O Exterminador do Futuro (The Terminator)
Num futuro próximo, a guerra entre humanos e máquinas foi deflagrada. Com a tecnologia a seu dispor, um plano inusitado é arquitetado pelas máquinas ao enviar para o passado um andróide (Arnold Schwarzenegger) com a missão de matar a mãe (Linda Hamilton) daquele que viria a se transformar num líder e seu pior inimigo. Contudo, os humanos também conseguem enviar um representante (Michael Biehn) para proteger a mulher e tentar garantir o futuro da humanidade.
Você pode não ter visto esse filme, que não foi tão bem sucedido quanto seu sucessor. Mas foi ele quem abriu caminho pra duas franquias da cultura pop: Exterminador do Futuro e Arnold Schwarzenegger. E não, ninguém liga pros filmes do Conan. E antes que vocês me acusem de inculto: Inculto é seu pai, que assistiu Conan só pra ver o Schwarzenegger de sovaco depilado.
Mas então, qual o motivo de O Exterminador do Futuro ter sido tão determinante? Oras, é muito simples: Um androide gigante com sotaque austríaco vindo do futuro que caça uma garçonete que dará a luz ao líder da revolução contra as máquinas. Extremamente simples, não é mesmo?
Obviamente não é, e eu nem falei de viagem no tempo ainda. O que acontece você já deve saber, seja por ter visto o filme, seja por ter revivido a situação nas inúmeras paródias/referências que se seguiram: Um viajante do tempo com a missão de matar alguém e mudar o futuro, enquanto outro viajante do tempo tem a missão de impedir o primeiro viajante, pra manter o futuro como está/seria/será. Confuso? Não fique, a putaria nem começou. Viagens no tempo sempre dão treta, seja pra quem tá indo dar um rolê, seja pra quem tá só assistindo.
Claro que, como boa inteligência artificial, o Terminator fez o que qualquer um faria em 1984 pra achar seu alvo: Procurou na lista telefônica e saiu atirando em todo mundo que tinha o nome do alvo. Sem reconhecimento facial, sem identificação nenhuma. Só uma lista feita pela companhia telefônica da região geral onde o alvo morava. Aliás, Sarah Connor não era nem um bom alvo, era uma zé-ninguém da vida, sendo garçonete pra pagar as contas e não tendo perspectiva de vida. De certa forma, a mãe de um messias, o salvador da humanidade na luta contra os pecados robôs.
Aliás, não sei o que motivou o sr. James Cameron a escalar a Linda Hamilton pro papel de Sarah Connor, mas a escolha se mostrou bem acertada, já que a cara de pamonha dela ante a ameaça do Terminator é bem convincente, mas a evolução da personagem não é pouca coisa, transformando a pamonha em uma máquina de matar [Trocadilho intencional]. Mas voltarei a isso quando for conveniente [Ou seja, quando for falar de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final].
E temos Kyle Reese, sem o qual não haveria nada disso. Nada disso, no caso, se refere à vitória dos humanos contra as máquinas, já que Kyle é o pai de John Connor. Mas isso só é possível porque Kyle voltou no tempo antes dele mesmo ter nascido, e engravidou Sarah Connor, mãe do gênio da estratégia e batalha com o qual lutou lado a lado. Eu não falei que ficava mais esquisito?
Mas, querendo ou não, o maior mérito dessa bagaça foi introduzir [UI!] o Arnold Schwarzenegger no rolo. Caralho, o maluco é um fisiculturista com sotaque enrolado que tem poucas falas! E mesmo sendo uma péssima ideia pra um modelo de infiltração, que não deveria chamar atenção, o brucutu ganhou o público com o carisma pessoal inato do titio Schwarza. Tanto é que na sequência virou o jogo e se tornou o herói da parada. Mas isso é tema pra outro texto.
O Exterminador do Futuro
The Terminator (107 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, Reino Unido, 1984
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron, Gale Anne Hurd e William Wisher Jr.
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Biehn, Linda Hamilton, Lance Henriksen, Paul Winfield e Rick Rossovich
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