Eu adoro aquela expressão “mulher de malandro”. Principalmente porque ela é tão verdadeira quanto dizer que igreja evangélica fica vazia em época de carnaval. Pra quem não conhece, “mulher de malandro” é aquela que sofre, apanha, apanha de novo do marido e sempre volta dizendo que ama.
Eu tenho essa relação “mulher de malandro” com a franquia Call of Duty. Desde 2010, com o primeiro Black Ops, eu sempre comprei e joguei religiosamente todos os lançamentos da franquia. Passei pelo Black Ops, Modern Warfare 3, Black Ops 2 e, agora, Ghosts. Mesmo reclamando pra caramba, eu sempre volto e compro o próximo jogo. Mas isso me trouxe uma lição interessante.
O gênero FPS, conhecido por aqui como tiro em primeira pessoa, sempre recebe muitas críticas. Há quem os consideram um tiroteio sem sentido e os que acham que ele pode transformar aquele moleque simpático num psicopata, e o que não falta é gente contra esse tipo de jogo. Mas quem gosta sabe que isso é frescura. Não é porque aqueles babacas estudantes americanos que saem atirando em todo mundo e depois que tudo aconteceu se matam gostavam de jogar Doom que a culpa será do jogo, a culpa é da puta que pariu esses retardados. Esses jogos começaram simples, e hoje alcançaram status de verdadeiros simuladores de guerra, a ponto de serem usados pelo exército americano no treinamento de soldados, tamanha riqueza de detalhes. Vamos ver como esse gênero evoluiu através dos anos:
Então, cês devem saber que eu curto jogar FPS. Até porque, é ótimo imaginar que os negos que eu tô fazendo comer bala são vocês, os estagiários e o nosso editor-chefe-feladaputa Pizurk. Mas não confundam; tudo bem, eu curto FPS, mas eu não jogo qualquer merda. Medal of Honor, por exemplo, logo depois do Rising Sun, mandei pro inferno. Aliás, é uma maldição dos jogos desse gênero: Os produtores colocam, em sua grande maioria, conflitos batidos, como a Segunda Guerra e o Vietnã. Tá, clássicos são clássicos, mas cadê a criatividade nisso tudo? Call of Duty, no seu lançamento, tinha um diferencial: Você não jogava na pele de um soldado o tempo inteiro, muito menos pelos americanos. Afinal, você começava como um russo, defendendo Stalingrado. Criativo, mas nem tanto.
Só que, pra minha felicidade, eu comprei Modern Warfare 2. E, rapaz, que jogo do caralho.
Tem mais versões da bagaça, uma até com óculos de visão noturna funcional e mais um monte de coisas de milionário fanático. Tá bem explicado aqui. continue lendo »