A banda Charles Brown Jr. (YO!) vai realizar uma festa no Second Life, hoje, dia 22 pra promover o lançamento do novo cd Ritmo, Ritual e Responsa. No evento serão distribuídas camisetas virtuais do grupo. O álbum é o 9º da carreira da banda e o segundo com a atual formação.
Fonte: Punknet
Vejamos, por onde eu começo?
Ah sim, ação no Second Life: eu não estou no Second Life, mas eu creio que é essas campanhas de marketing são tão eficientes quanto jogar o cd na cabeça das pessoas que estão andando na rua. Só fãs e hard-users-arroz-de-festa do Second Life vão gostar. A situação parece ainda mais ridícula vinda de uma banda que diz “ame seu pai, mesmo se ele for um porco capitalista“, mas tudo bem, já que eles “odeiam hipocrisia, mas que se foda“.
Esperar coerência dos caras é uma tarefa ingrata e piora se você reparar no nome do novo cd: Ritmo, Ritual e Responsa. Tenho certeza que a faixa-título vai estar na trilha sonora de Lambada – A Dança Proibida 2.
Quanto as camisas virtuais, é pura perda de tempo: se eles distribuissem atitude ia ter muito mais gente interessada.
Calma, fã exigente, não precisa cortar os pulsos enquanto pula do prédio, não estou falando que o filme não terá os dois. É o seguinte: Christian Bale, o Batman dos filmes “Batman: Begins” e do futuro lançamento “Batman: The Dark Knight”, e Brandon Routh, o Superman do filme “Superman: Returns”, já revelaram que não estarão no filme da Liga da Justiça.
Porque? Vai saber, mas desconfio que seja para que eles estejam abertos para as futuras continuações dos filmes “solo” de cada personagem. Além disso, eles já assinaram contrato para três filmes cada um. Bom, espero que testes de elenco escolham algum ator que não fuja muito do padrão de cada personagem. Só espero que não chamem o Val Kilmer de novo para o papel de Batman, seria algo muito esquisito ver ele de novo fazendo o papel do herói, pois no filme que ele participou, a única coisa que prestou foi Tommy Lee Jones no papel de Duas-Caras.
O filme, que será dirigido por enquanto por George Miller, o mesmo diretor de Mad Max e Happy Feet (wts), terá seu processo de escolha de elenco iniciando na próxima semana. Já foram revelados alguns dos atores que se dispõe a alguns papeis, como Ryan Reynolds o Hannibal King de “Blade: Trinity”, continua a se mostrar interessado no papel de Flash.
Sendo um filme bom ou não, afinal, a história ainda não tem nada revelada, espero que não seja igual a esse filme aqui da foto.
Porque brasileiro não nasceu pra fazer Rock. Demora muito pra cair a ficha: Moramos no país que pára em época de carnaval. Rock não tem espaço no Brasil.
Os anos 80 e o começo dos 90 foram o começo e o fim do Rock por aqui. Bandas fenomenais como Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Titãs, Paralamas do Sucesso, e também as ruins como Barão Vermelho, Legião Urbana e Capital Inicial, entre poucas outras, foram pioneiras no estilo. E sempre se ferravam pra conseguir levar o som deles pro maior número de ouvidos possível, afinal, por mais que fosse o “som da vez”, brasileiro não engole fácil esse tipo de música. E a coisa só começou a piorar quando vieram os anos 90.
Todo mundo morreu. Ou pelo menos boa parte. Agora, mais do que nunca, a mídia começou a investir no Rock. Quer ficar famoso? Então faça o que eu mando. Como todo aquele papo de censura, repressão e o caralho a quatro foram pro saco, o brasileiro parou de pensar e começou a gostar mais de músicas bestas: O auge do PAGODE, o início de uma nova era. O que era uma banda de Rock perto d’Os Travessos? Era… ruim. Aliás, Titãs gravando com Terra Samba foi a PROVA de que o Rock não ia dar certo por aqui. Titãs já era, por sinal. Cadê toda aquela essência e rebeldia do começo da carreira? Foram embora, e no lugar veio a grana. É muito melhor fazer baladinhas e músicas “aceitáveis” do que fazer Rock, a não ser que você queira fazer sucesso no exterior.
Agora, você discorda que o Rock aqui não dá certo? Então vamos argumentar. Quantos festivais de Rock extremamente conhecidos temos por ano? E de axé? Nem o Rock in Rio é mais conhecido que o Carnaval, aliás. Rock in Rio? Sim, aquele espetáculo que não é mais apresentado no Brasil pelo fato de que esse tipo de show não dá certo por aqui.
Agora, voltando ás bandas, algumas quiseram inovar e outras estragaram tudo de vez. Eu diria que a pior banda de todos os tempos é Mamonas Assassinas. Apelativos, sem graça, ruins e… aceitáveis para a nossa cultura. E conforme a mídia vai influenciando, algumas bandas vão sendo destruídas com o tempo. Titãs é a maior prova disso e, quem quer falar de Charlie Brown Jr?
Quando alguma banda internacional vem pra cá todo mundo faz a festa, afinal, não temos nenhuma banda brasileira á altura das gringas. ERRADO, temos muitas, mas ninguém quer divulgar elas quando se tem o grupo Calcinha Preta ai. E, pra derreterem cada vez mais o cérebro da nossa querida nação, a Coca tá ai. Babado Novo com CPM 22? Eles conseguiram juntar duas bandas ruins pra fazer um estilo pior ainda, e o que aconteceu? Foi mágico pra muita gente. E quem saiu ganhando foi o CPM 22.
Conversando com o Prosopopeio, colunista de games aqui do site, ele me deu a idéia de… dar idéias pra Coca. Sinceramente, eu só soube de essa mistura que acabei de citar, então não reparem se eu falar merda – até porque a idéia é essa. Vamos ás misturas:
– Simoninha com Charlie Brown Jr, o gênero mais cult da música brasileira.
– Caetano Veloso com Detonautas, vai mudar seu conceito sobre “música de macho”.
– Toni Platão com Fresno, o maior romantismo mela cueca de todos os tempos.
– Zeca Pagodinho com Sepultura, porque metal is a lie.
– Bruno & Marrone com Ultraje a Rigor, porque ainda falta estragarem essa banda.
– Tim Maia com Renato Russo, porque os mortos também merecem uma chance.
Não é atoa que, aqui em São Paulo, duas rádios que só tocavam Rock hoje em dia tocam de tudo. Temos 2 rádios “Rock” por aqui no meio de 502 rádios de Pagode e 6784 rádios piratas evangélicas. É por isso que não temos um Foo Fighters, por exemplo, não há espaço. Não é a cara do brasileiro.
Então, quando seu pai vier com essa história de “Você devia ouvir mais coisas do nosso país…”, fala pra ele que ele não entende NADA de música. Se trata de uma questão de qualidade, e não temos bandas boas no Brasil pelo simples fato de que não há espaços pra elas por aqui. Repito: Existem bandas boas, mas elas não têm espaço para terem seu trabalho reconhecido pelo público. Não fazem festa na gringa quando uma banda de Rock brasileira vai pra lá e não por causa de preconceito, mas se trata de divulgação. Veja Sepultura, por exemplo, o maior exemplo de que a gente serve pra alguma coisa: Os caras faziam sucesso no exterior. Porque lá fora que pedem esse tipo de som. Aqui o que faz sucesso é axé, funk, pagode, mpb, é essa a cultura.
Em tempos de internet e oferta enorme de filmes, fica difícil separar o joio do trigo, e saber se você come o trigo ou assiste o joio.
Ok, isso não fez sentido.
Mas, enfim, quero apresentar pra vocês alguns filmes que descubro por aí, assisto e penso “porra, esse filme é legal, pena que ninguém assistiu pra discutir ele comigo”. É importante ver algumas coisas fora do esquemão, para saber o que assistir enquanto não lançam Sin City 2 e Silvia Saint Sex Explosion Monkeys Part 6.
Ælá em casa.
O esquema é aquele: screenshots do filme, comentário e recomendação final. Tire suas próprias conclusões mais aprofundadas depois de assistir ao filme, que é o que interessa.
Sunshine (2007)
O enredo é simples: em um futuro próximo, o Sol está se apagando, e uma missão espacial é lançada pra jogar uma bomba de nêutrons (suponho) pra dar um reboot no Sol.
É, eu também achei que ia ser uma merda. Como aquele filme que os caras tentam ir até o centro da Terra e tals. Mas dê uma chance. Sabe quem dirigiu Sunshine? Danny Boyle, mano. O mesmo de 28 Days Later e Trainspotting. Dá pra sentir a mão do cara no filme, com tensão do começo ao fim, que é o filé mignon dessa película.
Começa pela tensão entre os tripulantes, que claramente têm visões diferentes sobre quais são as prioridades na nave. Muito cedo você nota os problemas de negociação de interesses que acontecem ao confinar pessoas em um espaço limitado. Escolheram atores muito bons e razoavelmente desconhecidos do grande público, o que ajuda você a se identificar com eles, e gostar mais de uns do que outros.
Olha QUANTA gente pra morrer nesse filme.
Depois tem a tensão própria da missão, que ninguém sabe se vai dar certo ou não. Porra, jogar uma bomba no Sol pra ver se ele dá uma animada? Tá parecendo churrasco de domingo, quando você vê que acabou o álcool e precisa acender o fogo. Mas a incerteza da missão passa para o telespectador e, embora não seja central no filme, você fica torcendo pela porra do final feliz, pra ver se salvam a Terra.
Adicione ao enredo o fato de que no meio do caminho eles acham a nave da missão anterior, que não deu certo. É lógico que eles vão até a nave, né? E é lógico que tem alguma coisa lá, né? Pois é, assista.
Lembre-se, esse filme não é um blockbuster. O filme é muito refinado, coloca uma ênfase imensa nas imagens, fotografia, efeitos sonoros e psicologia dos personagens. Filminho pra se ver com calma, que vai te conquistando devagar, sem montanha-russa emocional. Lembra os melhores momentos de 2001: Uma Odisséia no Espaço. Não aqueles momentos finais, que são muito loucos. Aqueles momentos onde você vê o homem lidando com forças maiores do que ele, exilado de seu planeta natal e metido em uma situação potencialmente enlouquecedora. Aliás, Sunshine tem uma versão feminina do HAL, o computador pirata de 2001. Danny Boyle deve ser fã do Kubryck.
Recomendação final: Gosta de filmes de sci-fi, mas não agüenta mais as porras de Armageddon que tem por aí? Legal, Sunshine é pra você mesmo.
Continuando a evolução dos cartuchos para as mídias digitais, uma das maiores vantagens observadas foi a capacidade de armazenamento. Embora nem sempre jogo grande seja jogo bom, pelo menos você sabia que as softhouses não deixariam o jogo “manco” por não ter espaço suficiente pra colocá-lo como os desenvolvedores originalmente gostariam.
De fato, o espaço fez uma grande diferença para certos gêneros de jogos, como RPGs, Estratégia e Adventures. Enquanto o Playstation apresentava uma infinidade deles, quantos RPGs realmente bons havia no Nintendo 64? Só consigo pensar em Zelda.
Atribuo isso á pequena capacidade dos cartuchos em relação ao CD. E, como já foi descrito, a capacidade crescente de armazenagem foi responsável pela introdução cada vez maior dos filminhos e músicas digitais nos jogos.
Mas os maiores benefícios do aumento de dados disponíveis somente foram sentidos com o aumento gradual da capacidade de processamento dos consoles; para entender tal impacto vamos comparar alguns jogos, de plataforma para plataforma. Não usarei nenhum jogo da nova geração, porque poucos de nós têm acesso frequente aos novos consoles. Para não “forçar a barra”, vou procurar usar jogos do mesmo estilo e de conhecimento comum, sempre lembrando que o que interessa não é somente a boniteza dos jogos, mas sim o seu potencial para gerar diversão:
Esportes
Boxing (Atari), Punch Out (Nintendo), Ready to Rumble (Dreamcast) e Fight Night: Round 2 (Playstation 2):
Nessa série de jogos de boxe temos uma clara evolução; no Boxing original do Atari, tínhamos apenas duas grandes letras W na tela, viradas uma de frente para a outra, que representavam os lutadores vistos de cima. Os movimentos eram bastante simples, consistindo apenas em socos diretos á frente.
A diversão derivada deste jogo não consistia em “vencer uma luta de boxe”, mas apenas em encher o oponente de socos até a exaustão.
Em Punch Out, a perspectiva muda para uma visão ortogonal, com lutadores que parecem lutadores (ao invés de letras) e uma variedade maior de movimentos, embora ainda bastante restritos.
Não há um verdadeiro boxe entre os lutadores, e sim uma caricatura dos movimentos verdadeiros, com clara intenção cômica.
Em Ready to Rumble, temos a adoção de personagens em modelos 3D, bastante realistas e críveis, ainda que com intenção cômica.
Os movimentos são bastante elaborados e há uma satisfação genuína na preparação dos golpes, devido á movimentação natural dos modelos dos lutadores.
Em Fight Night, finalmente o boxe atinge o status de simulação de uma luta verdadeira, com modelos extremamente realistas de lutadores reais, que ganham inclusive peso e massa muscular com treinamento (ou engordam sem treinamento).
Devido ao pleno controle analógico dos movimentos, é possível realizar esquivas em todas as direções e aplicar de forma precisa jabs, diretos, cruzados e haymakers.
Com a evolução da tecnologia também há uma deformação realista do rosto dos lutadores, conforme a carga de socos recebida durante os rounds. Seguindo a linha de evolução dos jogos, há um investimento e ligação pessoal com cada lutador, que é treinado pelo jogador e sobe degraus na sua carreira. Em resumo, passamos da diversão passageira de trocar socos estilizados entre letras W para a simulação real de uma luta em todos os detalhes.
Guerra
Platoon (Nintendo), Super Contra (Super Nintendo), Medal of Honor (Playstation), Brothers in Arms (Playstation 2):
Platoon era ligeiramente baseado no filme e não trazia quase nada do sentimento original da película, sendo apenas um side scroller, com ritmo muito lento e bastante frustrante (dava pra ver as balas voando pela tela a tempo de escapar delas, coisa comum no Nintendo, aliás.).
O nome do filme funcionava como chamariz para um jogo que não trazia nenhum tipo de emoção ligado ao filme e nenhum tipo de emoção esperada em um jogo de guerra.
Super Contra representou uma grande evolução da série Contra, do Nintendo, sendo um dos melhores jogos pra se jogar em dupla. A diversão vinha do fato dos jogadores dependerem um do outro e do nível de dificuldade apresentado, com grande número de inimigos.
Entretanto, enquanto jogo de guerra, também era bastante irrealista.
Até o fim do Super Nintendo não houve nenhum jogo de guerra que trouxesse emoções ou passagens que nos deixassem experimentar o sentimento de uma contenda real. Medal of Honor fez escola nesse sentido, ao inagurar a era dos FPS de guerra, com momentos de tensão e uma direção primorosa, que fazia o jogador sentir-se o tempo todo como se estivesse jogando O Resgate do Soldado Ryan. Pela Primeira vez entendemos como um jogo de guerra deveria ser.
Finalmente, em Brothers in Arms temos um Medal of Honor com seu potencial plenamente aproveitado, com uma jogabilidade que deixa o jogador realmente na pele de um soldado na Segunda Guerra.
A tensão é ainda maior que em Medal of Honor, devido á trilha e efeitos sonoros que usam plenamente a capacidade surround do Playstation 2 e á simulação perfeita das regiões da França onde foi travada a batalha essencial da Segunda Guerra. Novamente, a sensação é de se estar jogando em um filme.
Lembra do guitarrista fodão do Rage Against The Machine e do Audioslave? Pois é, ele compôs a música Alone Without You após ver uma prévia do documentário Sicko, de Michael Moore. O filme fala dos problemas do sistema de saúde dos EUA, e Tom Morello autorizou que Michael Moore usasse a música nos créditos do filme. Tá curioso?
Antes de mais nada, aqui você viu que os caras do As I Lay Dying disponibilizaram o novo álbum, An Ocean Between Us, pra galera ouvir. Então, corre pra lá pra ouvir a bagaça enquanto lê esse texto. Isso é, se eles não resolveram tirar as músicas de lá.
Conheci a banda através de um amigo que me presenteou com o álbum Frail Words Collapse. Quando ele disse que a banda era cristã, fiquei com os dois pés atrás e, com isso, perdi o equilíbrio e soquei a cara no chão – mas não estamos aqui pra falar disso.
Lançado hoje, An Ocean Between Us começa com uma introdução daquelas que, você que curte metal, quando você escuta, SABE que algo MUITO foda está por vir. E não é dessa vez que você estará errado, a faixa Separation se une com a Nothing Left, OBRIGANDO você a aumentar o volume. Se não aumentar, você é tanga. Então, vá ouvir o acústico Sandy & Junior.
Eu gosto de músicas que se tornam uma só, dá a impressão de que os caras não querem que você desligue o som. E não dá pra desligar quando a faixa An Ocean Between Us começa a rolar. Não sei se os fãs dessa banda me SOCARIAM se eu fizesse uma comparação com SikTh, mas eu vejo algumas semelhanças entre as duas bandas. Se você não conhece SikTh, vá até o MySpace dos caras e ouça Bland Street Bloom. As semelhanças? O som MUITO BEM trabalhado, a gritaria, o peso, enfim… eu gosto pra cacete das duas bandas, injusto, até eu querer compara-las. Mas fica aí a dica pra você que não conhece.
Within Destruction já começa fazendo você ESQUECER que seu aparelho de som tem botões, tirando o de aumentar o volume. Estou ouvindo essa faixa nesse momento e não sei o que falar dela, é como se ela quisesse me tirar da frente do computador pra fazer um bate cabeça com o guarda-roupas. Mas isso seria imbecil, até mesmo pra mim. Se você não faz idéia do que eu esteja falando, devia ouvir Forsaken, um exemplo de Trash Metal com uma pitada de Hardcore Melódico. Se você curte Chiclete com Banana, vai se tocar que existe música boa nesse universo minúsculo. Importante: Eu sou a pessoa mais chata da galáxia, se tratando de música. Quando eu gosto de algo, eu me empolgo. Quando eu não gosto de algo, eu falo mal. Isso não é certo nem errado, é só uma forma de dizer que sou tWOW! Comfort Betrays é um ESTOURO, e eu não disse isso só pra tentar copiar a Priscila do Bom Dia e CIA, anunciando a Prova da Bexiga. Não tem como não se surpreender com esse álbum, se tratando de peso, principalmente. Ouça esse solo e veja como a banda ARREBENTA, dá vontade de SOCAR o baterista, mas isso seria ainda mais imbecil que tentar fazer um bate cabeça com seu guarda-roupas. Então, mantenha a calma, não vá morrer antes de acabar de ler essa resenha.
Pra dar uma aliviada, I Never Wanted. Aliviada em termos, claro, não vai começar um cover de Jack Johnson. Aliás, o preconceito com New Metal ainda existe? Sim, New Metal, em sua maioria, é uma porcaria. O que eu quero dizer é: As I Lay Dying pode passar a impressão de ser New Metal, mas você tem que saber diferenciar. Não que rótulos sejam importantes, então vamos falar de qualidade. New Metal é ruim, As I Lay Dying é bom, certo? A introdução e o fim dessa música não me agradam, então vamos falar de Bury Us All. As vezes, ouvindo esse vocal, dá saudades de Sepultura. Mas, sem querer julgar as duas bandas, As I Lay Dying me agrada MUITO mais. Os caras do Sepultura, na época do Max, mandavam bem pra cacete, isso é indiscutível. Porém, aquela coisa chamada gosto entra nessa. Eu não sou metaleiro, mas esse tipo de som, rápido, pesado e gritado, é o que me agrada. Eu levaria um tempo absurdo pra comentar sobre as duas bandas, então vamos pular essa parte, ignorem tudo que eu disse no fim desse parágrafo.
The Sound of Truth é uma das faixas mais melódicas do álbum. E, véi, como eu queria uma garganta assim. Já tive uma banda, e até tocava guitarra. Ouvir esse solo dá um aperto no peito do cacete, mas beleza, talvez eu sirva mais pra criticar do que fazer música. Cês não vão jogar essas pedras em mim, né? Por falar em solo, Departed começa com um riff agudo e um pouco monótono, com um fundo… tranquilo. Essa música, na verdade, é só uma “ponte”. Eu não entendo porque algumas bandas sempre colocam “pontes” assim no meio de tanta música boa, mas enfim. A faixa Wrath Upon Ourselves já chega ASSUSTANDO, depois de toda essa calma. Já estamos no fim do álbum, alguns ossos quebrados, 90% a menos de audição nos dois ouvidos, cordas vocais destruídas… e ainda fazemos air guitar. Isso tudo é muito violento pra você? Bom, quando eu falo de empolgação, costumo exagerar, mesmo. E, convenhamos, em shows de Metal é impossível sair sem, no mínimo, dores no corpo. Isso é coisa do Diabo? Se for, que bom que ele tem bom gosto musical.
E olha que a banda é de deus.
This Is Who We Are encerra o álbum sem deixar o peso, gritaria, e som muito, mas MUITO bem trabalhado de lado. E ainda acaba com um pianinho.
O que dizer desse álbum? DO CARÁI! Sério, se você é tão louco quanto eu, vai gostar do álbum. É óbvio que você não é tão louco quanto eu, mas se esse é o estilo musical que te agrada, As I Lay Dying não te deixa na mão. Te deixa surdo, rouco, podre, aí sim.
An Ocean Between Us – As I Lay Dying
1. Separation
2. Nothing Left
3. An Ocean Between Us
4. Within Destruction
5. Forsaken
6. Comfort Betrays
7. I Never Wanted
8. Bury Us All
9. The Sound of Truth
10. Departed
11. Wrath Upon Ourselves
12. This Is Who We Are
É impressionante a QUALIDADE dos clipes dessa banda. É uma pena que essa música não possa ter um clipe engraçadão, mas tá ai, um clipe simples e ao mesmo tempo muito bem feito.
A terceira temporada de House, que terá seu término nesta quinta-feira (23/08) no canal Universal Channel com o episódio Human Error (não esquecendo que a Rede Record começou a exibir o seriado em sua segunda temporada) foi marcada pela polêmica participação do policial Tritter, personagem do ator David Morse, cujo arco de 6 episódios revelou a real situação fisiológica e psicológica do Dr. Gregory House quanto ao seu vício em vicodin. Para alguns, a entrada de personagens que batem de frente com o dr. House pode parecer truque dos produtores do seriado, no entanto, não esqueçam que o dr. House é uma pessoa que não prima pelo bom relacionamento, sendo antiético, irresponsável, mal educado e extremamente sarcástico com seus colegas e pacientes, que do lado de cá de tela surge engraçado, até porque, sabemos de sua eficiência em resolver diagnósticos impossíveis, mas no mundo real não funciona desta maneira.
Mesmo com a participação de David Morse nesta temporada, o seriado poucas vezes fugiu de sua estrutura de “diagnóstico indecifrável da semana” (convenhamos, os consultores médicos se esforçam para criar diagnósticos complicados), exceção o reflexivo episódio One Day, One Room, onde House se via conversando quase a totalidade do episódio com uma jovem mulher com DST. Esta foi uma temporada onde os demais personagens do seriado tiveram espaço com histórias centradas em suas vidas pessoais e escolhas médicas (como o envolvimento sexual de Cameron e Chase, e o arco envolvendo o pedido de demissão de Foreman, que está ocupando os últimos episódios desta temporada).
Contudo, mesmo House sendo um seriado adulto com ótimos roteiros e dramas pesados, nada me diverte mais do que ver dr. House fazendo clínica no Hospital (como a cena onde ele oferece 50 dólares para quem sair da fila do atendimento, hilário). Dr. House, atualmente, é o melhor personagem masculino da televisão, sendo a indicação de Hugh Laurie ao Emmy, prêmio máximo da televisão americana que ocorre agora em setembro, uma aposta quase certa de premiação (rivalizando com James Gandolfini de Sopranos). Detalhe: House também concorre nas categorias de Melhor Drama e Melhor Ator Convidado, David Morse.
Adoção das mídias digitais com grande capacidade de armazenamento
Os jogos eletrônicos definitivamente se separam em “antes do CD” e “depois do CD”. A qualidade que foi possível de atingir nas mídias digitais é absurdamente maior que a dos jogos de cartucho.
Ao compararmos duas plataformas que foram contemporâneas, Nintendo 64 e Playstation, é possível observar mais claramente o incremento na diversão trazido pela mídia em questão. Nessa época, os cartuchos já eram uma tecnologia ultrapassada e cara, de produção muito mais complexa que os compact discs. A Nintendo realmente deu um passo em falso ao continuar investindo em cartuchos, já que a superioridade dos CDs já era evidente desde o Sega CD, pouco conhecido no Brasil, mas razoavelmente difundido (para um console de transição) nos EUA e Europa.
Sega CD: Trambolho da porra.
Não era necessário olhar para os consoles, já que os computadores já apresentavam os jogos em CD, com qualidade muito superior, como Under a Killing Moon e The 7th Guest. O Sega CD já trazia jogos memoráveis, com a tecnologia que apontava a tendência do futuro. Talvez Lunar, seja o exemplo mais bem acabado: com uma ótima qualidade gráfica, paleta de cores incrível e, principalmente, o som digital. Não falo da trilha sonora (que também era muito boa), mas sim da qualidade do som que, afinal, era som de cd.
Enquanto as trilhas dos jogos de cartucho continuavam baseadas em MIDIs e sintetizadores, as trilhas dos jogos em CD podiam desfrutar de gravações originais, com som stéreo. A diferença era gritante. O mais perto que o Nintendo 64 conseguia chegar, era a digitalização de vozes e efeitos (Pokemon Stadium, Golden Eye). Enquanto isso, o Playstation apresentava trilhas inteiramente orquestradas (Final Fantasy VIII) ou gravações originais de bandas conhecidas como The Cardigans (Gran Turismo) e Blur (Fifa 98 – The Road to World Cup). Pela primeira vez, não era necessário abaixar o som da TV e ligar o aparelho de som pra ouvir um som decente durante o jogo.
Com a adoção do CD, também foi possível comprimir vários FMVs (Vídeos de tela cheia) e CGG’s (Imagens geradas em computador) nos jogos; os famosos “filminhos” quase onipresentes nos jogos atuais. Embora não melhorassem em nada a jogabilidade dos games (alguns até reclamam de parar o jogo pra ver filminho), foram uma grande adição em jogos mais longos, pois ligavam as fases ou cenários com uma história contada de um modo que realmente lembrava um filme, criando uma nova categoria de jogos, dominada basicamente pela Square (Depois Squaresoft e hoje Square Enix) em seu início, e denominada de Cinematic RPG; RPGs sem muita liberdade de ação, como se fosse um filme tocado no ritmo do jogador. Os melhores exemplos da aplicação da nova tecnologia foram Parasite Eve, Final Fantasy VIII, Resident Evil (Capcom) e Xenogears, na minha opinião.
Graças ao CD, filmes e vídeo-games se fundiram para criar uma experiência nova.
Embora muitos não gostem de assisti-los, a experiência de imersão na história que eles proporcionam é muito maior do que a que tínhamos com os diálogos estáticos de Phantasy Star ou com as intermináveis caixas de diálogo dos RPGs do Super Nintendo. Com o avanço da tecnologia, passaram a ser mesclados de forma quase imperceptível com o próprio jogo, o que pode ser visto em Metal Gear Solid (Playstation 2), com suas transições extremamente suaves e sensação de se “jogar um filme”.