Podia começar reclamando da distribuição dos filmes nos cinemas brasileiros, neste caso específico da Universal, mas vou desistir. Já nos acostumamos que filmes sem grandes publicidades das majors americanas acabam ganhando vida somente em circuito arte e, finalmente, nas locadoras. O difícil é quando o filme é uma comédia policial, gênero tipicamente americano, mas que acaba de ganhar uma versão inglesa fabulosa. Seu nome, Chumbo Grosso (mais conhecido no resto do mundo como Hot Fuzz).
Para você que não conhece nada de Chumbo Grosso, eu ajudo explicando que se trata do novo filme da dupla Edgar Wright (diretor) e Simon Pegg (protagonista), ambos também roteiristas de Todo Mundo Quase Morto, comédia muito boa que brincava com clichês dos filmes de zumbis. Agora a situação se volta para os clichês dos filmes policiais e de ação, mas não se engane, o filme não é uma paródia como Hollywood normalmente faz; o filme inglês utiliza todas as convenções do subgênero de uma maneira inteligente e muito engraçada não abrindo mão de tiroteios, mistérios e uma dupla impagável como parceiros policiais (clássico neste gênero).
Somente quem teve o prazer de ver Todo Mundo Quase Morto pode imaginar o que esta dupla aprontou novamente, é um humor simples, mas hilário em diversos momentos. A história se concentra na ida de um sargento policial muito competente de Londres (em função da sua eficiência seus superiores o afastam alegando que os demais se sentem menores perante seus índices no trabalho) para uma cidade no interior onde não acontece um assassinato há mais de 20 anos. No entanto, na sua chegada o sargento começa a desconfiar de mortes acidentais que ocorrem a todo o momento (óbvio que isto justifica diversas cenas gore do diretor Wright). Tentando descobrir o que realmente acontece na pequena cidade, o sargento passa a ser considerado um maluco da cidade grande viciado em violência.
Com esta simples sinopse, o filme se enche de referências aos mais diversos filmes do gênero, principalmente com os diálogos trocados entre os parceiros Pegg e Frost (numa química excelente). Falando de elenco, a maioria esteve presente no filme anterior de Wright, como Bill Nighy; porém o grande destaque é a cara sisuda de Simon Pegg, muito diferente do protagonista de Todo Mundo Quase Morto – aqui Pegg está imerso no papel de policial arrojado e determinado, possuindo o timing cômico correto sem cair no escracho.
Chumbo Grosso
Hot Fuzz (110 minutos – comédia) Lançamento: Ing, 2007 Direção: Edgar Wright Roteiro: Edgar Wright e Simon Pegg Elenco: Simon Pegg, Nick Frost, Paddy Considine, Timothy Dalton, Jim Broadbent, Martin Freeman, Bill Nighy
Cara, vou repetir: olha essa estampa. Eu devia BURLAR essa promoção e pegar essas camisetas pra mim.
É o seguinte: Para concorrer, basta você escrever uma matéria divulgando o filme E esta matéria em seu blog, site ou fotolog, e/ou até mesmo em comunidades no Orkut, em fóruns, enfim; Onde você conseguir divulgar. Pode até ser em jornal, na lousa da sua faculdade, vestido de zumbi na paulista… Aí, é só se cadastrar nos comentários deste artigo, no seguinte formato:
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Tamanho: M/G
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Coisa fácil. É importante que vocês se cadastrem para que nós tenhamos um controle de todas as matérias.
No momento temos 14 camisetas, sendo que 11 são do tamanho M e 3 do tamanho G. As melhores matérias segundo a equipe do AOE juntamente com a equipe do filme vão faturar a camiseta sem pagar um mísero centavo E recebê-las em casa.
E TEM MAIS
A melhor, MELHOR, matéria vai receber um prêmio extra. O que é? Um pote de sangue usado no filme! É claro que o sangue é falso, mas na verdade a gente só fala isso pra vocês ACREDITAREM que o sangue é falso. Afinal, foram usados zumbis DE VERDADE no filme. Sensacional.
Viagens á parte, corra agora mesmo e faça sua matéria divulgando o filme e a nossa matéria e cadastre-se! Semana que vem a gente passa a data FINAL para a promoção, certo?
Dúvidas? contato@atoouefeito.com.br
Por que divulgar um filme que eu não conheço?
Porque você corre o PERIGO de ganhar uma camiseta além de estar apostando na cena independente do cinema NACIONAL. Além de você ser fã de zumbis, é claro. Quer mais? Infelizmente, o filme só vai estrear em Brasília. Quanto mais conseguirmos divulgar o filme, mais chances temos de levá-lo a outros estados. Para o SEU estado. Então, vamos começar a fazer BARULHO!
Isso é uma campanha publicitária?
Não, isso é boa vontade, aposta, empolgação, apoio, enfim, definitivamente não envolve dinheiro.
E o que vocês ganham em troca?
Quer mais do que participar da HISTóRIA do lançamento do PRIMEIRO longa brasileiro sobre zumbis?*
Como deverá ser a minha matéria?
Relativamente curta. Não precisa ser uma redação, basta ser uma nota convincente. É isso, você deve CONVENCER o leitor que o filme vai ser bom e que, quanto mais divulgado, mais chances teremos de vê-lo em nossa cidade.
Por que eu devo divulgar também a matéria do AOE?
Porque ela está completa o bastante para você linká-la como conteúdo relacionado em sua matéria, além de conter curiosidades e ser uma conversa DIRETA com os caras por trás do filme.
Isso é mesmo real?
Claro que é. É a primeira promoção do AOE, e trabalhamos para que dê tudo certo. Você VAI receber sua camiseta se seu texto for um dos melhores, e VAI receber também o pote de sangue se for o melhor.
Os AOE Blogs podem participar da PROMOÇÃO?
Sim! Os blogs que fazem parte do AOE Blogs não têm nada a ver com o conteúdo interno do AOE, eles somente são hospedados por aqui. Hospedados e divulgados. Só os membros do AOE não podem participar da promoção, isso sim seria anti-ético, convenhamos.
Agora não percam mais tempo. Noobs. A promoção terá seu término no dia 02/05, e o resultado sai até o dia 05/05 – vai depender da disponibilidade de Tiago Belotti.
ESTRÉIA:
Dia: Sexta Feira, 2 de maio
Local: Cine Brasília! EQS 106/107 (Asa Sul)
20:00h – Abertura do festival: Seleção internacional… parte 1
21:00h – Competição Nacional e local (filmes brasilienses)
*22:00h – Sessão Maldita (Hors Concours)… A CAPITAL DOS MORTOS
(Hors Concours é um termo francês e significa fora do concurso, ou seja, A Capital dos Mortos não está competindo no festival.)
*Dizem as más línguas que este talvez não seja o primeiro. Boatos.
É isso mermo, véi. Tudo indica que nós conseguiremos distribuir umas camisetas em breve, e VOCÊ poderá ganhar uma, dono de site ou blog.
O filme A Capital dos Mortos é o primeiro longa brasileiro sobre zumbis, e é INDEPENDENTE. Por isso, nós do site mais quente da galáxia que, diga-se de passagem, somos MUITO gente boa, vamos nos dedicar para divulgar o filme de uma forma… comunitária.
NINGUÉM está ganhando NADA por isso. A gente aposta não só no cinema nacional, mas somos fãs de zumbis. Então, ajude-nos a divulgar a entrevista com os caras para assim, de tabela, divulgar o filme. E, como dito acima, você ainda correrá o risco de ganhar uma camiseta do filme.
Ele será exibido somente em Brasília, PORÉM, quem sabe, se a gente conseguir reunir o maior número de zumbis possível para fazer uma boa divulgação do projeto, conseguiremos levar o filme para outros estados. E se depender do AOE, o filme concorre até ao OSCAR. Tá, nenhum filme de zumbis concorre ao Oscar. Noobs.
É isso. Corra pra este link, leia a matéria e divulgue-a não só em seu blog/site, mas para os seus amigos. Vamos fazer barulho, véis. BARULHO!
CONFIRMADA A DATA DE ESTRÉIA!
Dia: Sexta Feira, 2 de maio
Local: Cine Brasília! EQS 106/107 (Asa Sul)
20:00h – Abertura do festival: Seleção internacional… parte 1
21:00h – Competição Nacional e local (filmes brasilienses)
*22:00h – Sessão Maldita (Hors Concours)… A CAPITAL DOS MORTOS
(Hors Concours é um termo francês e significa fora do concurso, ou seja, A Capital dos Mortos não está competindo no festival.)
Agora vamos tentar levar o filme para mais cidades!
O lance das camisetas será divulgado entre hoje e amanhã, não perca o AOE de vista. E queria deixar bem claro que não está rolando lucro nenhum para nós. É pura boa vontade. Entre nessa, TANGA.
Minha defesa á Ficção Científica já deve estar cansativa, repetitiva até.
Como já disse: nada de espaçonaves ou heróis intergalácticos. Eu falo de gente comum. Como eu. Como você. Somente aí a ficção científica pode funcionar. Somente aí, como alguns diriam, o romance deixa de ser uma previsão desconfigurada do futuro, e torna-se um aditivo á própria realidade. Ao presente. Um presente exagerado, onde nossos defeitos, nossos problemas, e principalmente nossas neuroses tornam-se evidentes.
O real é surreal demais.
O Homem do Castelo Alto é assim. Um soco no seu estômago. Um tapa na sua cara.
O livro, escrito no começo dos anos 60, foge do padrão de Philip K. Dick. Ao contrário da maioria de seus contos e romances, a história passa-se também na década de 60. No presente. Mas em outra realidade.
O Eixo ganhou a Segunda Guerra. O mundo agora é dividido pela influência da Alemanha e do Japão, os novos senhores do planeta. Os próprios Estados Unidos não existem mais como país unificado, tornaram-se três estados separados: ao Oeste a região controlada pelos japoneses; ao Centro (chamado de Rocky Mountain States) uma área indepedente; e ao Leste, em nossa querida Nova York, uma região governada pelos nazistas.
Ah sim, os nazistas. Não se trata de simples fascismo, esse nazismo. Politicamente muito próximo, você aprende a considerar com um simples regime de direita. Mas não é esse o ponto em nosso livrinho. O ponto é a Megalomania, a Loucura da Raça Ariana. Os judeus estão praticamente extintos, os poucos sobreviventes escondem-se com sobrenomes falsos e operações plásticas. A Ífrica foi dizimada, fim dos negros. Os restantes são Escravos nas regiões controladas pelo Terceiro Reich. Já há tecnologia suficiente para ir a Marte, para se viajar de Berlim a São Francisco em Meia Hora. No entanto….não existe televisão. O mundo evoluiu de forma diferente, a Alemanha controla o lobby mundial de plástico e todos os seus derivados. Uma tecnologia megalomaníaca de plástico.
Nos é dado apenas um relance, um pequeno piscar de olhos, dessa nova realidade maluca. Através das pequenas histórias de diversos personagens comuns, entendemos aos poucos o Terror do dia-a-dia num mundo em que o Nazismo é a Regra.
Um judeu designer; o dono de uma loja de antigüidades americanas (linda ironia, os japoneses colecionam antigüidades da cultura americana exatamente da mesma forma como nos sentimos atraídos por espadas samurais em nosso mundo); um importante executivo japonês, chefe de departamento do governo nipônico; um suspeito mercador de borracha da Suécia; uma professora de judô. Todas essas histórias se entrelaçam, conectam-se de forma a criar uma rede de acontecimentos.
E, claro, o ponto alto do romance, a maestria de Philiph K. Dick: The Grasshopper Lies Heavy.
O romance dentro do romance. Um obscuro escritor de ficção científica lança um história, banida nas áreas de influência nazista, sobre uma realidade alternativa, em que os Aliados teriam vencido a Guerra…
Considerado um dos melhores romances de K. Dick, O Homem do Castelo Alto nos oferece uma obscura visão da realidade enquanto torna evidente a catástrofe, única possibilidade de resultado com uma união tão estranha: Uma cultura oriental milenar, influenciada constantemente pelo Taoísmo, Budismo e Xintoísmo…dividindo o mundo de forma “amigável” com o Terceiro Reich, a cultura da Supremacia Branca, a Megalomania, a Pura Maldade SS.
Isso Faz Sentido?
Homem do Castelo Alto, O
Título original: Man In The High Castle, The Ano de Edição: 2007 Autor: Dick, Philip K. Número de Páginas: 304 Editora:Editora Aleph
Épico, no sentido cinematográfico, é um gênero que retrata contos de grandes heróis, onde todo seu centro se baseia em apenas um personagem principal ou de um povo.
Com o sucesso recente de filmes como Coração Valente e Gladiador, o gênero que atingiu seu auge nos anos 50 com produções como Spartacus e Ben-Hur, viu com o melhoramento dos efeitos especiais uma oportunidade de unir eventos grandiosos (históricos ou fantásticos) com seqüências de ação, gerando um blockbuster com mais conteúdo – a princípio.
No entanto, para mim, mesmo estes filmes recentes apontados acima esbarram num problema difícil de ser superado, a chatice. É difícil explicar, mas este gênero é extremamente repetitivo construído sobre uma trama didática e correta demais (isto quando os fatos relatados são reais). Temos um mocinho ou anti-herói ás voltas contra um vilão ou o sistema e, nesse meio, temos perdas, romances e família. Pode parecer que estou generalizando, porém, os épicos estão no mesmo patamar que as comédias românticas quando se trata de clichês.
Um dos prováveis motivos disto seja o custo destas produções, normalmente contando com atores reconhecidos, produção grandiosa e efeitos de primeira. Assim, para uma maior aceitação do grande público, se abre mão de uma pesquisa e criação mais particular para narrar os eventos do filme de uma maneira mais convencional e com uma dose generosa de ação e batalhas.
Acompanhem meu pensamento e vejam se não tenho razão. Além dos dois filmes citados acima, quais dos filmes abaixo você gostou?
*Tróia
*O Patriota
*O Último Samurai
*300
*Alexandre
*Apocalypto
*Cruzadas
*Rei Arthur
*O 13º Guerreiro
*Atilah, o Huno
*Desbravadores (recentemente lançado em dvd)
*10000 aC (nos cinemas)
Sinceramente, nenhum me empolgou como entretenimento e, muito menos como filmaço. Além disso, numa discussão mais aprofundada, os furos históricos das tramas são de envergonhar alunos do ensino médio.
Claro que o ápice desses filmes são as cenas de batalhas entre os exércitos que com certeza fascinam os fãs de cenas de ação e, sem dúvida, são de tirar o fôlego, além de terem um visual incrível. Mas, é muito pouco para um gênero tão fortemente enraizado na cultura cinematográfica com inúmeros sucessos de público e crítica.
Filmes independentes são o tipo de coisa que não recebem muito apoio no Brasil. Menos ainda sendo filme de terror, e em Brasília. Mas as dificuldades não impediram Tiago Belotti e Rodrigo Luiz Martins de produzir A Capital dos Mortos, que já é bastante aguardado pelos fãs brasilienses (e por muita gente de fora da cidade também). Em entrevista para o Ato ou Efeito, os dois falaram um pouco sobre o projeto.
Fã do sub-gênero, Tiago sempre se interessou por zumbis. Seu primeiro contato com os mortos vivos foi o clipe Thriller, do Michael Jackson, que, segundo o diretor, realmente o assustava quando pequeno. Além do clipe, os clássicos do gênero – como os filmes de George A. Romero – também serviram de inspiração pro cara. Filmar um longa-metragem de zumbis sempre foi uma vontade de Tiago, e, em 2006, ele e Rodrigo resolveram tentar produzir o filme de vez. Compraram uma câmera e o dinheiro do próprio bolso e começaram a dar vida ás suas idéias. Na cara e na coragem, mesmo.
Nem o congresso está a salvo.
Apesar da falta de verba e de apoio de empresas, A Capital dos Mortos não pretende de modo algum ser um filme trash. Tanto Tiago quanto Rodrigo garantem que o filme, desde o início, tem sido feito com todo o cuidado possível, e que eles tem usado a criatividade pra contornar a falta de verba. “Numa cena onde a gente precisava de um atropelamento ou numa decapitação, por exemplo, a gente não desistia por falta de verba”, diz Tiago. “A gente pensava ‘como dá pra fazer isso com o que a gente tem?’, e arrumava um jeito”.
Além da criatividade, boa parte da produção do filme se deve á ajuda e boa vontade de várias pessoas. Atores, músicos e maquiadores trabalharam de graça, bem como uma legião de zumbis empolgados com a idéia. Como disseram os próprios produtores, “A equipe de A Capital dos Mortos na verdade é gigante. Eu e o Rodrigo organizamos tudo, mas a produção se deve em grande parte também ás várias pessoas que deram apoio pra gente”.
A Capital é um filme aberto pra quem quiser ajudar. Isso foi bom tanto pros caras, que com isso conseguiram tanto ajuda na produção quanto na publicidade do filme. “Todo mundo aqui provavelmente conhece alguém que foi zumbi”, disse Rodrigo. “Muito do marketing do filme foi espalhado pela boca do povo, mesmo. Uma porção de gente convidou os amigos e até parentes pra participar das filmagens. É o contrário do que acontece em outras produções, onde se exige de quem quiser ser zumbi que mande um e-mail com foto pra que eles analisem se o cara pode exercer o papel ou não. Na Capital não foi assim. Quem quisesse ser zumbi só precisava aparecer nas gravações. Toda ajuda foi e ainda é muito bem-vinda”.
Miooolosss!
Perguntados sobre os outros filmes do gênero sendo produzidos no Brasil, os caras citam o média mineiro Era dos Mortos, de Rodrigo Brandão, uma produção muito bacana, segundo eles; e Mangue Negro, do Espírito Santo, que começou a ser produzido poucos meses depois que a Capital, e parece extremamente bem feito, além de ter tem uma idéia original.
A história do filme parte da profecia do padre Dom Bosco, que em 1883 teria profetizado a construção de Brasília. á profecia do padre foi adicionado pelos produtores que ele teria visto que o apocalipse começaria a acontecer aqui. O filme gira em torno de um grupo de amigos, dos quais alguns são fãs de zumbis que várias vezes se imaginaram nessa situação, pensando no que fariam caso uma infestação de mortos-vivos realmente acontecesse. “A gente tentou dar um realismo maior pros personagens. Você não vai ver aquele negócio da mocinha ouvir um barulho sinistro e entrar no quarto pra descobrir o que é, enquanto ela poderia simplesmente sair da casa. No filme, os personagens são sobreviventes, não estúpidos“. A história é bem equilibrada, segundo Tiago, tendo boas cenas de drama, ação, alguns momentos de comédia e outros de neutralidade. E gore, claro. Sustos, gore e nudez o suficiente pra agradar os fãs, mas não em exagero a ponto de estragar o filme. Aliás, a nudez do filme é justificada, não é gratuita.
Os heróis. Ou vítimas, se preferir.
Como o filme é independente, os dois produtores puderam ajeitar cada detalhe exatamente como queriam, como uma das capas escolhidas para o DVD – que tem uma cara de folheto de cordel-, criticada por alguns dos fãs do filme. A idéia foi dar uma cara mais brasileira pro filme, fugindo dos clichês das capas comuns de filmes do gênero.
Tiago diz que quer, se possível, transformar o filme numa trilogia. “Meu sonho mesmo como produtor é lançar um box com os três filmes. Ou quatro, sendo um só de material extra. O dia em que eu conseguir isso eu posso até me aposentar”. O roteiro para o segundo filme já foi iniciado, e o diretor espera conseguir dinheiro suficiente com a venda dos DVDs pra começar a produção da continuação. “Não dá pra achar que todo mundo vai comprar o filme, claro. Eu tenho alguns desafetos que tão só esperando o filme ser lançado pra disponibilizar ele por torrent. Muita gente vai baixar o filme na net, isso é inevitável, mas eu acredito que também há quem queira prestigiar o trabalho comprando o DVD, que terá muito material extra”.
O filme, agora já pronto, será exibido no começo de abril (ou talvez ainda no final de março, segundo a comunidade do filme no orkut), tendo algumas das exibições já confirmadas. Os caras só esperam a confirmação de mais locais pra divulgar as datas. Isso pra evitar que só se espalhe a notícia de uma exibição e no dia apareçam 300, 400 pessoas em uma sala que comporta 70 ou 80. Quanto ás reclamações sobre a demora para o lançamento do filme, Tiago pede paciência. A idéia é dar prioridade á qualidade do filme, evitando os problemas de um lançamento apressado e sem o devido planejamento.
A trilha sonora do filme foi toda composta por Renan Fersy, e conta também com o som da banda local DEVICE, além de duas canções de MPB interpretadas pelas artistas Ingrid Mara e Lorena Lira, compostas exclusivamente pro filme, uma por Brioni Capri e a outra por Vithor Hugo.
A Capital dos Mortos, na minha opinião, é uma excelente aposta entre os filmes independentes. Com certeza eu recomendo a todos que comprem os DVDs, porque a idéia merece uma continuação. Palavra de zumbi.
Mais informações sobre o filme podem ser vistas na comunidade de A Capital dos Mortos no Orkut.
Tripas! Sangue! Gore!
CONFIRMADA A DATA DE ESTRÉIA!
Dia: Sexta Feira, 2 de maio
Local: Cine Brasília! EQS 106/107 (Asa Sul)
20:00h – Abertura do festival: Seleção internacional… parte 1
21:00h – Competição Nacional e local (filmes brasilienses)
*22:00h – Sessão Maldita (Hors Concours)… A CAPITAL DOS MORTOS
(Hors Concours é um termo francês e significa fora do concurso, ou seja, A Capital dos Mortos não está competindo no festival.)
Agora vamos tentar levar o filme para mais cidades! Saiba aqui como.
O filme é baseado na obra Reservation Road de John Burnham Schwartz, mas não espere por uma crítica comparativa.
Ethan Learner (Joaquin Phoenix), um professor universitário, está assistindo com sua família ao recital de violoncelo de seu filho de 10 anos em uma noite de Setembro – até aí tudo bem. O fato é que, na volta para casa, ao pararem em um posto de gasolina, seu filho é atropelado e morto na hora. Nessa mesma noite, o advogado Dwight Arno (Mark Ruffalo) e seu filho de 11 anos estavam em um jogo de baseball de seu time favorito, o Red Sox. Voltando para a casa, em um pequeno momento de distração, Dwight atropela uma criança. Sem reação e ao ver que seu filho nem havia se dado conta do acidente, o cara foge. Mais pra frente, os dois pais se encontram, mas Ethan ainda não sabe da verdade. Ainda. E é aí que um certo suspense toma conta do filme.
Olha, uma boa definição para o filme é: Clichê. Nos primeiros 15 ou 20 minutos de filme após o acidente, é só aquela choradeira de pais desesperados após a morte do filho. Achei realismo demais, até porque a atora Jennifer Connelly, que vive Grace (a mulher de Ethan), chora alto demais. Por um momento você se encontra surdo na sala do cinema, e até mesmo distraído – o filme perde relativamente o foco logo no início, voltando a se estabilizar mais tarde. Como assim? Bom, são duas histórias paralelas, cada uma envolvendo cada pai e sua família. Eu diria que não souberam administrar isso muito bem, tendo em vista alguns furos – que podem passar despercebidos – no roteiro em alguns momentos do filme.
Momentos previsíveis tomam conta de boa parte do filme.
A história não é inovadora e os personagens também não contribuem muito. Porém, o filme conta com pontos positivos também.
Enredo
Como eu disse, a história não é inovadora e o desenrolar da trama é levemente confuso em uma pequena distração. Você sabe o que vai acontecer, algumas cenas são exageradas, mas uma coisa é certa: por muitos momentos a história é envolvente. O final é totalmente inesperado, mas também não deixa de ser o auge do clichê.
Personagens
Joaquin Phoenix (O Johnny Cash de Johnny e June) e Mark Ruffalo (O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças) fizeram papéis sensacionais, ou pelo menos na medida certa. Basicamente o filme inteiro é focado nos dois, e isso é uma vantagem – Jennifer Connelly (em um papel… infeliz, e também em Diamante de Sangue) e cia. se encontram em papéis quase que completamente secundários. O ator mirim Eddie Alderson (Lucas, filho de Dwight) também merece congratulações e é o terceiro personagem que recebe maior atenção no filme. Já sua mãe, a atriz Mira Sorvino (Ruth Wheldon, ex-mulher de Dwight), foi quase uma figurante.
Bom, esse é um filme para quem gosta de Dramas com um toque de suspense. Eu não confiaria na minha resenha se gostasse de filmes assim. Então, assistam; vai ver eu estou errado.
Traídos pelo Destino
Reservation Road (102 minutos – Drama) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Terry George Roteiro: Terry George, John Burnham Schwartz Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jennifer Connelly, Mira Sorvino
Jumper. nome interessante. pelo menos foi o que achei da primeira vez que o ouvi. O tempo passou, a data da estréia mudou, e o que eu deveria ter conferido em fevereiro só chegou aos cinemas um mês depois. Até aí tudo bem, sou acostumado a esperar, tenho bastante prática com isso. E agora que o filme estreou, só me vem UMA palavra em minha mente: “Piloto”.
Antes que eu comece a dar minha opinião ao filme, vamos a alguns fatos dele. David Rice, o personagem principal do filme é um cara normal, até que por um motivo besta ele consegue ativar seus poderes de Jumper, algo que ele nem tinha idéia do que era. Depois de alguns testes, ele faz a coisa certa: Sai de casa aos 15 anos de idade e vai pra cidade grande arranjar dinheiro.
Chega o tempo de historinhas, tão normal nesses filmes. Ele treinando seu poder e dando umas voltas pelo mundo, e nisso se passam 8 anos. Numa visita a Londres um cara o observa, e os problemas que ele tinha arranjado na época que descobriu seu poder começam a ter mais atenção do que ele pensava. Tem umas cenas só pra dar um clima de romance a história, ele vai pra roma, e lá o cara que o observava em Londres aparece novamente, e junto com ele os Paladinos, que é como se chamam os caras maus, ou os bonzinhos, depende de seu ponto de vista. Rola uma briga, e David acaba aprendendo umas coisas e arranjando mais problemas. O problema no caso é uma pequena disputa entre Jumpers e Paladinos, que caçam uns aos outros desde os tempos passados. Só por isso, você pode ter uma boa idéia da história, então vamos a outros fatos desse filme.
O elenco é algo bem escolhido. Hayden Christensen (o Anakin de Star Wars) é quem interpreta David, cumprindo muito bem seu papel, apesar de que em algumas cenas ele fica olhando meio perdido pelas paredes, coisa muito estranha. A desconhecida Rachel Bilson (não me lembrode nenhum papel dela) está lá só pra o filme ter desculpas pra mostrar uns peitos, não que esteja reclamando, é claro. E agora, vamos falar de Samuel L. Jackson.
Na pele do agente Rowland, um dos Paladinos que parece ser o chefe, ele caça os outros com mais vontade. as cenas que ele aparece sempre são legais, menos a do final, que ele dá um sorrisinho do estilo “safadeeeenho” que foi muito tosca. O elenco tem muitos outros personagens importantes, como o pai e a mãe de David, o outro Jumper chamado Griffin, e mais uns que não me recordo agora.
Ah sim, voltando ao começo do texto, na parte do porque me veio a cabeça a palavra “Piloto”. Simples, o filme parece que foi amarrado pra ser um episódio piloto de série. A maneira que a história é contada, os fatos desconexos e o final em aberto colaboraram muito pra que eu ficasse com essa impressão. Se o filme é bom? É sim, mas não é nada daqueles que você sair pensando da sessão, relembrando das cenas e de momentos marcantes. É recomendado, mas se não puder ver no cinema, pegue quando chegar em DVD, pode ser que os extras melhorem tudo.
Jumper
Jumper (88 minutos – aventura, ficção) Lançamento: 28/03/08 (Brasil) Direção: Doug Liman Roteiro: David S. Goyer, Jim Uhls, Simon Kinberg, Steven Gould Elenco: Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane, Jamie Bell, Rachel Bilson, Michael Rooker, AnnaSophia Robb, entre outros
Ok, estava esperando saírem mais informações sobre isso pra dar a noticia pra vocês, e esse dia finalmente chegou. Lembram da resenha que fiz sobre O Guia de Sobrevivência a Zumbis? O autor desse livro, Max brooks, escreveu mais outro sobre o tema, dessa vez contando sobre a guerra entre humanos e zumbis que ocorreu (ocorrerá? quem sabe) a 10 anos, com relatos dos poucos sobreviventes humanos. “tá, e dai?”, pergunta o leitor pentelho. É o seguinte: Sairá um filme baseado nesses relatos, que pelo que posso presumir pode sair algo muito interessante.
O roteiro será escrito por J. Michael Straczynski, famoso autor de roteiros de HQ’s e séries. Eu não conheço nada dele, mas pelo que vi por fóruns por aí, ele é o mais recomendado pra esse serviço mesmo.
O roteiro ainda está em fase de preparação, seja lá o que isso signifique, mas deve ser algo bom. O livro é feito de relatos de sobreviventes dessa guerra, o que pode garantir vários ângulos da mesma história, desde o simples civil até o soldado que foi mandado para a batalha, em entrevistas feitas por um repórter fictício (Gerry Lane) viajando atrás de cada um desses relatos.
Como é um filme que ainda está no roteiro, ainda não tem mais nada definido sobre ele, mas só a idéia de ver uma história sobre zumbis na tela baseada em um livro desse autor, eu já aposto minhas fichas. Por enquanto, sem data de lançamento, diretor, ou nome de algum ator pra algum papel, mas espero que tenha algo novo divulgado em breve.
É algo que estive pensando a alguns dias. Aquela pessoa que lê como principal atividade, não assiste TV, não lê jornais ou revistas dessas de 1,50 sobre novelas são pessoas estragadas em potencial?
Cabe a mim dar uma pequena explicação de como veio essa dúvida a minha cabeça. Tudo pra variar começou em um dia que resolvi ir a uma festa a noite. Como estava cansado de ficar em casa, saí as ruas a caça de algum lugar pra ir, e no fim acabei indo a um festival de música que ocorreu em uma cidade que sempre vou. Estava lá eu, completamente emputecido, decidindo se eu matava o DJ por ficar tocando Piriguete e o Créu ou sairia de lá, até que as bandas realmente começassem. Resolvi sair, afinal, estava sem nenhuma faca nesse dia. Lá fora, os mais diversos tipos de pessoas tiveram a mesma idéia que eu, mas ouviam o mesmo tipo de música do qual tinha fugido, o que não é lá algo tão inédito assim. Mas dessa vez, tinha algo estranho no ar, só não consegui descobrir o que. Depois de quase desistir, eu olho embaixo da escada, e vejo uma garota com um livro em mãos. Fato estranho, afinal, somente eu faria uma coisa dessas, só não fiz aquele dia porque estava sem minha mochila, sempre com pelo menos 4 volumes. Vou até ela, e pergunto porque ela está lendo um livro, enquanto todo mundo se “divertia” lá dentro. “Acha divertido ficar perto de pessoas que dá pra sentir a burrice de longe?”. Algo que eu poderia ter dito, mas nunca disse porque já me acostumei com esse fato. Ok, já tem fatos demais por aqui, vamos voltar ao principal.
Essa garota era um exemplar de algo que eu nunca achei que existissem muitos, algo que sempre achei ser um dos únicos. Alguém que cansou de falar com pessoas que não tem um pingo de conteúdo, nada a acrescentar a meus conhecimentos ou a minha vida. O que fez com que um comentário interessante acontecesse numa volta por aí certa vez.
Na frente de uma igreja, meus amigos secavam uma garrafa de conhaque, até que um grupo de meninas passa por nós e os cumprimentam. Logo que els se afastam, um de meus amigos comenta :
– Ow, viu aquela ali de cabelo enrolado? aquela guria é burra que nem uma porta, é daquelas que só presta pra pegar mesmo, e de boca fechada ainda!
– Então ela é uma burra como uma porta? uma porta sem dobradiças? – Eu pergunto.
– Pior, sem dobradiças e sem fechadura ainda por cima.
Meu outro amigo então, com um bafo de algo morto a mais de uma semana, diz:
– Pô, então dessa só se aproveita os buraco!
Momento cretino da semana passou, o próximo em uma outra oportunidade. Agora, vamos voltar com o tema de hoje. Dessa história acima, podemos tirar o seguinte: Apesar de bêbados, els não me falaram da mais bonita, da mais gostosa, ou da mais pegável. Eles falaram da mais burra, aquela que seria a última a se tentar algo, aquela que é zoada em rodas de amigos por causa de comentários cretinos, e aquela que, no fim de tudo, não entende o porque é tratada assim.
Agora a questão chave do dia, que acho que isso já está ficando grande. Os livros, não importa o tipo, podem afastar pessoas que podem achar você alguém diferente? Pode alguém que lê demais se tornar anti-social porque acha que ninguém é digno de ser ouvido, ou de ouvir o que se tem a dizer? a garota fora do festival lendo pode ser uma dessas pessoas que pode ficar isolada de tudo, se não conseguir se acostumar com pessoas “normais”? ou será que ler demais faz com que as pessoas fiquem arrogantes e seletivas demais? de minha parte, sei que tudo o que me cerca tem algo a adicionar ao que já sei, então encaro tudo com o que tenho de melhor, que é minha atenção pra pequenos detalhes. Se a garota voltou pro festival? Sim, dessa vez acompanhada de alguém que entendia o que ela pensava.
Ia deixar aqui uma outra história pra ilustrar esse fato, mas deixarei ela pra outra oportunidade. Até semana que vem, e lembrem:”As vezes um mendigo é alguém que pode te presentear com algo mais do que piolhos“.