Review – Teletransporte (Autoramas)

Música sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Sinceramente, eu gosto muito de alguns sons dos caras. Eles são bons, isso é fato. Porém, esse cd meio que deixou na mão. Enfim, vamos á critica.

Mundo Moderno, sonzeira tradicional dos caras, abre o álbum com… a animação dos caras. Tudo normal até então, são os caras “andando na linha”. Fazer Acontecer é um som… chato. Um ritmo levemente eletrônico e meio cru, parece que falta algo, sei lá. Comparada á primeira música, esse som é de um nível bem ruim. Quando você lê o nome A 300 Km/h, o que você imagina? Um som acelerado, empolgante. Mas não: O som é lento, clichê e… INDIE. Cara, essa banda tem baladinhas geniais, mas essa é broxante. Marketeiro conta com um riff tradicional, porém, o resto da banda faz dos versos algo monótono. O refrão é bacana, mas a música em si não é das melhores. Levemente dançante, e só.

Hotel Cervantes, um dos melhores sons de 2007, apesar de não levar muito a cara da banda, é um som bacana com a letra viciante e o ritmo bem Surf Rock. Faltou algo, mas ainda assim o som é dos melhores. Já Cansei de te Ouvir Falar traz o vocal feminino que é absolutamente sensacional. Cara, essa mina canta demais, a voz dela é orgasmática. O som segue a linha dos caras, é dançante e bem trabalhado. Porém, a parte que o Gabriel canta não é muito boa. Identificação é outra baladinha broxante, principalmente pelo refrão. Ouvir “Foi meio DEPRÊ” foi MUITO deprê, cê não faz noção. Enfim, nessa altura do campeonato, você já perde as esperanças de sons que possam salvar o álbum.

Surtei tem um começo estranho e um refrão mais estranho ainda. Pelo menos o refrão é pesado, mas enfim, som sem sal. Eu Mereço segue a linha de sons sem sal, fazendo eu insistir em algo: Tá faltando alguma coisa. Som sem muita empolgação ou novidade. Eu não mereço um som desses. Muito Mais traz, de leve, a cara da banda: Som animado, dançante. Porém, se torna repetitivo em uma parte, como se eles tivessem feito a música e pensado “Porra, ficou muito curta. Vamos dar um jeito de aumenta-la!”, ou algo do tipo. Cadê a essência?

Digoró é um som experimental, eu diria. Um conto, não há bem ao certo um ritmo. Gosto de sons assim, e, no fim, há uma explosão Punk do nada. Bacana. Panair do Brasil é um som instrumental, bem Surf Music. Eu sempre digo que a melhor música instrumental é a Surf Music, e não é diferente aqui. Mas eu prefiro as mais animadinhas, e essa é bem lenta. O Inesperado devia ser o nome desse álbum, mas enfim, mais um som tradicional. Nenhuma novidade, só um pouco mais de destaque no baixo. De resto, som dançante. Guitarrada encerra o álbum com uma surpresa: Outro som instrumental, Surf Music, mas com uma batida africana, sei lá, algo que me desagradou e muito. E é essa minha impressão final do quarto álbum de uma das melhores bandas do Brasil: Um dos piores álbuns de 2007.

Teletransporte – Autoramas
1. Mundo Moderno
2. Fazer Acontecer
3. A 300 Km/h
4. Marketeiro
5. Hotel Cervantes
6. Já Cansei de te Ouvir Falar
7. Identificação
8. Surtei
9. Eu Mereço
10. Muito Mais
11. Digoró
12. Panair do Brasil
13. O Inesperado
14. Guitarrada

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