Resident Evil 3 – A Extinção (Resident Evil: Extinction)
O T-Vírus experimental, criado pela Umbrella Corporation, foi liberado no mundo, transformando a população em zumbis que se alimentam de carne humana. Com as cidades sem segurança alguma, Carlos Olivera (Oded Fehr) e L.J. (Mike Epps), juntamente com as sobreviventes K-Mart (Spencer Locke) e Betty (Ashanti), reúnem um grupo e fogem pelo deserto, em um comboio blindado. Eles procuram outras pessoas que não estejam infectadas, mas apenas encontram outros mortos-vivos. O grupo é acompanhado pelo dr. Isaacs (Iain Glen), que está num complexo laboratorial subterrâneo da Umbrella Corporation, escondido sob uma torre de rádio abandonada em Nevada. Isaacs acompanha também Alice (Milla Jovovich), que, após ser capturada pela Umbrella, foi submetida a um teste biogenético que alterou sua configuração genética. Agora transformando-se constantemente e sob o risco de ser traída pelo seu próprio corpo, Alice segue o comboio e tenta conduzi-los ao seu destino: O Alasca, onde acreditam que estarão livres dos zumbis.
Tenho que começar dizendo que não assisti nenhum dos dois primeiros filmes (Resenhas aqui e aqui) e então eu não entendi muito bem onde saíram os poderes da Alice (Mila Jovovich), porém acredito que isso não tem nenhum problema no que eu vou escrever para vocês aqui. Em segundo lugar, faz muito tempo que eu joguei os jogos antigos e odiei o 4 e o 5, os quais eu não terminei. Além de alguns nomes que lembro e de uns protagonistas e coadjuvantes importantes, não poderei fazer nenhum paralelo entre a história dos filmes e dos jogos, apesar de poder estabelecer a relação entre a proposta da série cinematográfica e a dos consoles.
Evidentemente a série das telonas é de ação. Basicamente uma gatinha metendo a bala e a faca na cabeça dos zumbis e procurando por ai sobreviventes à infestação e os responsáveis por esta mesma. Já os games (Principalmente os primeiros) seguem uma linha de survival horror. Ou seja, uma pessoa sozinha tentando sobreviver aos zumbis, com elementos de puzzle. Ou seja, sobreviver, investigar e resolver quebra cabeças eram os focos do jogo. Acredito que daí vem a maioria das críticas negativas dos filmes, uma vez que não têm muita relação com a atmosfera dos jogos.
O começo do filme é um pouco confuso, as primeiras cenas mostram Alice tentando fugir das instalações da Umbrella Corp. e morrendo. Logo após, vários cadáveres dela são mostrados, daí corta para a Alice original deixando claro que o que foi mostrado antes foi um bando de clones. As sequências vão se alternando da Alice para o comboio de sobreviventes liderados por Claire Redfield (Ali Larter) e Carlos Oliveira (Oded Fehr), além das instalações subterrâneas da Umbrella.
De modo geral, o filme não possui muita coisa além de mostrar lutas contra zumbis e a tentativa do Doutor Isaacs (Iain Glen) em capturar a protagonista para conduzir seus experimentos. Os interesses da Umbrella também se mostram mais nítidos nesse filme, sendo que seus executivos parecem impacientes para poder voltar a superfície. Ou seja, a corporação está doida para limpar suas cagadas, mas não sem antes matar um bocado de gente e sair tranquila disso tudo.
As sequências de ação são bastante corretas, os efeitos bacanosos, a fotografia, por conta das locações no deserto é exageradamente clara, mas o que me intrigou nesse filme são as capacidades de Jedi da personagem de Jovovich. Sério mesmo, queria me perguntar de onde diabos os realizadores retiram que seria legal ter o Obi-Wan Kenobi em Resident Evil.
Nota do Editor: Isso é um chute no saco dos jogos, but it’s awesome anyway.
Não tenho nenhum comentário muito extenso sobre as atuações. Os vilões, de modo geral, são zumbis, e o Dr., que é o principal antagonista, aparece muito pouco, tendo um espaço de desenvolvimento nulo. Jovovich não possui muita expressividade, na minha opinião, mas ela é linda demais e isto pode ter prejudicado minha leitura de suas expressões, mas de modo geral ela cumpre bem o seu papel. Fehr, que interpreta Carlos, é um fortão padrão, então ele faz direitinho que tem que fazer, ser fortão; Larter (Claire), sofre do “mal da cara única”, sendo muito monocromática. Quer dizer, tudo nesse filme é assim, raso igual uma poça de cuspe.
Ao terminar este filme, eu acabei me perguntando algumas coisas. Eu gosto de zumbi, mas não é tanto assim. Eles são legais justamente por serem burros e lentos, dando margem à sobrevivência das pessoas. Porém zumbis que correm e lutam são sem graça demais, os humanos não possuem chance, a não ser que você seja a Alice Jedi. Depois me perguntei porque todo mundo vive limpo e penteado e as mulheres são lindas, mas isso foram divagações a parte. Enfim, se você gosta de zumbis e ação e está afim de ver uns olhos azuis, recomento o filme, se não, passe longe, porque não tem nada aí para você.
Resident Evil: Extinção
Resident Evil: Extinction (137 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Oded Fehr, Ali Larter
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