Porra, Felipe, agora sim!!!
Estive pensando recentemente acerca do meu passado musíqüístico e me deparei com uma gigantesca injustiça que cometi na época, e pior, a mantive por vários e vários anos. Refeiro-me ao “ídolo teen” máximo de 2003/2004, Felipe Priolli Dylong, ou, como é conhecido na quebrada, Felipe Dylon.
Todos nós lembramos de como ele surgiu, há quase dez anos, fazendo sucesso com as garotinhas, do mesmo jeito que Menudos e Backstreet Boys já tinham feito, e que Jonas Brothers e Fiuk ainda fariam. “Deixa Disso“, “D+“, “Hipnotizado” e, claro, “Musa do Verão” estavam sempre nos Top-qualquer-coisa das rádios, participações em programas eram frequêntes, além de, obviamente, muitos e muitos shows, para a alegria das fãs. Enquanto milhares de garotas berravam e choravam por Felipe, eu (E mais muita gente) era obrigado a usar dos mais diversos artifícios para tirar aquelas músicas da cabeça, criando assim um ódio e uma revolta não só para com as fãs, mas para com as músicas e o próprio artista, e, meus caros, isso é um erro.
Acreditem, eu conhecia as músicas, conhecia as letras, as coreografias, conhecia tudo isso, mas via tudo de um ponto de vista limitado, baseando-me apenas em um lado para tirar conclusões definitivas, que, claro, apontavam para uma única e grande “verdade”: Felipe Dylon era uma bixa loka, que dava o cu (O que explicaria a voz fina), e que graças à gravadora fazia “sucesso”, poluindo a mente da juventude.
Todo o sucesso dessa época (Como sempre acontece nesses casos) acabou, e de 200 mil cópias, Felipe foi para “apenas” 60 mil. Algum tempo longe dos olhares da mídia e, alguns anos depois, como todos soubemos, ele passou por uma fase difícil na vida, foi internado numa clínica de reabilitação, ganhou peso, mudou o visual, ou seja, deixou de lembrar aquele garoto carismático e alegre, passando a ser “mais um caso de gente que se envolveu com drogas e perdeu o rumo”.
Mas é aqui que a coisa muda, para o Felipe e para mim. Ele deu um pé nas más influências:
E, usando aquela frase clichê, “deu a volta por cima”: Voltou a praticar exercício, passou a se alimentar bem, voltou pro surf. Felizmente arranjou uma garota incrível, que o ajudou nessa retomada. Claro, em toda recuperação “há altos e baixos”, e não se sai de uma crise do mesmo jeito que entrou: A pessoa muda, há recaídas, e claro, sempre há quem esteja disposto a se aproveitar de todo esse “marketing”.
Felipe agora está retomando a carreira, deixando para trás tudo isso, e felizmente isso foi um tapa na minha cara: Agora entendo que ele não é um pivete controlado pela gravadora, um babaca que se aproveita das garotas e dos fãs, e muito menos é um pau mandado, ele é genuino vote 13. Felipe Dylon é, de fato, o que suas músicas dizem: Um garoto alegre, que adora surf e praia, que adora os amigos e que acha incrível a devoção das fãs. Claro que ele cometeu erros, todo mundo comete, mas ele aprendeu com esses erros, conseguiu remar contra a corrente e tenho certeza que daqui a algum tempo ouviremos muito sobre ele e, obviamente, sobre sua música.
Sim, eu sei que pode ser difícil entender essa mudança de opinião (Ainda mais que sou eu), então vejam a excelente entrevista que ele deu para a Marília Gabriela (Aqui, aqui, aqui e aqui – E notem que ele tá vestido igual ao Axl) e ouçam aqui as músicas mais recentes dele.
Sei que é estranho, sei que aqui é o Bacon, mas quando algo desta magnitude acontece é sempre prioridade e não falta de post. Felipe Dylon é gente boa, que ama o que faz, ama a família e os fãs, e é por isso que hoje não tenho o menor medo de dizer que sim, Felipe, sou teu fã, ouço suas músicas e se você aparecer aqui no Wet’n Wild junto com o Charlie Brown Jr e o CPM 22 de novo eu vou no seu show. Felipe, você e as suas músicas são maneiras pra caralho, tá ligado?
Nota do editor: Eu não sei se esse texto é sério ou irônico. Na dúvida, me manterei cético.
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