Chegou a época do ano em que eu humilho faço apostas saudáveis com a galera sobre o Oscar, a maior premiação do cinema, que chega a sua 89ª edição em 26 de fevereiro. Cheia de furos e obviedades, já não tem mais o glamour de antigamente. Ano passado, o ponto alto foi a participação da Gloria Pires na transmissão da Globo, um deleite reservado apenas aos brasileiros, porque não temos paciência para quem está começando.
Ao contrário de Gloria Pires, mesmo na qualidade de amadora, eu tenho – e muito – o que falar sobre o assunto. Indicar Aquarius cairia bem se bom gosto falasse mais alto que política. Colocar o fraco Pequeno Segredo para representar o país na premiação fala muito sobre o Brasil sem precisarmos abrir a boca. Deixar Amy Adams de fora é outra dessas falhas imperdoáveis. Meryl Streep deve ter algum pacto secreto com a academia, porque não importa o papel, lá está ela entre as melhores atrizes. Pelo menos a superestimada J Law não foi indicada pelo péssimo Passageiros.
Mas vamos ao que interessa: Quem leva essa bagaça? continue lendo »
2016 foi um ano complicado em todas as esferas e com a indústria cinematográfica não poderia ser diferente. Inundados por franquias de super-heróis e terror que não se acabam, os cinemas deixaram pouco espaço de tela para tramas com mais estofo e potencial criativo. Essa semana tivemos algumas estreias promissoras, como Animais Noturnos e o drama Estados Unidos pelo Amor, mas falemos deles em 2017. O importante agora é relembrar os bons momentos que passei sem pipoca no colo (Porque sou fitness) e sem refrigerante (Porque não gosto), no ambiente em que me sinto mais feliz e confortável: Uma ampla e gelada sala de cinema. continue lendo »
No primeiro Pânico, de 1996, Ghostface pergunta às suas vítimas: Qual é o seu filme de terror favorito?. Wes Craven começava uma nova era do gênero, uma espécie de metafilme. Não exatamente uma paródia, porque envolvia toda uma trama pensada para não ser óbvia, mas brincava com a invencibilidade dos assassinos e a estupidez dos jovens, marca principal do subgênero que mais ascendeu na década de 1980, os slasher movies. A franquia de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, lançada no ano seguinte, seguiu a mesma linha. A sequência do original tem uma cena inesquecível. O vilão bola um concurso de rádio e tudo o que a protagonista precisa responder é o nome da capital do Brasil. “Rio de Janeiro!”, exclama animada. E ganha as passagens pra passar uns dias morrendo nas Bahamas com seus amigos. continue lendo »
Invadi essa bagaça, com enxadas na mão e armas engatilhadas, mas o terreno tava vazio, então foi pacífico. Mas me instalei para, toda segunda-feira, dar diquinhas de filmes. Novos, velhos, obscuros, gótico-rurais, pra ver debaixo do edredom com o crush e qualquer coisa que vocês sugerirem, porque sou dessas.
Vou começar deixando seu início de semana mais bonito, falando desse que – de príncipe das comédias românticas ruins, como Trovão Tropical e, outras nem tão ruins, eu estou falando de Como Perder um Homem em 10 Dias – virou o queridinho de Hollywood ao vencer o Oscar por sua atuação em Dallas Buyers Club e com seu enigmático Rustin Cohle, na maravilhosa primeira temporada de True Detective.
AVISO: Tem um Matthew McConaughey desfilando pelo Bacon Frito.
Eu vou reclamar que algo muito batido, mas foda-se: Chega de continuação. De prequel. De nova trilogia, de spin off, que continuação nos quadrinhos, de graphic novel e de minissérie pra internet. O problema é que fã é tudo uma bosta, sem nenhuma vontade própria, uma falta intrínseca de bom senso e bom gosto e total e completa incapacidade de aceitar finais. Porque, olha só: Tua mãe vai morrer. Teu pai também, você, teu cachorro, a vizinha gostosa, o carteiro (Que é o seu pai biológico) e esse monte de sanguessugas que você toma por ídolos.
Acho que, a esta altura do campeonato, já dá pra todo mundo concordar que reclamar de efeitos especiais é o mesmo que dizer que o mais importante num jogo são os gráficos, né?
Quando se trata de uma resenha, uma avaliação, uma análise dos méritos de uma obra qualquer há duas posturas a serem adotas: “É ruim, mas me diverte, então toma uma boa nota” ou “É ruim, mas me diverte, mas ainda é ruim, então toma uma nota ruim”. A postura não é o importante, mas sim a relação que ela leva em como uma obra será aproveitada.
É interessante essa coisa dos best-sellers, não? Ainda que a quantidade geral de livros vendidos a cada ano diminua (Mesmo com as ondulações comuns do mercado), os mais diversos jornais, revistas, sites e instituições especializadas mantém sua lista de best-sellers: Os livros mais vendidos dos últimos tempos, um feito mais impressionante do que seus correspondentes na música, e que ainda mais comumente é estampado inutilmente nas capas dos livros. continue lendo »
Dia dois de fevereiro poderia ser um dia qualquer no mundo, passar batido e nunca ser lembrado. No Brasil seria um dia de tristeza, já que esse fevereiro não haverá carnaval. Entretanto a morte de dois ícones do cinema, cada um a sua maneira, deixa os amantes da sétima arte tristes e em luto. continue lendo »
Antes de qualquer coisa, eu gostaria de deixar claro que essa coluna é uma reclamação, pura e simples. Ou um desabafo, se preferirem, apesar de o termo deixar tudo mais imbecil. Enquanto reclamar sempre é uma coisa legal. Menos dentro do assunto em questão, já que eu já devo ter falado do mesmo tópico em pelo menos da metade dos meus posts. Mas acontece que agora a coisa passou dos limites. continue lendo »