Meu problema com os portáteis
Provavelmente o juno já falou alguma coisa parecida com o que eu vou falar, mas como ele não tá ae na atividade desde 2009, eu acho que posso dar meu pitaco sobre, ainda mais porque foi só agora, no fim de 2013, que eu adentrei nesse mundo.
Final de 2013, foi quando a Aline, jogadora compulsiva de Pokemon, me deu o PSP dela, porque ela comprou um 3DS e parou de usar o PSP pra jogar Pokemon no emulador. Vai entender essa juventude. Mas a questão não é essa: Como bom nerd E muquirana, eu não poderia deixar passar um videogame gratuito, ainda mais sendo de grátis. Pois bem, com o PSP em mãos, eu fiz o que qualquer pessoa menos esclarecida faria: Fui atrás de jogos. Comecei com Dante’s Inferno e… Parei por ai. Claro que eu tou com outros jogos disponíveis, mas o fato de que um PSP é um equipamento feito exclusivamente pra jogar me desanimou, por mais contraditório que isso pareça. Me explicarei:
Se você tá com um PSP, as pessoas claramente assumem que você vai jogar, e isso tem uma visão negativa no mundo atual, porque se você joga, você é um vagabundo, procrastinador, e essas coisas. Agora, se você tem um celular modernoso, cheio dos lero-lero, você é in, é fashion, é diva, é tudo. Seja você um dos que compra celular novo, parcelado em quatrocentas e setenta e nove vezes por não ter grana; seja dos que descobre celulares usados à venda e faz a festa sem ficar liso, o que importa é que você não vai ser visto como vagabundo por carregar um celular mais nheco-nheco. E dá pra jogar neles também, ou seja, qual é a lógica?
Absurdo? Não, porque eu também descolei um celular de verdade, e rapaz, eu fechei o Army of Darkness Defense em… Sei lá, cinco dias? Comparado com duas semanas do Dante’s Inferno. E não, eu não vou medir tempo de jogo em horas, porque isso é cheat, e eu sou contra. Mas isso não é o mais relevante. A questão é: O PSP eu larguei na mochila, e praticamente não mexo com ele. Não sei se é porque eu não achei um jogo realmente bom dele, já que o Dante’s Inferno é bem fraquinho, os God of War também não são lá essas coisas, e mesmo o Patapon, que tinha tudo pra ser cocaína em forma de dados, não me animam a por a mão na parada. Em compensação, o celular, pra jogos, parte da mesma premissa pelo qual você não carrega uma calculadora por ae: Praticidade. O celular tem jogo, tem internet, tem calculadora, tem calendário, tem máquina fotográfica e muito mais, tudo num pequeno pedaço de plástico com circuitos. Quédizê: Celular não faz nada direito, mas faz um monte de coisa sem ocupar um volume absurdo no seu bolso.
Agora o PSP, por mais que seja focado em jogos, é um desgraçado: Não cabe direito no bolso, é ruim de segurar, sem contar os jogos repetitivos. Hack ‘n’ slash já deu no saco, galerinha. Patapon, que é um dos que fogem da proposta, não consegue prender tanto quanto eu esperava. Talvez eu não tenha tentado tudo que poderia no PSP, talvez seja porque eu não paguei por ele igual paguei pelo celular, talvez seja porque tou ficando mais velho e mais ranzinza, mas o fato é que o PSP não é tudo isso. Nem o Vita, ou a família DS, antes que algum engraçadinho venha falar bosta.
Claro que eles tem suas vantagens, como não ficar sem bateria durante uma viagem, ou o fato de que o seu dedo não fica na frente da tela, como nos celulares. Mas a grande superioridade de um console portátil na verdade são os comandos: Seja nos botões, seja um analógico marromeno, cê tem um dispositivo feito especificamente pra jogar em mãos, o que teoricamente torna a experiência muito mais proveitosa. E mesmo assim, não vale a pena.
Resumindo, hoje em dia os consoles portáteis estão para os consoles “fixos”, como os celulares estão pros PCs. E, assim como eu não acho que valha a pena ter um console por conta dos exclusivos, eu não acho que valha a pena ter um portátil que não tenha sido de graça. Agora deixa eu ir jogar mais Turbo Rally.
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