Bailey.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE COMÉDIA
Kristin Chenoweth (Pushing Daisies)
Jean Smart (Samantha Who?)
Amy Poehler (Saturday Night Live)
Holland Taylor (Two And A Half Men)
Vanessa Williams (Ugly Betty)
>>> Tanto faz…
MELHOR ESCALAÇÃO DE ELENCO PARA SÉRIE DRAMÍTICA
Brothers & Sisters
Damages
Friday Night Lights
Mad Men
The Tudors
>>> Mesmo imaginando que o prêmio seja de melhor elenco, ou algo que valha, minha torcida permanece para Damages.
MELHOR ESCALAÇÃO DE ELENCO PARA SÉRIE COMÉDIA
Californication
Curb Your Enthusiasm
Pushing Daisies
30 Rock
Ugly Betty
>>> Aqui faço torcida para o simpático elenco de Pushing Daisies ou Californication.
MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE DRAMÍTICA
Boston Legal (episódio The Mighty Rogues, dirigido por Arlene Sanford)
Breaking Bad (episódio piloto, dirigido por Vince Gilligan)
Damages (episódio piloto, dirigido por Allen Coulter)
House (episódio House’s Head, dirigido por Greg Yaitanes)
Mad Men (episódio Smoke Gets In Your Eyes (piloto), dirigido por Alan Taylor)
>>> A incrível viagem pela mente de House vale o prêmio.
MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE COMÉDIA
30 Rock (episódio Rosemary’s Baby, dirigido por Michael Engler)
Entourage (episódio No Cannes Do, dirigido por Dan Attias)
Flight Of The Conchords (episódio Sally Returns, dirigido por James Bobin)
Pushing Daisies (episódio Pie-Lette, dirigido por Barry Sonnenfeld)
The Office (episódio Money (Parts 1 & 2), dirigido por Paul Lieberstein)
The Office (episódio Goodbye, Toby, dirigido por Paul Feig)
MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE DRAMÍTICA
Battlestar Galactica (Episódio Six of One, escrito por Michael Angeli)
Damages (episódio piloto, escrito por Todd A. Kessler, Glenn Kessler e Daniel Zelman)
Mad Men (episódio Smoke Gets In Your Eyes (Piloto), escrito por Matthew Weiner)
Mad Men (episódio The Wheel, escrito por Matthew Weiner e Robin Veith)
The Wire (episódio 30, escrito por David Simon e Ed Burns)
>>> Tenho curiosidade de conhecer esta série da HBO, The Wire, mas fico só na vontade. Ainda não cheguei neste episódio de Battlestar Galactica mas fico contente pela sua menção aqui, a série sci-fi tem roteiros muito acima da média. Por enquanto vou de Damages.
MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE COMÉDIA
Flight Of The Conchords (episódio Yoko, escrito por James Bobin, Jemaine Clement e Bret McKenzie
The Office (episódio Dinner Party, escrito por Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky)
Pushing Daisies (episódio Pie-Lette, escrito por Bryan Fuller)
30 Rock (episódio Rosemary’s Baby, escrito por Jack Burditt)
30 Rock (episódio Cooter, escrito por Tina Fey)
MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE DRAMÍTICA
Stanley Tucci (Dr. Kevin Moretti) – E.R
Glynn Turman (pai do Alex) – In Treatment
Robin Williams (Merritt Rook) – Law & Order: Special Victims Unit
Robert Morse (Bertram Cooper) – Mad Men
Oliver Platt (Freddie Prune) – Nip/Tuck
Charles Durning (John Gavin, Sr.) – Rescue Me
MELHOR ATOR CONVIDADO EM SÉRIE COMÉDIA
Rip Torn (Don Geiss) – 30 Rock
Will Arnett (Devin Banks) – 30 Rock
Steve Buscem (Len) – 30 Rock
Tim Conway (Bucky Bright) – Curb Your Enthusiasm
MELHOR ATRIZ CONVIDADA EM SÉRIE DRAMÍTICA
Ellen Burstyn (Nancy Dutton) – Big Love
Diahann Carroll (Jane Burke) – Grey’s Anatomy
Cynthia Nixon (Janis Donovan) – Law & Order: Special Victims Unit
Anjelica Huston (Cynthia Keener) – Medium
Sharon Gless (Colleen Rose) – Nip/Tuck
Seguindo a linha de colunas como a de Fringe, episódios pilotos pre air de séries que irão ao ar nos Eua apartir de setembro, chegou a vez de Life on Mars (baseado na canção de David Bowie). Para quem não sabe a série americana é uma refilmagem da série homônima da BBC inglesa e a história gira em torno do detetive Sam Tyler que trabalha para a policia de Los Angeles. Durante uma investigação sobre um serial killer, Sam deixa sua namorada, Maya Robertson, que tambem é detetive, investigar o caso sozinha. Algo completamente inesperado acontece e ela desaparece. Ele, por sua vez, devastado e em choque acaba sendo atingido por um carro, e vai parar em 1972 sem nenhum ferimento… e ainda trabalhando para a polícia de Los Angeles. Agora ele enfrenta a dificuldade em se integrar e ajustar a este novo mundo, sem as atitudes e tecnologias dos tempos atuais. Abaixo o promo da série:
Sinceramente, o piloto pre air é muito fraco, o principal problema é o elenco da série, ninguém se salva, chega a dar dó; no entanto, é inquestionável a qualidade da reconstituição de época do episódio apesar do piloto vazado ainda estar indevidamente editado (há uma cena onde dois personagens aparecem em cima de um prédio com cabos de segurança á mostra).
O canal ABC pelo jeito viu que corria risco de ver sua única série dramática estreante da temporada (muito mais que a série será exibida após Grey’s Anatomy, nas quintas-feiras de alta audiência do canal) fracassando e mandou refilmar todo o episódio piloto com troca de elenco entre os coadjuvantes (apesar do protagonista Jason O’Mara não ter carisma algum), vamos ver se tem como melhorar para a estréia oficial em setembro.
Mas, para mim, que já tinha ouvido comentários bastante elogiosos para a série original inglesa, o piloto pre air serviu para neste mid season assistí-la por completo. Foram 2 temporadas (2006-2007), cada uma com 8 episódios, num balanço final de 16 episódios e, apesar da descoberta tardia, Life on Mars é uma série excelente. Foi uma verdadeira maratona de 15 dias após assistir a versão americana para descobrir o quão excelente a versão inglesa é, e que incrível elenco, com total destaque para os protagonistas Sam Tyler e o seu DI (inspetor) Gene Hunt.
Na trama (igual ao que os americanos adaptaram, tanto que o episódio piloto é o mesmo, não sei como conseguiram deixá-lo tão fraco), enquanto nos perguntamos o que está se passando com Sam (estaria ele em coma, louco ou viajou mesmo no tempo?), os casos policias vão preenchendo os espaços na narrativa sempre bem servida de referências da época, detalhes históricos (do futuro) que somente Sam sabe e muita, mas muita comédia, não propriamente comédia, mas diálogos e situações cômicas.
Se o canal ABC se ligar e conseguir salvar a adaptação da mediocridade, inclusive criando conteúdo inteligente para a série já que normalmente uma temporada de série americana tem 20-24 episódios, enquanto toda a versão inglesa foram 16, há tudo para termos uma série policial com toques cômicos excepcional nesta temporada que se aproxima.
OBS.: o sucesso da versão inglesa de Life on Mars foi tanto que a série ganhou um spin off onde uma detetive (isto mesmo, uma mulher) vai parar nos anos 80, desta vez, e acaba trabalhando com ninguém mais, ninguém menos que o inspetor Gene Hunt (novamente). A série se chama Ashes to Ashes.
Este ano de 2008 têm sido muito frustrante para os fãs de séries. Não fosse a greve que interrompeu durante meses todas as séries que estavam sendo exibidas, quando as mesmas retornam já estava quase na época de férias, assim as séries – que voltaram, pois diversas ficaram somente para setembro – voltaram com poucos episódios (na média 4 ou 5) para fechar as temporadas que estavam ocorrendo.
Digo isto pois se nos EUA as temporadas terminaram em maio, por aqui isto ocorreu nestas últimas semanas, e sabemos que novos episódios somente á partir de setembro/outubro. Portanto, fica a pergunta: o que assistir durante a temporada de férias das séries?
Há algumas opções: 1) procurar colocar em dia aquelas séries que você não conseguiu acompanhar durante a temporada regular, ficou deixando pra trás por motivo de tempo e, agora neste intervalo, pode fazer uma maratona. Exemplo meu, as séries Saving Grace, exibida atualmente pelo canal Fox, e Battlestar Galactica, em intervalo no canal TNT (terminada a exibição da 3ª temporada), estou ainda em haver com a 3ª temporada desta incrível série sci-fi, uma vergonha mesmo tê-la deixado pra trás. Nos EUA a série entrou em intervalo, foram exibidos 10 episódios da 4ª temporada, que retorna em janeiro para seu término definitivo.
2) aproveitar para conhecer aquela série que todo mundo sempre falou bem e você usava a desculpa que não conseguia acompanhar por ter que assistí-la desde seu início. Exemplo meu 2, a série inglesa Life on Mars, misto de policial/comédia/drama, está sendo adaptado para o canal americano ABC (seu piloto pre air do ano passado vazou para a internet, mas dizem que o piloto será refilmado com atores diferentes), teve duas temporadas com o total de apenas 16 episódios. Já iniciei a segunda temporada e posso dizer que a série é excelente tanto pelos atores quanto pelos roteiros e ambientação. Para quem nunca ouviu falar, Life on Mars conta a história de Sam, um detetive da polícia que após sofrer um acidente em 2006 acorda no ano de 1973 sem saber como foi parar lá. A série é centrada na resolução de crimes e na tentativa de Sam em voltar para o ano que aconteceu o acidente. Estaria ele em coma, louco ou seria mesmo uma viagem no tempo?
3) para quem acha que está em dia com as séries e prefere conferir coisas novas (por meios alternativos), no ar nos EUA atualmente estão: Swingtown – série ambientada nos anos 70, mostrando as transformações sociais e sexuais da época. O seriado é estrelado por Molly Parker (Deadwood) e Jack Davenport (Coupling) que vivem um casal que se muda para um sofisticado subúrbio de Chicago, onde conhecerá vizinhos que vivem casamentos abertos. Está sendo bem recebida pela crítica, em breve devo assistí-la, mas já deixo claro que a série não é muito hot, afinal, passa na tevê aberta americana;
Weeds – em sua 4ª temporada, Mary Louise-Parker continua dando vida a Nancy Botwin, uma viúva que para garantir o sustento dos filhos passa a vender maconha na pacata e, aparentemente conservadora, Agrestic, pequena cidade do interior da Califórnia;
Fear It Self – é uma antologia de horror/suspense. Cada episódio conta uma história diferente e é realizado por pessoas diferentes. A série é produzida pelos diretores de Chuck – O Boneco Assassino, Jogos Mortais II, III e IV e Freddy x Jason;
In Plan Sight – a série mostra as aventuras de uma equipe de uma das mais respeitadas agências federais americanas, os US Marshalls. A agente Mary Shannon (a bela Mary McCormack, paixão de Mel Gibson em Coração Valente) precisa evitar que a testemunha seja morta até receber sua nova identidade e se estabeleça em sua nova vida;
Além destas séries, em breve, entram em cartaz nos EUA diversas séries dos canais de tevê a cabo como Monk, Psych, The Closer, Saving Grace e Burn Notice, entre outras.
Terminada a temporada de season finales das séries americanas, nós, os fãs, começamos a procurar algo pra curtir enquanto não chega setembro. No entanto, os produtores começam a divulgar sinopses e atores envolvidos em suas séries, ou mesmo num grande golpe de marketing (pelo menos, para mim seria isto), vazar os episódios pilotos das séries novatas para observarem a reação na internet de críticos e curiosos.
Desde o ano passado este evento ocorre, a princípio nunca envolvendo diretamente os envolvidos. Para nós, série maníacos, serve para vermos o que nos espera na temporada que se aproxima. Estes pilotos vazados são chamados de pre air, pois ainda podem ser modificados conforme a repercussão dos mesmos. Convenhamos, é uma excelente idéia dispor de um episódio antes do início da temporada para ver o que as pessoas acham da série.
Se você acha que este instrumento de marketing seria utilizado somente por série desconhecidas sem grande apelo popular, está redondamente enganado: o primeiro piloto pre air vazado foi da série estreante mais comentada até agora, Fringe, do criador de Lost, J. J. Abrams (também no currículo a produção do filme Cloverfield – Monstro e do novo filme da cinessérie, como diretor, Star Trek, a.k.a., Jornada nas Estrelas).
Sinopse: Com um nome que faz referência a “Fringe Science”, ramo da ciência que estuda o que não pode ser provado ou justificado por meios convencionais, “Fringe” é centrada em Olivia Dunham, uma agente do FBI que investiga eventos inexplicáveis ao lado do doutor Walter Bishop, cientista internado em um manicômio, e seu filho, Peter.
Com todo o hype em torno da série, o piloto pre air de Fringe, na verdade um episódio duplo com 1h e 20 min., promete mais do que cumpre (sempre difícil julgar uma série por um episódio somente). Seria ela uma versão de Arquivo X, se isto será suficiente para segurar a série é mais um dos mistérios assim como os que o episódio piloto apresenta aos espectadores.
O elenco está ok, particularmente, achei bastante interessante a figura (e a voz) da protagonista, agente Olivia, somente Joshua “Dawson’s Creek” Jackson parece deslocado como alívio cômico, principalmente se levarmos em consideração o tom urgente e misterioso do piloto. Além disso, Fringe apresentou neste primeiro episódio bons efeitos visuais (assim como a grafia dos ambientes), visual e ritmo – apenas precisa cuidar para que os mistérios conspiratórios não sejam maiores que suas tramas (assim como ocorreu com sua série inspiradora Arquivo X em seus últimos anos).
Assim que assistir a algum outro episódio piloto pre air de outra série estreante, em seguida, já comento no Sit.Com com vocês minhas primeiras impressões. Alguns já estão na fila como Life on Mars US e True Blood.
Na noite de ontem (23/06) o canal AXN exibiu o 12º episódio (de 13 produzidos) da 4ª temporada de Lost, There’s no Place Like Home – parte 1, o que foi para os americanos um episódio final duplo. Aqui, para variar, dividiram e o season finale ficou para semana que vem.
***contém spoilers***
Depois do choque inicial de sabermos que Jack e Kate já haviam saído da ilha num futuro ainda indefinido, sendo que Jack já se mostrava arrependido da escolha e o mistério de quem seria a pessoa morta que Jack visita num funeral abandonado, a 4ª temporada de Lost se mostrou especial ao responder estes dois grandes ganchos do final da temporada anterior e, ainda, acrescentar uma narrativa (que se mostrou bastante eficiente) em seu quebra-cabeças: os flashforwards (escolha de quase todos os episódios).
Mesmo não sendo tão surpreendente quanto Through the Looking Glass (episódio final da temporada anterior), esta 4ª temporada me deixou com uma sensação de que tudo se encaixou, principalmente no arco envolvendo a saída dos Ocean Six, talvez com exceção do episódio de Juliet, The Other Woman, meio óbivo demais ainda contando com flashbacks da médica, um pouco desperdiçada nesta temporada. Os demais episódios foram criando um painel sobre quem eram os Ocean Six, como estes saíram da ilha e porque alguns se arrependeram, quem eram as pessoas no cargueiro de Naomi e a princial informação da temporada: a guerra particular entre Benjamin Linus (novamente impecável durante toda temporada) e Charles Widmore (sim, o pai de Penny, logo, sogro do brotha Desmond).
O arco da temporada, a obsessão de Jack pelo resgate dos naufragos, na verdade, contrastou com o pesado tom dos personagens já no futuro, arrependidos, assombrados e á procura de vingança – com exceção de Kate, que acabou ganhando uma segunda chance do destino ou da ilha. Mesmo assim, os roteiristas encontraram tempo para criar “a pérola” da temporada, The Constant (centrado em Desmond, que possui uma trama própria dentro de Lost, já notaram?), onde criaram uma trama sobre viagem no tempo/mente, morte iminente e um final tão emocionante que funcionou como uma história á parte dos acontecimentos da ilha e dos outros personagens, F-E-N-O-M-E-N-A-L!!!
No balanço final, como saldo positivo: o retorno de Locke e os personagens novos inseridos no tempo e de maneira correta (notem que a personagem de Charlotte promete uma subtrama com o passado da ilha); já como saldo negativo, a concentração de tramas com os Ocean Six, sacrificou excelentes personagens subaproveitados como Juliet e Sawyer (que se transformou quase num alívio cômico, tomando o lugar de Hurley).
Para a próxima temporada a série promete modificar sua estrutura narrativa novamente. Teremos, provavelmente, a reunião de Ben com os Ocean Six para retornar a ilha e os terríveis eventos que ocorreram na ilha após a saída dos Ocean Six que levaram Locke a sair da ilha terminar num caixão (ou melhor, Jeremy Bentham).
Nesta semana o canal Universal exibe a season finale de 4ª temporada de House, o episódios Wilson’s Heart, continuação direta da trama anterior, House’s Head. Talvez, atualmente, House seja a melhor série dramática (apesar do humor) da tevê americana em termos de protagonista. A série apesar da clássica estrutura “caso médico impossível da semana”, conseguiu nesta temporada desenvolver ainda mais seu já complexo protagonista, o inacreditável, em todos os sentidos, Dr. Gregory House.
***contém spoilers***
Com o surgimento da greve dos roteiristas, a 4ª temporada ficou dividida entre a seleção dos novos auxiliares médicos de House e a disputa de House e Amber pela atenção de Wilson. Nestes primeiros episódios a série acabou ganhando status de comédia devido ao alto teor de ironia e sarcasmo de House frente á seleção dos novos médicos (como não se divertir com as eliminações lembrando realitys shows tipo Survivor – fogueiras nas estacas – e The Bachelor – cerimônia das rosas?).
Como destaques a relação ambígua de House com Thirteen (sim, notaram como não sabemos o nome da personagem da bela Olivia Wilde), o bacana episódio Frozen (onde House trata uma psicóloga numa estação no Pólo Sul pelo computador, a química entre os dois é o ponto alto do episódio) e, obviamente, estes dois episódios que fecharam a season finale.
O episódio House’s Head é, sem dúvida, uma das melhores coisas que eu assisti neste ano, a fuga sempre eficiente da fórmula da série, o mistério envolvendo a memória de House, a montagem e o texto foram espetaculares. O episódio final, Wilson’s Heart, sobre a procura de detalhes sobre a condição de Amber (sempre bem defendida pela atriz Anne Dudek), o desespero de Wilson e a culpa de House, pode ter se mostrado menos criativo que o anterior, no entanto, pela primeira vez na série, me emocionei com a figura trágica de House. O final é tão dramático (e triste) que quase esquecemos que o humor preencheu quase toda a temporada; sem sombras de dúvida, Hugh Laurie é o melhor ator em cena nos EUA atualmente, não tem pra ninguém!
OBS.: durante a temporada senti a falta dos antigos personagens Cameron, Chase e Foreman (que voltou com maior participação já na metade da temporada), porém, mostra que os roteiristas arquitetaram muito bem esta temporada. Quem imaginaria que passaríamos oito meses e os três coadjuvantes, ainda presentes na abertura da série, não estariam de volta aos seus cargos. O que será que nos reserva a 5ª temporada, além do inevitável drama da cena final?
Como a coluna é semanal hoje fica a dica para a estréia no canal Fox, 9mm: São Paulo. Não se preocupe, a série é nacional então não corre o risco de ser dublada contra a sua vontade. A produção parece bacana e surge uma boa oportunidade para a dramaturgia nacional em busca de identidade para as séries nacionais, óbvio que aqui há respingos de The Shield, CSI e do sucesso policial urbano Tropa de Elite. Claro que uma ruga surge na testa ao lembrar que o mesmo canal Fox produziu a absurda série mi-mi-mi Avassaladoras, levante a mão quem teve coragem de assitir… ninguém, então tá! (também foi exibida pelo canal Record)
O seriado 9mm – São Paulo, mostra a rotina da equipe de uma delegacia de homicídios da capital paulista. Eduardo (vivido pelo ator Luciano Quirino) é um profissional idealista que chegou ao cargo por indicação do sogro, deputado. O policial bate de frente com Horácio (personagem de Norival Rizzo), investigador experiente que age segundo os próprios meios.
Estréia: nesta terça, dia 10, ás 22h
Continuando a odisséia de comentar as séries com temporadas terminadas, pelo ritmo vou chegar junto aos términos de algumas aqui no Brasil. Havia prometido House e Lost para essa semana, mas vou adiá-las para comentá-las com mais cuidado e para os fãs não me amaldiçoarem com SPOILERS destas séries tão idolatradas.
Eli Stone – 1ª Temporada
Série que estreou no midseason americano e também aqui no Brasil (ainda em exibição no canal Sony), teve 13 episódios e foi renovada para uma segunda temporada devido ao simpático e eclético elenco (todos já participaram de diversas outras séries, como Victor Garber, o agente pai Bristow, na falecida Alias) junto a uma trama surreal com direito a nomes de episódios serem inspirados por canções de George Michael. Inclusive, o cantor inglês faz parte das visões do advogado Eli Stone em diversas participações.
A trama como destaquei é desencanada e lembrará para alguns série maniácos a excelente comédia Ally McBeal, com exceção que aqui é um advogado (homem) que possui visões (seria ele um visionário ou somente um efeito adverso de seu recém diagnosticado aneurisma?). Misto de drama e comédia a série se destaca pelos bizarros musicais onde todo elenco canta – as músicas de George Michael e de outros artistas – nas visões de Eli, a série podia sofrer em sua curta temporada de contar sempre a mesma trama. No entanto, com a revelação da doença de Eli e a futura cirurgia para retirada do aneurisma rendeu a série uma season finale bastante emocionante, e não menos, engraçada.
Supernatural – 3 ª Temporada
Cria do sucesso de Arquivo X, ainda detentora do título, Supernatural, desde sua última temporada começou a criar arcos próprios de episódios e não somente a fórmula demônio/mostro da semana. Assim, a série, mesmo para o público teen, começa a galgar uma legião própria de fãs. Inclusive, alguns episódios desta 3ª temporada foram extremamente fortes como conteúdo de terror.
Apostando num clima sempre soturno e sombrio, ás vezes caindo para o humor negro, Supernatural somente se mostra fraca no pouco elenco fixo, os irmãos Winchester já não seguram a trama sozinhos o suficiente. Nesta temporada, os produtores acertaram ao escalar duas atrizes fazendo diversas participações em episódios, normalmente ligados a grande questão da temporada: Como Dean fará para não ir para o inferno, já que vendeu sua alma para o dêmonio em troca da ressurreição de seu irmão?
Temporada boa, com alguns episódios realmente bons; o gancho do season finale promete uma arrancada para a 4ª temporada bastante arriscada (periga sua resolução ser medonha, esperar pra ver!).
Reaper – 1ª temporada
Outra série estreante que estréia neste mês no Universal Channel, a série é uma comédia com toques de suspense e romance. Assim como, coincidentemente, ocorreu com Chuck, Reaper, tem em um dos seus cenários uma loja de conveniência (pelo jeito os jovens americanos sem perspectiva acabam todos trabalhando nestas lojas).
A série fala sobre um jovem, Sam, que descobre que sua alma foi vendida ao diabo. Os primeiros episódios envolvem o Diabo (excelente interpretação do veterano Ray Wise, roubando todas as cenas) ensinando a Sam como recuperar as almas fugidas do inferno, confesso que cansa um pouco pelo desgaste da fórmula (alma fugida do inferno sendo caçada), ainda bem que a trupe de amigos de Sam garante as risadas. Na volta da greve, os produtores criaram um arco de episódios envolvendo a origem real de Sam um grupo de demônios rebeldes que querem derrubar o Diabo. Sem encanações nem teorias, vale uma espiada!
Somente para lembrar, quem acompanha as séries pelo canal Warner na tevê a cabo, nesta semana está sendo exibido a Semana Clímax com os finais de temporada de suas principais séries como Smallville, Supernatural, Gossip Girl, Cold Case, Without A Trace, E.R., Pushing Daisies, The Big Bang Theory e Two And a Half Men.
Na semana passada comentei neste espaço sobre as season finales, já exibidas na tevê americana, das seguintes séries: C.S.I., Bones, C.S.I. – New York e Cold Case. Hoje será a vez de outras séries, sempre reiterando que nos comentários haverá S-P-O-I-L-E-R-S inevitáveis para comentar sobre os episódios finais, ok?
Criminal Minds – 3º Temporada
Confesso que tenho duas impressões sobre esta temporada de Criminal Minds, excelente série policial sobre o perfil psicológico dos criminosos. Primeiramente, a série teve que iniciar sua temporada com a saída de seu protagonista, o ótimo ator Mandy Patinkin, conhecido como agente Jason Gideon. Desta missão, os roteiristas se saíram muito bem, introduzindo o ator Joe Mantegna, pena seu episódio redenção – e que resolvia o mistério de seu retorno ao trabalho no BAU – ter sido tão fraco.
No entanto, no decorrer dos episódios as tramas não conseguiram acrescentar muito ás histórias e os casos policiais não eram muito interessantes, com exceção do episódio que montava um perfil sobre casos suicidas numa pequena cidade, bastante instigante. Somente agora no final, ao criar um caso muito interessante sobre o terrorismo, no episódio final “Lo-Fi”, a série cresceu e muito num gancho bastante corajoso, colocou em risco a vida de um provável agente do departamento. Pelo menos, durante a temporada, em diversos episódios os roteiristas desenvolveram alguns personagens carismáticos como a nerd da informática, Penelope, e o geek, Dr. Spencer Reid.
Women’s Murder Club – 1ª Temporada (cancelada)
O que esperar de uma série que era um misto de CSI com Sex and the City? Nada, e foi isto que aconteceu (além do óbvio cancelamento). WMC, tentou dar um ar mais feminino aos crimes na cidade de San Francisco, resultado: ficou muito aquém das possibilidades ao tentar ser natural e misturar em meio aos diálogos sobre mortes e criminosos com quem está saindo com quem!
Confesso que o que me motivou a assistir aos 13 episódios produzidos da série foi a belezinha Angie Harmon (conhecida de Law & Order), no entanto, não esperei que as tramas fossem tão banais e barrassem na mesmice, sendo que a série começa apresentando um suposto serial killer que desafia a policial Lindsay Boxer (Harmon). Detalhe, a trama que revela o assassino – obviamente, no 13º episódio – é fraca assim como a série toda. Vai tarde!
Grey’s Anatomy – 4ª Temporada
Assistir a Grey’s Anatomy é estar em constante conflito com os rumos da série, sua criadora Shonda Rhimes, é capaz de conduzir a trama de maneira incrível (como nos episódios finais) da mesma maneira que erra como uma principiante (ao levar adiante durante diversos episódios o romance sem sal de George e Izzie). Apesar disto e da fórmula semanal bastante conhecida dos fãs – o caso clínico é uma metáfora para o comportamento dos personagens -, Grey’s nos ganha como fãs ao apresentar tramas tão sinceras e dramáticas quanto absurdas e engraçadas num misto de comédia e drama como poucas vezes a tevê americana experimentou, tudo isto embalado por uma trilha impecável.
Ao término desta temporada, Grey’s parece conduzir sua trama para um caminho interessante, acaba de criar um casal lésbico e termina com o chatice crônica/psicológica de sua protagonista (ótima sacada inserir uma psicóloga para confrontar Meredith). Mesmo não tendo muito espaço durante a temporada, nesta reta final a melhor atriz do elenco, Sandra Oh (Cristina Burke), teve momentos absolutamente incrivéis (que tal cantar Like Virgen enquanto disseca um cadáver, num momento deprê), devendo ser lembrada para a temporada de prêmios, junto com sua colega de elenco, Chandra Wilson (a dra. Bailey), que teve espaço para uma trama somente sua, o término de seu casamento.
Desperate Housewives – 4ª Temporada
Outra série que faz a linha novelinha, no tom humor negro e drama, Desperate Housewives encontrou novamente seu caminho de sucesso com uma sucessão de boas tramas. A nova vizinha, Katherine, interpretada pela excelente Dana Delany – que acertou o tom junto as antigas personagens -, é a personagem que conduz o mistério da temporada. Afinal, o que aconteceu ao seu marido e filha desde sua saída repentina de Wisteria Lane? O caso foi resolvido somente no episódio final e, mesmo não sendo nenhuma grande surpresa, mostrou-se uma grande fatalidade, representado pela força dramática da atriz.
Claro, que o outro grande destaque da temporada foi o tornado que levantou, literalmente, o teto das mansões e a poeira das tramas da temporada anterior, fechando o ciclo de diversas subtramas (como a de Gabrielle com o prefeito). A série renasceu, pena personagens como Eddie e Susan já terem esgotado seu repertório, assim como Gabrielle sempre ás voltas com seu ex-futuro-marido Carlos. A sorte dos roteiristas é contar com personagens ricas e atrizes talentosas do quilate de Felicity Huffman (Lynette, muito dramatizada nesta temporada, tanto pelo câncer quanto pela enteada infernal) e Marcia Cross (a sempre divertida Bree, que faz um casal perfeito com o dentista Orson).
Na próxima semana House, Lost e as desencanadas Supernatural e Reaper.
Chegando o final do mês de maio é sinal de término da temporada regular de séries na televisão americana. Nem vou comentar a temporada como um todo pois todos já estamos carecas de saber que a greve acentou uma provável crise de audiência e criatividade na indústria televisiva. Então serão pequenos comentários e, obviamente, há SPOILERS espalhados pelo textos, portanto se você acompanha alguma série na tevê a cabo brasileira e não quer saber de alguns detalhes, F-U-J-A daqui!
C.S.I. – 8ª Temporada
Mesmo estando em sua oitava temporada, CSI mostra que ainda tem muito pique pela frente e, na próxima temporada, enfrenta seu maior desafio: descobrir se a fórmula da série depende do elenco regular. Digo isto porque no saldo final tivemos duas saídas de personagens regulares num elenco não muito extenso.
Depois de uma sétima temporada onde os roteiristas inovaram ao criar um caso investigativo (assassino de miniaturas) que durou toda a temporada, neste novo ano os episódios penderam entre o tom dramático e pesado (como a despedida de Sara Sidle, os cães assassinos e a morte abrupta de Warrick) ao tom de deboche e humor negro (no episódio de halloween, o episódio sobre o jogo Detetive e o penúltimo episódio que contou com o roteiro dos criadores de Two And A Half Men, sobre os bastidores de uma diva de sitcom morta).
Para a nona temporada, possivelmente teremos uma nova CSI feminina, uma participação da atriz Jorja Fox (Sara), e as consequências do assassinato de Warrick Brown pelo insuspeito subdelegado. Um detalhe: nunca o tema máfia foi tão abordado pelo CSI Las Vegas, temática que a série abordou tanto pelo envolvimento de Warrick com Gedda (mafioso) quanto pelos estudos de Greg Sanders para seu livro, um detalhe histórico curioso da série.
C.S.I. New York – 4ª Temporada
Este foi o primeiro ano que acompanhei regularmente esta série, deve ser pelo trauma que CSI Miami provocou em mim (é muito ruinzinha). A temporada de CSI New York pode ser dividida em três partes: 1ª) os telefonemas que o personagem de Mac Taylor (sempre eficiente Gary Sinise) recebe nas madrugadas junto aos assassinatos envolvendo um quebra cabeças – que, infelizmente, terminam de uma maneira equivocada e forçada demais, pode ser que pelo efeito da greve; 2ª) o serial killer taxista, trabalhado de maneira acertada sem grandes enrolações, mostrando as consequências e um caos devido ao transporte na Big City; 3ª) a season finale (Hostage), com Mac sendo mantido refém dentro de um banco para comprovar a inocência do assaltante que encontra um corpo no cofre, episódio curioso pelo formato diferenciado, com um grande ator em cena (Elias Koteas) e um gancho tenso. Pena que sabemos como terminam as ameaças ao protagonistas das séries, nada acontece a eles, obviamente!
Bones – 3ª Temporada
Para mim a grande diversão em assistir a Bones é a química entre o agente Booth e a antropologista Temperance, ou Bones para os íntimos. As tramas não são muito sofisticadas e os personagens pouco desenvolvidos, apesar do enorme acerto dos roteiristas em adicionarem um psicólogo para tratar de relação entre Booth e Bones, cenas engraçadíssimas vêm daí.
Sobre a terceira temporada, o arco envolvendo o pai de Temperance (muito bem interpretado por Ryan O’Neal) terminou de maneira ok, sem muitos alardes, mas o grande problema foi o arco envolvendo o serial killer Gorgomon. Vindo de uma mitologia de sociedades secretas, o personagem foi ofuscado pela greve dos roteiristas e pouco desenvolvido sendo a trama do episódio final mais sobre o mistério do envolvimento de alguém de dentro do Instituto, no caso, Zack (a saída do personagem da série para mim foi uma surpresa), do que as motivações do assassino em si. Uma pena!
Cold Case – 5ª Temporada
Sendo a série policial que menos acompanho (vai faltar ainda Criminal Minds que verei nesta semana), Cold Case me chama mais a atenção pelas reconstituições de época e trilhas sonoras excepcionais do que pela trama dos episódios em si.
Das séries investigativas, Cold Case sofre de ser a mais engessada numa fórmula, dificilmente algo acontece de errado ou algum crime não é resolvido. Normalmente, os envolvidos no caso são os responsáveis pelos crimes, e num quebra-cabeças de depoimentos acaba se resolvendo tudo. Assim, se a série não evolui muito o que dirá nesta temporada de risco, nem mesmo um grande drama ocorreu paralelamente aos casos com algum personagem (não vale citar o dilema maternal da policial Kat Miller e a corregedoria em cima do agente Valens, resquicíos da temporada passada).
Sem ganchos no episódio final pouco se sabe o que pode acontecer a série na sexta temporada, mas um grande acontecimento aos personagens ou, quem sabe, um grande caso que modifique a estrutura formulaica da série possa dar uma sacudida na audiência que terminou abaixo da expectativa.