O Silmarillion (J.R.R. Tolkien)

Livros segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sabe quando você leu O Senhor dos Anéis (Aqui, aqui e aqui) e ficou puto por confundir nomes, ter de ler centenas de páginas de descrição de lugares e todo aquele come-não-come entre o Frodo e o Sam? Pois é, O Senhor dos Anéis se passa em 2 anos, mas O Silmarillion se passa em mais de 5 mil.

 Gandalf o caralho, nego matava balrog na base da ESPADADA.

Como vocês já devem saber, a Terra Média teve 3 eras principais: A primeira, que começa quando surgem o Sol e a Lua e que acaba com a derrota de Melkor (O verdadeiro Senhor do Escuro, chefe do Sauron), a segunda, que começa com a fundação dos Portos Cinzentos (De onde os elfos vão para o Oeste) e termina quando Sauron é derrotado, a terceira era, que começa quando a Árvore Branca é plantada em Minas Tirith e que termina com a destruição do Um Anel e consequente derrota de Sauron. Além dessas 3, houve a quarta era, que começa com a coroação do Aragorn (Sim, O Senhor dos Anéis se passa em 2 eras), a quinta, a sexta e a sétima, mas nenhuma delas realmente importa aqui.

O Silmarillion começa com Ilúvatar (O deus supremo da coisa) mandando os Ainur (Ou Valar) criarem o mundo (Ëa), e eles então cantam a Ainulindalë, na qual o mundo é criado. Ilúvatar os manda para o mundo, para que eles cuidassem das coisas por lá enquanto ele tirava uma soneca. Os Valar, junto com seus criados, os Maiar, governaram o mundo, criando coisas e protegendo todos os seres vivos, até que Melkor resolveu se rebelar porque queria poder, e para isso começou a distorcer as criações dos outros Valar e de Ilúvatar (Por isso surgiram os balrogs, os dragões, orcs, trolls e todo o resto), dando início então aos acontecimentos “de verdade” das próximas três eras do mundo… Dizendo assim parece que O Silmarillion é fácil de ler, né?

 Nada mais que um capacho.

O livro é dividido em 5 partes (Mais os “extras”): Ainulindalë (A Música dos Ainur, que conta como o mundo foi criado), Valaquenta (O Relato dos Valar, que descreve os Valar e os Maiar), Quenta Silmarillion (A História das Silmarils, que vai desde a criação das Silmarils até A Guerra da Ira, passando Thingol e Melian, o despertar dos elfos, homens e anões, Beren e Lúthien, a queda de Gondolin, as guerras de Beleriand e Túrin Turambar), Akallabêth (A Queda, que trata de Númenor), Dos Anéis do Poder e da Terceira Era, que é um resumo do que acontece n’O Senhor dos Anéis (Com algumas informações adicionais), e por fim, mapas, árvores genealógicas, pronúncia (Leia, sério), glossário e um apêndice, que fala sobre nomes em quenya e sindarin (Dois dos idiomas usados na história).

Não se deixem enganar pela grossura do livro (Menor que os 3 volumes do SdA), a quantidade de coisas, nomes, personagens e lugares é infinitamente maior e mais chata de entender: Antes mesmo da metade já havia desistido de ir checar o glossário para ver se Finarfin, Fingolfin e Fingon eram a mesma pessoa (Não são, só para constar). Não é nem um pouco raro você ter de voltar várias páginas, ao ver que alguém importante morreu e você pulou essa parte.

 Também não é raro ir checar o mapa da era errada.

Assim como em Os Filhos de Húrin e Contos Inacabados, O Silmarillion não é um livro para pegar e ler só porque deu vontade, aliás, se você não gosta de SdA, nem se dê ao trabalho de ler a sinopse deles. A dica aqui é que você deve ler O Hobbit e SdA antes de ler O Silmarillion, porque se você começar por ele, desistirá de toda a série em questão de 30 páginas. E não importa o que aconteça, não faça pactos com aranhas gigantes.

O Silmarillion


The Silmarillion
Ano de Edição: 2009
Autor: J.R.R. Tolkien
Número de Páginas: 480
Editora: WMF Martins Fontes

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