Sobre zumbis e empadas elétricas
ATENÇÃO: NADA NESTE TEXTO É VERDADEIRO.
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E comprem batom.
Hoje acordei com o Jared Leto do meu lado. Nos olhamos. Ele disse que não podia continuar daquele jeito, que tava tudo errado entre nós, e que a gente tinha feito uma besteira muito grande ontem à noite. Respondi então, clara e simplesmente, que o teste deu negativo.
Qual, o de gravidez? Não, aquele que eu fiz pra Malhação. Ah tá, Malhação é algo que jamais aceitaria mulher minha fazendo. Fazer parte de banda emo tudo bem, mas Malhação é pedir muito.
Transamos.
Saio de casa. Escuto uma buzina de caminhão forte pra caralho. Desnorteada, imagino que seja apenas uma caravana vindo de Campinas pro show da Ana Carolina. Olho pra fora. A temperatura caiu uns dez graus. Agora, o termômetro da rua marca apenas 52º C. A fumaça pairando no ar é normal, já que nessa época até coração de ex derrete na rua. As pessoas feias mancando também são normais, já que é o que a gente vê quando mora no quinto dos infernos. O frio que tá estranho.
Puta que pariu, já entendi! Silent Hill de novo?!?!?! Será que fui a responsável indireta pela morte de algum ente querido e preciso pagar pelos meus pecados na cidade amaldiçoada e derrotar um culto de menininhas demonhas pra poder voltar a tempo de assistir à novela? Pensei que pegar a Av. Brasil todo dia já era suficiente. Que viver já era o castigo. O carinha de triângulo na cabeça se aproxima. Há uma arma em minhas mãos.
Transamos.
Aí lembro que tenho aula hoje. Quem mais é o desgraçado ranhento que estuda sábado? Ninguém, espero. Mas tudo bem, isso significa que na hora do intervalo eu vou atravessar a rua e pedir uma empada, um café, uma água. Como sempre. Tudo normal, ainda. Chego no balcão da lanchonete. Qual o preço da de frango? Tá cara. Como assim só tem de camarão? Cê sabe que eu odeio camarão, seu borra botas d’uma figa. Tem do que mais? De Pikachu? Manda.
A empada está se mexendo fortemente. Rebolando ao som do ritmo ragatanga, um pequenino e supervalorizado ratinho elétrico sai de dentro dela. Não, Pikachu, não vou te usar nessa batalha contra o caixa maldito que não sabe ler o sabor das empadinhas. Só se você prometer fritar esse mulambento chocolatante com um peido.
Não, não transamos dessa vez. A cloaca do coitado é pequena.
Saímos então em dupla caminhando pela rua. E cantando. E seguindo a canção, provavelmente. Ao passar por uma construção civil, um dos sábios pedreiros, que confiava inocentemente no poder imenso de abrasão de suas havaianas azuis e brancas, deixa cair uma pedra. Na cabeça do camundongo-tomada. Outra morte. Quem mandou ser 16x fraco em relação a pedra?
Volto pra casa. Cansada, destruída depois de tamanhas aventuras. A temperatura já tá normal de novo, o que significa que posso tranquilamente esquentar a panela da janta na calçada, já que basta ficar mais quente pra faltar luz todo dia.
Tudo isso é culpa do ar condicionado, que ainda não foi consertado. Ou minha, já que ainda não enfiei TM alguma coisa RECOVER no cocozento.
Vão se foder todos vocês. Preciso dormir. E parar de usar crack.
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