Pare de ler e faça uma palavra cruzada
Manos, minas, indecisos e libertários, vou falar de um jogo. Ou melhor, uma atividade, encontrada no Caderno 2 de muitos jornais, nos gibis da Mônica e até mesmo numa revista solo. Cês, é claro, já sabem do que estou falando, graças ao título do post, mas vou dar mais uma dica procêis:
Seguinte manolada, cês tão ligados que ler é muito bom, ajuda nos estudos, desenvolve a comunicação e blá, blá, blá. Sim, é tudo verdade, mas ao mesmo tempo, falar sobre isso é chato e batido. O mesmo acontece com “leia dicionários”, “leia revistas” e “leia pichação em porta de banheiro público”, bem como aquela de “sair da zona de conforto”. Em outras palavras, cês já sabem que ler é bom, quase independente do que seja e como seja.
Um pouco de história antes: Assim como a pizza, palavras cruzadas existiam milhares de anos atrás, mas foi só muito tempo depois (No caso, em 1913), que alguém teve a ideia de botar o pau na mesa e organizar a parada. Esse alguém foi Arthur Wynne, um inglês que morava nos EUA e resolveu “criar” o troço, para ocupar espaço vago no jornal New York World. Para encurtar a história, o troço ficou famoso no mundo inteiro e cá estamos, falando sobre isso neste digníssimo blog site.
Há vários jogos com palavras: Caça-palavras, forca e criptogramas são alguns exemplos, mas tenho plena certeza que nenhum é tão legal e útil quanto as palavras cruzadas. Como já diria Claudia Tajes:
Tem coisas na vida que a gente jamais aprenderia se não fossem as palavras cruzadas.
Simples assim. Creio, sinceramente, que não há jeito prático melhor de conhecer um idioma que resolver uma revista de palavras cruzadas. Sim, o principal afetado é o vocabulário, mas não é só sobre “novas palavras”. Por mais absurdo que possa soar, sim, há técnica e método para resolver essas porcarias. É necessária dedicação, concentração e condicionamento para ter bons resultados. Sim, eu sei que soa bobo, mas é verdade.
Há várias e várias dificuldades diferentes, bem como empresas diferentes, e cruciverbalistas (Não, eu não inventei isso) diferentes: Cê pode escolher. Pessoalmente, já tinha feito algumas antes, mas só há uns meses que resolvi me dedicar mais ao troço. Vocês não vão me ver “falando difícil” aqui, mas pessoalmente já notei uma melhora na forma em que escrevo. E não, eu não faço as de nível fácil.
Esqueçam os dicionários, as revistas científicas, a Superinteressante, o jornal, a Turma da Mônica e a Playboy (Até porque a Playboy é uma merda, né), e comprem a porra uma palavra cruzada. Garanto que depois de três meses resolvendo o troço, cês vão falar e escrever melhor. Vocês não vão sair por aí conjugando verbo no infinitivo do pretérito do particípio de caso oblíquo, mas nada de “agente vamos” e “pra mim ver”. Véis, andem com uma palavra cruzada (Resolvida, de preferência) no bolso e cês vão ser mais intelectuais que hipster que anda com Nietzsche debaixo do braço.
Nota do editor: A Superinteressante já foi boa. Hoje em dia é uma merda.
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