Resenha – Jogos Mortais IV
Achei que com a morte de Jigsaw e Amanda (pelo menos eles não ressuscitaram aqui), o roteiro de JOGOS MORTAIS IV pudesse tentar se reinventar, muito pelo contrário, as partes mais interessantes do filme são as que retratam o passado de Jigsaw, outrora John Kramer, engenheiro casado de sucesso. Como sempre aconteceu na franquia, o filme cruza a linha do tempo durante toda a narrativa, as cenas surgem na telona sem nenhuma explicação temporal e nem mesmo os fatos e personagens passados são relembrados (o que dificulta um pouco o entendimento).
Pelo menos os roteiristas não deixaram o gore de lado (também são eles os responsáveis por Feast, a.k.a. Banquete no Inferno, um exemplar legítimo do terror gore cômico). Na primeira cena, temos uma autópsia detalhada do assassino com direito a cérebro exposto e peito aberto. No entanto, a trama regular do filme parece uma reprise do anterior e aqui surgem novamente alguns personagens dos filmes anteriores, mas sem aquele impacto de curiosidade em saber o que ocorreu com eles. A reviravolta final – que não tem nada de surpreendente – deixa diversas pontas soltas na trama servindo mais de desculpa para futuros capítulos do que para fechar a trama deste quarto episódio. Na lógica do mais do mesmo, a direção de Bousman continua picotando as cenas a cada 5 segundos, técnica digna da escola Michael Bay de direção).
Mesmo assim, não consigo deixar de conferir esta cinesérie nos cinemas.
Vai ver eu devo ser sádico!