Escolhi cinco bandas pra comentar sobre seus próximos lançamentos e dar palpites sem valor algum pra humanidade, meu hobby. As bandas são: Foo Fighters, The Hives, Down, Alice in Chains e Metallica. Vamos usar essa ordem, então.
FOO FIGHTERS – ECHOES, SILENCE, PATIENCE AND GRACE
Bom, já divulguei algumas coisas (repare no bug que assombra esse site, ninguém consegue resolvê-lo) sobre o novo álbum do Foo Fighters, inclusive já ouvi e comentei com vocês sobre o novo single, e também passei o vídeo ao vivo de uma das músicas que estarão no CD. As primeiras impressões foram ótimas, principalmente com o single The Pretender (veja o clipe). Sinceramente? Eu espero um álbum tão bom quanto o One by One. Isso é, se as músicas seguirem a linha de The Pretender. Falando em Mainstream, este pode ser o melhor álbum do ano. Porra, é Foo Fighters, depois desse tempo todo não dá pra esperar algo meia boca dessa banda. Pelo menos eu não espero. Data de lançamento? Dia 25 de Setembro. Vai ter review? Tudo indica que sim. Aliás, se você é fã da banda, sugiro que fique ligado no AOE a partir da semana que vem. Já vai favoritando aí.
THE HIVES – THE BLACK AND THE WHITE ALBUM
Foi a surpresa do ano, pelo menos pra mim. Eu não esperava que os caras do The Hives fossem gravar um álbum novo tão cedo. Aliás, já não esperava muito da banda, se um dia ela realmente gravasse algo. Enfim, eles gravaram, e ficou bom pra caralho. Colocaram um vídeo tosco no Youtube, clique aqui e apenas escute o som. Cara, é sensacional, eu diria que tá pau a pau com o single do Foo Fighters. Os caras finalmente acharam a cara deles, tendo em vista que esse som segue o estilo do último álbum lançado pela banda. Mas tá muito, MUITO mais foda. Então, eu espero pelo melhor álbum da banda, e também espero que eles gravem mais cd’s pela frente. Lançamento? 8 de Outrubro na Inglaterra e dia 9 de Outubro nos EUA. Review? Claro.
DOWN – OVER THE UNDER
Orra, Phil Anselmo, finalmente. Pra quem não sabe, Down é a banda do ex-vocalista do Pantera, Phil Anselmo. Enfim, depois de… cinco anos, acho, finalmente os putos vão lançar um álbum novo. Bom, uma música ao vivo, I Scream, eu publiquei aqui pra vocês. Sei lá, músicas ao vivo não são a mesma coisa, então seria suspeito opinar. Mas dá pra ter uma idéia do que vem por aí, e parece que infelizmente eles vão seguir a linha do último álbum, que é mais pesado e tem menos scream. Porra, Anselmão, você sem os gritos não é você, mano. Vai ser ruim? Não, mas pode ser que fique meia boca. Enfim, o álbum sai no dia 25 de Setembro, também, vai ser trabalhoso resenhar dois álbuns novos na mesma semana.
ALICE IN CHAINS – NOVA FORMAÇÃO
Sim, ainda sem álbum novo, apesar de estarem gravando shows acústicos e novas músicas no estúdio. Bom, William DuVall é o novo vocalista da banda e, como você viu aqui, até que ele tá fazendo um bom trabalho. Foi empolgante saber que eles voltaram, mas porra, Alice in Chains sem o finado Layne Staley não é o Alice in Chains. Então, apesar de estar feliz com a volta, estou com os dois pés atrás. Espero que eles lancem logo um som novo, em estúdio, porque tocar os clássicos da banda ao vivo não vai dizer muita coisa. Enfim, o cara é bom, mas veja o exemplo do Sepultura. Não espero nada realmente empolgante, e já estou preparado pra me decepcionar.
METALLICA – NOVA CHANCE
Após cagar no pau com o álbum St. Anger, o Metallica tá gravando sons novos e já tocou dois ao vivo pro povo ver, e isso você viu aqui. E aí? Como eu já havia dito, infelizmente eles não conseguem fugir de duas assombrações chamadas Load e Reload. Mas ao menos voltaram com os solos. Então, já é alguma coisa. Porém, não esperem nada do Metallica. A banda já era. Eles vão ter que trabalhar muito, mas MUITO pra fazer o que faziam antes do álbum Black, ou pelo menos o que fizeram nesse álbum. Então, nada de surpresas aqui. A banda acima vai se dar bem em comparação ao Metallica, que vai fazer uma música legal e decepcionar com o resto. Mas eu digo uma coisa: Por favor, Metallica, queime a minha língua. Por favor.
Enfim, só isso por enquanto. Não citei muita coisa pra não ficar saturado, quem sabe nas próximas colunas eu cito mais lançamentos. Mas a pergunta é: Vocês concordam?
Segunda você ficou sabendo que o quarto filme de Indiana Jones vai se chamar Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. Ontem, confirmaram que a tradução do título será literal, gerando assim o medonho Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.
Não fui eu, foi meu agente!
Enfim, um nerd safado que mora no Japão mandou um email pro Omelete, dizendo que no Disney Sea em Tóquio já tem uma atração chamada… hum… “Indiana Jones Adventure: Temple of the Crystal Skull” que segundo ele passa por alguns cenários do primeiro e filme e culmina na mardita caveira que reserva uma supresa que tem a ver com a fonte da juventude.
Se alguém duvidava que Shia Le Bucha iria assumir o chicote de Harisson Ford se a franquia voltar a ativa, essa história de fonte da juventude é o combustível que faltava na fogueira de especulações a respeito do mais novo golden boy de Hollywood.
Indiana Jones e o nome comprido e feio pra cacete tem estréia mundial prevista para 22.05.2008
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Agradecimentos ao Omelete que tem leitores nerds e fiéis que dão esse tipo de notícia pra gente.
Não sei como Hollywood ainda consegue criar comédias que apelam para piadas sobre gordos e situações que envolvam flatulências, ou pior as duas coisas juntas. Sinceramente, nem adolescentes devem rir destas situações levadas à exaustão em quase todas as comédias americanas. Em EU OS DECLARO MARIDO E… LARRY!, há uma forte sensação de um roteiro híbrido, ora surgem piadas e situações grosseiras, ora diálogos espirituosos sobre amizade e tolerância.
Dizem que isto ocorre em função do roteiro original de Alexander Payne e Jim Taylor (de Sideways e As Confissões de Schmidt, ambas as comédias agridoce), ter recebido um último tratamento por parte de Barry Fanaro quando da entrada na produção de Adam Sandler. Assim a trama de amizade ganhou tons homofóbicos (há todo tipo de estereótipo gay já surgido no cinema, como se isso fosse engraçado) com uma sutil mensagem de tolerância lá no final da projeção.
“Eu peguei nos peitinhos da Jessica Biel, e você?”
Inegavelmente, o filme tem seus momentos divertidos e cômicos, principalmente, no carisma de Kevin James (de Hitch – Conselheiro Amoroso, anos luz melhor em cena do que Sandler), em uma piada aqui e outra ali, somente não precisava aturar as aparições sem-graça dos amigos de Sandler, Roy Schneider e David Spade. Pelo menos, há Jessica Biel, linda e numa forma física… sem palavras, surge em cena molhada de calcinha e sutiã, melhor impossível.
Heroes, exibido pela rede americana NBC, volta dia 24 com o chamado Volume Dois: Generations, título dado pelos produtores para esta nova temporada, o episódio de estréia tem o título de Four Months Later.
“Quando o segundo volume de Heroes começar, os destinos de Peter (Milo Ventimiglia), Nathan (Adrian Pasdar) e Matt (Greg Grunberg) serão revelados, seguindo o horrível encontro com Sylar (Zachary Quinto) e incontrolável detonação nuclear de Peter, milhas acima de Nova York.
À medida que todo mundo tenta seguir adiante, uma nova força sinistra começa a caçar e matar os heróis. Com a família escondida no Sul da Califórnia, H.R.G. (Jack Coleman) e Claire (Hayden Panettiere) tentam levar uma vida sem levantar suspeitas – o que se prova algo mais fácil de falar do que fazer.
Enquanto isso, no Japão feudal, Hiro (Masi Oka) encontra o seu herói, Takezo Kensei (David Anders). Os gêmeos Maya (Dania Ramirez) e Alejandro Herrera (Shalim Ortiz) ansiam por cruzar os Estados Unidos pelo México, na esperança de encontrar ajuda para curar as suas mortais habilidades.”
A sinopse promete e seria melhor ainda se no preview abaixo pudéssemos ter certeza que personagens chatos, como Mohinder e Nikki, simplesmente sumissem, o que não acontece.
Já em Grey’s Anatomy, que se recuperou com um ótimo episódio final de temporada, retorna dia 27 iniciando a quarta temporada com o episódio A Change is Gonna Come.
“Novos residentes, novos chefes e as vítimas de um acidente com vários carros. Recém-chegada da sua lua-de-mel com Meredith, Cristina procura por Burke, mas ele não está em lugar algum.
Aprovados no exame, Meredith, Cristina, Izzie e Alex passam o seu primeiro dia acompanhados de seu próprio grupo de residentes – entre eles, George, repetindo o processo depois de ter sido reprovado no exame, e Lexie Grey (Chyler Leigh), a meia-irmã que Meredith nunca conheceu.
Agora que a relação com Meredith chegou a um impasse emocional, Derek busca ombro em seus amigos doutores; Bailey luta por espaço agora que os residentes responderão á nova chefe, Callie; e Richard reassume sua posição como cirurgião-chefe.”
A colunista do E!Online, Kristen Veitch, divulgou que George, que rodou no exame será residente de Meredith e Lexie Grey será residente de Cristina.
Obs.: As novas temporadas destes seriados devem estrear no Brasil somente no ano que vem, viva o download!!.
Só eu acho fotos assim extremamente vazias? Enfim, só divulgo porque o filme VAI ser bom, confiem em mim. Pena que ainda não tem data definida de lançamento no Brasil.
Veja mais imagens aqui e aqui.
Veja o trailer aqui.
Veja um pôster aqui, e mais um aqui, com sinopse e teaser trailer.
Parabéns pros fãs, mas quem queria ver Smashing Pumpkins e Queens Of The Stone Age no festival, esquece. As chances são mínimas de a metade de uma das bandas vir, e um dos motivos é o preço que o ingresso vai ficar. Mas se você prefere ser otimista, tudo bem.
Enfim, o Kasabian tem umas músicas no MySpace, cola lá se você não conhece o trabalho dos caras. Não consegui ouvir 30 segundos de cada música.
Quer ouvir alguns sons que vão estar no álbum The Meanest Of Times no dia 18 de Setembro? Então cola no MySpace dos caras, eles disponibilizaram algumas das 16 músicas do novo álbum da banda.
Pra não se confundir, clique aqui pra ver a tracklist do álbum. E, depois de ouvir os sons, corre pra cá e diz o que você achou.
Bom, sobre o VMA vocês já sabem. E, talvez, creio que “também”, vocês devem estar sabendo que o Foo Fighters fez um pequeno show á parte, ou VMA Fantasy Suite party at The Palms in Las Vegas.
Tudo começa com Shake Your Blood, música da banda Probot, mas sem o vocal. Bom, o Dave Grohl fica de saco cheio e acaba cantando. [ LINK QUEBRADO ]
Aí vem Everlong, nem preciso falar nada.
Pra não deixar barato, os caras ainda mandam Best Of You.
E, porra, não dá pra acreditar que foi a MTV quem promoveu isso. Sério, o Dave Grohl deve ter comprado a MTV, e em breve comprará os EUA. Foo Fighters é o Google da música. All My Life.
Agora é a vez de The Pretender, pra deixar todo mundo ainda mais ansioso. Ah, e isso com o Pat Smear, ex-guitarrista do Nirvana, e a violon-celista (ou a grafia correta) Petra Haden.
Primeiro convidado! Serj Tankian (System of a Down) comanda os vocais no cover de Holiday In Cambodia, do Dead Kennedys. Sensacional.
Mais um convidado, e esse eu não conheço: Cee-Lo Green (Gnarls Barkley). O som é Darling Nikki, um cover de Prince. Até que ficou legal.
Agora bagunçaram de vez. Cee-Lo Green (Gnarls Barkley) e o glorioso Josh Homme (Queens of the Stone Age) mandam Make It Wit Chu, som da banda de Josh.
Agora Josh Homme (Queens of the Stone Age) faz um dueto com Mastodon pra mandar Colony Of Birchman, som do próprio Mastodon. Uma beleza.
Agora fodeu: Lemmy (Motörhead) chega pra tocar I’ll Be Your Sister, clássico do Motörhead.
Pra finalizar, Shake Your Blood, agora sim com Lemmy (Motörhead) no vocal.
[ LINK QUEBRADO ]
Não é tão empolgante como um “show de verdade”, mas só em um show assim pra juntarem esses caras dessa forma.
OBS: Como vocês podem ver, alguns vídeos foram retirados do ar. Se alguém tiver eles, favor deixar aí nos comentários. ;]
Retificando neste domingo (16) ocorre a grande premiação dos serie maníacos, o Emmy, que será exibido pelo canal Sony ao vivo. Na coluna passada destaquei os seriados cômicos, hoje, é a vez da categoria drama. A versatilidade é a marca desta categoria, neste ano, tivemos surpresas, injustiças e uma despedida. Inclusive, esta despedida, o seriado The Sopranos, deve ser a grande questão da noite, será que os votantes irão premiar o seriado pela sua despedida como homenagem, se isto acontecer não tem pra ninguém, The Sopranos deve levar a maioria dos prêmios e os demais concorrentes ficarão a ver navios.
Os cinco indicados a melhor drama e alguns destaques:
Família Soprano (The Sopranos): seriado aclamado pela crítica, já o considero hour concurs, encerrou sua história na sexta temporada (recém exibida pelo canal HBO). Nestes anos acumulou dezenas de prêmios e indicações ao mostrar a vida e os dramas existenciais de Tony Soprano, um poderoso chefão da máfia contemporânea de New Jersey. Com tantas pressões em casa (com sua família e sua mãe) e nos negócios decide que precisa da ajuda médica e procura a psiquiatra Jennifer Melfi. Além da indicação de seriado, concorre como ator (James Gandolfini), atriz (Edie Falco), ator coadjuvante (Michael Imperioli), atriz coadjuvante (Lorraine Bracco e Ainda Turturro), entre outras indicações técnicas.
Grey’s Anatomy: uma das supresas do ano passado, Grey’s Anatomy nesta terceira temporada retificou sua audiência junto ao público, dividindo-a com o seriado policial C.S.I. (seriado mais assistido na temporada passada), com um mistura de elementos novelescos (drama, romance e comédia), junto a uma trilha infalível, Grey’s conta os dramas e dilemas de uma equipe de residentes no hospital Seattle Grace. Se a crítica questiona a protagonista Meredith, as coadjuvantes Sandra Oh (dra. Cristina) e Chandra Wilson (supervisora dos residentes Dra. Bailey), dão um show a cada semana, tanto que estão indicadas a melhor atriz coadjuvante. Ao mesmo tempo cômica e emocionante, a terceira temporada teve altos e baixos, no entanto deixou um gancho interessante para a quarta temporada, além disto, o sucesso é tanto que a personagem coadjuvante Dra. Addison, ganhou um seriado só seu, Private Practice, que estréia nesta nova temporada que inicia a partir de segunda que vem (nos próximos dias revelo as datas das estréias para quem quiser acompanhar os seriados).
House: assim como Grey’s Anatomy, House está indo para sua quarta temporada, é um dos meus seriados prediletos pelo incrível personagem principal e sua interação com os demais médicos de sua equipe e os inusitados casos de saúde que trata. Apesar de ser considerado um seriado com fórmula (cada semana envolve o tratamento de um paciente), House, o seriado, evoluiu a partir do momento que guardou espaço para as vidas dos personagens, principalmente, o comportamento destrutivo e egoísta do Dr. House. Obviamente, o ator Hugh Laurie é favorito ao lado de Gandolfini para levar o prêmio de melhor ator. Se quiser saber detalhes da terceira temporada clique aqui.
Boston Legal: uma surpresa a presença de Boston Legal, ou Justiça sem Limites como é exibida pelo canal Fox, pois o seriado é uma mistura de comédia com toques dramáticos, e quando isto acontece, normalmente, o seriado é deslocado para a categoria comédia (assim ocorre com Desperate Housewifes e Ugly Betty). Se como seriado a indicação de Boston Legal surpreende, as indicações de James Spader (melhor ator) e William Shatner (ator coadjuvante) são rotineiras. Para quem não conhece o seriado ele conta as aventuras de um grupo de advogados, liderados por Alan Shore e Denny Crane, em milionários casos de processos civis em Boston, se você acha que conhece esta história é que o seriado foi criado por David E. Kelley, marido de Michelle Pfeiffer e criador de seriados como Ally McBeal e O Desafio.
Heroes: já comentei sobre Heroes aqui, considero certo exagero de o Emmy indicar Heroes pela sua irregular primeira temporada, acredito que sua aura moderna e cool, seja o que tenha garantido sua presença nesta categoria. Tanto isto é verdade, que nas demais categorias Heroes somente foi indicado por ator coadjuvante, o carismático Masi Oka, por Hiro Nakamura.
Outros Indicados:
Na categoria de melhor ator, além dos citados, Kiefer Sutherland (24 Horas), ganhador do prêmio no ano passado, e Denis Leary (Rescue Me), que está sendo exibido pelo canal Fox ás segundas-feiras;
Na categoria de melhor atriz, além de Edie Falco, Mariska Hargitay (ganhadora do último ano, pelo ótimo Lei & Orden: Unidade de Vítimas Especiais), Kyra Sedgwick (ótima em The Closer ou Divisão Criminal, seu nome no SBT), Sally Field (Brothers & Sisters, que estréia em outubro no Universal Channel), Minnie Driver (The Riches, exibido pelo canal Telecine Light) e Patrícia Arquette (Medium);
Na categoria de melhor ator coadjuvante, além dos citados no texto, Terry O’Quinn (o Locke, de Lost), Michael Emerson (Benjamin Linus, de Lost), são os meus favoritos para ganhar até porque a não indicação da terceira temporada de Lost como melhor seriado está sendo bastante criticada pela imprensa;
Na categoria de melhor atriz coadjuvante, também foram indicadas Rachel Griffiths (Brothers & Sisters) e Katherine Heigl (Grey’s Anatomy);
Na segunda-feira comento os vencedores, curiosidades e surpresas da premiação do Emmy.
Primeiramente, os links pras outras matérias da série:
Headless Cross – Black Sabbath com Tony Martin
Born Again – Black Sabbath com Ian Gillan
Enfim, iniciamos aqui mais uma matéria sobre o Black Sabbath sem Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio. Hoje veremos o Sabbath com Glenn Hughes (o do Deep Purple, mesmo). Aliás, melhor dizendo, veremos Tony Iommi tocando com uns outros caras, mesmo porque o disco deveria ser um disco solo do cara. Só botaram o irônico nome de “Black Sabbath com Tony Iommi” no nome do álbum por pressão dos produtores.
A primeira coisa a se dizer, claro, é que o disco não soa, de modo algum, como um disco do Black Sabbath. O que já era de se esperar, claro, já que ele não é, teoricamente, um disco da banda. Mesmo assim, o som dos caras ficou bom. Afinal, Tomy Iommi ainda é do caralho, mesmo em carreira solo.
Nota-se que não se trata de um disco com a cara do Sabbath logo na primeira música, Infor the Kill. Tudo começa com a bateria moendo a bagaça toda, e entra o riff da guitarra, seguido logo pela voz do Glenn. Uma maravilha de começo pra um disco, apesar de não soar nada como Sabbath. Claro, a música quase se auto-destrói com um riff que surge no meio da música, parecendo ter vindo direto de um cd do Green Day, mas você perdoa os caras graças ao solo que segue a cagada. Aí a música volta a ser do caralho de novo e tudo fica bem.
No Stranger to Love começa com o teclado lembrando bastante a Mr. Crowley do Ozzy, mas o que a música tinha de Black Sabbath para por aí. Daí pra frente vira uma baladinha digna de cena romântica de filme dos anos 80. O refrão é razoavelmente baitola, mas se você gosta de baladinhas, provavelmente vai gostar da bagaça.
Turn to Stone, por outro lado, já começa animada, com um riff do caralho, digno de… é, de Deep Purple. A música poderia estar no “Burn” ou no “Deepest Purple” que ninguém ia reparar. Claro, Deep Purple também é do caralho, assim como a música. O único jeito de se desapontar com ela é se você tiver completamente doidão pra ouvir Black Sabbath no seu som mais puro, mas doidão mesmo.
E aí começa Sphinx. E, hã… pois é, se você gosta de ouvir o som de fundo de documentários sobre os escorpiões do deserto, ce vai gostar dessa. Porra, mais uma no estilo da Stonehenge, véi? Nem sei por que ainda perdem tempo dando NOME pra essas músicas.
Enfim, Sphinx acaba e dá espaço a Seventh Star. Música daquelas com mania de grandeza, sabe? Começa com um riff bacana pra cacete, aliás. Enfim, é daquele tipo de música que tem peso pra cacete, mas que, por isso, podem acabar enjoando um pouco.
Com um ótimo riff, trazendo o que há de melhor no hard rock, entra Danger Zone. Se ce quer ouvir uma música empolgante nesse disco, essa é uma das suas melhores opções, se não a melhor. Nem preciso dizer, claro, que essa também lembra muito mais Deep Purple do que o Sabbath.
A música seguinte começa com um solo empolgante pra cacete, que se resolve numa ótima levada de blues. Pra quem gosta de blues, o troço empolga desde o começo, e em certas partes a coisa chega a lembrar bastante o que existe de mais clássico no Black Sabbath. No fim das contas, Heart Like a Wheel é a maior prova de que Tony Iommi também ARREGAÇA tudo no blues. Na minha opinião, a grande jóia desse disco.
A próxima música, Angry Heart, vai crescendo aos poucos, com uma bateria simples, mas empolgante pra cacete. O riff vai te preparando pra uma explosão medonha no refrão. Ela acontece, aliás. Só não acontece do jeito mais “Sabbath” que poderia acontecer, mas a dinâmica da música ficou do caralho. Tão legal que a música se encaixa perfeitamente na próxima, chamada “In Memory…“. A música tem uma levada bem mais lenta e carregada. O bacana mesmo é ouvir as duas como se fossem uma só, e a segunda fosse uma parte mais calma da primeira.
Concluindo, temos aqui mais uma maravilha de álbum do Sabbath. Não soa nada sombrio como a banda costuma ser, mas nem por isso o disco perde seu brilho. Mais uma vez, eu recomendo a bagaça, especialmente pelas últimas músicas.