Review – Over the Under (Down)

Música terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sem muita enrolação, PHIL ANSELMO no vocal, bóra ligar o som e aumentar o volume no máximo. DOWN, véi.

3 Suns And 1 Star abre o álbum trazendo a velha pegada Doom com uma pitada de Stoner Rock, que parece estar cada vez menor. Pra uma faixa de abertura, pode-se esperar por um álbum sensacional, mais puxado pro segundo álbum dos caras. The Path traz um som de peso, e as saudades do Scream de Phil Anselmo. Puta que pariu, sério, como meus ouvidos pedem pra ouvir aqueles berros. Mas o cara ainda tem meu respeito, e esta faixa prova que os caras não largaram totalmente o Stoner Rock, o que é um alivio DO CARÁI. Sem os gritos até dá pra viver, na merda, mas dá. Agora, sem Stoner Rock, eutanásia, véi.

N.O.D. é um puta som empolgante, apesar de o refrão não ter me agradado muito. O encerramento é foda. I Scream, ou IIIICE CREAAAAMM!, é o single da banda, não poderia ser melhor. Mas, pensando bem, poderia sim. Olha o nome do som. Você já saca que vai ter gritos, né? Pois é, os gritos são baixos, coisa de “plano de fundo”. Eu quero SCREAM, porra. Cadê o Anselmo nessas horas? Tá certo, o cara arrebentou as cordas vocais em um show, mas ainda assim não é desculpa. Enfim, o som é EMPOLGANTE. On March The Saints tem uma introdução que lembra o primeiro álbum da banda, álbum em que Phil Anselmo não economizava a garganta… bom, fazer o quê. O som é do carái, bem a cara da banda, o que é um pouco irônico. Não vou dizer porquê, já repeti a mesma coisa milhares de vezes, aposto que você já sabe o que é. O som fica EMPOLGANTE na metade, fazendo o álbum St Anger, do Metallica, passar pela minha mente. Sei lá, algo neste álbum me lembra esse cd, que você deve ignorar a banda que está tocando pra gostar do que está ouvindo. Never Try, som calmo, mas o peso ainda está ali. Bem experimental, bacana, mas nenhuma… novidade.

Mourn, mais uma vez a afinação grave das guitarras e a bateria detonando. O som é daqueles que dá medo, mas é de se ter medo de uma banda que reúne o ex-vocalista do Pantera (Phil Anselmo), o guitarrista do Corrosion of Conformity (Pepper Keenan) e o baterista do Eyehategod (Jimmy Bower). Beneath The Tides vem com uma introdução deveras chata, e olha que temos mais de 8 minutos de música pela frente. Depois da intro, sonzeira, de um tipo diferente que os caras estão acostumados a fazer. Escuta aí pra ver. His Majesty The Desert não passa de uma introdução para a próxima música, não há muito o que se falar dela. Tipo um prelúdio, e tal, coisa leve. Já Pillamyd chega quebrando tudo, trazendo aquele metalzão pra balançar a cabeça no refrão, clássico. O solo é sensacional, e agora sei o que me fez pensar no álbum St Anger: Talvez a bateria.

In The Thrall Of It All dá mais destaque ao Stoner Rock, finalmente, mais um solo sensacional e um som relativamente diferente do que a banda está acostumada a fazer. Nothing In Return (Walk Away) já chega te chamando pra porrada, os caras estão cada vez menos Stoner e cada vez mais pesados. Nem pense em falar a palavra “New Metal”, ainda é aquela pegada Doom. E essa ainda traz um pouco de Thrash, coisa de louco. Bom, encerraram o álbum com um som EMPOLGANTE, mas meu apelo continua: Phil, VOLTE A GRITAR, PORRA! Leva tempo pra se acostumar com esse estilo. Não que seja ruim, mas não foi assim que eu te conheci, véi. Bom, álbum foda, altamente recomendável pra você que quer um som pesado sem velocidade, afinal, ainda tem um pouquinho de Stoner ali.

Over the Under – Down
1. 3 Suns And 1 Star
2. The Path
3. N.O.D
4. I Scream
5. On March The Saints
6. Never Try
7. Mourn
8. Beneath The Tides
9. His Majesty The Desert
10. Pillamyd
11. In The Thrall Of It All
12. Nothing In Return (Walk Away)

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