Sobre cabanas e prateleiras
Estava a pouco olhando o Skoob e percebendo que aquilo lá estava mais morto do que essa coluna, então, para matar dois coelhos com uma caixa d’agua, vou falar dele aqui hoje. Pelo menos uma parte dele.
E eu vou ser chato (MAIS chato).
Bom, a maioria já deve saber o que é o Skoob por aqui. Quem não sabe, que faça o favor de descobrir e se cadastrar por lá. Não é necessário para entender o que escreverei aqui, mas vejam só: Vocês já tem um orkut, um myspace, um twitter, um gmail e uma infinidade de outros serviços pseudo-sociais, então, porque não se cadastrar em mais um que vai adicionar… bom, nada em sua vida?
Bão, continuando. Enquanto eu adicionava livros em minha prateleira por lá, comecei também a ler as resenhas de alguns livros, feitas por usuários. Tem muita coisa boa por lá, textos que superam em muito os publicados em muitos sites por aí e em muitos jornais literários. Mas como nada é perfeito, uma hora eu tinha que deparar com algo que nao me agradasse.
E isso aconteceu quando fui adicionar o livro A Cabana em meu perfil.
Já li ele, e me arrependo disso, sabem. O livro é fraco, infantil e eu não o recomendo pra ninguém, contrariando tudo o que diz o final dele. Não vou colaborar para que esse livro fique MAIS uma semana na primeira posiçao da seção de ficção, sabem. Mas eu não mudo nada, falando isso. Baixem um pdf dessa bagaca, e cheguem a suas próprias conclusões.
Então, lendo resenhas desse… desse livro, vi algumas bem interessantes, de pessoas que chegaram a mesma conclusão que eu, esses eu vou chamar de leitores insensíveis. Não no sentido negativo da palavra, mas pelo motivo de que eles deixaram de lado os sentimentos para achar o real mote da história. O que mais me intrigou nessas resenhas foram os comentários churumelas, como o desse usuário que eutenho preguica de colocar o link:
DaniBranka 10/10/2009
Este livrou é maravilhoso, profundo e belo.
Outro livro que dedico ao meu irmão…
Outro livro que me fez entender/compreender ainda mais os motivos pelos quais ele se foi…
Sei que perder alguém é dificil, principalmente quando é alguém próximo assim. Eu mesmo perdi alguém muito importante nessa última semana, mas se tem algo que aprendi foi que não devemos baixar a cabeça e chorar por isso. É nessas horas que temos que ser fortes, levantar a cabeça e encaram o que tem na frente, lembrando de tudo o que aconteceu de bom, deixando a tristeza de lado.
Mas deixando de lado meu momento auto-ajuda, vamos ver outra micro resenha:
Diane 24/09/2009
Esse livro realmente marcou minha vida, pela simplicidade, beleza e expressão de amor que o autor nos revela em suas páginas, recomendo sua leitura e releitura.
Outra coisa que acho engraçada desse livro é como ele consegue ser tão vago, a ponto de cada um achar que ele é único. Sei que um livro é único para cada pessoa que lê, mas isso é exagero. Eu já vi gente achando que é auto-ajuda, outro que pensa que isso é um relato real, e ainda, aquels que pensam que isso é verídico. Digo que existe um ponto certo para se acreditar em uma história e, quando ele comeca a ficar muito fantasioso, é hora de reconsiderar o tema. Você acredita em unicórnios, por acaso?
… É.
Mas tem uma fato legal de acessar essas resenhas de livros que você leu e ver quem tem algo na cabeca. É interessante notar que, de acordo com as prateleiras das pessoas que escreveram resenhas aprovando o livro, praticamente todas tem obras que as tornam conhecidas, mais abertas a experiencias melosas e sentimentais.
Depois de ficar com dores abdominis de tanto rir de alguns depoimentos, resolvi escrever o meu próprio, e fiquei surpreso por ver que logo depois surgiram mais e mais resenhas de pessoas que realmente tinham uma opinião real do livro.
E depois dessa, me despeço, vou ali, caçar um unicórnio.