Red Dead Redemption (Xbox 360)
Esta review será um pouco diferente, manolo. Eu sei que você já leu sobre em uns 20 sites diferentes, e eu não sou palhaço aqui pra dar mais do mesmo.
Mas por que diferente? Primeiro, que em nenhum desses seus 20 sites eles compararam Red Dead Redemption com o predecessor espiritual, Red Dead Revolver. E é isto que vou fazer.
Red Dead Revolver, lá nos idos do Playstation 2, supriu uma lacuna enorme na gama dos jogos. Onde você tinha um jogo de faroeste? Lugar algum. Se tinha de ninja, pirata, samurai, robô, o caralho todo, menos o pobre western.
E aquilo na época foi de fato inovador, pois colocava à disposição uma história com profundidade, e bonecos jogáveis com várias características, convergindo num ponto comum. As armas, os upgrades, também eram um show à parte. O sistema de bullet time Dead Eye dava um charme à parte no processo de estourar cabeças de cowboys.
Um diferença fundamental entre o Redemption e o Revolver é o sistema de missões. Enquanto em um você tem a filhadaputice de ter que seguir estritamente o que é dado, no mais novo, a Rockstar faz o que sabe de melhor: Liberdade. Mesmo que essa liberdade seja pra laçar cavalo ou ficar de tocaia pra matar o mendigo que teima em ficar no caminho.
Falando em laço, talvez seja a melhor arma do game, porque cria situações inusitadas. Acho que é comparável ao “hot coffee” do multiplayer do Revolver. Sinceramente, nada tão bom como amarrar seu inimigo e arrastá-lo por, sei lá, umas quatro cidades diferentes até o corpo dele ficar sem pele.
Sim, mas não adianta nada eu falar tudo isso sem nem ter contado ao menos o enredo. Afinal, você não é do tipo que já começa atirando em todo mundo sem nem perguntar quem é o bandido da história… Ou é? Red dá lugar a John Marston, que tem a família feita refém, em troca da entrega de seus antigos companheiros de crime, na borda usamericana e mexicana. História um pouco manjadinha, mas quem já curtiu uns western spaghetti vai achar do caralho e pronto. Tipo eu. Então garanto que você vai se divertir, seja estourando esconderijo de bandido, roubando puta, ou até caçando urubu no meio do mato.
Talvez uma das poucas falhas no Red Dead Redemption seja a confusão em ensinar alguns conceitos, não tendo tutoriais tão claros. Isso com certeza deve foder o seu sobrinho que, coitado, não tem tanto costume em jogar e vai ficar perdido. E também claro, a ausência de um multiplayer offline satisfatório como seu antecessor, além de alguns bugs doidos que não comprometem a jogabilidade, como por exemplo, bonecos invisíveis nas cut scenes.
De resto, RDR é uma experiência única, digna das melhores, seja pra ligar e ficar apreciando a paisagem, ou securar e extrair até a última gota do game. Realmente espero que essa franquia se torne tão promissora quando o jogo de malandro Grand Theft Auto, conhecido como, hmm, GTA. Ahh, e aqui você pode tocar o tanto de terror que quiser também, com a diferença que não vai vir TANQUE ou COCÓPTERO a te perseguir. Só uma dúzia de homens da lei montados em cavalos que mais parecem ter um foguete no cu rabo.
E finalmente, o boneco pula decentemente. Além da Rockstar ter superado o seu karma, o de entregar liberdade em troca de gráfico feio.
Red Dead Redemption
Plataformas: Xbox 360, PS3
Plataforma Avaliada: Xbox 360
Lançamento: 2010
Distribuído por: Rockstar Games
Desenvolvido por: Rockstar Games
Gênero: Gênero
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