Não adianta. O próximo grande astro dos filmes de ação e aventura é, sem dúvida, Shia Labeouf. O cara é carismático pra caramba e faz piadinhas tão naturalmente nos filmes que, por mais que seja um tiroteio, uma perseguição de carros ou um interrogatório, elas não soam nada forçadas.
No filme Controle Absoluto, dirigido por D. J. Caruso e produzido por Steven Spielberg, somos apresentados à saga de Jerry Shaw e Rachel Holloman. Duas pessoas que não têm nada em comum, mas que acabam se envolvendo em uma grande conspiração governamental.
Jerry (Shia Labeouf) é um especialista em documentos fotocopiados, mais conhecido aqui no Brasil como “funcionário do Xerox”. O cara a princípio é um nada, mas não sabemos quase nada sobre ele, apenas que trabalha na Copy Cabana. Rachel (Michelle Monaghan) é advogada e mãe. Só isso.
Depois que o irmão gêmeo de Jerry morre, é dada a largada para uma grande conspiração que envolve computadores de última geração, exército, governo e FBI. Através da rede de telecomuniações dos EUA, a vida das pessoas passa a ser monitora 24h por dia. Os telefones se tornam escutas ao vivo e todas as câmeras estão interligadas, permitindo que se localize qualquer pessoa em qualquer lugar.
Arô. É ieu.
Depois de receber caixas e mais caixas de armas, explosivos, documentos falsos e 750 mil doletas, Jerry passa a ser considerado terrorista pelo FBI, e em meio à essa confusão toda, recebe instruções de uma mulher misteriosa que o coage a realizar tarefas das mais variadas possíveis. Rachel está na mesma situação, porém não é acusada de terrorismo, mas tem o seu filho ameaçado caso não cumpra as ordens da voz misteriosa. Os dois acabam juntos, seguindo tudo o que a voz manda.
O filme é ação desenfreada do início ao fim, e prende a sua atenção. Até porque não temos tempo de respirar e assimilar as informações que nos passam. A trama não é lá uma das mais bem amarradas. Muitas informações são jogadas assim, sem qualquer explicação. Muitos furos e algumas coisas do roteiro que não se amarram, como por exemplo por quê Rachel foi escolhida. Temos essa explicação para Jerry, mas não para Rachel.
Pega-Pega. Tá com você.
O filme ainda conta com outros bons atores. Temos Billy Bob Thornton como o agente Tom Morgan, Rosario Dawson como a agente Zoe Perez e o Coisa do Quarteto Fantástico, Michael Chiklis como o Secretário de Defesa dos EUA.
O desfecho do filme não agrada muito. Termina de uma forma manjada, dando a impressão de “já vi isso em algum lugar”, mas as cenas de ação, para quem gosta do bom e velho cinema pipoca, fazem do filme uma escolha interessante para o fim de semana.
Controle Absoluto
Eagle Eye (117 minutos – Ação/Suspense) Lançamento: EUA, 2008 Direção: D. J. Caruso Roteiro: John Glenn, Travis Wright, Hillary Seitz, Dan McDermott Elenco: Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Michael Chiklis, Billy Bob Thornton
Continuação de “As Confissões de Henry Fool”, em que Fay Grim (Parker Posey) é coagida por um agente da CIA (Jeff Goldblum) a tentar localizar os cadernos que pertenciam a seu ex-marido fugitivo. Nesses cadernos existem informações que podem comprometer a segurança dos EUA, o que faz com que Fay viaje a Paris para consegui-los.
Antes de mais nada, como foi dito ali em cima, na sinopse oficial, esse filme é uma continuação de As Confissões de Henry Fool, filme que eu não assisti, mas parece divertido. Se você quer realmente aproveitar toda a abrangência da experiência de assistir e entender esse filme, é bom que você assista-o. Antes, de preferência.
Mas como eu não consegui baixar alugar, vou resenhar Fay Grim assim mesmo e foda-se.
Fay é a mulher de Henry, que é pai de Ned, que é sobrinho de Simon. Muito confuso? Vamos de novo.
Fay é uma mulher normal, ao que parece, que se preocupa com o filho, Ned, e a falta de uma influência masculina na vida do moleque. Quando o agente federal Fulbright aparece para que ela vá buscar alguns cadernos de Henry em Paris, ela exige que seu irmão, Simon, que está preso, seja posto em liberdade. Depois de mover alguns pauzinhos, Fulbright consegue isso, e Fay vai até Paris, pegar os tais cadernos. Enquanto isso, Simon analisa os cadernos de Henry que ele já tinha, e descobre, junto com Ned, que as histórias que Henry contava eram verdade. Ou seja, Fay está indo buscar, na verdade, relatos importantissimos pro governo. Ou você acha que um federal veio pedir pra ela buscar só porque tinha uma receita maneira no caderno?
“Eu sou ráquer, tio!”
Então, Fay se vê envolvida numa trama de espionagem internacional, envolvendo diversos agentes de espionagem e contra-espionagem, em seqüências que chegam a ser engraçadas, de tão absurdas. Mas tudo muito confuso e sem muita explicação. Por fim, depois de encontrar uma porrada de cadernos, e decifra-los, Fay chega até o chefão de uma organização criminosa. E eu não vou falar mais sobre o filme por dois motivos, um já citado, que eu não vi o anterior, então fiquei boiando em muita coisa, e segundo que eu não quero spoilerzar procêis.
Então, se a premissa do filme agradou, primeiro vá na sua locadora mais querida e alugue As Confissões de Henry Fool. Tendo visto esse, Fay Grim deve se tornar muito mais divertido. Ou mesmo coerente. Mas sem saber metade do que acontece, é só um monte de cenas passando na sua cara, com algumas piadas divertidas…
Fay Grim
Fay Grim (118 minutos – Ação) Lançamento: EUA, Alemanha, 2006 Direção: Hal Hartley Roteiro: Hal Hartley Elenco: Parker Posey, D.J. Mendel, Liam Aiken, Megan Gay, Jasmin Tabatabai, Chuck Montgomery, James Urbaniak, John Keogh, Claudia Michelsen, Jeff Goldblum
Um matador de aluguel é contratado para transportar uma “encomenda” – uma garota inocente, criada num mosteiro – dos destroços de uma paisagem pós-apocalíptica no Leste Europeu para a agitada metrópole Nova York. Mas a tarefa está longe de ser um trabalho típico para esse mercenário durão, pois quando ele, a moça e seu temeroso guardião iniciam a viagem de 9.600 quilômetros, são ameaçados por uma seita religiosa que demonstra um especial interesse na jovem – que pode ter o segredo para a salvação da humanidade.
Pra começar, já devo dizer que esse é o tipo de filme clichê clássico: “Tenho que levar uma pessoa pra tal lugar e não posso me envolver, mas vou.” Claro que nem todos os filmes do gênero são ruins, mas também não são todos ótimos. Esse é médio.
A seqüência inicial em que Toorop vai numa espécie de feira e quebra o pau por conta de uma pistola que não funcionou é engraçadona. Ai então ele vai pra casa bater um rango, quando entram sem bater pra leva-lo pra um serviço. Claro que, por ele ser um badass motherfucker, isso tem um preço, que seu contratante sabia e nem ligou. Estamos num futuro apocalíptico, mas os fodões continuam muito parecidos. Aliás, Gerard Depardeau nem parece com ele mesmo. Enfim, a missão é: Levar uma garota para Nova York em seis dias, sem perguntas, sem atraso. Como era de se esperar, ele aceita, mas é caro. Então que ele é deixado, junto com um carro e outros equipamentos, perto do mosteiro onde a jovem Aurora morava, junto com a irmã Rebeka.
“Entrae e cala a boca!”
De carro, eles vão até o estreito de Bering [na divisa da Rússia com o Alaska], onde procuram um meio de atravessar, e encontram: Em um submarino. Mas terão de ser rápidos, porque o submarino não vai esperar muito pra embarcar os passageiros. Depois de um incidente sem maiores conseqüências, eles estão lá dentro, e vão até o outro lado, onde são deixados com aquelas espécies de motos de neve, com esquis e uma esteira, juntamente com outro mercenário. Só que são atacados por droides de vigia enquanto brincam. Toorop destrói um com sua “moto”, mas se machuca bagarai, e as duas moças vão lá resgata-lo. O outro mercenário, prevendo que viriam mais, se prepara pra executar o código [“Mate ou morra”], mas o machucado, que é mais ligeiro, termina com ele e vai embora com as duas. E passam a noite em local seguro, numa barraca, enquanto criam laços. Que cuti-cuti.
Burro pra caralho, não sabe destruir sem explodir…
Já se apegando, eles chegam num hotel, daqueles de beira de estrada, no Canadá. Lá, enquanto a irmã sai pra comprar coisas, o careca toma um banho, e começa a se engraçar com a mocinha… Quando a irmã volta pro quarto, e os dois disfarçam porcamente. Por fim, vão pro aeroporto, onde pegarão um vôo até Nova York. Chegando lá, eles vão pra um apartamento, esperar o termino da missão, mas Toorop sabe que, se entregar a menina, os três vão morrer. É ai, que num ato de extrema burrice coragem, ele resolver salva-la. Óbvio! Pena que ela o mate! Calma, antes que você resolva dar uma de Aurora e me matar também, saiba que isso é falado em várias sinopses que foram distribuidas. Não exatamente assim, mas quem liga. No final, ele não morre de verdade, e acontece uma daquelas reviravoltas medonhas, que estragam o filme mais ainda, já que ele era médio até esse final grotesco acontecer.
Quase que vai…
O filme seria legal, se não tivessem cagado no final. Pras mulheres que quiserem se arriscar: Tem o Vin Diesel só de toalha.
Missão Babilônia
Babylon A.D. (90 minutos – Ação) Lançamento: EUA, França, 2008 Direção: Mathieu Kassovitz Roteiro: Eric Besnard, baseado em romance de Maurice G. Dantec Elenco:Vin Diesel, Michelle Yeoh, Mélanie Thierry, Gérard Depardieu, Charlotte Rampling
Finalmente consegui assistir ao filme. Ele faria parte do overdose Adaptações, que ainda não tem um hotsite. O primeiro filme também devia estar resenhado aqui. E tudo sobre Hellboy devia estar AQUI, se o estagiário trabalhasse mais. Pois bem, vamos ao que importa.
Após a quebra de uma antiga trégua mantida há anos entre a humanidade e o reino da fantasia, o inferno na Terra está prestes a ser deflagrado. Um líder cruel que caminha tanto pelo mundo real quanto pelo da fantasia arregimenta um incontrolável exército de criaturas raivosas. Hellboy terá a difícil tarefa de impedir os planos do malévolo líder e seu exército.
Ele pode ser vermelho, chifrudo, incompreendido, mas quando é preciso fazer um trabalho bem feito, é o Hellboy que se deve chamar. Ao lado da equipe do BPRD, a namorada pirocinética Liz, o empata aquático Abe e o ser protoplásmico místico Johann, eles adentrarão pelo mundo mágico onde as criaturas da fantasia ganham forma.
E Hellboy, a criatura dos dois mundos mas aceita por nenhum, terá que optar entre a sua vida escolhida ou o seu verdadeiro destino desconhecido.
Vou ser sincero logo de cara: Eu esperava mais.
Ó a galera aí.
EFEITOS VISUAIS / SONOROS
Nem preciso falar, né? Completamente espetacular. Sério, eu poderia fazer uma resenha INTEIRA só falando dos efeitos visuais e sonoros do filme, mas UMA palavra basta: Espetacular. Tudo o que você quer ver em um filme de super-heróis, Guillermo del Toro tem em mente.
ENREDO
Meio corrido E furado, por mais que isso soe redundante. Óbvio, um filme de super-herói sem clichês não é NADA, então isso a gente descarta, até porque eu não tenho o que reclamar neste quesito. O que me incomodou mesmo foi o fato de eu correr atrás do filme pra ver uma verdadeira GUERRA no final, mas eu digo: Não cometa o mesmo erro, você vai ficar na mão. De resto, não é aqueeela maravilha, mas também é exatamente o que você quer, ou espera, em um filme de super-herói. E já fica uma deixa para o próximo filme, quem sabe duas. Ou três. Mas uma é essencial, e ela vem sendo posta em jogo desde o primeiro.
PERSONAGENS
Ron Perlman está na pele de Hellboy e, porra, o cara só precisa se pintar de vermelho e botar chifres na cabeça pra se parecer com o monstrengo. De resto, a encarnação é perfeita. James Dodd faz só a voz de Krauss, personagem irritante porém decisivo. Selma Blair como Liz e Doug Jones como Abe estão, mais uma vez, ótimos, e fecham o time de heróis – quem sabe o mais legal dos últimos tempos. Luke Goss é o príncipe Nuada que, ao meu ver, merecia mais destaque. Taí o lance da história corrida. Apesar disso, o cara fez a lição de casa, trazendo o absurdo em suas lutas. Anna Walton é a princesa Nuada, e eu não tenho o que comentar sobre ela, além de “boring”.
De resto, mesmo povo de sempre, mesma qualidade de sempre.
EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS HELLBOY 2 – O EXÉRCITO DOURADO
Já posso começar dizendo que Homem de Ferro ainda é o filme de super-herói mais espetacular de todos os tempos. Falando em blockbusters, Hellboy 2 – O Exército Dourado fica atrás de O Procurado (apesar da mesma nota), bem na frente de O Incrível Hulk e EMPOLGA mais que Batman – O Cavaleiro das Trevas, ao menos. Mas não é um filme nota 10.
Mas a BIG BABY é.
Guillermo del Toro arrebenta quando o assunto é… filme. O cara devia dirigir TODOS os filmes, e acho que a culpa de uma nota 9 não é dele, mas do personagem. Convenhamos, Hellboy nunca foi um herói MUITO interessante/impressionante, o cara basicamente desenterrou ele e ainda o tornou sensacional – pelo menos nas telonas. O filme é indispensável, lógico, principalmente pelo humor. Nem preciso falar da ação.
Hellboy 2 – O Exército Dourado
Hellboy II: The Golden Army (120 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Guillermo del Toro Roteiro: Guillermo del Toro, Mike Mignola Elenco: Ron Perlman, James Dodd, Selma Blair, Doug Jones, Luke Goss, Anna Walton, Jeffrey Tambor
Cês não aprovam NENHUM dos últimos filmes do Nicolas Cage, certo? Bom, é fato que vocês são noobs, mas isso não vem ao caso agora. Falemos sobre esse remake dos irmãos Pang, então.
Joe (Nicolas Cage), um matador sem remorsos, está em Bangkok para executar quatro inimigos de um brutal criminoso chamado Surat. Para ajudá-lo, Joe contrata Kong (Shahkrit Yamnarm), um ladrão de rua, para enviar mensagens para ele com a intenção de cobrir seus passos. A intenção, é claro, seria matá-lo ao fim do serviço. Estranhamente, no entanto, Joe, solitário por natureza, se pega na posição de mentor do garoto, enquanto emenda um romance com uma garota local. Enquanto se apaixona pela beleza quase tóxica de Bangkok, ele começa a questionar sua existência e baixa a guarda…justamente quando Surat decide que é hora de fazer uma limpeza geral.
Nicolas Cage não está no auge de sua carreira, isso é fato. Com um cabelo incrivelmente estranho, o cara encarnou um assassino profissional frio QUASE que perfeitamente. Talvez tenha faltado um pouco de frieza, mas aí já é culpa de quem criou a personalidade do personagem… nah, é porque o cara já está de saco cheio, mesmo.
COWBOY!
Os irmãos Pang mostraram que, por mais que seja terrível fazer um remake de sua própria obra, os caras mandam bem. Começando pela qualidade incrível das filmagens, além do elenco na medida. Basta pôr UM pra vender o filme, o resto é pra fazer o maldito filme fazer jus ao nome “sétima arte”. Não que Cage seja só o marketing da bagaça, obviamente o cara também contribuiu – e, porra, MUITO – pro sucesso do filme.
Os caras também provaram que sabem melhor que ninguém fazer drama. Acho que os 30 minutos finais – que são completamente ELETRIZANTES – se resumem a uma trilha de fundo e sons de tiros. Se há CINCO frases é muito. Tudo começa na cena do assalto, uma das cenas mais geniais que eu vi em filmes de Cage. É absurdamente espetacular a tensão que o filme passa, te dando um soco no estômago e te prendendo ainda mais na trama, por mais óbvio que seja seu final agora.
Sim, o filme não é só porrada, tiroteio e sangue. Apesar de cenas espetaculares de ação e assassinatos respeitáveis, o drama, a vontade que o assassino tem de ser um puto diferente – obviamente não podia deixar de ter mulher no meio e, pasmem, a mulher perfeita: surda e muda -, isso é quase uma história paralela ao filme. A principal, e a melhor. Chega a comover.
Não é o melhor filme de Cage. Mas é dos melhores. E também é um dos melhores do ano.
Vai ver. Agora.
Perigo em Bangkok
Bangkok Dangerous (99 minutos – Ação / Drama) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Oxide Pang Chun, Danny Pang Roteiro: Jason Richman, Oxide Pang Chun, Danny Pang Elenco: Nicolas Cage, Shahkrit Yamnarm, Charlie Yeung, Panward Hemmanee, Nirattisai Kaljaruek, Dom Hetrakul
Alguém precisava resenhar este filme logo. Então, aproveitando que hoje é quarta e todo mundo tem desconto no cinema, BÓRA!
Wesley Gibson é um fracassado. Porém, o cara descobre ser herdeiro de um dos assassinos mais fodões do planeta que, curiosamente, foi assassinado misteriosamente. Agora o cara precisa treinar com outros assassinos, pois ele é o único que pode matar o… assassino de seu pai.
Bom, sinopse nada demais, até então temos um filme de ação. Assistindo aos vídeos e trailers, temos um PUTA filme de ação, daqueles que, pelos efeitos especiais, era o que os fãs de Matrix vinham pedindo. E creio que não se decepcionaram.
EFEITOS VISUAIS / SONOROS
Começando pelo MELHOR: Os efeitos, tanto visuais como sonoros, são tremendamente espetaculares. Balas que fazem curvas, carros dando cambalhotas… enfim, um filme “desligue seu cérebro e saiba o que o LSD pode fazer com você”.
Empolgante que só, os efeitos até causam uma certa OVERDOSE de empolgação em alguns trechos do filme. Em Matrix Reloaded, por exemplo, você pode encontrar algumas falhas bizarras. Mas aqui, a perfeição é impressionante. Foda.
Não, a piada do cego no meio do tiroteio não tem graça.
ENREDO
Eu diria que este filme termina três vezes. Não, isso não é ruim, só é levemente surpreendente. Por muitas vezes você SABE como vai ser o final, mas aí você se depara que, além de você estar errado, aquele NÃO É o final!
De resto, não vi buracos no roteiro, apesar da correria que tiveram que fazer nos treinamentos – afinal, não iam fazer um filme inteiro de treinos, né? Clichês existem, mas na medida. Tá, alguns são absurdos, mas é essa a linha de filmes de “heróis”, véi! O Procurado não é um filme de super-herói, mas vocês entenderam meu raciocínio.
Alguns personagens mereciam um destaque maior, uma história maior. Talvez esse seja o furo mais notável no roteiro. Não é porque eu não vi furos que eles não existem, afinal.
PERSONAGENS
James McAvoy fez de Wesley Allan Gibson um loser por completo, definitivamente. Um loser manso, eu diria. Com Morgan Freeman e Angelina Jolie em campo, o cara roubou a cena. Improvável, mas foi o que aconteceu. Os dois aí citados dispensam apresentações ou críticas, eles SEMPRE fazem um excelente trabalho. É uma pena que Angelina Jolie não deu mais… carne à Fox. De resto, os personagens são bem secundários, então avalio o elenco como um todo: Na medida.
Ela tava abaixo. Bem abaixo.
EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS O PROCURADO
Eu cheguei a fazer uma previsão de que este filme seria forte candidato a atropelar Homem de Ferro, mas quase passou longe. Quase. Afinal, o latão está MUITO acima de qualquer adaptação, então isso é relativo. O fato é que O Procurado detonou O Incrível Hulk e, sim, É melhor que Batman – O Cavaleiro das Trevas também. Creio que este filme só fique atrás de Hellboy 2 – O Exército Dourado, terminando o ano então em 3º lugar como melhor “adaptação” (o filme é baseado na HQ Wanted, e não adaptado… mas quem liga?).
É isso: Um filme empolgante, cheio de adrenalina, surpresas e coisas inacreditáveis. Se você está atrás disso, está atrás de O Procurado.
O Procurado
Wanted (110 minutos – Ação) Lançamento: EUA / Alemanha, 2008 Direção: Timur Bekmambetov Roteiro: Derek Hass, Michael Brandt, Chris Morgan, baseado na HQ de Mark Millar e J.G. Jones Elenco: James McAvoy, Angelina Jolie, Morgan Freeman, Common, Terence Stamp, Thomas Kretschmann
Um adolescente americano obcecado com os filmes clássicos de kung-fu faz uma extraordinária descoberta em uma pequena loja de penhores em Chinatown: o lendário bastão de monge, a arma perdida do sábio guerreiro, o Rei Macaco. Com a relíquia em mãos, o adolescente é inesperadamente levado ao incrível Reino Proibido. E na companhia dos mais poderosos guerreiros, segue na perigosa missão para libertar O Rei Macaco e devolver a harmonia ao povo da Montanha dos Cinco Elementos.
Clichezão, hein? Filmes de kung-fu costumam ser meio repetitivos, fato. Mas que outro filme reuniu Jackie Chan e Jet Li? Só isso já faz com que o filme precise ser visto. Mas ele não só precisa, como merece ser visto. Porrada entre os dois macacos chineses. Porrada dos dois lutadores contra terceiros. Piadinhas marotas. E os dois ensinando um moleque a lutar kung-fu.
Claro que tem toda uma história, com o moleque, Jason, que é um viciado em filmes de kung-fu de Hong Kong. Ele vai todo dia na loja de penhores de Hop ver se consegue algum filme que não tenha visto pra sua coleção. Como ele já é amigo do velho Hop, ele sai fuçando pela loja, como sempre, até se deparar com um bastão, o qual o dono da loja conta a história: Ele ganhou de seu pai, que ganhou do pai dele, na espera do verdadeiro dono vir busca-lo.
Jackie Chan rasta? WTF?
Só que, por um acaso do roteirista destino, Jason acaba entrando num rolo quando os valentões [Porque sempre tem que ter um valentão?] resolvem assaltar a loja. Então, no meio do assalto, ele é mandado junto com o bastão para a China imperial, ou algo assim. E lá encontra Lu Yan, um viajante que o salva diversas vezes. E os dois vão, tentar levar o bastão de volta ao dono, se juntando à Pardal Dourado e ao Monge Silencioso, que não é tão silencioso assim.
“Sim, eu faço piadinhas!”
Ah, sim, é contada a história do Rei Macaco também, claro. Ele foi enganado pelo Guerreiro de Jade por acreditar que a luta entre os dois seria justa, sem magias nem nada, e foi transformado em pedra. Só que, antes de ser transformado, ele mandou o bastão pra bem longe, pra evitar que o Guerreiro ficasse com a bagaça. Então, depois de muito se porrar com os soldados, e de Jason aprender bastante kung-fu, a ponto de se achar que pode ganhar do Guerreiro, eles conseguem devolver a arma pro Rei. Claro que tem uma surpresa/reviravolta/chame como quiser, o fato é que cê fala: “Porra, como eu não pensei nisso ANTES?”. Pelo menos comigo foi assim. E, apesar de ser previsivel em partes, o filme é muito, MUITO bom mesmo. Faz tudo o que se propôs, e até mais. Mas pra saber esse mais [Que é bastante coisa], cê vai ter de ir no cinema.
“Tão olhando o que? Vão ver o filme logo!”
Porra, o filme é muito bom. Pra quem gosta, claro. Se você quer ver algo profundo e que te faça pensar, cê tá na sessão errada. Esse filme é pra quem gosta de lutas mentirosas acontecendo, com um só cara derrubando todos os soldados que aparecem.
O Reino Proibido
The Forbidden Kingdom (113 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Rob Minkoff Roteiro: John Fusco Elenco: Jackie Chan, Jet Li, Michael Angarano, Bingbing Li, Yifei Liu, Juana Collignon, Morgan Benoit, Jack Posobiec, Thomas McDonell, Zhi Ma Gui
Situado no agitado mundo das artes marciais, o filme conta a história de Jake Tyler, um garoto durão que precisa aprender que na vida cada um tem a sua luta. Para Jake – nascido em Iwoa -, Orlando parece um paraíso. Chamado de “o garoto novo” com seu jeito calado e suas roupas de lenhador, Tyler não está fazendo muitos amigos, mas isso não o incomoda. Quieto e isolado, ele sofre silenciosamente a recente morte do pai. Porém, não demora muito até que o passado conturbado voltar a perturbá-lo.
Depois de ver uma sinopse dessas, o que você esperaria do filme? Nada que preste, certo? Pois você está errado!!!
A cena inicial mostra um jogo de futebol americano com Jake ferrando com o outro time. Até ai tudo bem, já que essa é a função dele. Mas quando um dos adversários o provoca, falando de seu pai recentemente morto, o futebol é ignorado, e o campo vira um ringue, mas o round termina em nocaute rapidamente. Jake tem a mão pesada. Como seu irmão ganhou um tipo de bolsa pra jogar tênis em Orlando, os dois se mudam para lá, juntamente com a mãe.
Chegando lá, ele vai pra escola local. Por ser de Iowa, é considerado meio caipira, e não se enturma. E ai começa a treta. Numa típica cena loser, o moleque vai almoçar na arquibancada do campo, e na volta encontra um grupinho vendo dois moleques se estapearem. Jake ajuda o que tá apanhando, mas é escurraçado, por que ele não quer ajuda. Tá apanhando porque gosta tá numa espécie de clube de luta.
KD PEITO, BAJA? KD?
Ai começa a putaria: Ele acha que Baja tá dando bola pra ele, mas ele não sabe que a loira é namorada de Ryan, o mané bom de briga. Ela convida o roceiro pra ir numa festa, e ele fica se achando, pensando que conquistou a gostosinha. Mas chegando lá, ele descobre que era tudo uma arapuca pra fazer ele lutar, já que um vídeo de sua ação no campo de futebol tá rodando a internet. O cara se recusa a lutar, mas Ryan usa o mesmo estrategema [Ó, falei bonito] que foi usado no futebol: Falar do papai do moleque. Com isso, ele se emputece, vai pra cima e apanha legal. Apanha MESMO, já que ele se recusa a desistir e só para quando desmaia.
Então, Max, também conhecido como “o moleque que tava apanhando e ele tentou ajudar”, o leva pra casa e indica um lugar pra treinar: a academia de Jean Roqua.
A partir dai, por um bom tempo, o filme se torna uma versão teen de Rocky. Treinamento, treinamento foda, treinamento do caralho, até que o moleque fica fodão no Jiu Jitsu.
“Pra dançar créu, tem que ter disposição!
Com o treinamento, ele fica amigo do negão, que é brasileiro e treinou com os Gracie [Pra quem não sabe, a família Gracie é sinônimo de Jiu Jitsu no mundo todo]. Eles criam um vínculo de amizade e Roqua meio que vira o pai que Jake não tem mais. Só que chega uma hora que o baitola Ryan, depois de tanto ouvir que Jake treinou e tá fodão e blá blá blá, quer uma nova luta com ele. Só que uma das regras de Roqua é: Não faça xixi no tatame! Não lute fora do ringue, ou sem regras, ou algo assim. Só que o loiro com cara de cu usa de métodos sujos pra convencer o outro a lutar. E se eu contar mais, é capaz de vocês encherem o saco por spoiler, pra variar. Sem contar que, como é previsivel, ele fica com a loirinha no final, o vilão não é mais tão vilão e todo mundo tá feliz, resolvendo seus problemas. Bem Malhação, mesmo.
“Tá de castigo, moleque…”
Quebrando Regras, por mais clichê que pareça [E até seja], é um filme legal, que faz o que se propoe, e até mais. Talvez porque eu goste de pancada comendo solta e de histórias de superação. Mas filme brainless é pra isso mesmo, pra não pensar, só sentir. [UI!]
Quebrando Regras
Never Back Down (110 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Jeff Wadlow Roteiro: Chris Hauty Elenco: Sean Faris, Amber Heard, Cam Gigandet, Evan Peters, Leslie Hope, Djimon Hounsou, Wyatt Smith, Affion Crockett, Neil Brown Jr., Lauren Leech
O que se ouviu E se ouve falar desse novo filme do Batman? Melhor filme do ano! Não, melhor filme da história! Pessoas enlouquecendo e tudo mais, todos os méritos pro Coringa. Você vai pro cinema esperando realmente ver um filme CABULOSO, certo?
Com a ajuda do Tenente Jim Gordon (Gary Oldman) e Promotor Público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman entra em ação para destruir o crime organizado em Gotham. O triunvirato revelar-se eficaz, mas eles em breve se tornarão presas de uma mente criminosa em ascenção como o Coringa (Heath Ledger), que empurrará Gotham para a anarquia e a forçará o Cavaleiro das Trevas a estar próximo de ultrapassar a tênue linha que separa o Herói de um Vigilante.
Mas o filme nem é do Coringa. Noobs.
EFEITOS VISUAIS / SONOROS
A qualidade desse filme é tão absurdamente perfeita que não há o que comentar. Por isso, busquei pelos pontos fracos, e só consigo encontrar algumas cenas de ação, culpa exclusiva de Christian Bale e, talvez, do câmera. Afinal, o Batman que eu conheço aparece DO NADA, com dois vilões já no chão. E também não usa a armadura do robocop. O duas caras foi o ápice da qualidade dos efeitos, indiscutível.
ENREDO
Longo demais, ao meu ver. Não gosto da idéia de juntarem dois vilões em um filme só, fica cansativo por mais que você seja xiita e não admita. E outra, é tanto drama que a ação esperada em uma adaptação de uma HQ de um herói para o cinema fica, FICA em segundo plano. Pelo menos eles dividem isso bem, não deixando realmente a ação de lado, então fica tudo completamente na medida. Quer dizer, se fossem dois filmes, aí sim ficaria completamente na medida. É claro que fizeram a união perfeita de dois vilões no mesmo filme, causando uma história paralela e tals, mas…
[SPOILER]
PORRA, QUE CARALHO DE MORTE FOI AQUELA? A morte de Venom em Homem Aranha 3 foi tão medíocre quanto a de Duas Caras neste filme, é incrível. Quando o cara aparece, ele começa a carregar o filme sozinho, deixa o Coringa, o Batman e o resto dos personagens no chinelo fácil. O Duas Caras foi tão, mas TÃO acima das expectativas que ele merecia uma chance de SER um vilão, e não participar da recaída emocional do Batman. ELE seria o dono da cidade, ELE chutaria bundas. O filme foi, ah mas FOI dele. Por mais que sua participação tenha sido incrivelmente curta e seu fim incrivelmente imbecil, o Duas Caras fez a nota deste filme.
O mais curioso é que se livraram do vilão errado. Mas, sério, aquela morte foi revoltante.
[/SPOILER]
“Sabe de onde vêm essas cicatrizes?”
PERSONAGENS
Aaron Eckhart é um dos melhores atores da atualidade, e um dos mais mal aproveitados. Talvez o mais mal aproveitado de todos os melhores atores da atualidade. Finalmente ele teve seu talento exposto, infelizmente por pouco tempo, já que Harvey Dent era um bundão. Morgan Freeman dispensa comentários, na boa, assim como Michael Caine – dois dinossauros. Rachel Dawes mereceu morrer, e isso não foi um spoiler. Gary Oldman foi perfeito, ele fez realmente o Tenente Gordon sair dos quadrinhos. Pela segunda vez. Christian Bale devia ser figurante, ele não é o Batman, não tem nada a ver com o Batman e aquela voz de Darth Vader não convence NINGUÉM. Sério, no trecho em que o Coringa aponta as semelhanças entre ele e o morcegão, eu REALMENTE esperava que um “Joker, i’m your father” seria cuspido da boca de Bale. Essa cena foi cortada, não é possível.
Enfim, Bale é um ser magrelo, sem supremacia alguma. Ele só serve para ser Bruce Wayne, um playboy. O Batman que eu conheço é forte e tem uma supremacia do caralho. Isso me lembra Matt Damon, já que com a máscara não faria diferença alguma. Eu não sei de quem foi a cagada de deixarem o Batman um ser mais vulnerável (MESMO usando uma armadura) e menos FODÃO, mas eu diria que, se o filme dependesse do Batman (afinal, Dent e Coringa roubam a cena), QUALQUER episódio da Liga da Justiça (o desenho animado que passava repetidas vezes no SBT há pouco tempo, se é que ainda não passa) é melhor do que esse filme. O Batman que eu conheço apareceu em uma cena, falando “Então você vai me amar.”, reparem na cena. Esse é o cavaleiro das trevas. Esse é o cara que, com uma FANTASIA e SEM super poderes defende uma cidade INTEIRA de vilões.
CHUTA!
Heath Ledger fez um puta papel, mas ele também não é o Coringa. O Coringa é MAIS maluco que aquilo, e Ledger o fez parecer… um maluco bêbado. Porém, posso ser suspeito a falar isso, tendo em vista que foram VOCÊS que fizeram eu esperar MUITO desse cara. Mas, sinto muito, o Coringa teria pendurado o Batman de cabeça pra baixo naqueeela cena.
EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS
Não sou marvete, nem sei o que é isso. Homem de Ferro é o melhor filme de super heróis da história, e você que pensa que Cavaleiro das Trevas é o melhor filme da história, devia assistir a mais filmes. Citar Wall-E aqui também seria um erro, afinal, por mais que ele seja o melhor filme do ano, ele é uma animação. Também é fato que Harvey Dent chutou a bunda de O Incrível Hulk, que também contava com uma história dramática e um herói depressivo. Não estou criticando isso de forma negativa, estou apenas comentando. Mas enfim, chego a essa conclusão e a essa nota após ARGUMENTAR com vocês o que eu achei de cada coisa. Eu sou MUITO chato, mas não deixo de ser coerente ao expressar a minha opinião. Então, Aaron Eckhart definiu a nota do filme com a ajuda de Heath Ledger, com um Coringa, de certa forma, diferente, que chegou a me revoltar com algumas atitudes, porém, é impossível dizer que o cara não mandou bem.
Batman – O Cavaleiro das Trevas
The Dark Knight (152 minutos – Ação / Drama) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Christopher Nolan Roteiro: Jonathan Nolan e Christopher Nolan Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Morgan Freeman, Eric Roberts, Cillian Murphy, Anthony Michael Hall
Muito material, mas muito MESMO, foi lançado pro filme Batman – O Cavaleiro das Trevas: Pôsteres, vídeos, imagens, sites e virais que incluiam tudo isso, além de telefones e quebra cabeças pro povo desvendar. Eu, como sou um grande preguiçoso, só vi alguns trailers [Quando chegou no trigésimo sétimo eu parei de acompanhar, já que eram todos parecidos.] e fotos. Ou seja, não cheguei a ver tudo o que tinha saido sobre, mas também não fui ver o filme sem saber nada.
E não acho que seja necessário ter acompanhado. O máximo que você precisa é ter visto é Batman Begins, ou nem isso. O filme por si só já é suficiente. Claro que você pode ir com um monte de expectativas, mas elas provavelmente serão superadas. A desgraça tem duas horas e meia, e você nem NOTA que passou tanto tempo. A não ser que tenha bebido muito, ai sua bexiga vai te trazer de volta ao mundo real.
EFEITOS VISUAIS / SONOROS
Muito bons, quase perfeitos. Nada como ver o Batman pulando de um prédio e abrindo a capa, de modo que ela vire tipo uma asa delta, e depois sair planando como se fosse a coisa mais normal do mundo. Meu único problema visual foi com algumas das cenas de luta: Odeio quando a luta fica meio encoberta, talvez por isso goste tanto de filmes de kung fu. Mas a maior parte delas mostra o morcegão quebrando todo mundo. E também apanhando um pouco, por que não?
Se as imagens são quase, os sons são perfeitos. A risada do Coringa é a melhor parte sonora do filme. Tudo bem que eu sou um psicopata, mas você realmente nota a insanidade do cara. Isso é mérito do Heath Ledger, claro. Mas se o som fosse uma bosta, talvez não tivesse tanto impacto. As cenas de ação, perseguição, luta e o escambau tem sempre efeitos sonoros muito bem trabalhados, de modo que você tem certeza que a explosão foi do seu lado. Sem contar que as músicas se encaixam (heh) perfeitamente com os momentos. Quando é ação, da-lhe música movimentada. Quando é tensão pura, aquela música chata que não deixa você em paz. Quando é aquela ceninha mela-cueca com a honra de alguém sendo mostrada, vai que vai com música-para-momentos-épicos. Ou algo assim.
Cês nem imaginam de onde ele tira essa moto!
ENREDO
Batman e o tenente James Gordon se unem ao novo promotor público de Gotham, Harvey Dent, para acabar com a onda de crimes do psicopata conhecido como Coringa, enquanto o próprio toca o terror na cidade.
A questão é que isso não é nem metade do enredo do filme. Reviravoltas, tramas paralelas e coisa do tipo acontecem com freqüência, de modo que praticamente qualquer coisa que eu fale possa ser tomado como spoiler pelos pentelhos leitores do site.
Claro que deixaram uma GIGANTESCA abertura para uma provável continuação, mas também terminaram alguns assuntos pendentes do filme anterior, como o que aconteceu com o Espantalho, que tem uma pequena participação no início do filme.
Ah, sim, aqueles capangas que usam máscaras de palhaço aparecem só na seqüência inicial. Mas nem por isso deixam de ser importantes, mostrando o quão doente o Coringa é.
Fora aquela milícia que quer ajudar, aquela que o nome não me importa, que se veste de Batman e cai no tiroteio, que tem uma participação fundamental, sendo usada como “cartão de visitas” do Coringa.
“Cê me chamou de PALHAÇO, véi?”
PERSONAGENS
Christian Bale é o Batman: exército de um homem só com treinamento em lutas, porrada, mas também mental, calculando coisas que você, pobre mortal, não consegue nem ferrando. Aaron Eckhart é um Harvey Dent bonito, que fala bem e age com confiança, ganhando assim o povo de Gotham, ao mesmo tempo que arruma muitos inimigos, por conta das prisões que fez. E acaba pagando por isso. Alfred é o Grilo Falante do Batman: Poe o fortão pra pensar, evita que ele faça cagadas, ao mesmo tempo que encoraja o rapaz. Mais uma vez interpretado pelo brilhante Michael Caine. Rachel Dawes é o par romântico de Bruce Wayne E Harvey Dent. Tem papel fundamental na história, já que essa disputa desencadeia uma série de acontecimentos. E eu comia a Maggie Gyllenhaal.
James Gordon é o cara que dá suporte ao Batman, mesmo ele sendo um fora-da-lei. Sem ele, Gotham estaria pior ainda, já que a colaboração do Batman com a polícia se dá por ele. Mais uma vez Gary Oldman manda bem no papel. Lucius Fox é o tio das modernidades tecnológicas. Faz o que Bruce pede, enquanto cuida da empresa. No papel, Morgan Freeman, outro que volta muito bem.
Tou esquecendo alguém? Ah, sim:
“Você parece tenso. Quer uma… massagem?” (heh)
O Coringa.
PUTA QUE PARIU. Essa é a melhor forma de expressar o que eu achei da atuação de Heath Ledger. Não tem como não ficar impressionado. O Coringa de Ledger é doente, psicopata, frio, calculista e… divertido! Ele realmente tem graça, um humor negro refinado, que muita gente não vai entender ou achar graça, mas eu achei. O grande diferencial do Joker é que ele não é movido pela ganância, pela junção de bens materiais, ou por vingança, ou por outra coisa que não seja… Diversão. O palhaço só quer se divertir. E o único que é tão insano quanto ele, segundo ele mesmo, é o Morcegão. A única lógica dele é que: não há lógica.
EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PóS BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS
Uma obra prima. Os filmes de gibi, a partir desse Batman, serão divididos entre antes e depois do Batman de Nolan. Principalmente O Cavaleiro das Trevas. Eu sei que isso vai ser só até sair um filme melhor. A grande questão é: Sairá, algum dia, algum filme MELHOR que esse, na área de HQ? Com certeza é a melhor adaptação do ano. Quase certeza que é o melhor filme do ano. Quiçá um dos melhores de todos os tempos. A não ser que você seja ranheta igual o théo. Por até marvelete muito do xiita se rendeu ao filme.
“Obrigado, obrigado. Vocês foram ótimas vítimas.”
Ah, não tem nada depois dos créditos.
Batman – O Cavaleiro das Trevas
The Dark Knight (152 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Christopher Nolan Roteiro: Jonathan Nolan e Christopher Nolan Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Morgan Freeman, Eric Roberts, Cillian Murphy, Anthony Michael Hall