Reuniões

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 07 de julho de 2008

Falar com outros leitores são momentos que merecem destaque. Primeiro de tudo, juntar pessoas que conhecem literatura o suficiente para falar sobre isso é muito difícil, como se fosse vergonhoso ler. Depende muito do tipo de livros preferidos mas isso não vem ao caso.
mas voltemos ao que interessa, como se eu não fosse me perder de novo em breve. Juntar um grupo sociável o suficiente já é algo difícil, mas vale a pena. Pode ser em um bar, numa praça ou onde for, falar de livros com alguém é algo que rende muito, nem que seja recomendações e promessas de empréstimos. De qualquer forma, vamos ao que interessa, que já enrolei demais.
Esse fim de semana presenciei um desses encontros espontâneos, que acontecem sem que ninguém combine, em um lugar que onde o que se menos espera é falar sobre literatura. Primeiro de tudo, uma sala em uma casa fez com que um dos caras falasse sobre a sua sala dos sonhos, que seria mais ou menos como a daquele cara, cheia de pôsteres, TV de plasma e DVD’s de bandas, coisas assim que todo fã de música é praticamente apaixonado. Depois de discutir sobre o tipo da sala, o que teria na sala de cada um de nós, eu falo sobre que a minha seria uma biblioteca com livros até o teto, cheia de prateleiras e poltronas, uma biblioteca perfeita.
Qual foi minha surpresa ao ver que todos eles tinham a mesma idéia, só que essa seria sua segunda sala perfeita, não a sua primeira escolha como seria a minha. Depois disso, uma pequena discussão sobre tipos de livros, os preferidos, os que seriam banidos da face da terra, aqueles que valem a pena e tudo o mais. Mas sabe-se lá o motivo, acabou por aí e falamos de outras coisas. Mais tarde, depois que todo mundo estava meio alto, adaptações de filmes e quadrinhos entrou em pauta, uma beleza. Depois de discutir tudo o que está em cartaz atualmente, o foco foi passado pra estilos de adaptações, o que deu certo, o que deu errado e se o que vem por aí será válido do preço de ingresso e tudo o mais.
Agora, a questão principal: PORQUE DIABOS ESTOU CONTANDO ISSO PRA VOCÊS?!?
Sei lá, falar sobre mim nessas colunas é algo que não acontece muito, mas serve pra mudar um pouco a impressão de que sou um nerd fanático por livros. Sou até, mas isso não me impede de fazer tudo como outras pessoas.
Depois de falar isso que não fez sentido nenhum, vamos em frente. Os poucos outros leitores que conheci antes disso se encaixavam no estereótipo de que acredito que muitos tem na mente, que é daquele cara que fica só lendo, não faz nada além disso. É uma pequena variação de um otaku, que só assiste anime e mangá, com a diferença de que ele é mais inteligente que um otaku e menos sociável. Depois do dia da toalha, onde conheci pessoas que compartilham praticamente os mesmos gostos literários, acabei entrando em contato com pessoas que são muito diferentes dessa aparência que citei acima. Pessoas legais, acima de tudo.
Mas novamente estou entrando em fatos de minha vida, algo que não interessa nada a vocês. Reuniões literárias podem ser feitas em vários lugares. Livrarias em shoppings tem seus espaços pra isso, onde as vezes alguns especialistas vão discutir sobre alguns livros, tornando o local um dos melhores pra conhecer essas pessoas, além de ser um bom lugar para arranjar comida de graça e talvez uma bebida na faixa, se for o caso de você ser uma esponja de álcool.
E agora, eu poderia finalizar com alguma idéia pra que leitores se encontrem e tudo o mais, mas não adianta nada. Não depende de mim fazer com que todo mundo saia de seu buraco e vá atrás de alguém pra conversar. Então termino por aqui, antes que eu acabe mais deprimido do que já estou.

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