Quer casar comigo?
Não, seus nerds da mão peluda, isso não foi pra vocês. Isso é só um título, um símbolo, entendeu? Espero que sim.
No post desta semana vou demonstrar um pouco da evolução da socialização nos jogos online. Talvez isso pudesse entrar no post “Simulando a vida real” mas… não, merece um post único.
No começo dos multiplayers, o máximo que podia acontecer era você e seu amigo saírem na briga pra ver quem iria ficar com o controle 1. Talvez pela escolha de personagens, também… A grande verdade é que o multiplayer era limitado e as vezes até… mais chato do que o single player, porque seu amigo não era bom que nem você – ou, o horror – era melhor. Tudo bem, eu não entendo muito dessa era, e este post é de opinião pessoal, então passemos para a próxima:
Nasce a internet, e, com ela, os primeiros jogos online. Interação de pessoas que não se conhecem, nunca se viram e talvez nunca venham a se ver. Conte isso pra sua vó, e ela vai dizer que é loucura. Conte isso pro teu primo de 5 anos, e ele vai dizer: “Ué, normal ._.”.
Naquela época, as pessoas não estavam tão acostumadas à interação com pessoas desconhecidas como estamos hoje. Um dos que se destacaram foi “Ultima Online”, onde hoje você pode até colocar o BARRO DO TEU CAVALO NA PORTA DO VIZINHO. Gráficos ruins *cof melhor que Tibia cof*, jogabilidade marromenos. Depois de cerca de 4 anos, Tibia foi lançado, e lá pros anos ’00, começou a virar febre no nosso pequeno pedaço de terra chamado Brasil. Ou pelo menos foi assim em São Paulo.
Comecei a jogar em meados de 2002, influenciado pelo meu primo, e a quantidade de brasileiros lá era, de certa forma, grande. Nas lan houses, as únicas coisas jogadas por aqui eram Counter Strike e Tibia. Sim, eu sei que CS veio antes de Tibia e que eu só citei ele agora, mas o ponto que eu quero chegar aqui é a relação social entre as pessoas num MMORPG, não num MMOG.
Um dos itens do famoso “Tibia” por aqui, era o “Wedding Ring”. Aliança, para os sem-curso de inglês. Acho, e sublinhem, negritem e… italiquem? este acho, que foi aí que nasceu o “casamento” nos jogos online. Porém, no Tibia não era nada oficial, você podia dar um Wedding Ring pra tua “namorada” que não ia acontecer PORRA NENHUMA. Eu já fui PADRE dum casamento no tibia. Sabe como eles faziam? Os “noivos” vestiam as roupas mais parecidas com terno e vestido de noiva, iam para aquele edíficio de carlin que eu não lembro qual era, pediam pra alguém usar a roupa de “Druid” pra realizar a cerimônia e jogavam os Wedding Rings no chão. Rolava até convite com as “Labels” (etiquetas) das parcels.
Eu já sabia de alguns jogos que tinham a opção de “casar” com alguém, mas só fui realmente apresentado a isso no MapleStory, onde pela merreca de, no mínimo, 35 dólares, você podia comprar anéis de casamento, que tinham efeitos “especiais” e poderia alugar uma igreja pra casar. Você também pode convidar amigos, pela bagatela de 3U$ por convite e até fazer lista de presentes! Porém, antes de tudo isso, você tinha que fazer um anel de noivado, que poderia ser de prata, ouro, platina, diamante, pedra lunar, entre outros materiais. Mas ainda não se tinha nenhum benefício em… casar. Era tipo a vida real.
Passado alguns anos, e muitos outros MMORPGs depois, fui apresentado à Ragnarök (sim, beeeeeeeeeeeem atrasado. Já conhecia, mas não me interessava), onde o casamento tinha alguns benefícios, como o teleporte, heal, entre outros, e também era possível ter FILHOS! Isso mesmo, filhos! Não era como se você COMESSE tua mulher (sim, eu presumo que só homens leiam isso. Se tiver alguma mulher que leia porque GOSTA e não porque é minha amiga, que se manifeste.) pra ter os filhos. Você só “adotava” outro personagem como seu filho, e ele ficava com a aparência infantil e 1/3 do HP, mas também ganhava alguns benefícios.. Já em um outro MMORPG, “World of Kung Fu”, que joguei recentemente, o sistema de casamento dava benefícios pro casal, com bônus de experiência e drop rate, se bem me lembro.
E a coluna de hoje fica por aqui, porque o Autogamer também é cultura!
A propósito, muitos que lêem os textos não comentam, eu só queria dizer que NÃO PRECISAM se acanhar. A gente não vai te xingar e te humilhar em praça pública. Se vocês verem algum erro no texto, ou quiserem fazer críticas, perguntas, etc, podem comentar, porque ninguém aqui morde… A não ser as gordinhas, mas com carinho (heh)