Namorando um gamer…

Games terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Antes de mais nada, as clássicas apresentações: Sandrine, revisora do Naftalina e do Ressonância, vim aqui pra brincar de vestir a Barbie de explorar o mundo gamer com a Manu. Quer dizer, isso se vocês não me odiarem muito.

Ok, mentira, eu não ligo pra opinião de vocês.

Quando o Atillah convidou pra escrever, eu pensei “Pombas, vou falar sobre o quê? Eu jogo tanto quanto a Manu!”. Porém, conversando com meu redator favorito, surgiu o tema dessa coluna: relacionamento com um gamer, COMOFAS/

Mulheres reclamam que são trocadas pelo Kratos, enquanto homens tão cansados do interminável mimimi feminino quando precisam de concentração pra dar uma coça no Ares. Acredite, é uma situação sacal pra ambos. Não digo isso por experiência própria, já que eu não me lembro de alguma vez ter enchido o saco por conta disso, mas tenho amigas e amigos que sofrem ou já sofreram com essa situação. Numa pesquisada rápida na Internets encontrei uma quantidade razoável de mulheres que se dizem preteridas por seus respectivos, que preferem ficar jogando a sair com elas. Sugestões pra resolver o problema também não faltam, mas a campeã é “aiii, amiiiiiga, bota um chifre nele pra ele ver o que é bommm!!11! rssss”. Só eu acho isso extremamente idiota?

Vai ver é coisa minha, mas eu consigo achar graça até de ficar olhando alguém jogando. Na pior das hipóteses, vou fazer outra coisa da vida, mas ficar na volta feito uma gralha descontrolada e desesperada por atenção não parece fazer muito sentido, além de ser humilhante.

BITCH. STOP. BITCHIN’.

Mas peraí, concordo que tem muito cara que abusa da nossa boa vontade. Se a guria já não gosta de futebol de verdade, pra que ficar insistindo pra ela aprender e amar Winning Eleven? É o mesmo que ela te pedir pra começar a assistir novela ou *insira uma atividade predominantemente feminina muito muito muito insuportável*.

Fato é que muitas gurias não têm a paciência ou a coordenação (oooi!) pra ficar apertando botões em sequência, enquanto rezam pra ter feito tudo certo, o que torna a experiência de jogar solitariamente bastante frustrante. Então, ao invés de ficar tentando convencer a sua gordinha que esmurrar um colosso é épico, eu aconselho a incluir ela na brincadeira.

Quando um ex-namorado resolveu adquirir o videogame próprio, confesso que tive um certo receio de ser deixada de lado. Mas antes que eu pudesse pensar em reclamar, ele apareceu com Marvel Ultimate Alliance, e eu agradeço aos céus por isso. Ok, eu nunca cheguei a ter contato com os quadrinhos e tudo que conheço do universo Marvel se resume aos desenhos animados, mas isso não impediu que o modo cooperativo trouxesse horas e horas de diversão em dupla, além de ter me despertado o amor pelo Deadpool.

E quem joga com o Capitão América é um APELÃO DE MERDA.

Depois disso, começamos a jogar Justice League Heroes, e quando me dei conta já tava com sangue no olho, esbravejando com o jogo. MALDITOS CIVIS! Daí pra ser apresentada a Okami e Kingdom Hearts foi um pulo. Tudo bem, podem dizer que são jogos pra mulherzinha, mas o namoro acabou antes que eu pudesse terminá-los, e eu culpo isso pela brusca pausa no meu desenvolvimento gamístico. Se alguém tiver um PS2 sem uso, que não vá fazer falta, aceito doações.

Vejam bem, longe de mim querer ensinar qualquer um de vocês a ter um relacionamento saudável sem abrir mão dos games, ou mesmo insistir que a mulherada se obrigue a entrar nesse mundo, mas por que não dar uma chance? Garanto que chutar a bunda do Galactus é muito mais gratificante que ficar na volta reclamando que o teu namorado não pensa em mais nada. E pros guris, vai que ela se inspira, aprende um pouquinho, e surge com a pérola “TÁ NA HORA DO PAU!”? I rest my case.

(Nota do Editor: Como vocês podem ver, descolei MAIS UMA gordinha pra escrever nessa bagaça. QUEM É O MESTRE? – Atillah)

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