O Príncipe (Maquiavel)
Eis que chegamos no momento de falar sobre política aqui no Bacon. Todo mundo que tenha o mínimo de inteligência e conhecimento já ouviu falar de Maquiavel e de sua principal obra, O Príncipe, portanto vamos esclarecer algumas coisas sobre a obra. Ou não… Quem liga?
O Príncipe é, com cerca de 92% de certeza, o melhor manual já feito caso você queria liderar o que quer que seja: Esqueça esses livros de auto-ajuda, livros escritos por economistas, blogs, seu chefe, cartomantes e qualquer outra coisa, tudo que você precisa é ler, com a devida atenção e interesse, a obra de Maquiavel (E falo não só d’O Príncipe, mas também de A Arte da Guerra – a qual eu não li, ainda).
Nota do editor: Logo se nota que não leu A Arte da Guerra. O mesmo foi escrito por Sun Tzu, no século IV antes de cristo, na China.
Nota do escritor: Dell’arte della guerra escrito em 1520 por Maquiavel, na Itália, e que é totalmente diferente da A Arte da Guerra [O nome original não aparece] escrito por Sun Tzu.
Maquiavel fala, em sua carta dedicatória, que o livro é exatamente o que parece, um manual, aconselhando os “príncipes” (No livro, príncipe equivale à líder, só uma questão de época) o que deve (Ou pode) fazer para chegar ao poder, como se manter lá, como voltar ao poder caso este o seja tirado e, para completar, ensina/explica tudo que é realmente útil sobre as monarquias, os grandes impérios (Como o romano e o de Alexandre, o Grande), a democracia civil, Estados controlados por uma Igreja, como criar e manter exércitos, a relação entre o líder e os seus subordinados, como o príncipe deve se portar, como defender seus territórios (WAR feelings) e com quem (E como) se relacionar.
Que aliás, é muito mais filho da puta que Maquiavel. Deixem-me esclarecer uma coisa aqui: Maquiavel não era (Pelo menos em sua obra) aquele grandíssimo cuzão que tanto falam. Sim, “os fins justificam os meios” e “é melhor ser temido do que amado” estão presentes no livro, mas são totalmente condizentes com o resto da obra e com o contesto que o livro trata. Comparando o que Maquiavel escreveu com os comentários de Napoleão, fica claro que Napolão é muito mais disposto à tomar medidas extremas e/ou cruéis que Maquiavel, e devo incluir também que várias vezes, quando Maquiavel aconselha à uma medida “pacífica”, Napoleão o critica, portanto caros pseudo-intelectuais de Wikipédia, empalem-se e morram.
Como a contracapa do livro diz: “O Príncipe é um livro polêmico, perigoso e revolucionário”, “nenhum político, empresário, governante ou líder pode permitir-se ignorar os ensinamentos de Maquiavel”. O Príncipe é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores livros já escritos e uma das melhores obras para dizer ao homem que este é apenas um homem (Chupem aí, Faraós): Um homem que faz centenas de merdas e acerta de vez em quando. Definitivamente, leitura obrigatória.
O Príncipe
Il Principe
Ano de Edição: 1997
Autor: Maquiavel
Número de Páginas: 178
Editora: Martin Claret
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