Star Wars – Rogue One ou Star Wars – Mano do Céu
Mano do Céu. Mano do Céu. MANO DO CÉU! Star Wars é foda, não tem jeito. Rogue One foi a Disney entrando na tua casa, dando um tapa na tua cara e mandando cê nunca mais abrir a porra da boca pra falar do trabalho dela. “Ain, a Disney infantiliza tudo o que bota a mão,” Bom mesmo era A Ameaça Fantasma e O Retorno de Jedi, né malandro? E depois de pouco mais de quinze anos como fã da franquia, eu finalmente tenho meu robô favorito. Mals aí, R2.
A história de Rogue One é uma história que já foi contada há quase 40 anos no letreiro de abertura do primeiro Star Wars. Não é uma história que precisávamos ver, afinal, já sabíamos o mais importante, que os rebeldes tinham cumprido sua missão. Mas NOSA BIGA BAU! Não precisava ser tão brutal e esfregar na minha cara que um resumo não é nem um pouco suficiente pra contar uma história.
Era óbvio que todos morreriam no final, afinal, o filme tem quatro sequências e nenhum dos personagens é sequer citado pelo nome em nenhuma delas. Pode ser que isso mude com os episódios VIII, IX ou os que estão por vir, mas é besteira acreditar que alguém sobreviveu ali. Não tem Enterprise e nem teletransporte em Star Wars, bicho. O fato da Felicity Jones ter contrato pra mais um filme não garante uma sequência, que seria praticamente impossível, mas é válido lembrar que o spin off do Han Solo tá vindo aí e eu não duvido nada de uma participação da jovem.
E é tudo muito bom, tudo muito bonito, maaaaaaaaaaaaaaaaaas, e esse é um mas bem dolorido, tenho que dizer que os personagens foram bem mal apresentados e até mesmo aproveitados. Teve uma corridinha ali meio no estilo Esquadrão Suicida, que me incomodou um pouco. Não o suficiente pra não gostar do filme, não o suficiente pra eu perceber durante o filme, mas agora, revendo com calma e menos emocionado, nada é perfeito, obviamente.
Eu sei que a maioria da fanboyzada queria ver esse filme por causa do Darth Vader, a juvenilzada que conheceu a série pelas prequels tava até espalhando boatos da participação de Hayden Christensen, mas eu queria conhecer melhor esses personagens novos. Tirando a Jyn Erso, que teve até flashback próprio, nenhum outro personagem foi bem apresentado. Digo, eles tiveram boas cenas de introdução, mas nada que aprofundasse ou me fizesse me importar com eles. É como se os roteiristas pensassem: “Ah, vai morrer todo mundo mesmo, pra que perder tempo desenvolvendo personagem?” E com isso a única morte que me deixou bolado de verdade foi a do robô. Tamo junto, robô.
Enfim, como primeiro spin off de Star Wars, se desconsiderarmos Caravana da Coragem, Rogue One cumpre muito bem seu papel e prova aos fãs mais mimizentos, embora eles não assumam, que a franquia está em boas mãos. Rogue One não é um filme que precisávamos ver, não acrescentou nada ao universo de Star Wars, mas já que foi feito, obrigado Disney.
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