George Lucas em busca de roteiristas

Cinema segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 1 comentário

Com seu projeto de fazer uma série em Live Action de seus filmes, George Lucas começa a contratar roteiristas para criação de seus episódios.
Depois de finalizar sua cine-série, que acho que todos vocês devem conhecer, e alguns desenhos, contando fatos da história que eram interessantes para os fãs, ele agora vai aumentar em muito o universo Star Wars com essa série.

Ele irá para Los Angeles em novembro próximo, para encontrar roteiristas capazes de escrever para ele. A equipe, que por enquanto não tem um número definido, ainda está em processo de contratações. Os que forem aceitos por George Lucas, irão para o rancho Skywalker, onde darão início aos primeiros 15 episódios da série, que será produzida e dirigida pelo próprio Lucas.
Interessante até. ELE pessoalmente vai contratar as pessoas que se interessarem pelo projeto. Se fosse outro, ele criaria um reality show, onde as pessoas levariam seus roteiros para serem avaliados e humilhados por uma banca de jurados que não sabem nada sobre o assunto.
Sabendo como funciona a gravação e produção de séries, pode ser que o primeiro episódio já possa ser visto lá pelos últimos meses de 2008, se ficar uma porcaria, ou em 2009, o que dará chances de que saia algo que realmente presta.

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2018

Games segunda-feira, 15 de outubro de 2007 – 6 comentários

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2018

Estamos abandonando rapidamente os televisores CRT, esses aparelhos enormes que todo mundo tem em casa, com um tubo de imagem pesado e que não gera imagens alta definição.

Fadado a sumir de circulação.

Os monitores de plasma e LCD estão caindo de preço muito rapidamente, e indicando uma mudança de tendência nos métodos de projeção de imagens e vídeos. Daqui a dez anos é bastante provável que nos libertemos de vez da ditadura do monitor para que uma imagem exista, passando a projetar as imagens diretamente em nossa retina.

Pra que gastar um monte de energia projetando imagens em uma tela se tudo tem que passar pelo olho mesmo?

O equipamento já existe e funciona; se você duvida, busque a matéria original no site que eu indiquei no começo dessa série. O projetor é muito mais prático, porque você pode levar seu projetor para qualquer lugar, já que ele ocupa um espaço ridículo. Também é mais econômico, porque você só precisa gerar luz suficiente para ativar os cones e bastonetes do seu olho, que não precisam de muita intensidade de luz para reconhecer formas e cores. E, estou chutando, essa tecnologia vai cansar menos o olho, devido á quantidade mínima de luz que vai emitir; a luz ambiente provavelmente vai ser mais intensa do que a da projeção.

Outra vantagem enorme é no tamanho dos arquivos a serem projetados. Como a imagem que você projeta é extremamente pequena, você não precisa de gráficos e vídeos que ocupam um espaço imenso de HD, para ter qualidade na imagem. Compare os arquivos de PSP com os de PS2, por exemplo. Nenhum jogo de PSP ocupa mais do que 1,8 gigas, enquanto no PS2 eles podem ocupar um DVD dual layer inteiro (um dvd com quase 10 gigas de capacidade), com qualidade semelhante. Isso acontece porque a tela do PSP é menor, portanto os vídeos e gráficos não precisam ter uma resolução tão grande e detalhada como se fossem ser projetados em uma TV de 42 polegadas. E os jogos de Nintendo DS então? Eles possuem uma qualidade semelhante aos jogos do Playstation 1, e todos cabem em um cartão de memória do tamanho de um selo.

Esse é o cartão de um jogo de NDS.

Agora imagine o tamanho de arquivos que precisam ser projetados na retina, que tem mais ou menos as dimensões da sua unha do dedo mindinho. Nós vamos precisar de cada vez menos espaço físico para armazenar jogos.

Vamos adiante: combine essa tecnologia com a capacidade de enfiar um PS3 em algo do tamanho de um celular, e você já não precisa mais de “consoles caseiros” como o PS3, que ocupam o espaço que uma porra de um vídeo-cassete ocupava em 1982. O próprio termo “console caseiro” não vai mais fazer sentido, pois todos serão “portáteis”. Seu celular Sony Ericsson V19 já vai sair de fábrica com um PS3 embutido, um fone de ouvido e um projetor de retina bluetooth, pra você poder jogar no ônibus. O celular vai ser o joystick. Sensacional.

Aliás, não sei se vocês estão sabendo, mas alguns players de MP3 de marcas duvidosas já vêm de fábrica com emuladores de Nintendo 8 bits embutidos, que você joga na telinha do próprio MP3 player.

Falta pouco pessoas, falta pouco.

A seguir: Previsões para 2023.

Resenha – Tropa de Elite (2)

Cinema domingo, 14 de outubro de 2007 – 0 comentários

A esta altura vocês já devem saber que há outra resenha sobre o filme Tropa de Elite aqui no AOE, do Atillah. A minha resenha, apesar de ter visto a cópia pirata, esperei para escrever depois de assistir a versão final do diretor Jose Padilha.

Posso dizer que continuo achando TROPA DE ELITE um filme sedutor, não pelo discurso ideológico, mas como a narração em off do capitão Nascimento (versão tupiniquim do agente Jack Bauer, do seriado 24 Horas), do BOPE, funciona como um advogado de defesa para os acontecimentos da trama, seria um olhar que justifica o mal necessário, principalmente, o uso exacerbado de violência como instrumento de repressão.

Polêmica do ano

Obviamente, dizer que o filme é fascista ou qualquer outra coisa é uma leitura equivocada e precoce para TROPA DE ELITE, que tem como maior mérito levantar questões sociais importantes nas pessoas que o assistem, pelo menos, imagino eu que todo mundo se choque ou mesmo se revolte com o que é mostrado na tela.

Estruturado como um excelente thriller americano, TROPA DE ELITE, é um feliz exemplo da diversificação de gêneros que tanto se pede para o sucesso do cinema nacional como um todo. Se esquecermos o contexto social e político, TROPA DE ELITE é um verdadeiro filme policial com um ritmo de ação alucinante, tanto isto é verdade, que a montagem com cortes abruptos de Daniel Rezende torna o contexto das situações sempre urgente e isso somente não ocorre quando o roteiro precisa trabalhar os personagens dramaticamente.

Além disso, a trama não linear resulta num filme de dois momentos, num primeiro acompanhamos o desgaste do Capitão Nascimento frente ao BOPE e os “aspiras” Matias e Neto afogados num mar de corrupção e burocracia de uma policia falida, num verdadeiro “momento onde nos vamos parar?” revoltante, já na segunda metade, vemos a transformação dos “aspiras” em homens do BOPE, o que não significa que saíram vitoriosos, tanto o capitão Nascimento quanto Matias e Neto pagam o preço de suas escolhas.

Capitão Nascimento: herói ou torturador?

O roteiro inteligente e provocador acerta, principalmente, na criação dos personagens, observem a riqueza de nuances dos três principais personagens, há até mesmo espaço para risos em cenas onde constatamos o ridículo das situações onde imperam a corrupção e a “burrocracia”, temos desde o transporte de corpos para modificar as estatísticas até a injusta (?) partilha do dinheiro sujo, legítimo exemplo de que se não fosse trágico seria cômico.

Claro que TROPA DE ELITE não seria o mesmo sem a força interpretativa e física dos atores, Caio Junqueira e André Ramiro compõem de maneira acertada seus personagens, tidos como coração e razão, respectivamente. No entanto, quem entra para a história, para o bem e para o mal, é o capitão Nascimento de Wagner Moura, num ano no qual o ator conseguiu se destacar como um ingênuo interiorano em Saneamento Básico – O Filme e como o grande vilão da tevê brasileira numa novela, Moura soube construir seu complexo e monstruoso personagem.

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2013

Games domingo, 14 de outubro de 2007 – 3 comentários

Esse post faz parte de uma série em 6 partes. Veja o primeiro post aqui.

Previsões para 2013

Falta pouco para se enfiar um World of Warcraf em um console portátil.

Quando estivermos entrando na próxima década, é bastante provável que se consiga introduzir o poder de processamento de um PS3 ou de um Xbox360 em um console portátil. Hoje em dia o melhor que temos é um PS2 enfiado em um Playstation Portable, o que já é bastante impressionante, se você pensar bem (lembre-se de que em 2001 o PS2 tinha quase o tamanho do PS3 atual). Mas com algo como um PS3 portátil, nós poderemos jogar coisas como o Spore em qualquer lugar, como durante a aula na faculdade ou o meu preferido: jogar enquanto larga um barro.

100% de aproveitamento de um tempo que poderia ser perdido.

A combinação desse poder de processamento com o avanço das tecnologias wireless de transmissão de dados vai permitir que você jogue World of Warcraft enquanto espera na fila do banco, por exemplo. É só uma questão de tempo para que o acesso wireless esteja amplamente disponível, com transmissão de dados em alta velocidade. Hoje em dia já temos internet wireless gratuita em alguns shoppings, hotéis, aeroportos e apartamentos com vizinhos que não criptografam suas conexões.

A ampla oferta de acesso á Web vai fazer com que os distribuidores de jogos prefiram disponibilizar os downloads de seus jogos, ao invés de passar pela encheção de saco de gravar um dvd, botar em uma caixinha e ter que distribuir isso pelas lojas do mundo inteiro. É muito mais simples cobrar uma taxa do usuário para que ele simplesmente baixe o jogo e instale na máquina. O custo final do produto fica menor, o que deve refletir também em um corte nos preços dos jogos.

O advento dos hard disks nos consoles também deve fazer com que essa tendência atinja os gamers ainda na geração Xbox360 e PS3. Isso já acontece com alguns jogos como GranTurismo HD, que foi lançado apenas como um download disponível para os donos de PS3. Bastava entrar na rede, baixar e jogar.

Ok, foi um demo de GT5, mas você entendeu a idéia.

Creio que existe uma tendência de expansão nesse procedimento, já que muitos gamers, principalmente no Brasil, já estão acostumados com os jogos piratas, sem caixinha, manual, etc. E mesmo no Brasil, onde a pirataria impera, existem muitos assinantes de MMO’s (jogos online), que pagam caro para jogar. Me parece uma idéia mais interessante do que comprar o jogo, porque você só paga enquanto quer jogar. Ou enquanto acha que a sua diversão vale dinheiro. Cansou? Quer jogar outra coisa? Baixa outro jogo e paga por outro serviço temporário. Nada de ficar com jogos encostados que você já terminou e não tem mais motivo pra jogar.

Depois de um tempo, onde você enfia tanto jogo?

Outra enorme vantagem desse sistema é que você não está comprando um produto acabado; como existe uma comunidade de muitos jogadores pagando mensalmente pelo jogo, ele pode estar em constante expansão. O desenvolvedor tem grana para manter uma equipe que continue criando cenários, quests, personagens e itens que não existiam quando você assinou o serviço, o que mantém o jogo sempre “novo” em algum sentido. E, o melhor, atendendo ás demandas dos jogadores, que sempre terão as melhores idéias de como o jogo pode se tornar ainda mais divertido.

Serão mudanças importantes para a cena gamer, já que mudam radicalmente o conhecido processo de comprar um console e depois montar um enorme biblioteca de jogos, que acabam virando relíquias ou lixo mesmo. O processo todo deve ficar mais dinâmico, atendendo mais prontamente aos desejos dos jogadores. Ao mesmo tempo, deve diminuir a oferta de de jogos caça-níquel como… bom, como todos os da EA por exemplo, que lança o mesmo jogo todo ano. Ao invés de comprar o Fifa 05, 06, 07 e 08, você “assina” só um deles e vai fazendo os upgrades subseqüentes, com novos campos, novos jogadores, novos passes e dribles, etc.

Creio que as coisas tendem a mudar muito e melhorar em um futuro bastante próximo.

A seguir: Previsões para 2018.

Vídeo-games: os próximos 25 anos – 2008

Games sábado, 13 de outubro de 2007 – 6 comentários

Eu gosto de vídeo-games; tenho um interesse sincero por eles. Provavelmente um interesse até maior do que é saudável ter.

O fato é que eu aprecio vídeo-games o suficiente para já ter trabalhado profissionalmente com isso (e espero um dia trabalhar de novo), e gosto de ler e discutir sobre o assunto. Acredito que o jogo eletrônico é uma forma de entretenimento que deve se fazer cada vez mais presente nas nossas vidas daqui por diante.

Se você é como eu, e curte pensar sobre games além de jogá-los, gostaria de trazer á sua atenção um artigo muito interessante que li recentemente no Cracked.com:

The Next 25 Years of Video Games

Você acha que isso é o pior que pode acontecer daqui a 25 anos? Tsc, tsc.

Por que indicar um artigo de outro site? Porque os caras que escreveram esse artigo (David Wong e Steve Woyach) são muito mais perspicazes e visionários do que eu, e vocês não merecem ficar lendo só as merdas que eu escrevo. Esse artigo é tão bom que eu achei importante fazer com que mais gente entre em contato com ele. Se você lê inglês, vá direto para lá. Para você que não lê inglês, fique com a minha versão extremamente particular, distorcida e expandida de tudo que o artigo original aborda. Serão 6 posts, um por dia, explorando o que deve acontecer em intervalos de 5 anos até 2033. Minha previsão no final é um pouco diferente do artigo original, mas que graça teria se eu simplesmente traduzisse o artigo, não é mesmo?

Previsões para 2008

Nossa viagem pelo próximo quarto de século video-gamístico começa pelo game Spore (que está em desenvolvimento desde que eu nasci, pelo jeito, e com lançamento previsto para muito breve) no qual você vai começar como uma bactéria ou algo tão insignificante quanto. Depois, você vai fazendo a evolução deste organismo até que ele domine um planeta, desenvolva sua tecnologia e comece uma expansão interplanetária e intergaláctica.

Esse jogo vai ser piradaço.

Lembra como esse conceito era sedutor pra cacete em Civilization, mas a parte espacial nunca era tão emocionante assim? Você passava anos para construir a maldita nave que ia levar sua civilização até Alpha Centauri, e quando você finalmente conseguia, o jogo acabava! Frustrante. Não é á toa que foi necessário lançar um jogo chamado “Alpha Centaury” logo depois, a fim de satisfazer a sede de expansão dos jogadores.

Frustrante final de Civilization (1990)

Aparentemente Spore vai conseguir realizar suas fantasias mais lisérgicas de dominação universal. E o jogo vai ser muito louco graças ao elemento online, onde cada usuário terá sua civilização particular de monstros verdes com pênis gigantes. Nem todos serão assim, lógico; alguns jogadores mais ousados vão gerar civilizações de monstros roxos piratas-zumbis com pênis gigantes, mas esses gênio criativos serão a exceção.

Eu tive a idéia primeiro, ok?

A piração total é que o universo de jogo vai se expandindo conforme novos jogadores entram, criando algo de dimensões absurdas, com zilhões de planetas habitados por criaturas bizarras para você destruir, cada um criado por um usuário diferente.

Um planeta personalizado

Mesmo o Freelancer, da Microsoft, tinha limites físicos e maneiras de limitar a sua exploração do universo. No caso de Spore, provavelmente será a primeira vez que você não vai conseguir achar os limites físicos virtuais de um jogo. Imagine: um jogo maior do que a sua capacidade, paciência e tempo para explorá-lo. Cara, isso vai ser revolucionário.

Em seguida, temos o PS3 Home, a versão da Sony para o maldito Second Life, que deve ser anunciado ainda em 2008. Aparentemente será algo menos fantasioso e estúpido que o SL, mas qualquer tipo de universo virtual desses me dá ânsia de vômito.

PS3 Home. Mais um game escapista onde você pode fingir que é magro e macho de verdade.

Mas, se tratando da Sony, eu diria para prestarmos atenção no que eles têm a oferecer. Apesar de todos os problemas no trato com o consumidor a Sony revoluciona o mercado desde o lançamento do walkman, e mundos virtuais ainda têm muito a ser desenvolvido.

A seguir: Previsões para 2013.

Filmes que geram polêmica

Primeira Fila sexta-feira, 12 de outubro de 2007 – 6 comentários

Aproveitando a polêmica em torno de Tropa de Elite, já leu a resenha de Atillah?, não perca tempo, resolvi comentar com vocês outras produções que ganharam uma aura imortal no Olimpo cinematográfico por retratarem em filmes polêmicas como religião, sexo e violência (como acontece em Tropa de Elite). Inclusive, assim que tiver assistido este filme nos cinemas (a estréia aqui no sul é neste findi), coloco mais fogo na discussão ao redor do filme aqui no AOE.

Wagner Moura como Capitão Nascimento no filme mais polêmico deste ano

Vou começar pela polêmica mais “prazerosa”, filmes que relatam sexo nos cinemas, não é de hoje que alguma produção com um forte apelo erótico (óbvio que não vale filme pornô), sempre consegue manchetes na mídia referentes a cenas ou atores envolvidos no filme, e acabam ganhado status de filme maldito. O exemplo mais recente é o filme independente Brown Bunny (sei que você nunca deve ter ouvido falar), drama intimista dirigido/roteirizado/protagonizado pelo ator Vincent Gallo (ator de filmes estranhos como Cidade Sombria), que ficou conhecido na mídia como filme no qual Chloë Sevigny (de Meninos não Choram e Zodíaco) pagou um boquete em Gallo, filmado com todos os detalhes, só não sei se isto favoreceu o filme a carreira do filme. Brown Bunny, no Brasil, somente foi exibido em circuito restrito mas, será lançado em dvd em novembro pela Europa Filmes.

Browm Bunny, mais conhecido como o filme do boquete

No entanto, polêmicas em torno de sexo não são de hoje, as cenas de orgia do filme Calígula, de 79, são até hoje mencionadas pela “liberdade” do conteúdo. Outro polêmica pertence á Marlon Brando no filme de 72, O Último Tango em Paris, e o uso de manteiga numa determinada cena entre seu personagem e a personagem da atriz Maria Schneider. Já em Crash – Estranhos Prazeres, a polêmica envolve a excitação sexual dos personagens através de acidentes automobilísticos, nem preciso comentar a bizarrice do fetiche.

James Spader atracando a atriz Deborah Unger em Crash – Estranhos Prazeres

No que se refere á religião, A Última Tentação de Cristo, do mestre Martin Scorsese, chocou setores conservadores da Igreja e da sociedade, por tratar a figura de Cristo de uma perspectiva humana, reconstruindo a trajetória de Jesus a partir da hipótese dele ter optado por uma vida comum, sem assumir o ônus da salvação da humanidade, além disso, o filme ainda retrata uma versão da vida de Jesus casado com Maria Madalena. Temas religiosos ainda rendem polêmica desde a acusação de anti-semitismo sobre A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, até ao tom esculachado da trama de Dogma, de Kevin Smith.

A única polêmica A Paixão de Cristo deveria ser a quantidade de sangue que jorra na tela

Voltando para o início da coluna, a polêmica em torno do retrato da violência no cinema também encontra exemplos em décadas atrás, como no filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica ou mesmo, no retrato glamourizado de Oliver Stone para o casal de assassinos, Mickey e Mallory, de Assassinos por Natureza, até hoje criticado e elogiado pela idéia de justamente satirizar o sensacionalismo, a banalização e a atenção que a mídia presta a criminosos e á violência. Para fechar com chave-de-ouro, cito o fantástico e brutal Réquiem para um Sonho, de Darren Aranofsky, que retrata o vício em drogas num grupo de quatro personagens mas, que engloba além de drogas, remédios, roubo e prostituição para sustentar o vício num filme de imagens e questionamentos fortes.

Se preparem para uma viagem ao horror

Filmes bons que passam batidos 07 – Fora de Rumo

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 11 de outubro de 2007 – 10 comentários

Clive Owen (TAAAAANGA! – Filhos da esperança), Jennifer Aniston (Quero ficar com Polly, e do seriado Friends) e Vincent Cassel (Doze Homens e Outro Segredo) no elenco. Suspense. DO CARÍI!

E aí… bóra? (heh)

Você é um publicitário fodão, casado e tem uma filha com diabetes. Bom, não me lembro muito bem, mas acho que era diabetes, mesmo. Enfim, você é Charles Schine (Clive Owen) e, em um certo dia, além de não conseguir comprar a passagem do trem, ainda não leva dinheiro na carteira. Como pagar a multa, então? É só conhecer a executiva Lucinda Harris, (Jennifer Aniston), mas calma, você ainda não conhece ela. E, caia na real, você não é o Clive Owen. Mas é tanga.

Charles está sozinho e não tem uma desculpa melhor, até que uma desconhecida oferece o dinheiro e acaba pagando a multa por ele. Então, o cara vai conhecer a moça, que se apresenta: Lucinda Harris, uma executiva relativamente poderosa. Só faltava ser gordinha, mesmo. Enfim, os dois conversam, mas não muito, um “passeio de trem” não dura o dia inteiro, ambos têm que trabalhar. No serviço, Charles não pára de pensar na garota, até a encontra no site de sua empresa, pega seu telefone e PUCA! Encontro marcado.

E ambos são casados, que beleza.

Dar um pega na Jennifer Aniston é a única coisa boa ao ser um Clive Owen, convenhamos.

É lógico que róla todo aquele clima de enganação antes disso, ambos têm que inventar alguma desculpa pra contar pro maridão e pra patroa. Ambos nunca pularam a cerca antes, estavam sem jeito, mas acabaram indo pra um motel. Que tipo de pessoa entra em um quarto de motel e não tranca a porta? Charles Schine. Quando a coisa esquenta, Philippe LaRoche (Vincent Cassel), um criminoso fodão, entra no quarto e mostra que o Clive Owen apanha bem. Não satisfeito em quebrar o nariz de Charles, LaRoche termina o trabalho que ele nem havia começado: Dar um trato em Lucinda, na CARA dele. Charles, frouxo pra cacete, desmaia e acorda no dia seguinte, com Lucinda com cara de quem foi estuprada.

Foi bom pra você?

A boa é que ambos não podem chamar a polícia, já que eles teriam que contar exatamente o que aconteceu, e isso foderia ambos os casamentos. Charles volta com o nariz quebrado pra casa, deixando sua mulher e filha surpresa com que tipo de reunião de negócios teria sido aquela, enquanto Lucinda, dias depois, avisa que prefere não ver mais o cara, e que está grávida. LaRoche não perde tempo e quer uma grana pesada pra livrar o pescoço dos dois, chantagem extremamente baixa. Então Charles precisa abrir mão das economias que fez pra melhorar o tratamento de sua filha e fica na merda. Vendo seu casamento abalado e sua amante sem um pingo de auto estima, Charles pede a ajuda de um amigo e tenta acabar com LaRoche, que acaba matando seu amigo e tocando mais terror que nunca: o cara tem a moral de entrar na casa de Charles como se fosse um velho amigo do cara e ainda faz amizade com sua mulher e filha. Definitivamente, já era. O inimigo na própria casa, ele quase apanha de novo e não pode falar nada.

E é aí que o filme começa a pegar fogo.

Daqui pra frente você começa a se EMPOLGAR com o que está por vir, uma reviravolta emocionante tá no meio disso. E você não faz IDÉIA do que vai acontecer, e ainda vai queimar a língua por ter chamado o Clive Owen de FROUXO o filme INTEIRO. E quando você pensa que o filme acabou, não acabou, ainda falta a MELHOR parte. Você não deve perder este filme, já devia estar voltando da locadora agora. Definitivamente, Fora de Rumo é um filme imprevisível, marcante e empolgante. Se eu estiver errado, eu quero é que você estupre o Clive Owen.

Eu compraria o DVD. Se você tá interessado: Veja as ofertas do DVD do filme Fora de Rumo!

Adaptação de Stephen King a caminho

Cinema quinta-feira, 11 de outubro de 2007 – 2 comentários

Você, que está aí na frente do monitor, tem grandes chances de NUNCA ter ouvido falar de Stephen King. Se é esse o caso, morra, por favor. Pronto? Espero que sim.
Seguinte, as adaptações dos livros de Stephen King são sempre aquelas coisas estranhas. Até hoje, a única que eu curti de verdade foi a adaptação de “O Apanhador de Sonhos”, apesar de ser muito inferior ao livro. Não vou aqui discorrer sobre os livros que foram adaptados, aqui você pode achar melhores informações sobre cada um dos que foram lançados, desde o primeiro, que foi “Carrie”, em 1976.
Pois bem, depois de muito tempo sem ter nada mais adaptado, o Mestre do Terror pode voltar as telas, dessa vez, pelas mãos de um diretor que é um pouco experiente no quesito terror.

Tobe Hoope, o diretor de “O Massacre da Serra elétrica” será o que irá transportar para as telas a história do livro “Buick 8”, que vocês devem conhecer, mas que eu vou dar uma pequena resumida, caso ainda tenha sobrado alguém vivo do começo desse texto.
è a história de um carro que está no depósito de uma delegacia da policia rodoviária, que foi encontrado em um posto de gasolina. Até aí, normal, mas acontece que o motorista do carro veio dirigindo ele, e sumiu. O carro tem uma construção um pouco peculiar, que não vou falar aqui como é, pra não estragar a surpresa. Colocando o carro no depósito, coisas começam a acontecer, como luzes estranhas, ruídos esquisitos, e formas desconhecidas aparecendo dele.
A previsão de lançamento é para 2009, e a pré-produção já começou.

O canal Sony divulga sua nova programação

Televisão quinta-feira, 11 de outubro de 2007 – 2 comentários

O canal Sony foi o último canal, que utiliza novembro para estrear sua nova programação, para divulgar sua grade. Pois bem, quem tiver a oportunidade de cancelar a assinatura com o canal pode fazê-lo, porque estas estréias são um verdadeiro fiasco. A maior novidade é a estréia de Ugly Betty com uma temporada de atraso, nos Eua já está sendo exibido o terceiro episódio da segunda temporada nesta semana.

A outra novidade é negativa, o seriado de maior audiência nos Eua, C.S.I – Las Vegas, foi transferido para o canal “irmão” do Sony, o AXN, que se juntará aos demais seriados da franquia, ou seja, a nova temporada (a oitava), deverã ser exibida somente em fevereiro quando o AXN estréia seus seriados. Portanto, quer saber o que aconteceu com Sarah que foi sequestrada pela assassina de miniatura? Sente e espere até fevereiro ou corra para baixar o seriado.

Contrariando minha coluna sobre a crise dos sitcom, leia aqui, o canal Sony estreará cinco novas comédias, além de um drama canadense, The Best Years, a segunda temporada de Friday Night Lights ao término da primeira e o jornalistíco cômico The Daily Show with Jon Stewart (o cara que apresentará o Oscar no ano que vem).

Veja a grade:

Segunda-feira (05/11):

20h – My Boys (nova série);
20:30hs – Samantha Who? (nova série);
21h – Big Day (nova série);
21:30hs – Rules of Engagement (nova série);
22h – Grey’s Anatomy (reprise);

Terça-feira (06/11):

20h – 30 Rock (segunda temporada);
20:30hs – Scrubs (reprise);
21h – Ball of Steel (segunda temporada);
22h – Da Ali G Show (terceira temporada);
22:30hs – The Daily Show with Jon Stewart (nova série);

Quarta-feira (07/11):

20h – Ugly Betty (nova série);
21h – Brazil’s Next Top Model;
22h – Desperate Housewifes (reprise);

Quinta-feira (08/11):

20h – Falcon Beach (segunda temporada);
21h – The Best Years (nova série);
22h – Ghost Whisperer (terceira temporada);

Sexta-feira (09/11):

20h – Carpoolers (nova série);
20:30hs – ‘Til Death (segunda temporada);
21h – Everybody Hates Chris (terceira temporada);
21:30hs – The Game (segunda temporada);
22h – Friday Night Lights (segunda temporada a partir de 16/11);

Voltam também a grade de programação aos sábados: 7th Haven (que já havia terminado e foi ressuscitada, porém, agora, terminou de vez), Celebrity Poker Showdown, Queer Eye for the Straight Guy e Jamie Kennedy Experiment.

Se você não se empolgou com o canal, para 2008 as coisas prometem mudar, a partir de fevereiro voltam para novas temporadas:American Idol, Desperate Housewifes, Grey’s Anatomy, Medium, Scrubs, American Next Top Model e Saturday Night Live.

Além disso, para esta época ficaram prometidas as estréias das novatas: Private Practice, Reaper, Cashmere Mafia, Canterbury’s Law e Viva Laughlin.

Pirataria nos games. Fugir da briga é para os fracos.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 11 de outubro de 2007 – 13 comentários

A coluna da semana anterior saiu simultaneamente no Ato ou Efeito e no Gamehall, e pude experimentar vários tipos diferentes de recepção ao texto que foi apresentado.

Gostaria de agradecer a todos que tiveram a paciência e disposição de continuar a discussão nos comentários, concordando, discordando e argumentando de forma coerente. Queria lembrá-los de que NÃO estou escrevendo um artigo científico sobre o assunto e nem sendo pago para agradar a segmentos específicos ou a qualquer tipo de pessoa. Aos ignóbeis que simplesmente não gostaram do que leram ou que se sentiram pessoalmente ofendidos, deixo as palavras do mestre Alborghetti:

“Não tenho o rabo preso com vagabundo nenhum nesse estado e nem nesse país. Quem gostou, gostou. Quem não gostou que se dane; vá para o diabo que te carregue”.

Quero manter esse texto com um tamanho que não desestimule a leitura, portanto vou me ater a apenas UMA questão. A quem ainda acompanha essa discussão com genuíno interesse e um mínimo de tolerância á opinião alheia, gostaria de discutir a figura abaixo:

“Gravações caseiras de fitas estão matando a música. (E são ilegais)”.

Muitos de vocês podem ser novos demais para lembrar, mas até a década de 90 as pessoas realmente usavam fitas cassete. E quando as fitas virgens foram colocadas á disposição do público pela primeira vez, em conjunto com os gravadores de fitas, a indústria fonográfica decretou que seria a morte dos LPs e da indústria musical como um todo. Afinal, você emprestava o LP de um amigo, gravava em uma fita e não precisava comprar o LP. Lembra vocês de alguma coisa que acontece hoje em dia?

Pois é, a música comercial continua por aí. E posso estar errado, mas acho que o número de bandas também não diminuiu e as gravadoras continuam ganhando dinheiro. A indústria musical não me parece exatamente falida, apesar de toda a pirataria e das fitas virgens.

Vejam, não estou dizendo que quem copiava os LP`s em cassetes estava certo ou errado. Como falei em algum dos comentários, estou evitando fazer julgamentos já que eu mesmo ainda não entendo a questão de forma completa. Mas me parece bastante evidente que era errado dizer que quem gravava suas fitinhas piratas ia acabar com a indústria e com a música dos grandes artistas. O tempo provou isso, não é questão de opinião ou do que “eu acho”.

Mas isso é música. Voltando á nossa discussão sobre softwares, vamos pensar em quem seria uma das maiores prejudicadas com a pirataria, para verificar o argumento de que a pirataria acaba com a indústria de softwares (jogos são softwares, não esqueçam). Será que existe algum software mais pirateado do que o Windows no planeta inteiro? Podemos pelo menos concordar que o sistema operacional da Microsoft é um dos softwares mais pirateados do mundo? Creio que concordamos. Agora me digam: ao longo de mais de duas décadas de pirataria do Windows (o primeiro Windows foi lançado em 1985), o Windows acabou? A Microsoft faliu? A Microsoft está mal das pernas? Ela parou de lançar novos produtos por causa da pirataria e dos salafrários que copiavam ao invés de comprar?

Acho que não.

Essa é uma das conclusões a que eu cheguei, pensando e escrevendo esse texto e o da semana passada: usar cópias não oficiais de jogos pode até ser errado por motivos éticos e morais, mas definitivamente não acaba com a indústria em questão. Parece um contra-senso, não parece? Mas os dados históricos não mentem, nem no caso da indústria fonográfica e nem no caso da Microsoft. E acredito com todas as forças que isso se estende á indústria dos games.

Descobri que isso acontece por um motivo muito simples: Quem compra os produtos piratas não tem dinheiro para comprar o original e, portanto, não compraria o original de qualquer forma.

Vamos desenvolver isso.

Se você tem grana suficiente, você vai querer o pacote completo, principalmente porque isso significa garantia e direitos do consumidor, no caso dos produtos oficiais. Você paga não só para ter o produto original, com manual, bonito, na caixinha, mas porque existe de fato um grande valor agregado a este produto. Ele faz MAIS por você do que o produto pirata. Nos casos dos jogos isso significa também poder jogar online, acesso ás áreas restritas de sites do desenvolvedor, patches, upgrades, etc.

Porém, se você não tem os recursos para comprar o original, você simplesmente não compra. Como você pode ser culpado por não comprar alguma coisa que você não compraria de qualquer jeito, por não ter recursos para tal? É como dizer que a fábrica da Ferrari vai falir porque pouca gente compra Ferrari, preferindo um genérico em seu lugar, como um Uno Mille. As pessoas compram Uno Mille porque não têm recursos para uma Ferrari. As pessoas compram produtos piratas porque não têm recursos para comprar o original. Portanto, de qualquer forma, não seriam compradores do produto e não alimentariam a indústria em questão. Quem compra o produto pirata não é público-alvo da indústria dos originais, porque é simplesmente pobre demais para fazer parte dessa indústria.

Uma das argumentações que me parecem comuns contra o que escrevi aí em cima, é aquela que diz: “se o cara tem a grana pra comprar um produto pirata, então ele deveria deixar de comprar 10 produtos piratas para comprar um produto original”. Mas isso é falacioso, porque o desejo humano não funciona desse jeito. Ninguém quer o mínimo possível. Todo mundo quer sempre o máximo possível de benefício de qualquer coisa que faça. Pode chamar de lei de Gérson, desvio de caráter, natureza humana ou o que preferir, mas simplesmente é a forma como o indivíduo funciona. Como eu falei antes, estou analisando os fatos, e não a moralidade das ações humanas.

Outra contra-argumentação que vejo surgir nesse momento é de que se o cara quer alguma coisa então ele deveria “dar um jeito”, “economizar”, “trabalhar”, para poder comprar o original do produto que quer, ao invés de gastar com o produto pirata. Mas junte o desejo natural do cara com a indústria da propaganda, que desperta e exacerba o desejo sobre coisas que muitas vezes ele nem sabia que existia ou queria. Claro que não dá pra botar a culpa na propaganda por coisas que esse cara faz errado. Mas não é por esse mesmo motivo que um jovem pobre te assalta no semáforo e gasta toda a grana em um tênis Nike, ao invés de comprar comida? Pelo menos ele alimentou a indústria dos tênis originais, não é? Ele queria muito o tênis e “deu um jeito” de conseguir comprar o original. Um cidadão exemplar.

Agora você tá achando que era melhor ele ter comprado o tênis pirata né?

Tá bom, eu confesso que estou sendo deliberadamente manipulador e distorcendo a argumentação. Mas não importa se eu estou certo ou errado. Eu nem quero estar certo ou errado, como falei desde o começo. Eu só quero que vocês percebam que questão não é tão simples a ponto de se dizer “pirataria é roubo, e roubo é sempre errado”; isso é apenas um julgamento moral, cristão, que você recebeu a fim de manter a ordem social. Dizer que “roubo é errado” não serve para entender a questão como um todo. É por causa desse tipo de visão estreita que a questão não se resolve.

Novamente me estendo demais sobre o assunto, e não gosto de fazer post enormes; eles ficam muito chatos e as pessoas começam a comentar sem ler.

Alguns comentários e argumentos interessantíssimos surgiram nos comentários da coluna anterior. Alguns deles são tão bons e melhores que os meus, que eu me sinto na obrigação de reconhecê-los em um próximo post. Portanto, se você quer comentar, se esforce para não fazer ataques pessoais, e sim para trazer alguma contribuição coerente á discussão, ok?

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