O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)

Cinema terça-feira, 20 de janeiro de 2009 Uiara

Era uma vez um bebê que nasceu com 80 anos. Benjamin nasceu enrugado e feioso, como todos os bebês, mas com mais um defeito: cheio das doenças degenerativas típicas da 3ª idade. O pai achou o bicho tão feio que o largou na frente de uma casa que, por boa coincidência, era um asilo. A mulher que cuida dos velhinhos, Queenie (Taraji P. Henson), leva um susto daqueles ao ver aquela criança virada do avesso mas decide criá-lo, porque os horrivelmente estranhos também são filho de Deus. No asilo, Benjamin vai crescendo e, para a surpresa dos moradores, ficando mais jovem. Depois de umas cena engraçadas de quase exorcismo, o menino/velhinho começa a andar. A morte é uma coisa comum naquela casa e Benjamin acha que cada dia que ele sobrevive é lucro.

Um belo dia, a neta de uma das velhinhas da casa aprece e quebra as pernas de Ben (no bom sentido, claro). A ruivinha Daisy é uma das primeiras a dizer na lata que ele é estranho, mas faz isso de uma forma tão doce como há muito não via no cinema. Depois de crescer (e rejuvenescer) um pouco mais, o moço sai de casa pra trabalhar num barco. Nessas, ele vai parar na Rússia, onde conhece uma senhorinha casada, de nome Elizabeth Abbot (Tilda Swinton). Benjamin, apesar de criado por MUITAS avós, não deixa a desejar. Tudo regado a muita vodka, caviar e chás de madrugada. Depois o velho rapaz parte pra guerra. Naturalmente, em um dado ponto da história, Benjamin volta a encontrar a ruiva Daisy (Kate Blanchett) no meio da linha do tempo, quando a aparência dos dois não chocaria a lei ou a sociedade cristã ocidental. A história é contada através de um manuscrito que Benjamin deixa com Daisy. Sua filha lê a história enquanto a velhinha está num hospital com o pé na cova. Ao mesmo tempo, um furacão aproxima-se de Nova Orleans. Aliás, UM não, O furacão, aquele que vimos na televisão uns anos atrás. A locação, por sinal, foi sugestão de Brad Pitt.

A metade macho do ser Brangelina está sensacional no papel, convencendo tanto como velhinho caquético quanto como bonitão de 20 anos. Com um pouco de ajuda da luz e da maquiagem, Pitt ficou idêntico ao Joe Black de Encontro Marcado, personagem do próprio de 1998. O papel tá do jeito que a Academia gosta, podendo render o primeiro Oscar do moço. Ainda falando de Oscar, não acho que O Curioso Caso de Benjamin Button ganhe como melhor filme. MAS tem muita chance na área de fotografia e maquiagem, além de indicações garantidas pra melhor ator, atriz, diretor e, claro, filme. No quesito atriz, por sinal, tenho que tirar o chapéu pra Cate Blanchett. Que ela é ótima e só faz filmão, não é novidade. Só que dia desses tava conversando com uns amigos e eles diziam que a Cate era super bonita, mas eu discordava. No entanto, depois de O Curioso Caso, tive que morder minha língua. A cena que ela dança pro Benjamin é belíssima e, ou a maquiagem dela tava DAQUELAS, ou a mulher é bonita mesmo e eu nunca tinha prestado atenção.

Sempre que eu falo desse filme, as pessoas me perguntam se, afinal, o cara morre e como. E a verdade é que… vocês deveriam levantar suas bundas gordas e ir ao cinema ver. Eu recomendo.

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