Amy Winehouse foi encontrada morta em seu apartamento no sábado passado, dia 23. Certo, como se ninguém soubesse. Mas ouçam essa: Ela sabia do que ia acontecer e preveu que ia fazer parte do tal Clube dos 27suicidas, fazendo dela a primeira vidente do “grupo”. continue lendo »
Pois é. Não faz nem um mês que eu escrevi aqui sobre o fiasco da Amy na Sérvia, que era mais um entre tantos. A diferença, é que este era um dos últimos. Se não o último em público.
Após falar sobre vocais masculinos que são realmente bons não uma, mas DUAS vezes, é hora de falar sobre elas. Como sempre, usarei exemplos mais contemporâneos. Ou nem tanto. Sei lá.
Já falei em algumas colunas que mulher que canta bem dificilmente é bonita/gostosa. Isso tem explicação: Mulher é a arma mais poderoso da publicidade. Se ela é bonita ou gostosa pra caralho, basta aprender a dançar. Se ela não se encaixa nisso, ou ela faz plástica ou aprende a cantar.
Amy Winehouse é a maior prova disso. Pior que ela já foi bonita. Já foi até gordinha! Bom, esse som é o You Know I’m No Good, que é só um petisco do vozeirão que essa mulher (demorei 3 minutos pra me decidir entre “mulher” ou “coisa”) tem. Ela veio direto dos anos 60 pra cá, não é possível. Sério, sabe quando você pensa “tá pra nascer uma vocalista melhor que a [nome]”? Foi em 83 que você pensou isso, né? Ela nasceu.
Rehab já é clássico. Será que um dia ela vai pra reabilitação, aliás? Uma coisa é certa: Se auto-desgraçando-se ela continuar cantando e compondo desse jeito, que se foda. Agora, se ela precisa de um pouco de sanidade pra ser assim, por favor, façam alguma coisa!
Tenho que admitir que Regina Spektor canta pra caralho. E não deixo de admitir que essa música me deprime. Fidelity é seu nome, recomendo que você escute um pouco só pra sacar o que eu quero dizer com “cantar bem”. Principalmente você, que espera que eu cite a Pitty.
Esse tom tá entre cochichar e falar normalmente. Não tem como cantar assim, véi. Ela foi fabricada num laboratório, né?
Laura Marling QUEM? Eu nem conhecia a figura, foi dica da Ana. Comia só pela voz. Não a Ana, mas a Laura. A Ana eu comia porque é gordinha.
New Romantic é esse som aí, e ele prova que essa voz não precisa de música, até porque mal dá pra ouvir o violão. Sabe, uma coisa que eu odeio em vocais femininos, é aquela gritaria MAIS melação que elas “cantam”. Elas sempre pensam que estão numa ópera, sei lá. Agora, escuta essa voz. Sério, não tem nada demais nela, só algo que te faz ouvir mais uma vez, e mais uma vez… essa voz desentope os ouvidos, véi. É incrível.
Mas é fato que é relativamente fácil citar outras vocalistas semelhantes. Então, cito só ela mesmo.
Chrissie Hynde, do The Pretenders, também canta bem, vai. Esse som aí é o crássico Back on the Chain Gang. Bom, ela faz um vocal bem simples, sem abusar de nada – o que é o melhor -, sem deixar de lado a qualidade. Transa perfeita com o tipo de som da banda.
Porém, é ruim o fato de ela não se soltar muito. Mas é o estilo da banda, fazer o quê?!
Ódio, do Luxúria? Calma, eu explico: Olha essa energia. Eu sempre achei essa música espetacular pela fucking energia da Meg, vocal da banda. Sério, ela arrebenta GERAL com aqueles gritos, ao mesmo tempo em que faz um vocal de qualidade. Não que gritos não sejam uma qualidade, mas você entendeu.
Eu acho que energia é o que falta pra muita vocalista. Sei lá, elas se prendem demais nessa de quem se formou no programa Ídolos. Lógico que eu estou sendo errado ao generalizar, também é culpa do mercado musical botar no topo, em sua maioria, vocalistas assim. Mas bem que a mulherada podia colaborar mais.
Podem falar o que quiser, mas essas minas do B-52’s cantam demais. Pode ser muito irritante pra uns, mas quando você saca a inocência dos vocais… a coisa muda.
Tá, eu confesso: Eu não gosto de B-52’s. Já elogiei a banda aqui uma vez, já até resenhei um álbum deles, mas eu só conheço umas quatro músicas e olhe lá (um erro CRUEL que eu sempre desço o sarrafo e acabei cometendo). Sorry. Eu estava no clima de nostalgia, bandas voltando e tudo mais, além de ser um grande fã dos anos 80. Mas essa banda eu passo. Ainda assim, em termos de vocal feminino, ela merece ser citada.
Ao menos rendeu boas zoações.
Lembra do que eu falei sobre energia? Alanis Morissette sabe (ou melhor, sabia) bem o que é isso. Apesar de usar a música mais para se vingar do ex-namorado do que pra FAZER música, ela manda(va) bem pra caralho. Não sou grande fã de sua música, mas Ironic é um som espetacular.
Um problema no vocal feminino é que a mulherada tem que tomar um cuidado enorme na hora de gritar. A voz é muito aguda, é fácil ser irritante. A Alanis chega perto e até ultrapassa o irritante algumas vezes, mas ela não tem medo de soltar a voz enquanto… canta bem.
Deixo aqui minha indignação. Se é pra aparecer pelada, POR QUE não aparece… PELADA? Thank U for WHAT?
É difícil falar de vocalistas, sério. Bom, aí tá uma lista curta com exemplos distintos, acho que consegui me expressar bem em cada parte. Tenho mais uns nomes em mente e, se vocês me ajudarem, semana que vem tem a parte 2. Eu juro que se vocês citarem Pitty eu faço uma coluna só falando mal de Beatles. Só.
Seria bacana se vocês citassem exemplos mais clássicos. Fica a dica: Quem é o Frank Sinatra feminino?
Mal saiu do hospital e já tá espancando fãs (pra quem não sabe, ela estava internada, após um desmaio – surgiram boatos de tuberculose e até mesmo enfisema pulmonar). Isso foi nesse Sábado (28), no Festival de Glastonbury, e o porta-voz da cantora disse que ela deu um soco em um fã que havia puxado seu cabelo. Já o organizador disse que o fã teria tocado os seios dela, vai saber…
Apesar de tudo, ela fez um bom show para aproximadamente 75 mil pessoas. Agora só resta saber quanto tempo ela vai durar.
O site News of the World publicou uma matéria extremamente polêmica envolvendo Amy Winehouse, crack e… racismo.
Bom, um vídeo caseiro feito pela mesma pode ser conferido no link acima, e a música que ela canta é uma “versão” de uma canção infantil bastante conhecida e até mesmo cantada pela Xuxa (cabeça, ombro, joelho e pé… lembra?). A versão consiste em uma certa troca de palavras em um dos versos, basicamente assim: Blacks, pakis, gooks and nips, gooks and nips. And deaf and dumb and blind and gay (“Negros, paquistaneses, orientais e japoneses. Surdos, mudos, cegos e gays”).
Eu nem vi e nem quero ver o vídeo, prefiro acreditar no Estadao.com.br. Definitivamente, ela não vai durar muito.
Sabe, eu imagino que pelo menos 87,2314235% dos músicos têm depressão. Esse número se torna óbvio levando em consideração a quantidade de músicas depressivas que existem por aí. Mas elas não vêm ao caso, ainda; o que eu quero dizer é que como se já não bastasse SER depressivo, os músicos querem NOS deixar depressivos.
Mas não estamos falando de emo.
MY CHEMICAL ROMANCE NÃO É EMO, VÉI!
Mas foi VOCÊ quem colocou o clipe aí, do que cê tá reclamando?
Eu?
VOCÊ! Quem mais?
…
Ok, deixando a esquizofrenia de lado, emo é um assunto para uma próxima coluna.
For Want Of é o som acima, da banda Rites Of Spring, considerada por muitos a primeira e definitiva banda emo. Quem sabe na próxima, agora vamos voltar ao assunto.
O que podemos usar como exemplo clássico de música depressiva? Radiohead? Coldplay? PANTERA!
Temos aí Suicide Note Pt. I e Suicide Note Pt. II. O primeiro som é PERDIDAMENTE depressivo, tanto que é violão e voz. Would you look at me now? / Can you tell I’m a man? / With these scars on my wrists / To prove I’ll try again / Try to die again, try to live through this night / Try to die again. DEMAIS, né? É o tipo de música que você escuta e fica traumatizado. O segundo som, ao menos, chega QUEBRANDO TUDO, e isso serve pra duas coisas: Ou você desencana ou você se mata de vez, empolgadão. Afinal, a letra continua depressiva. Esses sons estão no álbum The Great Southern Trendkill, que pra mim é o MELHOR álbum dos caras. [Esconde os pulsos]
Cemetary Gates é o tipo de som que você NÃO PODE ouvir em um dia de merda. Além do som ser depressivo, o filho da puta é tremendamente emocionante por culpa da transa perfeita (heh) que os versos fazem com o refrão. Grande clássico da banda, e o ESTRANHO é Phil Anselmo ainda estar vivo. Kurt era tão depressivo e drogado quanto, imagino, o que podemos concluir? NADA!
Indo pra cena nacional agora, Marvin, Titãs. Esse som é um chute no estômago, véi, lembro de tê-lo ouvido quando eu era uma criança catarrenta e fiquei com MEDO que meus pais morressem. Olha o que uma música pode causar em uma maldita criança. E não vou citar mais nenhum som do Titãs, senão vou ser forçado a citar Epitáfio. GAH!
One, Metallica. Quando o assunto é guerra, não tem como se animar – a não ser que o Bush monte uma banda, é claro. Não tem jeito, a depressão DOMINA esse tema. E o Metallica representou bem, fazendo um som absolutamente espetacular chutando a bunda de clichês. Noobs.
É claro que eu não ia deixar o Nirvana de fora dessa. Eu poderia colocar qualquer som da banda por aqui, mas optei por Polly. E, porra, todo mundo sabe que Kurt Cobain não se matou sozinho. Muitos FÃS se mataram antes mesmo, tudo culpa das composições do cara E do excesso de drogas – o que aumentava ainda mais a depressão. É por isso que eu já disse por aqui que você não precisa se drogar quando ouve Nirvana.
Amy Winehouse não poderia faltar nessa lista também. O som é You Know I’m No Good, que não é tããão depressivo assim… bom, depende do ponto de vista depressivo de quem vai ouvir a música, é claro. Bom, a música é do carái, considero uma das melhores – senão a MELHOR.
Mosquito Song, Queens of the Stone Age. Esse som consegue ser mais depressivo apenas pela melodia, a letra em si tá mais pra um poema doentio e GENIAL. Os caras SÃO geniais neste – e em muitos outros – quesitos, aliás. Mas o melhor está por vir:
Song for the Deaf. Absolutamente SENSACIONAL, véi.
É claro que existem sons muito mais depressivos, mas seria deprimente demais colocá-los por aqui. Mas, afinal, o que pudemos aprender com esses sons colocados por aqui? Que dá pra ser depressivo tendo bom gosto musical, ora.
Ok, vocês já não estão tão acostumados a verem calcinhas por aqui, mas já estamos improvisando isso. Vamos começar com uma FRALDA, então?
GAH! Pois é, e depois disso ela PARTIU PRA CIMA dos fotógrafos.
Tá certo, tem que socar um infeliz que tira uma foto dessas. E, por falar em fraldas, ontem o colunista da Nona Arte, Niptuck, completou 17 aninhos, segundo o mesmo, nessas palavras. Parabéns, Niptuck! Agora cê já tem idade pra lavar o convés com MAIS competência.
Exatamente, véis. Amy Winehouse MERECE uma coluna. Ela foi a MAIOR prova de que subestimar um estilo musical, algo “atual”, ou simplesmente uma estrela pop, é um ERRO. E isso é bem óbvio pra quem quer ou precisa se manter musicalmente atualizado. Noob.
Agora, imagina um cara que ouve Pantera, Alice in Chains, AC/DC e PROBOOOOOOOOOT durante o dia inteiro. QUANDO que um puto desse ia atravessar a seção de Metal pra dar uma passadinha por Reggae, Ska, Jazz, Blues e Cocaína? A última opção é aceitável, mas de resto… é improvável.
Rehab. Em primeiro lugar, vale dizer que o primeiro álbum dela, Frank, é descartável. O álbum Back to Black sim é espetacular, do começo ao fim (principalmente o Deluxe Edition). Ouça-o AGORA, vale MUITO a pena. Sério, esse som aí em cima é ABSOLUTAMENTE espetacular. E tem mais.
You Know I’m No Good, o MELHOR som do álbum. Uma pena eu não ter encontrado a versão em estúdio, mas enfim, ache-a VOCÊ.
Mas afinal, qual é o gênero de Amy Winehouse? Anos 60. É, véi, cê já deve ter percebido que muita bandinha hoje em dia tenta ser Anos 60, mas TODAS falham miseravelmente. TODAS. Amy Winehouse é a ÚNICA que tem a MORAL de fazer esse tipo de som. E a prova tá aí, véi.
Outro fato interessante é que ela não é bonita, não é gostosa e nem é gordinha. Ou seja, não é nem um pouco comestível, e isso SEMPRE é um sinal de que música boa vem aí. Quando eu era menor, via clipes e shows das Spice Girls e da Britney Spears no MUTE. Eu só queria ver aqueles rostos bonitinhos e estava começando a descobrir as bundas, os peitos e tudo mais. “As bundas, os peitos e tudo mais” dá um nome de livro, aliás.
Back to Black. Mais um som espetacular. Sério, eu vou dizer “mais um som espetacular” para TODOS os sons desse álbum. É uma pena eu ter deixado meu certo preconceito falar mais alto na época e NÃO ter corrido atrás dos sons dela. E vocês, malditos, nem falaram NADA!
Subestimar é uma coisa bem legal, você sempre se impressiona. No fim, a melhor parte de se gostar de algo novo é ter SUBESTIMADO tal novidade. Agora Amy Winehouse não sai da minha playlist, e não deve sair tão cedo. Assim como não deve demorar muito pra ela morrer. Ela tá completamente destruída, e são DUAS saídas musicalmente falando:
1 – O próximo álbum dela será o MELHOR, e ÚLTIMO da carreira (musical).
2 – O próximo álbum dela será uma BOMBA ENORME.
Ela estava gravando um som com o indie Pete Doherty, e isso nos leva a uma morte rápida ou a opção 2. Complexo. Que cês acham? Aproveitem para me recomendarem coisas diferentes, vamos fugir um pouco do Rock nas próximas colunas, se possível. Façam alguma coisa que preste, porra.