Ou aprende a ler ou não leia
Com o Pizurk me cobrando “maior produtividade” e devido aos vários comentários no post passado, resolvi fazer este post antes do previsto… Pra ser 100% sincero, o motivo principal foram os comentários do D e do Guilherme Piucco. Não que eu não agradeço todos os outros (Muito obrigado à todos – menos ao tal de Vinii Martins – os comentários são razão pela qual eu aguento o Pizurk), mas esses dois me chamaram a atenção. Ahh sim, graças à Bianca tenho meus pulsos de volta.
Bem, o tema do post de hoje é culpa do Jota Pê. Não é um tema diretamente relacionado à literatura, mas é algo importante caso você queria ler (Seja para você mesmo, seja para uma platéia), ter melhor entendimento do que está escrito e não irritar quem está do seu lado. E também evita sua prematura morte.
É um costume meu responder aos comentários nos posts, uma vez que aqui no Bacon não tem um sistema de respostas para os mesmos. Então, antes de começar o post, falarei sobre os 2 comentários que mencionei alí em cima:
D, minha intenção não é fazer pessoas rirem, e sim pensarem. Caso você leia os outros comentários, verá mais pessoas reclamando da vida, logo, é um EPIC WIN meu sobre você. E em relação ao “algo minimamente interessante, que seria legal ler até o final”, se você realmente LESSE ATÉ O FINAL veria que falo – mesmo que brevemente – de idiotas que não leem coisas até o final.
Guilherme, não, não sou arrogante na vida real, mas não me culpe por ser inteligente, afinal, antes a sinceridade do que a falsa modéstia. E só como curiosidade, você não acha que colocar dados by Ministério da Educação no post me faria parecer “ainda mais arrogante”? E Pizurk, primeiramente, obrigado pelo belo exemplo de matemática, mas fique tranquilo, afinal, considerando os 38% de brasileiros que votaram no Lula e que irão votar na Dilma, o Bacon tem público garantido.
Hermann, quais deles? Creio que você achará esse post ainda mais preconceituoso… isto é, se você ler.
E Uiara, os meus lacrimejaram.
Como o Jota Pê disse:
Foda é que estou no colegial e ainda têm alguns caras (fico feliz em saber que dá pra contá-los em uma mão)que, ao ler um texto em voz alta, o le-em da-quele jei-to que vo-cê lia na segun-da série, sem entonação e com pausas no meio das palavras porque falam mais rápido do que conseguem ler.
É incrivelmente irritante ouvir uma pessoa que não sabe ler, lendo. Claro, se a pessoa tem alguma doença, como a dislexia, não podemos culpá-la por isso, mas o fato é que a grande maioria (Chuto por volta dos 80%) das pessoas que não sabe ler, só não sabe porque não lê, não gosta de ler, é idiota ou por pura vontade de irritar mesmo. E para quem não entendeu, não me refiro aos 8% que são analfabetos absolutos e nem aos 30% que tem habilidade de leitura e de escrita muito baixos e nem a quem não teve chance de aprender, mas sim àqueles imbecis que tem estudo, tem a chance de melhorar e não o fazem por falta de vontade.
Ler sem entonação, não importando se forem perguntas, afirmações e exclamações já é algo terrivelmente cruel com os ouvintes, uma vez que impossibilita o entendimento do texto e aumenta o tédio e o sono, porque, sejamos sinceros, imagine que seu professor de história não sabe ler e resolve fazer uma bela análise literária da carta de Pero Vaz de Caminha, que já não tem uma linguagem fácil para os dias de hoje. Isso sem falar no exercício de chamada oral que ele faria em seguida, sobre a carta.
O Jota Pê também destacou as contantes pausas no meio das frases. Creio que seja um pouco além: Há pausas onde não deveriam haver pausas (A grande frequência é no meio das palavras), mas há também a FALTA DE PAUSAS, que normalmente ocorrem nos lugares que DEVERIAM ter pausa, ou seja, pontos, vírgulas, parênteses, pontos-vírgulas e afins. De verdade, não sei qual dos dois erros é mais danoso ao sistema auditivo das pessoas… Por um lado, interromper as frases no meio das palavras é terrivelmente ruim, toda a concentração é dispersada. Já pelo lado da falta de pausas, o entendimento é bombardeado, já que algo como:
Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja a seu lado seu grande amor
Vira algo desse tipo:
Quero kastrada venha sempre até vocêque o vento estejE sempra seu favor
Quero kaja sempre uma cervejem sua mãequesteja seu lado seu grande amor
E o último tópico abordado pelo Jota Pê (Nem sei se ele se deu conta disso…): O falar sem ler. De todos esse é realmente o pior, pois além de atrapalhar tudo (Absolutamente tudo) numa leitura, ainda demonstra a pressa de acabar de ler, a lerdeza (E a provável falta de QI) do leitor e a falta de treino na leitura (Pretendo falar disso num outro post).
Aposto que seus professores falavam algo do tipo de “Leia sempre em voz alta durante os estudos!”. Eu acho idiotice (E nunca fiz isso por sinal), mas admito que ajuda na hora de melhorar a leitura: Leitura nada mais é do que prática, treino. Isso também é algo que muitos professores da música falam para os alunos: “Olhos sempre na frente!”. Eles não estão dizendo que seus olhos devem estar do lado certo da sua cabeça, mas sim que você deve ler sempre antes de falar, e quando falar, já estar lendo a próxima coisa (A qual será falada, vocês entenderam). Claro, se você já tem prática na leitura, você automaticamente se sai bem (Ou menos pior) lendo algo em voz alta, afinal, ler é ler, não importa o volume da sua voz.
Algo que ajuda na hora de ler é “movimentar os lábios”, ou seja, ler, usando a boca, mas sem pronunciar som algum. Muitas pessoas tem esse costume, e acreditem vocês ou não, é algo que melhora a dicção na hora de ler em voz alta. Novamente fazendo uma comparação com a música, é a mesma coisa que treinar a embocadura nos instrumentos de sopro (Prevejo pensamentos maldosos em relação à essa frase…), sem treino, o som não sai.
Sim, há outros problemas em relação à leitura, como por exemplo, o vocabulário pequeno, o que gera interrupções para consultar o dicionário (Entende-se por “quem está ao lado”) e em alguns casos a questão da localização. Um exemplo clássico é: Ao ler um texto, pular uma linha inteira. De qualquer forma, as três observações que o Jota Pê fez estão aqui no post. Felizmente, como ele próprio falou, dá para contar nos dedos as pessoas que fazem tais coisas, uma vez que não é uma espécie que anda em bandos, como os búfalos:
Como resumo, se você tem a chance de aprender a ler, não tem nenhuma doença, enfim, nada te atrapalha a aprender a ler bem e você não o faz, parabéns, você é um imbecil. Além de ser extremamente chato e irritante ouvir alguém que “não sabe ler” lendo, deve realmente ser chato e irritante para quem está lendo. Claro, se você lê mal de propósito você ainda é um imbecil, mas aí carrega não só o peso de ser um imbecil, mais também o peso de ser um tremendo mala, um chato, um – em termos mais atuais – um cu. E sim, você terá uma morte prematura.
Bem, obrigado mais uma vez por todos os comentários, mesmos os “desfavoráveis”: responder idiotices (Claro, há comentários desfavoráveis que estão completamente certos… o que não róla muito aqui no Bacon) me diverte. Sintam-se livres para me xingar nos comentários deste post também, só não garanto que eles serão publicados. Bom feriado pra todos vocês!
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