Resenha – O Vidente
Pára tudo. Nicolas Cage (A Lenda do Tesouro Perdido), Jéssica Biel (O Ilusionista) e Julianne Moore (HANNIBAL). O elenco já é foda, você não vai precisar ler a resenha.
Cris Johnson (Nicolas Cage) trabalha em Las Vegas como mágico, usando seu nome artístico: Frank Cadillac. Mas ele não é um mágico comum, não faz truques – é tudo real. Mas é lógico que ninguém sabe. Seu poder? Ele é uma espécie de vidente (Precog, já que o filme é baseado em um livro de Phillip K. Dick, The Golden Man) que vê seu futuro, mas apenas os próximos 2 minutos. Pelo menos até então.
Ser mágico é viver na merda, então o cara usa de seus dotes (heh) pra trapacear em jogos em cassinos, mas sem chamar muita atenção. Até uma agente, Callie Ferris (Julianne Moore) se interessar pelo cara, desconfiando de que o que ele faz é mesmo real, e decide vigiá-lo. Por quê? Uns terroristas roubaram uma bomba atômica, era estado de alerta, o que viesse seria lucro. Os tais terroristas ficaram sabendo que a agente estava atrás de Cris, então foram atrás dele também. É aí que a confusão começa e você começa a se empolgar com as habilidades do cara.
Cris vê uma morena em seu futuro, além dos “dois minutos”, num restaurante. Ele passa a frequentar esse restaurante sempre no mesmo horário em que veria ela, intrigado com o fato. Até que, depois de duas tentativas falhas, finalmente ele conhece a morena: Elizabeth Cooper (Jéssica Biel), e passa por situações hilárias com ela no restaurante, envolvendo seu ex-namorado. Tente não se confundir, os pontos fortes do filme são em que ele vê o futuro, e muitas vezes você vai soltar um PU…TA QUE PARIU, como eu queria ser assim. Manja o clichê “O que você faria se pudesse ver o futuro?”? Esqueça isso. O VIDENTE é um filme pra macho, afinal, a Jéssica Biel aparece de toalha, véi. Só de toalha. E a única parte clichê do filme é o fato de Cris conseguir ver além dos dois minutos com ela, e é na cena onde ela aparece de toalha é que você tem que ficar ligado (óbvio). Mas não posso contar por quê, só vendo o filme até o fim pra sacar. E se você for bom mesmo, vai sacar o que eu quis dizer.
É claro que Cris acaba tendo que colaborar com o FBI, aí vem aquele suspense misturado com ação com uma pitada de “meu, que foda”. Ver o Nicolas Cage desviando de balas e soltando frases sensacionais como “Você sabe usar isso bem?”, “Essa não é a escolha correta.” ou “Eu cometi um erro.”, frases que você só vai achar sensacionais também quando ver o filme, foi o bastante pra um fã como eu finalmente falar que até que enfim, depois desses últimos filmes, finalmente um filme bom com o cara.
Ficção científica do caraleo, vale a pena passar os 98 minutos sentado na frente daquela tela enorme com algum palhaço chutando a sua cadeira. Os efeitos deixam um pouco a desejar, mas repare nas cenas de ação. Capricharam no roteiro, as frases são sensacionais e acertaram no tempo. No fim do filme, não aja como um babacão e faça a pergunta “Ué, não vão mostrar o que vai acontecer?”. O que vai acontecer é óbvio, porra.