Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – A Morte e a Ressurreição de um Herói/Vilão
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Banal, ridículo e inútil. Na maioria das vezes o personagem com certeza era MELHOR vivo do que morto e por isso a morte dele não salvará a HQ quando ele retornar dos mortos. Superman (Ou Super-Homem, seu tradicionalista chato) bateu as botas para um vilão fodástico em uma história estúpida (Convenhamos… CADÊ os heróis de verdade em A Morte de Super-Homem???) e depois voltou numa história já melhorzinha, só que… Com mullets e nada diferente. Muitos afirmaram: Era jogada de Marketing. Só que vendeu bem e a fórmula foi reutilizada. E até anos depois eles ainda lucram com isso. Em 2005 foi publicada no Brasil uma mini-série em duas edições de “conseqüências do retorno de Superman”, uma historinha sem sal, sem açúcar ou qualquer tipo de tempero que não influenciou em nada. Mas vendeu como se fosse algo importante.
Poderooosa!
E não é só a DC que se aproveita da morte de ícones. Quantas vezes Jean Grey, a Fênix do X-Men (Ah, vai, se você já viu X-Men 3 você sabe do que estou falando) já empacotou quantas vezes? E as desculpas para retorno são as mais estúpidas. Clones, formas alienígenas de tratamento, magia, necessidade para evento global. Ou… Ís vezes, até que bem cabida, mas que perde todo o sentido se encarada como um desmanche de uma bela história de morte. Ou de falta de bom senso mesmo.
Chorando a morte do “aprendiz”
Jason Todd, o segundo Robin (Não sabia que já tiveram vários Robins? Já são quatro e contando!), foi assassinado pelo público em votação aberta. Sua morte para o Coringa até marcou uma Era, de perda de inocência e punição aos vilões ao extremo. E o que aconteceu? Ele nem chegou a morrer de verdade, sendo ressuscitado pela filha do maior vilão do Homem-Morcego. Dizem as más línguas que a culpa de tudo é do Didio (Dan Didio para os íntimos), o chefão da DC Comics, que tem planejado inúmeros Mega-Eventos, necessitando assim de aventuras bizarras para seus heróis de modo que os leitores vejam que há algo errado no Universo/ Multiverso / Bígamoverso / Ou-Seja-Lá-O-Que-ForVerso da DC.
Você viu que um herói morreu? Saiba que ele VAI retornar, de alguma forma, mesmo que não seja da mesma forma que era antes. Se não for a mesma pessoa, será um sucessor ou até mesmo uma versão alternativa. Acreditem, ainda vão tirar Barry Allen, o segundo Flash, da cova algum dia definitivamente. E aí a verdadeira CRISE (Agora com os leitores) vai começar para as empresas de HQ. Por que não podiam ser todas regidas por gênios como Alan Moore? Porque não venderiam tanto, pequeno gafanhoto. Se você duvida, pergunte ao dono da banca o que sai mais: A Superman do mês ou o encadernado especial que tá lá no fundo da seção.
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