Piratas Pirados! (The Pirates! Band of Misfits)
Em PIRATAS PIRADOS! Hugh Grant estrela em seu primeiro papel animado como o exuberantemente barbado Capitão Pirata – um entusiasta sem limites e o – ainda que não tão bem-sucedido – terror dos sete mares. Com uma tripulação de segunda à seu lado, e aparentemente cego a todas as probabilidades impossíveis que os cercam, o Capitão tem um sonho: derrotar seus rivais Black Bellamy (Jeremy Piven) e Cutlass Liz (Salma Hayek) e levar o cobiçado prêmio de Pirata do Ano. É uma busca que leva nossos heróis através das praias da exótica Ilha Sangrenta até as enevoadas ruas da Londres Vitoriana. Ao longo do caminho eles lutam com uma rainha diabólica (Imelda Staunton), e se aliam a um jovem, apaixonado e desafortunado cientista (David Tennant); mas nunca perdem de vista aquilo que os piratas mais amam: aventura!
Animação stop-motion é um negócio bonito de se ver, na maioria das vezes. Não é diferente nesse caso. O resultado visual é majestoso, com grandes panorâmicas e detalhes de cair o chapéu. As vezes eu esquecia que o negócio era animação [Mas também pode ser o sono, já que eu não dormi acordei cedo pra ver o filme], de tão bem feito. O problema, meus amigos, é a história. Ah, a história…
A história é muito bobinha e clichê. Não que clichê seja ruim, como tudo no mundo, o clichê só é ruim se for mal usado. E, nesse caso, o clichê se torna tedioso. E a história não conseguiu me prender, já que não conseguia prender nem a si mesma. Basicamente, o Capitão Pirata começa dizendo que o importante na vida de um pirata é o companheirismo [E o presunto, não esqueça o presunto], e – SPOILER ALERT! – acaba por vender seu papagaio, que na verdade é um dodô, pra rainha Victoria, só pra ficar rico e ganhar o prêmio de Pirata do Ano. Só que o plano sai mal e ele fica sem papagaio, sem prêmio e sem tripulação.
Ai vem aquela história toda de redenção, o Capitão vai sozinho salvar o pássaro, a tripulação acaba chegando na hora H, o amigo traíra salva o dia, e tudo termina lindamente bem. Ah, cara, não é assim que um filme de pirata devia funcionar. Mas vocês não devem me dar ouvidos, porque eu tou falando de um filme claramente infantil, onde a história só tem que funcionar pra um bando de pirralhos que comeram açúcar demais. E nesse ponto, funciona muito bem, eu diria. Eu devo estar ficando velho.
Mas a animação, como eu já disse, é o grande destaque da parada [Se você não tem 8 anos de idade], e o 3D ajuda a realçar essa coisa toda. Sério, acho que foi a primeira vez que eu vi o 3D ser relevante num filme. Se foi útil, ai já é outro papo. Mas pelo menos ajuda na imersão. Desde que você considere um mundo onde uma mulher se disfarça de pirata com uma barba de crochê [Ou é tricô?] mas anda com roupas justas e tal.
Ou seja, se você quer ver o filme, beleza. Mas ele também serve pra você levar aquela gostosa que cê tá de olho e o sobrinho dela que não deixa você em paz por um segundo. Quem sabe ele não presta mais atenção no filme e deixa você dar uns amassos em paz?
Piratas Pirados!
The Pirates! Band of Misfits (88 minutos – Aventura)
Lançamento: EUA, Reino Unido, 2012
Direção: Peter Lord e Jeff Newitt
Roteiro: Gideon Defoe
Elenco: Hugh Grant, Martin Freeman, David Tennant, Imelda Staunton, Jeremy Piven, Salma Hayek, Brian Blessed, Brendan Gleeson, Ashley Jensen
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