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Figuras de linguagem são muito úteis, principalmente se você quer impressionar alguém com a sua fala. Apesar de “querer aparecer” ser um bom motivo para aprende-las, ainda mais importante que isso é entender (Pelo menos em parte) o que nós do Bacon escrevemos.
Figuras de linguagem são recursos que uma pessoa usa na intenção de modificar o sentido de uma palavra ou frase específica. Aqui vou mostrar as mais usadas no português, na (Vã) esperança que os comentários idiotas diminuam.
Aliteração
Aliteração é quando um som (Fonema) é repetido:
“Nasceu, cresceu, morreu, se fodeu”
Elipse
Elipse é quando uma palavra (Seja um verbo, um adjetivo, enfim, qualquer coisa) fica subentendido, ou seja, não aparece na fala (Ou na escrita), mas você sabe que ela está lá:
“Três ou quatro?” (Aonde poderia se omitir coisas como “colheres de açúcar” ou “socos”)
Pleonasmo
É a repetição de uma ou mais expressões que tem o mesmo significado:
“O morto morreu” ou “Descer pra baixo” ou
Ambiguidade
Essa é fácil e (Quase) todo mundo conhece, é quando uma frase, palavra ou expressão tem dois (Ou mais) significados diferentes:
“Onde está a porta da sua irmã?!” ou
Antítese
É quando há duas idéias opostas:
“Eu amo ela, mas ela me odeia”
Eufemismo
É quando uma palavra ou expressão é trocada, na intenção de suavizar a sentença (Leia “é para os fracos não ficarem chocados”):
“Robertinho faleceu” (Onde uma pessoa sincera falaria “O cara morreu”)
Metáfora
Ocorre quando se diz uma coisa, mas o significado é completamente diferente
“Ele é fresco como uma borboleta” ou
Onomatopéia
É a representalão escrita de um som:
“Ai” ou
Paradoxo
É quando duas idéias, conflitantes entre si, aparecem juntas numa frase:
“Deus é o amor. O amor é cego. Stevie Wonder é cego. Logo, Stevie Wonder é Deus” ou
Zoomorfização
É dar características de animais para um ser humano.
Personificação
O contrário da zoomorfização, portanto, é dar características humanas para animais.
Sinestesia
Sinestesia é quando se procura dar a sensação de gosto, som, tato, cheiro ou visão em algo escrito:
Pois bem, agora que você já sabe, use. Ter o conhecimento sobre alguma coisa e não usá-lo é equivalente à comprar um carro e continar usando ônibus. Sabe quando sua mãe fala “tanta gente passando fome e você não come o brócolis”? Pois é, pense em algo nessa linha.
Figuras de linguagem são uma parte interessante da língua portuguesa e apesar de não parecer, não são tão (Olha a aliteração aí) chatas quanto análise sintática. Aliás, são muito úteis, não só na escrita, mas na hora de xingar alguém. Além do que, ficar só no “O livro está na mesa” do português é algo cansativo. Mas como o objetivo desse texto é ensinar os leitores, creio que é um bom começo (Não que terá meio e fim)… Ou não.
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