Porque The Office é a melhor série da atualidade
Cês tão ligados no The Office, certo? Claro que sim, ninguém pode estar totalmente alheio a uma das obras mais extraordinárias do nosso tempo. Ok, nem tanto. De qualquer forma, é aquele seriado que acompanha os funcionários da Dunder Mifflin/Sabre e seu dia-a-dia dentro do escritório (Dããã). Mas uma coisa que alguns de vocês não devem estar sabendo é que a série, agora na sua sétima temporada, chegou ao seu ápice. E o fim de uma era se aproxima.
Quando o The Office estreou lá em 2005, alguns torceram o nariz, já que se tratava de um remake da aclamada série britânica de mesmo nome. Mas depois de passarem com sucesso por uma primeira temporada nos moldes dos episódios do velho continente, Michael Scott e seus subordinados estavam livres pra voar. E como voaram.
O diferencial da série já começa com o formato: Nada de risadas ao fundo, nada de piadas propriamente ditas. Filmada num estilo documentarístico, o humor surge das situações e relações entre os funcionários do escritório. Essa pegada deu uma importante injeção de realidade no negócio, que contrastou muito bem com os personagens, aparentemente caricatos, mas bastante complexos.
Aliás, é esse o grande destaque das últimas temporadas do The Office: O desenvolvimento dos personagens. Com o passar dos anos, eles atingiram uma profundidade incrível. A história e os protagonistas foram evoluindo juntos, coisa rara em séries de humor. A coisa chegou num ponto em que dá pra… Não digo antecipar as situações, mas… Tá, o que eu tô querendo dizer é que nós realmente viemos a conhecer os personagens (Menos o Creed). E por isso, passamos a se importar com cada um deles (Até o Creed). Tudo bem, as situações nonsense lá da terceira temporada ainda são as mais engraçadas do seriado, mas é inegável que a qualidade dos episódios atuais é superior.
E grande parte disso se deve a fantástica atuação e química entre TODOS os atores. Mas entre eles, um merece destaque: Steve Carell, encarnando nosso eterno gerente regional, Michael Scott. Poucos personagens da televisão provocaram tantos risos, tanta pena e tanta vergonha alheia quanto ele. A série gira em torno dele. Todo o amadurecimento dos outros personagens se deu devido a convivência com ele. E curiosamente (Ou não), só ele sempre continuou o mesmo. Até os últimos episódios da atual temporada.
Depois de 6 longos anos, Michael Scott finalmente começou a mudar. E a Dunder Mifflin se tornou muito pequena pra ele. E é nesse momento que percebemos o quão espetacular o The Office realmente é. A despedida de Steve Carell tinha tudo pra se tornar uma coisa extremamente pedante e/ou deixar os fãs putos. Mas tudo está sendo conduzido de forma magistral (Ao menos por enquanto). Michael finalmente encontrou a felicidade, na forma de Holly. Uma funcionária do RH, vejam só. E a partir daí, o protagonista mais egoísta com quem já simpatizamos vem aprendendo importantes lições. É, soa bastante pedante. Só que esse processo está sendo muito sutil e os episódios continuam engraçados como sempre (O penúltimo, Threat Level Midnight, entra fácil num top 10 de toda a série.) Durante alguns segundos, Michael surpreende a todos e age de forma madura ou altruísta, coisa impensável a uns meses atrás. Nesses momentos, dá pra esquecer o futuro negro que nos aguarda de agora em diante, o sentimento de inconformidade pelo Carell querer deixar a série, etc. Tudo o que conseguimos é nos orgulhar de Michael. E a série faz com que (Quase) fiquemos felizes com a saída dele.
Enfim, esse texto é só um alerta pra que vocês corram atrás dos episódios e acompanhem ao vivo os prováveis últimos momentos de Steve Carell no The Office. Momentos que entrarão para a história da televisão, sem dúvida. Há boatos de que o fodão Harvey Keitel venha substitui-lo na próxima temporada. Will Ferrel, Will Arnett e Danny McBride também estão cotados. A série pode até sobreviver, não vejo como mas O melhor chefe do mundo sempre estará em nossos corações.
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