O lado Penny
Me é difícil imaginar uma gamer girl que seja audiência para os jogos feitos para garotas. Digo isso perante a minha decepção ao digitar “jogos + meninas” no Google.
Vista a Anne para a praia.
Vista a noiva.
Escolha a maquiagem da Cristina.
Vista a Mulher-Gato.
Ad nauseum.
Suspeito que todos vocês saibam que a nossa colunista do AOE preferida, a Bel, só escreve textos quando bêbada. Sinto-me ébria o suficiente para testar essa possibilidade.
Não comento o fato de que não vejo nada do que escrevo. Acho que isso é normal. Aliás, se eu debizar a coluna, culpem o Juno.
Tudo é sempre culpa do chefinho, mesmo.
Fato é que não suporto mais os jogos voltados ao público feminino. The Sims me irrita, Barbie me enoja e qualquer site de jogos online me deixa a ponto de bater em alguém.
Sendo sincera, se ainda fosse um jogo de vestir o Ken e deixá-lo peladão, até ia. Ia fácil. Orra, o Ken era minha paixão infantil – até porque meus vizinhos eram deveras feiosos. Aliás, um jogo de vestir o Ken de Théo que criasse um .gif andando por aí com um salame na mão e um chow-chow na outra, ó, sucesso instantâneo.
Ok, esse foi um puta self-owned e acabei de estragar minha paixão infantil pelo Ken.
Para as mulheres mais normais, que não são muito ligadas ao mundo gamer, isso não faz diferença. O maior contato que elas têm com os jogos para a audiência feminina é quando uma priminha ou sobrinha aparece em casa, e, nesse caso, jogo da Barbie é tudo o que elas gostariam.
O problema é pra quem é um pouco Penny.
Penny é uma personagem de The Big Bang Theory, e eu particularmente adoro ela. A menina se muda pra um apartamento ao lado de dois nerds (mas nerds MERMO), e acaba sendo sugada pro mundo hi-tech/gamer/freak dos novos vizinhos.
Penny não só tem que suportar os costumes bizarros de Sheldon e Leonard, ela acaba entrando na onda dos dois. Nesse episódio aí, Sheldon mostra Age of Conan pra ela e a menina vicia no jogo.
Isso acontece frequentemente com quem tem namorado, amigo ou familiar que jogue. Não é fácil ser audiência pros jogos voltados ao público feminino, logo, acabamos nos voltando para o Dead or Alive, o WoW ou até mesmo o F.E.A.R. nosso de cada dia, nos metendo nos jogos “masculinos”.
Ah, sim, HÁ diferença entre os jogos. Não chego a dizer que estejam produzindo jogos voltados exclusivamente ao gamer boy, mas o modo como o pessoal se assusta quando vê uma gamer responsa jogando The Duel mostra mais uma vez o maldito preconceito com as gamer girls.
E se for uma menina bonita jogando, O HORROR. Deve ser fake!
Isso porque, claro, mulher bonita é inútil e só pode gostar de The Sims.
Mas claro que eu tenho mania de esperar demais das pessoas e tal. Por exemplo? Tenho esperanças de que não me comparem com a Marimoon hoje.
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