Minhas primeiras impressões sobre Game Of Thrones
A quarta temporada da série estreou hoje domingo e a HBO fez a finesse de liberar o sinal pra todo mundo. Pela primeira vez em quatro temporadas, pude assistir ao primeiro capítulo assim que o mesmo saiu. Como sempre, Game Of Thrones chega fazendo estardalhaço mundial. Aposto que, assim como a minha, a timeline de vocês tá lotada de gente escandalosa falando coisas sobre o casamento vermelho, os Martell, Arya da casa Conmekoo, Daenerys e mais. Sério, gente, nem sequer cogitem abrir o Tumblr.
Aliás, que que eu tô fazendo no Tumblr mesmo?
Ah, sim, spoilers, blá blá, peré-pão-duro. Capicce?
O episódio foi aberto por Peter Dinklage, meio-homem e Lannister mais amado dos sete continentes (Terrestres, tipo, da Terra mesmo, claro) dos reinos de cá, enquanto ele e sua comitiva esperam a chegada dos Dorneses. Claro que os produtores não vão perder a chance de expor o rostinho (Poupado das cicatrizes horríveis do personagem, claro) do cara que ganhou uma porralhada de prêmios importantes por aí no último ano.
Depois tivemos Dorneses fazendo merda, Dorneses fazendo putarias e uma cena deveras ousada. Nunca imaginei que a série, depois de anos de peitinhos encabulados, fosse tomar coragem pra um full nude frontal. Kudos, amigos. Aliás, respondam pra mim nos comentários uma coisa sobre a qual não consegui formar opinião ainda: A cena foi apelativa ou encaixou bem? Serviu pra construir o personagem do Oberyn ou só preencheu a cota de mulher pelada do episódio? Acho que, de algum modo, aquela atmosfera soube passar bem o espírito de sangue quente dornês. Mas, mesmo assim, muita mulher pelada junta sempre me cheira apelativo. Minha única crítica técnica é que estamos na Idade Média e a prostituta estava depilada demais pra aquela época.
Partimos então pra Porto Real; ver a Sansa sofrendo me parte o coração. Eu sempre tive muita simpatia pela personagem, principalmente a partir do terceiro livro, e a Sophie Turner só multiplicou esse sentimento. A caracterização dela tá ótima. O rosto mais ossudo e pálido, o cabelo penteado pra trás e as roupas escuras sem caimento nenhum pra uma menina de quatorze anos: Um figurino bem montado pra me fazer querer abraçar a ruivinha. Agora, ver a Shae tendo um piti de ciúme me deixou com o pé atrás. Uma das dúvidas que os fãs sempre tiveram quanto aos livros era se a aia realmente traiu Tyrion ou estava tentando negociar com papi Lannister. Espero que a série nos responda. Se a primeira possibilidade for a verdadeira, começaram hoje a criar terreno pra uma mudança radical de personalidade nela.
Porto Real tá se preparando pro maior evento do ano: O casamento do rei e da vadiazinha de Jardim de Cima, como diria mami-Cersei. Aparentemente, nossa futura rainha também não aguenta muito o pobre Joffrey e, experiente do jeito que é, vai ter que se segurar pra não sair procurando consolo pós matrimonial por aí. Se é que me entendem.
Quem leu o quarto livro sabe bem do que eu tô falando. Ah, é, avisei que tinha spoiler.
Olha, eu tive minhas dúvidas sobre a Margaery. No livro, a maior razão pra ela ser perigosa era o fato de parecer uma criancinha inocente. Dezesseis anos de idade, cara fresquinha e rosada, um anjinho de candura, que pouco a pouco abre as asinhas. Nada contra a Natalie Dorner, mas aquele mulherão no lugar da criaturinha doce que eu esperava ainda não me convenceu. Sei lá, vai ser esperar pra ver.
A última cena em Porto Real é protagonizada pelo casal incestuoso mais eletrizante da televisão: Cersei e Jaime, o cara sem honra mais honrado dessas bandas. Ele quer, ela tá puta, os dois tão meio de saco cheio do Joffrey enchendo o saco e de levar patada de papi-Lannister toda hora. Velho pau no cu, cara, vô te falar. Olha, eu gosto muito da caracterização do Jaime. A da Cersei, sei lá, parece que pegaram todo o fogo que ela tinha que ter e injetaram na Margaery. Sim, às vezes acho que foi uma boa escolha, pra que ela pareça mais fria e psicótica, só que eu sinto falta de uma rainha de decotão, bebendo vinho e seduzindo todas as piroks que rondam Porto Real (Até o Rapaz Lua pelo o que ouço falar).
Agora, atravessando o Atlântico (Haha, pegaram a piada? Não? Morram), chegamos a Daenerys, que não é dragão mas solta uma baforada danada pelas pregas quando o amiguinho Nahario chega perto. No lugar dela eu faria o mesmo. O ator anterior era bem mais ou menos. Mas acharam um cara dez vezes mais lindo pra interpretar o personagem. Boa escolha. Quase não deu pra reparar, aliás, tão sem sal era o primeiro ator. Bom, Danny continua forte, independente, feminista e libertadora de correntes. Porém, suas lagartixinhas obesas tão chegando na adolescência. O pretinho aparentemente chegou na puberdade e quer cantar de galo. Um CGI lindo, pra compensar anos de dragões presos em jaulas pra economizar o orçamento. Amo a personagem.
Por fim, a metade final do episódio é dedicada a Arya, Arry, Nan, Nymeria, aquela de mil nomes. Matando sem piedade. Finalmente chegamos à Arya do livro que fascina todo mundo. Uma criança que ainda nem passou pela menarca e já matou muita gente. Virou assassina. A Maisie Williams tá simplesmente fenomenal. Por ser baixinha e ter cara de menino, realmente consigo acreditar que é uma menina de onze anos na TV.
O episódio, no geral, foi meio morno. Como sempre, tem muita história pra contar e precisam distribuir bem os capítulos dos livros, pra não entregar o ouro de uma vez e perder o interesse da audiência. Quem lembra bem sabe que o quatro livro não tem lá um clímax e que o terceiro tem ambos os pontos altos na metade. Vão precisar rebolar pra juntar todos os eventos dos livros 3, 4 e 5 em ordem cronológica e, pela falta de equilíbrio de ritmo entre eles, manter de um jeito que fique bom na TV.
Vamos esperar. Pode ser uma puta temporada ou pode ser morninha. Não me arrisco a dizer que seja ruim por que o orçamento é muito arriscado pra tal.
E vocês, o que me contam?
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