Projeto X (Project X)

Cinema quinta-feira, 15 de março de 2012 Pizurk

“Projeto X: Uma Festa Fora de Controle” mostra três alunos do último ano do colegial tentando deixar o anonimato. A ideia deles é bastante inocente: dar uma festa que ninguém irá esquecer… Mas nada poderia prepará-los para esta festa. Notícias se espalham tão rapidamente quanto sonhos são arruinados, recordações são manchadas e lendas nascem. Projeto X: Uma Festa Fora de Controle é um alerta a pais e à polícia de qualquer lugar.

Cês tem que entender uma coisa: Festas americanas são coisas bem diferentes de festas brasileiras. Pra começar, aqui pra baixar polícia, só se tiver rolando algo nervosamente tenso. Lá não, é só um vizinho xorumela reclamar que vem a cana encher o saco. Sem contar que lá, só acima de 21 anos cê pode beber, e a fiscalização é muito mais rígida que aqui. E lá churrasco é coisa de tiozão. Dito isso, tenho que reconhecer: O hype foi grande em cima desse filme, já que a Warner resolveu botar a máquina da internet pra funcionar e chamou uma porrada de blog pra pré-estreia e tal, distribuiu brinde e não sei mais o que. Não questiono, a galera de marketing fez certinho. Espelhinhos e miçangas sempre compraram os índios. Mas o filme não é isso tudo não.

O filme se trata de três amigos que são os típicos loosers da cultura americana: Um nerd, um gordo e um mané que se acha o fodão. É aniversário de um deles, e ao mesmo tempo aniversário de casamento dos pais, então os velhos vão passar o fim de semana fora pra dar uma rapidinha privacidade pro moleque comemorar com os amigos. Mas eles esperavam que fossem só os dois amigos manés e a amiga-paixão-platônica.

Mas ai a coisa fugiu de controle, como você deve imaginar. Subtítulo de pôster é uma merda mesmo.

O problema é que, por mais legal que a ideia seja, a execução foi padrão. Tudo bem, é uma festa foda pra caralho, com várias coisas loucas acontecendo e tal. Mas já foi feito. Um milhão de vezes. Tudo bem, tem a curta preparação da festa e tal. Que não leva a crer que vá acontecer tanta coisa. Cê pensa: Ah, vão brotar uns doidões lá, com birita, chapar na casa do moleque e já era. E ai cê lembra que é uma festa fora de controle de novo.

COM MENORES DE IDADE BEBENDO!

Eu inclusive pensei em Esqueceram de Mim, num comparativo bem nadavê. Por que afinal, qual é a diferença entre ficar em casa sozinho com 10 anos e com 17? Só o tipo de festa que cê faz. Com 10, cê faz festa sozinho, já que provavelmente seus amigos são muito jovens pra ir até sua casa sem escolta e tal. E se não forem, acho bom você chamar o conselho tutelar. Com 17, cê quer beber. E quebrar o mínimo de coisas possível. O que não é exatamente uma variável controlável quando se tem um porrilhão de desconhecidos chapados no seu quintal. E no seu quarto, e na piscina, na garagem, no porão, na cozinha, em tudo quanto é canto.

Mas tudo é lindo quando cê tá doidão.

E como não poderia deixar de ser, tem aquele conflito da paixonite do cara com a mina que quis dar um presente de aniversário, e por ele ter feito uma festa tão foda, porque não? Mas, no final, tirando o prejuízo, o caos, a anarquia e a melhora da reputação, tudo fica bem entre os dois pombinhos. Mas isso é um aspecto bem pequeno do filme mesmo. Então, se você ainda acha graça em American Pie, o filme foi feito pra você!

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