Novidades da Terra da Rainha
Nem só de séries americanas um seriemaníaco pode sobreviver. Sempre há outras opções, principalmente de outros paises, como no caso de hoje: Séries inglesas. Neste ano, já havia destacado séries bacanas e interessantes como Survivors e Apparitions, além de sempre citar um já clássico moderno, Life on Mars UK (Excelente série policial com duas temporadas de 8 episódios). Claro que nem tudo são flores, já conheci outra série inglesa chamada Demons que parecia um arremedo de Supernatural com Buffy, a qual larguei depois do episódio piloto.
Nestas últimas semanas estreiaram duas séries que pude acompanhar que já conseguiram aguçar minha curiosidade e expectativa para o episódio seguinte (O bom de acompanhar séries inglesas é que normalmente elas apresentam temporadas curtas com poucos episódios, na média 8. Claro que se você gostar muito da série, isto se torna um problema, mas dificilmente o tema da série se esgota rapidamente), são elas: Misfits e Paradox.
Misfits: A história gira em torno de um grupo de cinco jovens que cometeram algum tipo de crime e agora são obrigados a prestar serviços comunitários. Após serem atingidos por um relâmpago, eles desenvolvem super poderes. Kelly passa a ouvir os pensamentos das pessoas; Curtis pode desfazer fatos que ocorreram nos últimos minutos; Alisha é capaz de provocar uma incrível libido nas pessoas que tocarem sua pele; Simon pode se tornar invisível sempre que se sente ignorado; e Nathan parece não ter descoberto ainda seus poderes, o que o deixa frustrado.
Primeiras Impressões: A série já vem sendo considerada um misto de Skins (Outra famosa série inglesa que trata do universo adolescente de maneira nua e crua, bem longe dos devaneios americanos presentes em Gossip Girl) com Heroes. Na comparação, pelo menos no que pude acompanhar em dois episódios, Heroes perde já de largada. A trama de Misfits, apesar de falar em poderes especiais, trata os personagens, jovens, como pessoas comuns, longe das viagens temporais de Hiro, frases de efeito de Mohinder e a cara de boring de Peter.
Nota-se uma preocupação em criar uma empatia com os personagens, marginalizados pela própria situação em que se encontram, mas não para termos pena dos mesmos, muito pelo contrário: Estes são cheios de defeitos, características peculiares e comportamentos idem, cheio de palavrões, drogas e hormônios em ebulição. Por enquanto, o personagem que mais teve espeço foi o hilário Nathan, que ainda não descobriu seu poder, mas já foi expulso de casa pela mãe, afinal ele não aceita seu relacionamento com um namorado e se envolveu com outra mulher que foi atingida pela tempestade.
Pelo que pude notar, o foco da série será os personagens convivendo com seus novos poderes e descobrindo outros que também tiveram poderes revelados. No entanto, parece que a storyline envolvendo o assassinato do monitor da turma, que havia se transformado num tipo zumbo após a tempestade, não será deixada de lado e deve ser o arco desta temporada. Vale uma conferida pelo conjunto do que apresentou até agora, sem esquecer do ótimo humor inglês.
Paradox: Na história, uma grande quantidade de imagens fragmentadas são baixadas no computador do Dr. King, um cientista. Sem saber a fonte, ele logo percebe que as imagens revelam eventos catastróficos que ocorrerão 18 horas no futuro. Ele busca ajuda na polícia, o que leva a inspetora Rebecca Flint, a tentar evitar os fatos apresentados nas imagens.
Primeiras Impressões: Aqui, com certeza, vale este título, pude acompanhar somente o episódio piloto da série, que rapidamente nos remete ao filme futurista Minority Report, com Tom Cruise, ou até mesmo uma linha similar com FlashForward, mas devemos ter aqui uma série policial de procedimentos. Ainda não dá para avaliar muito como a série expandirá seus conceitos, afinal os eventos futuros são recebidos como imagens estásticas enviadas atráves de satélites sem haver informação de mandantes ou outros eventos que expliquem como isto ocorre, mas a instiga bastante a curiosidade.
Uma das características de quase todas séries inglesas é que como elas são mais reais, verossímeis, do que um simples espetáculo de entretenimento como as séries americanas, os eventos normalmente tendem a serem mais dramáticos e como isto já ocorre neste primeiro episódio a série já garantiu minha presença para conferir o segundo.