Depois ver O Artista, resolvi rever os maiores clássicos do cinema mudo, feitos nas décadas de 1910, 1920, 1930. Nos primeiros tempos do cinema mudo, quando surgiram preciosidades que nunca mais se repetiriam na tela grande novamente, artistas que nunca mais terão iguais, grandes mestres da sétima arte, surgidos numa época onde recursos técnicos não existiam. Georges Méliès, Serguei Eisenstein, Erich von Stroheim, Cecil B. DeMille, Harold Lloyd, Buster Keaton, Charlie Chaplin, F. W. Murnau, Fritz Lang e Luís Buñuel fizeram o cinema ser considerado o que é hoje: Uma forma de arte. Nessa primeira parte, vou falar um pouco dos grandes comediantes do cinema mudo.
Uiara: Antes de qualquer coisa… Eu prefiro Chaplin. Afinal, essa parece ser a questão que define um cinéfilo pra muitos (mas não pra mim). Na minha opinião, Chaplin é um dedo mais engraçado que Keaton, o que, de forma alguma, quer dizer que Keaton não seja genial também. E se Chaplin puxava mais pro humor circense, Keaton conseguia fazer multidões cair na gargalhada só com o olhar e ISSO é algo que me faz tirar o chapéu. Na época do cinema mudo pessoas como ele faziam toda a diferença. Esse filme, que é o favorito de Keaton, foi inspirado por um episódio real da guerra civil, onde um cara tinha verdadeira devoção por uma locomotiva. continue lendo »
Bem… na coluna passada falei sobre o movimento cinematográfico mais impressionante da década de 20: O expressionismo alemão. Mas foi dos EUA, que já havia sido palco do nascimento do “cinema moderno” com Griffith em 1915, que surgiram dois diretores, atores e roteiristas, que se tornariam sinônimo de cinema mudo: o todo poderoso Charles Chaplin e o não menos magnífico Buster Keaton.