Adaptação do livro “Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho”. Retrata os bastidores do clássico do suspense Psicose (1960), com foco no romance entre o diretor Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa e parceira Alma Reville (Helen Mirren).
Hitchcock é um filme baseado no livro Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose, de Stephen Rebello. Quando o filme foi anunciado, e eu fiquei sabendo que o grande Anthony Hopkins iria interpretar o “Mestre do Suspense“, falei bem alto comigo mesmo: “Esse vai ser um filmaço! E ainda vai tirar o Oscar de Lincoln!”. Mas não tirou (Argo fez isso.). Pior, Hopkins nem ao menos foi lembrado pela academia, aliás, o filme inteiro foi praticamente ignorado (Com exceção de Mirren, que ganhou uma indicaçãozinha de Melhor Atriz). Apesar disso, digo logo que a crítica lá fora adorou o filme. Então, por que isso aconteceu? continue lendo »
Pois bem, tangas, estamos numa época em que muito se houve falar do titio Hitchcok, vide o filme com a Scarlett Johansson o Anthony Hopkins que está vindo por aí. E bem, eu ainda não vi a cinebiografia, mas já vi o que eu chamaria de imprescindível para quem pretende conhecer a arte desse fantástico diretor. Você já deve ter escutado algo sobre filmes clássicos dirigidos por ele, como Psicose, Os Pássaros e este que é objeto da resenha de hoje, Janela Indiscreta. O filme é assim, excelente! Mas merece uma análise atenciosa dos seus mais diversos e deliciosos aspectos, se a tentativa for fazer justiça ao trabalho realizado.
Muitos diretores são considerados maiores que seus filmes. Suas obras não superam sua fama. Quando estão pra lançar um novo trabalho, ficamos loucos pra ver como será seu novo filme. Ou como será sua visão sobre algum game, quadrinho ou livro. São os diretores que arrastam multidões pros cinemas, independente do filme e dos atores que estão na tela. Os diretores que fazem ou não um filme dar certo. Pelo menos na maioria das vezes…
Spilberg e George Lucas estão aí só enchendo linguça.
Estava reparando aqui, eu sempre tento falar de diretores diferentes para ver se os leitores desta joça aqui se afeiçoam ao menos por alguns. Daí vi que ainda não escrevi sobre um dos melhores diretores de todos os tempos. Então pergunto a vocês dois que acompanham o meu quadro: De qual GÊNIO do cinema eu ainda não resenhei nenhum filme? Claro que você respondeu Didi MocóAlfred Hitchcock. Que Hitchcock foi o mestre do suspense não há dúvida, então não há nada melhor que falar um pouco de uma de suas obras-primas, o seu primeiro filme colorido e talvez o mais experimental de todos eles.
Uiara: Caso ainda tenha alguém que não assistiu esse que é o melhor filme de suspense já feito, só posso dizer SHAME ON YOU corra e alugue já. É bem provável que você tenha um amigo corno que já te contou o final, mas não deixe que isso te freie. Mesmo que seja MAIS interessante ver o filme no escuro (em todos os sentidos), como eu vi, é absolutamente impossível não ficar impressionado com a genialidade do roteiro e dos ângulos captados. Aliás, a resenha desse filme deveria ser simplesmente “Hitchcock”. Seria suficiente pra entender o padrão de qualidade. continue lendo »
Não fazem nem 10 anos do lançamento de O Sexto Sentido, lançado em 1999, e de lá para cá, Bruce Willis continua sendo astro do primeiro time de Hollywood (agora, escolhendo melhores suas participações), Haley Joel Osment deixou de ser O menino-prodígio e desapareceu da mídia e, a grande dúvida que permaneceu, afinal de contas, seria M. Night Shyamalan (diretor e roteirista do filme) o herdeiro do trono pertecente a Alfred Hitchcock, O Mestre do Suspense?
A pergunta parece que irá demorar um pouco mais para poder ser respondida, neste final de semana estréia Final dos Tempos, oitavo filme do jovem cineasta indiano. Desde o sucesso estrondoso de O Sexto Sentido, que acabou virando fonte para cópia de diversos outros suspenses sobrenaturais nesta década – e quem já não fez referência a famosa frase “I See Dead People”, dita no filme? – o diretor tem aproveitado/sofrido com a valorização de seu nome em Hollywood, como se fosse o novo Midas do gênero.
Se tem um aspecto que se repete em sua filmografia desde O Sexto Sentido, além dos famosos finais surpresas, é o retrato de temas que parecem sempre ilustrar o confronto entre a ciência e a fé, ou como em seu último filme, A Dama na Ígua, a crença (fé) no mundo fantástico ou no mundo real. No entanto, algo que não se pode dizer de Shyamalan é que falta originalidade em seus roteiros. Reparem no seu filme de super-heróis, Corpo Fechado, erroneamente vendido como um filme somente sobrenatural – vai dizer que você já havia visto coisa igual?
Sou um pouco suspeito para comentar sobre os trabalhos do diretor porque mesmo em seus filmes onde a trama não parece corresponder com minha expectativa (vide Sinais e A Dama na Ígua), o cineasta possui uma capacidade de criar um clima tão angustiante e sombrio como pouco se vê atualmente (em tempos de edição picotada). Ao mesmo tempo, chama a atenção sua suposta arrogância lhe reservando participações em seus filmes, inicialmente em pontas, mas em seus últimos filmes papéis razoavelmente importantes, quando se observa que seu talento é mesmo atrás das câmeras ou do roteiro (isto quando não viaja demais).
Após O Sexto Sentido, as bilheterias de seus filmes vêm caindo seguidamente (foram: Corpo Fechado, Sinais, A Vila e A Dama na Ígua), apesar de ainda serem considerados sucessos. O nome do diretor já não é mais uma unanimidade em Hollywood, inclusive o próprio escreveu um livro relatando os bastidores de sua briga com produtores do estúdio do qual era contratado, e isto não pega bem num meio tão corporativo como a indústria cinematográfica.
Se Fim dos Tempos não colocar a carreira de Shyamalan nos trilhos novamente, algo que acredito que não ocorrerá devido aos primeiros comentários que tenho lido, o cineasta ainda terá a chance de ser o provável diretor da adaptação cinematográfica de Avatar, para alegria ou desespero dos fãs da animação.