Há livros que precisam ser lidos. Só isso. Todo mundo que já leu Bukowski, principalmente o livro Mulheres, deve-se ter perguntado: Quem é esse John Fante que ele gosta tanto? A primeira frase que li, escrita por ele, dizia: “Eu era novo, passava fome, bebia e tentava ser escritor.” Se todos os livros que passaram pelas minhas mãos começassem assim, seria bom demais. Traduzido por Paulo Leminski apenas em meados dos anos 80, Fante era praticamente um desconhecido. O Brasil demorara 50 anos para descobri-lo. Não fosse a insistência de Charles Bukowski, nem ao menos teríamos o descoberto.
Charles Bukowski é um escritor único. Escatológico, melodramático, cínico, marginal, antiacadêmico, anti-grupos literários, lírico, alcoólatra, machista, politicamente incorreto, maldito, anarquista e um grande escritor. Perdeu os melhores anos de sua vida se entorpecendo, vagabundando, morrendo e odiando a tudo e a todos, menos as bebidas, as putas e os bares.
Faça como eu, martele as teclas com força…
Escritor compulsivo, lançou mais de 45 obras, entre romances, contos e poesias. Seus livros mais famosos são os romances Cartas na Rua, Factotum, Mulheres e Misto Quente, o livro de poesias O amor é um Cão dos Diabos e as coletâneas de contos Ereções, ejaculações e exibicionismos, Numa Fria, Ao Sul de Lugar Nenhum e Crônica de um amor louco. continue lendo »
Charles Bukowski, apesar de não ser muito famoso, tem lá seu considerável quinhão de admiradores devido ao seu estilo narrativo, que denominarei realismo realisticamente escroto. Vocês, adoradores de Hollywood (Ou Bollywood, sei lá) e conhecedores de cultura estadunidense em geral, devem conhecer o termo loser, que, basicamente, serve para designar aquelas pessoas cuja maior realização na vida é comprovar a existência da atração gravitacional e da impenetrabilidade dos corpos, entre outros princípios da física que você não se lembra por estar conversando com o colega na carteira ao lado. Ou seja, um zé ninguém. continue lendo »