Os Muppets (The Muppets)

Cinema quinta-feira, 01 de dezembro de 2011

 De férias em Los Angeles, Walter, o maior fã dos Muppets em todo mundo, seu irmão Gary (Jason Segel) e a namorada de Gary, Mary (Amy Adams), de Smalltown, EUA, descobrem um nefasto plano do explorador de petróleo Tex Richman (Chris Cooper) para destruir o Teatro Muppet e perfurar um poço para extrair o petróleo descoberto recentemente sob o solo onde os Muppets se apresentavam. Para montar um Teleton e arrecadar os US$ 10 milhões necessários para salvar o teatro, Walter, Mary e Gary ajudam Kermit a reunir os Muppets, que haviam tomado rumos diferentes.

Eu imagino o que você está pensando: Porra, mais uma forma deslavada de ganhar dinheiro com o revival dos anos 80. E não há como eu discordar de você, caro leitor. Mesmo porque, se não fosse pra ganhar dinheiro, eles filmavam e mandavam uma cópia pra cada casa do planeta e foda-se. Mas deixando o discurso anti-comunista de lado, o filme é bom. E não porque faça uma homenagem bonita e fiel, blá blá blá. É bom porque faz rir, porque não se leva a sério e não tá nem ae pra nova geração. O que importa é quem lembra do bom e velho The Muppet Show. É meio que a mesma coisa do remake em 3D [Que de 3D não tem nada] d’O Rei Leão: As crianças podem até gostar, mas quem vai aproveitar mesmo são os moleques de 20 e tantos anos.

Pra começar, o filme não mostra um Muppet na primeira meia hora [Ou primeiros vinte, quinze minutos, sei lá. Eu não tava cronometrando], o que aparece é a história de Walter, um garoto totalmente normal. Exceto pelo fato de ser uma porra de um boneco, mas isso ninguém fala nada. Mesmo convivendo com seu irmão Gary desde pequenos e tal, ele não mudou nada nesses anos todos, enquanto o irmão arrumou até namorada: Mary. Não que ela não goste de Walter, mas ela quer Gary só pra ela por um tempo. Como toda mulher lógica e racional.

 Aliás, essa Amy Adams é uma tetéia, viu.

Só que, como Walter é um merda pobre rapaz sofrido que não tem alegrias na vida exceto pelos Muppets, Gary e Mary vão para Los Angeles à passeio, e o irmão acaba levando o pobre boneco, digo, rapaz. E lá, ele descobre que o vilão do filme, Tex Richman quer o antigo estúdio da trupe não pra fazer um museu, como ele alegou, mas pra perfurar tudo feito queijo suíço e tirar petróleo dali. Porque é claro que ninguém teria notado uma reserva gigantesca de petróleo numa cidade minúscula feito Los Angeles. E como só descobrir o plano não tem a menor graça, ele tem que dar um jeito de furar tudo. Como? Reunindo os Muppets e comprando o estúdio de volta.

 “PFFF ATÉ BABEI!”

Claro que essa ideia vai dar mais trabalho do que parece. E que se foda, o roteiro não é tão importante assim pro filme ter graça. Na verdade, boa parte das risadas são geradas por situações nonsense ou de quebra da quarta parede [Se você não sabe o que é isso, favor se esterilizar, não queremos descendentes seus nesse planeta, seu símio]. O filme ri de si, e do fato dos Muppets terem sido esquecidos pelo show biz.

Olha o diretor robert querendo aparecer nas imagens de divulgação.

Outro fator muito relevante são as participações especiais [Voluntárias ou forçadas]. É tanta gente famosa que eu nem vou citar, deixo pra quem assistir ficar catando piolho e não prestar atenção na história. Como eu sou mau, risada maléfica, risada maléfica, risada maléfica. Mas essa é a graça do filme: Não levar a sério. Mesmo porque, se fosse sério, não seria d’Os Muppets.

Os Muppets

The Muppets (98 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2011
Direção: James Bobin
Roteiro: Jason Segel e Nicholas Stoller, baseados nos personagens de Jim Henson
Elenco: Jason Segel, Amy Adams, Chris Cooper, Emily Blunt, Ricky Gervais, Alan Arkin, Billy Crystal, Jean-Claude Van Damme, Zach Galifianakis, Jack Black, Donald Glover, Danny Trejo, e Lady Gaga

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