Quem são os atuais Reis da Comédia Americana?

Primeira Fila sexta-feira, 19 de outubro de 2007 – 8 comentários

Depois que Jim Carrey e Adam Sandler resolveram diversificar suas carreiras ou tentar ganhar um Oscar, demonstrando talento em filmes dramáticos (hein?) como O Show de Truman/Número 23 (Carrey) e Embriagado de Amor/Reine sobre Mim (Sandler), abriu-se espaço para novos comediantes no cinema americano fazerem sucesso. Surgiram diversos nomes em Hollywood, porém quem se destacou com a crítica (pelos roteiros) e o público (pelas bilheterias) foram dois grupos de comediantes. Estes comediantes, normalmente, vindos de seriados cômicos televisivos ou do já lendário programa Saturday Night Live.

Um destes é o Frat Pack (nome em homenagem ao grupo de cantores e atores liderados por Frank Sinatra nos anos 60 reconhecido como Rat Pack), grupo variado de comediantes com nomes como Ben Stiller, Owen Wilson, Luke Wilson, Will Ferrell, Steve Carrell, Paul Rudd e Vince Vaughn, somente para citar alguns. Em seus filmes sempre algum deles protagoniza enquanto outros participam em papéis coadjuvantes ou somente em participações especiais. Vários são os exemplos dos trabalhos deste grupo: Zoolander, Entrando numa Fria, Com a Bola Toda, O Âncora, Penetras Bons de Bico, etc.

Abaixo, um vídeo que faz uma paródia com as cenas do filme O Âncora, um dos filmes mais sem noção do frat pack, com a narração monstruosa do filme 300. Obs:reparem na participação de Tim Robbins, Luke Wilson e Ben Stiller.

O último exemplar do grupo foi o filme Escorregando para a Glória, protagonizado por Will Ferrell e Jon Heder, de Napoleon Dynamite (quem sabe um novo nome no grupo), além deles ainda há a participação de Luke Wilson. Em comum, os filmes do grupo possuem um humor mais grosseiro, não muito ofensivo, e atuações e situações exageradas do tipo “sem noção”. A maioria de seus filmes também exaltam a amizade masculina: geralmente os protagonistas formam duplas ou equipes tentando superar um desafio em comum. Somente para relembrar em Escorregando para Glória, dois patinadores de gelo expulsos das competições solos se unem para voltar as competições como dupla, com direito a coreografias duvidosas e colãs brilhosos, mais engraçado impossível.

Ferrell e Heder “soltando a franga” no gelo

Já o outro grupo que anda se destacando é o liderado pelo diretor/roteirista/produtor Judd Apattow, de filmes como O Virgem de 40, Ricky Bobby – A Toda Velocidade, Ligeiramente Grávidos e Superbad- É Hoje (que estréia nesta sexta nos cinemas). Estes filmes que citei ultrapassaram bilheterias de 100 milhões de dólares somente nos Eua (sem contar que são produções, geralmente, baratas). Apattow é o produtor de dois seriados desta década considerados já cults, Freaks and Geeks e Undeclared, ambos não duraram uma temporada no entanto, revelaram o estilo de comédia de Apattow e diversos de seus atores como, Seth Rogen (que também trabalha como roteirista em Superbad), Jay Baruchel (Ligeiramente Grávidos e Menina de Ouro), Jonah Hill (Ligeiramente Grávidos e Superbad) e Jason Segel (atualmente, em How I Met Your Mother).

Que tal a dupla dinâmica de Superbad

O estilo cômico de Apattow é completamente diferente do Frat Pack, em suas produções, os roteiro são criativos, irreverentes, inteligentes (acima da média) e, até mesmo, com toques dramáticos. Outro fator que se destaca é o carinho com que a história trata seus personagens nerds, em sua quase totalidade masculinos, por mais ridículos e irresponsáveis que estes sejam, o roteiro permite que eles sejam infantis e bobos mas, sem apelar para idiotices grosseiras.

Ainda é cedo para apontar mas, futuramente, estes comediantes podem entrar para o Hall da comédia mundial, ao lado de ícones como os irmãos Marx, Charlie Chaplin, Jerry Lewis, Mel Brooks e Monty Phyton. Sorte nossa!

Pirataria nos games – Final.

Nerd-O-Matic sexta-feira, 19 de outubro de 2007 – 22 comentários

Sem mais delongas, vamos continuar a discussão do post anterior, fechando essa série de posts sobre pirataria.

Outro lado positivo da pirataria foi trazido pelo Hyperneogeo64:

Hyperneogeo64 disse:

Além disso existe outro ponto da pirataria : ACHAR COISAS RARAS

Aqui no brasil alguem vende Yaken Yuke Special ? Ou outros jogos negros e desconhecidos?

Essas coisas não são joguinhos da moda e tem muita coisa que vende pouco até no Japão. Se não fosse a pirataria, já teriam sumido do mapa. Outro exemplo são os discos de música; como exemplo vou citar a minha banda preferida: Malice Mizer. Aonde diabos vou comprar um CD original deles no Brasil? Moro numa cidade de 80mil habitantes e como na maioria do país nas lojas só tem “coisas” como sertanojos e rap porque tá na moda, mais uma vez a solução é a pirataria.

Se não fosse a “distribuição solidária”, feita em torrents, por exemplo, certas coisas nunca veriam a luz do dia. Lembro de um jogo do Playstation que nunca foi lançado, por ter sido considerado muito violento e perturbador pelos órgãos reguladores: Thrill Kill. Se não fosse a internet, nunca teríamos acesso ao jogo. E pensem em Manhunt 2, um jogo muito mais pop e mainstream, que quase não viu a luz do dia também. É um fato que a pirataria pode democratizar a informação. Como a Sandrine disse:

Sandrine disse:

A questão é que com a internet é possível conhecer bandas novas todo santo dia, baixar o cd completo, ter as letras, fotos, enfim, tudo. Daí a pessoa não vai mesmo ter interesse em comprar o cd original, na loja, bonitinho, com direito a reclamar se tiver arranhado, etc. E conteúdo exclusivo também já não faz muita gente comprar original, sempre dá pra ter acesso.

Depois de muita discussão, vão aparecendo algumas conclusões, principalmente entre os leitores que se deram ao trabalho de ler tudo que foi colocado, ao invés de simplesmente xingar um ponto ou outro isolado da argumentação.
Abaixo, o Rurquiza, de forma muito ponderada, fez o que eu considerei a melhor síntese do comportamento do brasileiro médio frente á pirataria:

Rurquiza disse:

Ok… As opiniões aqui são bem diversificadas mas dá para identificar duas vertentes:

1- Os caras que acham errado piratear;
2- Os caras que acham certo piratear porque o jogo original é caro.

Acho que o brasileiro típico não pertence inteiramente a nenhum dos dois grupos.

Ele acha errado piratear, mas ao mesmo tempo pirateia porque o jogo original é muito caro. Se está numa loja e vê um CD/DVD/JOGO que possa pagar, ele vai lá e compra. Se não pode pagar ele pensa duas vezes se aquilo vale a pena mesmo e faz a cópia pirata. É fácil dizer “quem não pode não tem” quando você é um dos que podem.

Esse foi um ponto importante, que eu não tinha pensado: é interessante incorporar na discussão da pirataria a questão social, onde o poder aquisitivo define quem manda no país.

Você ficaria puto se esse fosse o único vídeo-game que você pudesse ter.

Todos deveriam ter acesso ás necessidades básicas, e é complicado dizer “quem tem direito a quê”, quando na verdade todos deveriam ter direitos iguais. Depois o Capitão chega chutando a porta, e mostrando como a discussão é muito mais ampla:

Capitão Piratão disse:

Hm, o que seria DO CARALHO mesmo pra continuar a discussão seria voltar á idade da PEDRA. Quer dizer, questionar a própria idéia do ROUBO. A própria idéia de propriedade é algo completamente ANTI-NATURAL, se você parar pra pensar.

De fato. A idéia de propriedade sobre alguma coisa é uma convenção social, algo que é definido entre comuns, um contrato social que não é revisto com a freqüência que deveria. A idéia de propriedade ilimitada sobre bens é o que inclusive permite os abismos existentes entre pobres e ricos. Se é difícil legislar sobre propriedade material (dizer quem pode ser dono de quanto dinheiro, ou quantas casas, ou quantos carros), como é que se decide quem vai ser dono de uma idéia (como no caso das “licenças” dos games)? E se a idéia for de uso de toda a humanidade? Por que ninguém nunca patenteou a idéia de respirar, por exemplo? Obviamente porque é do interesse da humanidade que todos respirem. Seria um absurdo pagar royalties para respirar. Mas então como se decide qual tipo de idéia pode ser licenciada?

Fico pensando na quebra das patentes de remédios, por exemplo; o governo brasileiro conseguiu quebrar a patente de vários remédios para tratar os portadores de HIV, sem pagar royalties ás indústrias farmacêuticas. Isso não é pirataria?

“Ah, mas é diferente nesse caso. É pro bem da humanidade.”

Exato, agora engato o comentário do Flávio:

Flávio Croffi disse:

“Se não pode, não tenha.” Frase egoísta. É a mesma coisa de falar em comida. Se não pode comprar, não tenha. Lazer é uma necessidade humana. Os videogames hoje em dia proporcionam lazer seguro e saudável, desde que usado de forma certa. Então, porquê privar as pessoas disso?

Vejam que interessante. É possível argumentar o lazer como uma necessidade humana, portanto, tão importante como a saúde. Aliás, sem lazer o ser humano fica doente, portanto vídeo-games podem de fato ser vistos como um tipo de remédio. E aí? Quem tem direito sobre a idéia/patente dos jogos?

Abram a cabeça; a discussão segue adiante nos julgamentos pessoais de cada um de vocês.

Novo de Lourenço Mutarelli ganha pôster

Cinema quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 1 comentário

Depois do sucesso de O Cheiro do Ralo, o cinema nacional descobriu em Lourenço Mutarelli uma nova inspiração.

A nova adaptação para as telas tem o nome de O Dobro de Cinco e faz parte de uma trilogia que tem como protagonista o detetive Diomedes, um delegado de polícia aposentado que faz bicos como detetive particular e é contratado para investigar o desaparecimento de um mágico chamado Enigmo. No decorrer da trama, Diomedes se enolve numa confusão ao matar o domador do circo onde Enigmo trabalha e passa a ser perseguido e… espere o filme sair pra saber do resto, seu adorador de spoilers safado.

Confira o pôster:

Jamanta vai matar Sandrinha se ela fizer piada do Jamanta

Diomedes é interpretado por Cacá Carvalho (o Jamanta, irreconhecível) e a estréia de O Dobro de Cinco é prevista pra 2009.

Joe Pesci de volta as telonas

Cinema quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 0 comentários

Joe Pesci, o nanico mais folgado e ranheta do cinema americano (esqueçam o Tom Cruise) está de volta. Depois de 8 anos sem atuar – a última aparição foi em Máquina Mortífera 4 – ele vai atuar no novo filme de Taylor Hackford (Ray, Advogado do Diabo), The Love Ranch.

Pesci, juntamente com a ganhadora do Oscar Helen Mirren estrelará a história sobre a primeira casa de prostituição legalizada de Nevada, a Mustang Ranch. A dupla irá interpretar Joe e Sally Conforte. Baseado em fatos reais, o roteiro mostra que frequentemente, quando o caso envolve drogas, dinheiro e sexo alguém acaba saindo morto. O roteiro é de Mark Jacobson, que também escreveu a história de American Gangster.

O desaparecimento de Pesci é um pouco mais misterioso. A Wikipedia diz que era uma tentativa de se concentrar na sua carreira musical, mas eu ainda não ouvi nenhum álbum do tampinha, e aliás, quem confia nas informações da Wikipedia. Enquanto isso vejam abaixo uma montagem envolvendo Joe Pesci, Robert de Niro e a Vila Sésamo

Sugar Ray Leonard vai ganhar cinebiografia

Cinema quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 2 comentários

Existem alguns esportes que nasceram pra ser retratados no cinema, enquanto outros (como o futebol) soam extremamente falsos quando são ensaiados. Um desses esportes é o boxe, que já foi eternizado em filmes como Touro Indomável, Ali, A Luta pela Esperança e, é claro todos os filmes da série Rocky.

A lista tende a aumentar com outro filão que Hollywood tem explorado bastante ultimamente: as biografias. Desta vez, a personalidade a ser retratada é o pugilista Sugar Ray Leonard, primeiro americano a vencer cinco títulos mundiais em cinco categorias diferentes. O roteiro está a cargo de H.G. Bissinger, que escreveu o longa Friday Night Lights, filme que deu origem a série que é exibida pela Sony.

Eu quero só ver quando acabar a lista de celebridades a serem retratadas, como é que eles vão fazer pra continuar movimentando essa grana em Hollywood.

Novas imagens e site de Hitman

Cinema quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 3 comentários

Yeah! O Agente 47 agora tem um site: www.hitmanmovie.com

Em diversas línguas e com diversas datas de estréias por aí. Aliás, esse papo de datas tá enchendo o saco, no site oficial do filme a data de estréia é 14/12. Acho que já divulgamos umas 5 datas diferentes por aqui, então a conclusão é: Eu só vou acreditar em uma estréia quando o filme estiver em cartaz. NINGUÉM é confiável nesse mundo, fato.

Enfim, está prometido um filme sangrento, e eu estou com medo de botar fé nele. Em tudo que eu botei fé nesse ano foi broxante, eu quero estar certo pelo menos uma vez.

Uma breve sinopse sobre o filme: “Agente 47″, o único nome pelo qual o protagonista é apresentado, foi “educado” pra ser um assassino de primeira e acaba sendo pego em uma ação policial. Não é nada: A Interpol e o Exército Russo estão na cola do cara. Mas ele não desiste e corre pelo Leste Europeu pra fazer seu servicinho pra misteriosa organização “The Agency”, e ainda corre atrás de quem armou pra ele. Mas o pior problema que 47 vai ter que enfrentar, é sua consciência, e ainda tem uma garota na jogada.

O Omelete divulgou diversas fotos do filme aqui. O trailer você pode ver aqui mesmo. O filme, quando alguém decidir uma data certa.

Pirataria nos games. Passando a régua.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 6 comentários

Como prometido no post anterior, volto á carga sobre o assunto pirataria. Dessa vez tentando aprofundar um pouco mais a discussão, discutindo alguns argumentos espetaculares que apareceram nos comentários. Como eu disse no começo do primeiro post, a idéia era que ficássemos menos burros coletivamente, e fico feliz de ver que isso pôde ser realizado. Embora eu não tenha chegado a uma conclusão definitiva sobre o assunto, creio que li o suficiente para mudar parte das minhas opiniões e realmente dar alguns passos adiante na avaliação do fenômeno pirataria.

Gostaria de compartilhar isso com vocês. Portanto, vamos ver algumas coisas que rolaram nos comentários, tanto do Ato ou Efeito como do Gamehall. Eu não quis fazer uma coisa superficial, apenas repetindo os comentários dos leitores. Acho importante transformar isso em uma discussão mesmo. Sendo assim, sou obrigado a dividir o post em duas partes, devido ao tamanho do texto. Acho que seria pior cortar o texto ou eliminar comentários. Se é pra discutir, melhor discutir direito.

Tio Patinhas não quer que você utilize produtos piratas.

Uma das coisas mais legais de ter comentários nesse tipo de post, é que sempre surgem informações que a gente não tinha se dado conta:

Jonh B. God disse:

Do lado do consumidor, a pirataria PODE ser vista como o uso não remunerado, porque o que você compra NÃO É o jogo, e sim uma licença para usar ele. Logo, quando você usa ele sem pagar pela licença você ESTÍ usando ilegalmente.

Esse foi um esclarecimento interessante do John, que me fez pensar no seguinte:

Será que só eu acho esse negócio de pagar pela licença ESQUISITO PRA CACETE? Não é uma coisa totalmente fdp você comprar uma parada e não possuir ela, e ainda ter pouquíssimos direitos sobre a parte ínfima que você possui? Tipo, você vai lá, compra o jogo (ou a licença, como o John disse) e não pode fazer praticamente nada com o que você comprou, só jogar. Alguns softwares, como o Windows, nem permitem mais de uma ou duas instalações. Você não pode emprestar, não pode copiar, não pode reproduzir publicamente, não pode revender, não pode nem olhar torto, senão está infringindo a lei. E, se a gente está só comprando uma licença limitada e temporária, não deveria ser MUITO mais barato o preço dessa licença?

O que, evidentemente, levanta a questão de por que os jogos são tão caros. Já sabemos que a carga tributária ferra as empresas no Brasil, mas por que isso atingiria só a indústria de games? Alucard fez uma abordagem muito lúcida:

Alucard disse:

Se empresas como Sony, Nintendo e Microsoft não querem pirataria no Brasil, deviam investir mais aqui e esquecer um pouco Japão, Europa e EUA. Não apenas investir, mas tentar acordos com o governo brasileiro para abaixar os impostos.
Se Tec Toy e Playtronic conseguiram obter lucro aqui vendendo material original da Sega e Nintendo durante um tempo, porque hoje também não conseguiriam?

E logicamente, a demanda por games não diminui entre a população só porque não tem ninguém no país para distribuir oficialmente o que nós queremos jogar. É ai que a pirataria entra:

roger561 disse:

Até o dia em que esses impostos ridículos forem reduzidos, quanto a usar um produto pirata no seu aparelho, eu acho até certo enquanto você não revenda. Para uso próprio você não chega a “ferrar tanto com a empresa”. Mas quando tu começa a reproduzir pra lucrar, aí sim você esta infringindo uma regra de comércio, você esta ganhando sobre o que a empresa poderia estar lucrando.

Um argumento coerente do roger, que deixa clara a diferença entre o camelô e o usuário particular, aquele que baixa e usa em casa. Sobre esse assunto, a Letícia colocou um ponto interessante para discutir a questão de pirataria como “crime”, onde alguém obtém lucro financeiro em cima do trabalho alheio:

Letícia disse:

Agora, no caso da internet… quem lucra com downloads feitos? Se tem alguém lucrando, me fala que eu não sei… A não ser quem baixa né, o público, para quem as coisas são feitas.

E veja a diferença entre os dois tipos de “lucro”. O cara que baixa o arquivo não “lucra” nada, ele não ganha dinheiro dos outros para isso. Ele apenas deixa de gastar o próprio dinheiro; isso não é “lucro”, em termos econômicos. Quem “lucra” é o camelô que vende o produto pirata na rua. Tornando a discussão ainda mais extrema:

Bhuda disse:

Quem nunca gravou um filme da tv com o videocassete? Isso é também é roubo? Então por que fazem videocassetes?

A mesma lógica que eu aplico ao uso das fitas cassetes, no post anterior. Elas não acabaram com a indústria fonográfica, e nem se pode culpar os gravadores de fitas (assim como não se pode culpar os gravadores de cd’s e dvd’s) pelas perdas da indústria de software. Aliás, sobre as “perdas” sofridas pela indústria:

Vishedo disse:

O que eu pergunto é: revistas como EGM e Super Dicas Playstation não aceitam pirataria, falam mal do que é a pirataria, que prejudica o mercado etc.

É óBVIO que prejudica o mercado.

Mas que mercado? Existe isso no Brasil ?

Uma pergunta relevante essa do Vishedo; se a Sony não considera o Brasil como mercado para games, me digam O QUÊ eles estão perdendo quando a gente usa produtos piratas aqui? Suponha que você é uma distribuidora de qualquer produto: como você pode perder alguma coisa em um mercado que não existe para você? Como você pode perder algo em um mercado onde você não vende nada? De certa forma, não é possível dizer que a Sony GANHA com a pirataria no Brasil? Como a gente conheceria o que a empresa faz no ramo de games? Importando tudo?

E mesmo pensando no caso da Nintendo, que tem representação no Brasil, será que ela é tão prejudicada assim pela pirataria?

roger561 disse:

Agora me diz: por que vende tanto NINTENDO DS aqui no BRASIL? Justamente porque existe a possibilidade de se colocar um FLASHCARD nele que permite você jogar games piratas. Agora exclui os FLASHCARDs do MERCADO e vê se vai vender a mesma quantia de NINTENDO DS que se vende hoje? Entende, perde-se de um lado mas ganha-se de outro.

Para mim isso faz sentido. Gostaria de ouvir uma contra-argumentação a respeito, pois me parece a mesma lógica que derrubou a argumentação de que as fitas cassetes acabariam com as bandas e gravadoras. Náo sei se vocês sabem, mas a Nintendo conseguiu a PROEZA de finalmente ganhar dinheiro vendendo os consoles (Wii e Nintendo DS), coisa que não acontece com Sony e Microsoft, que efetivamente perdem dinheiro a cada unidade produzida, pois vendem abaixo do preço de custo. Se a Nintendo lucra também na venda das unidades, não é certo dizer que a pirataria dos games ajuda a Nintendo a ganhar mais?

No próximo post: mais comentários e o fim da discussão.

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2033

Games quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 14 comentários

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2033

Ok. Me permitam agora viajar totalmente na maionese, me apoiando nas informações daquele artigo original do Cracked.com.

Fui lá conferir, e parece que a Sony realmente patenteou a idéia de transmitir imagens e sons diretamente para o cérebro através de ondas ultrassônicas. Parece mágico demais né? Mas nem é, um monte de animais usam ultra e infra som para se comunicar. Um ultra ou infra som é simplesmente um barulho alto ou baixo demais para o ouvido humano processar, mas que tem efeitos diferentes se emitido em direção a alguns materiais como paredes, metais e cérebros.

Estetoscópio com base em ultra-som. Um dos utensílios médicos que se aproveita das propriedades de transmissão de informação que o som de alta frequência e amplitude tem.

A idéia é a mesma da implantação de eletrodos que eu falei antes, só que nesse caso você nem precisa daqueles plugues que aparecem em filmes como Existenz e Matrix. Só precisa apontar o aparelho emissor para a cabeça e já era; transmissão instantânea e não invasiva de qualquer tipo de conteúdo que você possa imaginar: jogos, livros, filmes, músicas, treinamentos de novas habilidades…enfim, tudo que possa ser reduzido á algum tipo de informação codificada.

Isso não vai mais ser virtual, você vai entrar lá de verdade. Pelo menos é no que o seu cérebro vai acreditar.

Dá pra acreditar? E se eles descobrirem um comprimento de onda ultrassônica que mire direto nos centros de prazer? Você sabe, a gente joga vídeo-games porque isso de alguma forma estimula os nossos centros de prazer, seja matando zumbis em Resident Evil, roubando carros em GTA ou construindo casas e relacionamentos em The Sims. As narrativas dos jogos se tornam mais complexas para satisfazer a nossa necessidade de participar de uma história crível em forma de jogo; um enredo que nos envolva e aumente o prazer de acompanhá-lo. Como uma novela, ou um livro mesmo.

A partir do momento em que um aparelho consegue mirar diretamente nos centros de prazer, não existe mais um motivo para se fazer todo um invólucro narrativo, um pacote de historinhas que entregam a sensação de prazer. Manja drogas? Você sabe como o ecstasy funciona e porque nego usa até “fritar”? O MDMA (princípio ativo do ecstasy) simplesmente libera de uma vez só todas as substâncias responsáveis pela sensação de prazer no cérebro. O cara sente um prazer desgraçado e não consegue fazer mais nada da vida a não ser tentar sentir mais prazer, tocando em coisas, dançando, pegando em pessoas, etc. O Treta fez um pequeno vídeo compilando o comportamento desses seres em estado alterado decorrente da ativação exagerada dos centros de prazer.

E você sabe por que eles finalmente voltam ao estado “normal”? Porque depois de uma dose elevada de ecstasy as substâncias químicas que ativam os centros de prazer simplesmente ACABAM. E não adianta tomar mais, porque não tem mais neurotrasmissor para utilizar com fins de prazer. Os caras só param de tomar a parada porque ela não faz mais efeito. O prazer acaba compulsoriamente; é tipo uma trava de segurança evolutiva que faz o cara voltar ao mundo real e se preocupar com coisas importantes como comer e respirar.

Transfira essa lógica para um aparelho que mira diretamente na área de prazer do cérebro: todo mundo vai ficar utilizando a porra do aparelho até morrer ou acabar a pilha. Você não precisa mais de vídeo-games. Também não precisa mais de filmes, músicas, cinema, sexo, comida saborosa, NADA. Pelo menos vai acabar o drama da pirataria na internet.

Basicamente você não vai mais precisar se mexer para ter prazer. Entre no seu tanque e fique lá gozando eternamente.

Finalmente vamos atingir o que foi mostrado no filme Matrix, mas não na forma de mundo tecno-apocalíptico como na visão pessimista do filme. Vai ser uma utopia computadorizada, onde vamos viver em tanques nutrientes, só alternando entre descargas de prazer intensas e períodos de coma. Os períodos de coma servirão para recuperar os neurotransmissores que vão permitir novas descargas de prazer a assim por diante. Nos períodos de coma provavelmente vão rolar simulações de interações com os outros seres humanos que ainda estão por aí. Tenho a impressão de que o cérebro humano precisa de relações com outros seres humanos, para manter um fio de sanidade. Mas essas relações podem ser simuladas, e não precisam ser verdadeiras.

Por favor, simulem minhas relações com essa moça aqui, ok?

Isso vai continuar até o corpo não agüentar mais a vida no tanque nutriente e todos nós virarmos imensas uvas-passa rosadas em conserva. Se não aprendermos RÍPIDO a transferir nossos cérebros para computadores, estou prevendo que a humanidade vai acabar em mais ou menos 30 anos.

Bom, espero que vocês tenham gostado dessa projeção realista e fundamentada sobre os próximos 25 anos gamers. Muitos de nós sobreviverão para ver essas mudanças e isso definitivamente é o que deve acontecer até 2033.

Depois disso não sei o que vai acontecer, mas estou triste por descobrir que daqui a 25 anos os vídeo-games vão acabar. Bom, pelo menos também não vai ter mais aquele exame de próstata degradante.

Portanto, jogue mais vídeo-game AGORA. A vida é curta. Play more. Play hard.

Filmes bons que passam batidos 08 – Adrenalina

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 6 comentários

Tái um filme que consegue ser melhor do que você espera. Chev Chelios, interpretado por Jason Statham, é um assassino profissional. Até aí, beleza, se não fosse o porém de ele começar o filme já no chão. Depois de se levantar, ele vai até sua TV, onde tem um dvd, que ao colocar no aparelho, aparece ele mesmo, e um cara injetando algo no pescoço dele. Depois de descarregar toda sua raiva em uma tv de plasma, ele sai de casa, até seu carro, decidido a se vingar. O que injetaram nele? um composto sintético chinês, que faz com que o coração dele vá diminuindo o ritmo aos poucos, até que pare totalmente. isso deveria matar ele em algumas horas, mas só deveria. Aos poucos, Chelios percebe que, quando faz coisas que aumentam sua adrenalina, e que por tabela, aumenta seus batimentos cardíacos, ele consegue sobreviver por mais tempo, o filme começa realmente.

Nesse tempo que ele tem, alguma como umas 6 horas de vida, ele tem muito a fazer. descobrir porque que mataram ele, se vingar, continuar se mexendo, e se despedir de sua garota. É muita coisa a se fazer em tão pouco tempo, mas nada impossível, se você levar em questão algumas coisas que ele faz para se manter vivo.
Em uma das cenas, ele invade um hospital, atrás de Epinefrina, que um doutor amigo dele diz que irá ajudar a aumentar a adrenalina dele. Ao quase ser expulso, um louco lá diz que em spray nasal tem um pouco de Epinefrina, então, ele fica cheirando vários potes durante essas cenas no hospital, que termina com ele levando um puta choque no peito, e roubando uma moto de um policial.
Não sinto pena de contar essa cena pra vocês, pois ela não é uma das melhores. Depois dela, a intensidade do que ele tem que fazer pra ficar vivo aumenta, fazendo com que o filme fique mais rápido, se aproximando muito rápido de seu final, que é completamente surpreendente.
Abaixo, você pode conferir o trailer do filme, que passa um pouco da corrida insana que ele faz durante o filme.

Trailer do filme

Enfim, é um filme que eu recomendo MUITO. principalmente porque ele terá uma continuação, e ela começará do ponto onde o primeiro filme parou, o que é uma coisa estranha, sabendo o que acontece no final. E também, se você não assistir, Chelios irá apontar o dedo para você, e daí, já era.

olha que ele atira mesmo

E aí, quem será a próxima Bond Girl?

Cinema quarta-feira, 17 de outubro de 2007 – 6 comentários

A vida não seria nada sem boatos. E a minha vida já não é nada após saber que a Fernanda Lima está grávida de gêmeos, segundo o blog Anti Mofo. Ok, ela está mesmo grávida e revelou isso em seu blog, para a NOSSA tristeza.

Nada gordinha, seu único defeito. Até hoje.

Agora, o que eu não sabia, é que ela havia sido chamada pro teste de Bond Girl, junto com a Juliana Paes. Também rolaram boatos de que a Britney Spears queria fazer o teste, e teria entrado em contato com os produtores do filme, algo do tipo. Na boa, nem o cara mais galinha da galáxia, James Bond, pegaria a Britney Spears.

É sempre uma novela enorme de testes, e creio que a possibilidade de a Fernanda Lima ser a próxima Bond Girl é pequena pelo fato de ela estar grávida. Ou eu estou errado? Bom, computação gráfica tá aí pra isso. Agora, a Juliana Paes não faz lá muito a cara deste papel, na minha opinião. E Britney Spears é sacanagem.

Agora vamos esperar pra ver o que é boato ou não, e quem será a próxima Bond Girl. Muitas outras garotas foram chamadas pro teste, vale frisar.

confira

quem?

baconfrito