Manual de Quarentena: Como sobreviver ao Corona Vírus em casa – Ducentésimo quadragésimo dia

baconfrito sexta-feira, 13 de novembro de 2020 Loney

E cá estamos, oito meses de quarentena. Tá certo que quarentena mesmo foi pouco, tá certo que quarentena de mentira até que durou, e também tá certo que quarentena já acabou faz tempo… As coisas estão… Normais? Digo, contabilizamos quase 5.8 milhões de casos e 163 mil mortes, mas estamos trabalhando, indo comer fora, passeando em parques, andando de ônibus… A vida segue. E nem digo como crítica não, é fato.

Dia 240

É verdade que na maior parte do Brasil, o Coronavírus está desacelerando. Também é verdade que em partes do país está piorando… Reduzimos de mais de mil mortes por dia para metade disso, mas ainda são centenas de pessoas morrendo todo dia por uma doença que, ao que tudo indica, terá vacina disponível nos próximos meses. Sem certezas, é claro, mas às vezes a promessa é o suficiente.

E aqui eu me pego com um ligeiro problema: Como falar sério de algo que, aos poucos, está sumindo? Digo, notícias e chamadas de TV tem aos montes, mas conteúdo? Reportagens à sério, documentários, pesquisas? A menos que eu bote aqui as mais recentes suposições em artigos científicos – que não fariam nada mais que pirar a cabeça das pessoas – nada feito. E né, isso é um “problema“, assim mesmo, entre grandes aspas: Quem raios faz um trabalho sobre a vida pós-pandemia quando não estamos em pós-pandemia, mas muito bem parece?

Com isto não quero dizer que nada mudou nem vai mudar, nem de longe… Os desdobramentos da coisa toda ainda serão sentidos por muito tempo e alguns serão permanentes, mas vale dizer que a memória da pandemia, talvez, não seja tão forte assim. Talvez em 2022 a criançada mais nova se lembre deste ano como “o ano que não teve escola” e é isso aí… Talvez o Coronavírus não seja a Gripe Espanhola porque em 2120 isto aqui tudo seja uma pequena entrada no meio de outras tantas da linha do tempo. E, honestamente, não sei se é algo ruim. Quer dizer, pra mim é, mas eu tô vivo (E refletindo, mesmo que de forma extremamente superficial) neste momento, muito diferente de cinco gerações no futuro… Percebem o quão pouco o Brasil, e mesmo o resto do mundo, se preocupa com a fatídica “segunda onda”?

Bem… Que venha. Não é como se houvesse outra opção. Enquanto isto, ontem e nos outros 8 meses tem coisa pra te distrair.

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