Stray Cats

Música terça-feira, 01 de março de 2011

O rockabilly real morreu há muitos anos. Dominou a indústria musical por mais de uma década e então perdeu força, perdeu artistas e praticamente sumiu. Mais ou menos na mesma época, aqueles que seriam responsáveis pelo mais bem sucedido renascimento desse estilo estavam nascendo. Brian Setzer, vocalista e guitarrista, nasceu em Massapequa, Nova York, em 1959 – “o ano em que a música morreu”. Dois anos depois foi Slim Jim Phanton (Jim McDonnell), baterista, e Lee Rocker (Leon Drucker), baixista. Em 1979, Brian formou uma banda de rockabilly com seu irmão Gary, chamada Tom Cats. Brian saiu no começo dos anos 80 pra formar com Jim e Leon os Stray Cats.

Em pouco tempo a banda se mudou pra Inglaterra, onde eles pensaram (Corretamente) que o público seria mais receptivo à sua música. Lá eles encontraram o produtor e músico Dave Edmunds, e em outubro já estavam gravando seu primeiro álbum (Homônimo) pela Arista Records, no Eden and Jam Studios em Londres. No mês seguinte lançaram o primeiro single, Runaway Boys, e o resto é história. A música é um clássico da rockabilly moderna; alcançou o nono lugar nas paradas britânicas e caiu muito bem na época. Rock This Town é outro single que virou um grande sucesso e um clássico.

Em fevereiro de 1981, o primeiro álbum finalmente foi lançado. Ele misturava os singles de sucesso com alguns covers e músicas ainda inéditas. O disco foi sucesso de cara. O segundo disco, Gonna Ball, seguiu a popularidade do primeiro e surpreendentemente foi produzido pela própria banda, com ajuda de Hein Hover. Em termos de qualidade, esse álbum ficou bem abaixo do primeiro. Aliás, isso fez com que Brian e seus companheiros de banda fossem achincalhados pela imprensa na época.

Mas a banda não precisou se preocupar por muito tempo. Depois de sair em turnê pela Europa, Austrália e Japão, eles até voltaram aos Estados Unidos. Tocaram na rede de TV ABC e assinaram um contrato com a EMI. Em 1982 eles voltaram à América para lançar o álbum Built for Speed, uma mistura dos dois primeiros discos lançados na Inglaterra, mais a faixa título. Fizeram uma turnê de costa a costa, aparecendo mais na televisão e venderam uns dois milhões de discos enquanto isso.

 Brian Setzer.

Depois de dois anos, eles voltaram. O quarto álbum, terceiro de músicas inéditas, era bem mais respeitável que o segundo. Continha uma música que se tornou outro clássico da banda, (She’s) Sexy and 17. Pessoalmente, acho esse álbum muito bom pela proximidade com o som de Memphis, Tennessee, o local de nascimento do rock. Foi realmente um álbum inspirado.

Lá pra outubro de 1984, os Stray Cats se separaram por conta de algumas desavenças internas. Jim e Lee fizeram um álbum com o músico Earl Slick. Mais ou menos um ano depois, Brian também faria um álbum fora dos Stray Cats. Algum tempo depois, apesar das desavenças e das agendas cheias, eles se reuniram e gravaram mais um álbum, Rock Therapy. Como foi um álbum corrido, ele tem mais covers do que músicas originais, mas elas até que funcionam muito bem. A banda ficou cinco anos parada até aparecer com Blast Off! em 1989, um álbum cheio de músicas rápidas, pura rockabilly. O disco foi dedicado aos recém falecidos Roy Orbison e Cliff Gallup.

 Stray Cats.

Em 1990 a banda ficou seis semanas em tour com o bluesman Steve Ray Vaugham e terminou o ano lançando o disco Let’s Go Faster (Que dizem as más línguas, só tem de bom a foto da capa). Os dois anos seguintes foram preenchidos com tours pela Austrália, Japão, América e Reino Unido e mais um álbum (Melhor que o anterior) chamado Choo Choo Hot Fish. Depois disso, uma grande turnê pela Europa foi seguida de uma viagem a Los Angeles, nos Estados Unidos, pra gravar Original Cool, um álbum de covers de grandes sucesso do rock.

Desde então os Stray Cats têm se reunido esporadicamente; em 2004 eles se juntaram pra gravação do último álbum até a presente data, Live In Brixton.

Antes de terminar o texto, depois de passar pela carreira dessa ótima banda, devo apontar algumas coisas “curiosas”: Não me lembro de nenhum deles ser viciado, usar roupa colorida, fazer escândalo, usar recurso de áudio pra melhorar o som, não saber tocar no palco que nem nos discos e outras coisas que são moda. Eles faziam e continuam tocando rock and roll e pronto. Sem frescura.

Fiquem agora com Brian Setzer mostrando que ele sabe usar uma guitarra e não precisa se esconder em efeitos pra fingir que toca:

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