Sinédoque, Nova York (Synecdoche, New York)

Cinema quinta-feira, 16 de abril de 2009 Pizurk

Com um elenco de fazer inveja a qualquer grande cineasta, Charlie Kaufman, reúne excelentes atores em Sinédoque, Nova York. O filme conta a história de Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman), um diretor de teatro frustrado, hipocondríaco e egoísta. Quando Cotard recebe a incumbência de escrever sua primeira peça, sua vida está de pernas para o ar, e querendo criar algo real, propõe refazer o seu mundo no palco em cada detalhe. Caden conta com a ajuda de Tammy (Emily Watson), a atriz maluca Claire (Michelle Williams) e a adorável Hazel (Samantha Morton). Neste roteiro não há coadjuvantes, todos são protagonistas de suas próprias histórias.

Sinédoque não é o tipo de filme fácil de comentar, já que ele é confuso. Ele se inicia sendo aparentemente um filme normal, um filme sobre um diretor de teatro que consegue ganhar um prêmio que paga bem para montar sua próxima peça. A grande questão é: Sobre o que é essa tal peça?

Pera lá, não é tão fácil assim. Ainda mais por que Caden [Esse é o nome do infeliz] tinha uma vida pessoal meio conturbada, apesar de inicialmente não parecer. Sua mulher, Adele, não liga muito pra ele, e Olive, sua filha, parece gostar mais de uma amiga de sua mãe, Maria, que dele. Adicione o fato de que Hazel, a bilheteira do teatro onde ele exibia sua primeira peça, ter uma queda por ele, e você não tem nem um quinto do filme. Mesmo porque, ele é de um surrealismo incrível.

O grande problema pra mim foi que, conforme o tempo vai passando, as coisas no filme vão fazendo menos sentido. O surrealismo começa a imperar, e tem horas que você não tem a lógica ali pra te sustentar. É muito louco. Mas eu acho que não devo estragar essa experiência contando coisas do filme, mesmo porque vocês nunca iriam acreditar.

O filme não é ruim. Longe disso, é criativo e surpreendente. O meu problema é que eu gosto da boa e velha lógica mesmo.

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