O Mágico de Oz (The Wizard of Oz) (2)
Baseado na história de L. Frank Baum, o filme O Mágico de Oz (de 1939) conta a história de Dorothy Gale e seu cachorro Totó. Um belo dia, depois de uma tentativa de fuga frustrada pra salvar seu cachorrinho das garras de uma vizinha xarope, um tornado passa pelo Kansas e leva a casa de Dorothy para além do arco-íris, na terra de Oz. Lá a menina passa por alguns perrengues ao tentar encontrar o grande Mágico de Oz, o único que pode mandá-la de volta pra casa. E no meio do caminho faz amizade com um espantalho, um homem de lata e um leão, todos desprovidos de alguma coisa e dispostos a acompanha-la na empreitada afim de ganhar uns presentes do Mágico.
Esse sim é um clássico. E pra já começar a animar vocês a assistir, aviso que é um filme curto E colorido. Não se assustem com o começo em sépia, porque apesar de lindíssimo depois de uns 20 minutos a terra de Oz aparece lá, coloridinha. É nesse comecinho que Judy Garland canta a música que foi estragada sem pudor por Luiza Possi, mas que em inglês fala do sonho da mocinha do Kansas de sair do interiorrrr de perto da vizinha má que quer matar o pobre do cachorrinho Totó. “Over the Rainbow” ganhou dois Oscars de melhor música, inclusive.
É por conta de um tornado que a menina acaba parando em Oz, já que sua casa cai em cima da Bruxa Má do Leste e mata a mulher das meias legais. A primeira a receber e explicar para Dorothy WTF tava acontecendo é Glinda, a Bruxa Boa do Norte, e que aproveita pra apresentar também uma porrada de anões que moram no lugarejo, os Munchkins. Todos ficam muito agradecidos, menos a irmã da falecida, a Bruxa Má do Oeste, que quer muito uns sapatinhos de Rubi que acabam parando magicamente nos pés de Dorothy. Só que essa não quer saber de sapato, mágica, rubis ou crianças vestidas de anões com vozes distorcidas. Dottie quer mesmo é voltar pra casa, porque tá preocupadona com a tia.
Mas a Bruxa Boa do Norte (quem será a Bruxa do Sul? O Mágico de Oz? Hum…) resolve mandar Dorothy pro tal Grande Oz pelo famoso Caminho de Tijolos Amarelos. Só que Glinda é um tipo de Mestre dos Magos fêmea, que dá uma dica meio retorcida e torce pro pupilo se foder e deixa quem tá em perigo mais perdido que antes. E desse jeito, em menos de meio metro de caminhada, Dorothy e o cãozinho Totó se deparam com uma bifurcação. Sorte que pendurado ali no meio tem um Espantalho que fala, mas não sabe lá bem pra que lado é a Cidade das Esmeraldas (onde Oz mora). Isso porque não tem um cérebro. Sim, não tem cérebro e fala… Vai dizer que você não conhece um tanto de gente assim?
Dorothy solta o Espantalho e os dois seguem rumo a Cidade das Esmeraldas. No caminho encontram o Homem de Lata totalmente enferrujado. Depois de passar um oleozinho na boca do moço, ele conta que ficou assim por conta de um dia de chuva e depois desata a reclamar de como é triste não ter um coração. Ele se junta então a carreata que vai tentar a sorte na porta da esperança, má oê com o Mágico de Oz. Mais a frente eles encontram ainda um Leão Covarde, que vai pedir, adivinhem, um tantinho de coragem.
Na definição de clássicos, acho que esse se enquadra em um clássico dos clássicos. Confesso que nunca tinha visto esse filme antes do último fim de semana, por não achar esse bendito DVD em lugar nenhum. Um belo dia lembrei de procurar no site mais óbvio da internet e achei um box com nada mais, nada menos que TRÊS DVDs, sendo que o filme mesmo dura menos de duas horas. Então, nesse momento, ao escrever esse texto, tô escutando a trilha do filme depois de ter passado o dia vendo extras , além de estar calçada com sapatinhos vermelhos. Passei boa parte da tarde fazendo o passinho da Dorothy quando canta
We’re off to see the Wizard, the Wonderful Wizard of Oz. We hear he is a whiz of a Wiz if ever a Wiz there was. If ever, oh ever, a Wiz there was, the Wizard of Oz is one because, because, because, because, because, because, because of the wonderful things he does.
É mais um desses filmes que vai te deixar com a trilha sonora grudada na cabeça, até por se tratar de um musical. Recomendo, inclusive, que assistam a versão remasterizada tanto pelo som quanto pela imagem. Não que a antiga seja ruim, mas as cores do filme são sinplesmente um personagem a parte. E sim, já tinha cor no cinema em 39. Mas falando em personagens, acho que como a grana gasta com efeitos foi tão grande que acabaram contratando só uns 5 atores pra fazer todos os personagens.
Ok, CLARO que tem mais que cinco atores… E o elenco foi escolhido a dedo, pois a maioria interpreta mais de um personagem. Frank Morgan, por exemplo, interpretou nada mais nada menos que CINCO personagens (entre eles o próprio Mágico de Oz). Destaque também pro Ray Bolger, que fez o espantalho com uma perfeição espantosa (trocadilhos bestas [off]); pro cachorrinho Totó, que na verdade era uma cadela; e, claro, pra Judy Garland no maior papel da vida dela.
Esse é mais um desses filmes que eu poderia passar horas falando, ainda mais depois de três DVDs de extras, mas se vocês leitores desnaturados não perceberam, o quadro já tá atrasado.
O Mágico de Oz
The Wizard of Oz (101 minutos – Musical)
Lançamento: EUA, 1939
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf e L. Frank Baum (original)
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton e Terry como Totó.
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