O jeito é, né? Essa história de ficar fazendo novelinha, depois fazer um filminho aqui e outro ali é tipo coisa do passado, isso? Parece que sim. Rodrigo Santoro que o diga. Acontece que o cara virou tipo um Twitter ambulante fail, de tantos seguidores nessa mania de sair do território brazuca e explorar as câmeras hollywoodianas. O bonitão brasileiro fez parte do elenco de diversos filmes do Brasil, tipo Carandiru, Bicho de Sete Cabeças e Abril Despedaçado, e até emplacou no longa com Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, o Panteras Detonando. O cara pode nem ter tido fala nenhuma e só ter ficado sem camisa quase que em todas as cenas que ele apareceu, mas foi um baita passo pra ele, né? Depois rolou aquele Simplesmente Amor e, claro, o épico 300 (Lembrando que ele foi indicado ao prêmio de melhor vilão (?) para o MTV Movie Award, na mesma categoria de Jack Nicholson e Meryl Streep. Foda, né? Então.). continue lendo »
Na última coluna, vimos que alguns dos mais conhecidos filmes brasileiros como Lula – Filho do BrasilO Que é Isso Companheiro? e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias vivem em um ramo da indústria cinematográfica nacional em que é muito difícil não absorver algo dos “filmes histórico-didáticos” produzidos. Recomendo que todos assistam ambos os filmes e depois comparem com o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro desse ano, o argentino O Segredo de Seus Olhos. Mas deixemos assuntos passados para o passado.
Hoje vou falar do, possivelmente, maior problema do cinema nacional. Um problema que se alastrou de tal forma, que a nata das produções brasileiras está completamente imersa neles. Falo de clássicos como Central do Brasil, Cidade de Deus, Cinderela Baiana, Tropa de Elite, Rio, Zona Norte, Rio 40 Graus, Terra em Transe, Vidas Secas, Auto da Compadecida, Pixote – A Lei do Mais Fraco, Deus e o Diabo na Terra do Sol e Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. Até mesmo a obra prima em forma de curta Ilha das Flores.
Todos clássicos, cujo mote ou plano de fundo são a pobreza.
Toda a minha coluna (E minhas motivações) de hoje vai se basear em uma única e simples afirmação: O brasileiro não tem a cultura do patriotismo. Esportes sendo a única exceção (E coisas idiotas, como votar no Cristo como maravilha do mundo). Pronto. E isso não é uma coisa ruim (Para falar a verdade, eu até acho bom que nós não nos achemos especiais por nascer em um pedaço de terra cujo sentido é dado por traçados imaginários). Ainda assim, o cinema brasileiro tenta, por algum motivo, criar um clima de ufanismo, de orgulho nacional. E isso ocorre em duas escalas: Uma micro (Dentro do próprio filme) e uma macro (O próprio filme). Mas o cinema americano também é assim, levanta a mão o nosso colega com a camisa do Chê ouvindo Chico Buarque. continue lendo »
A maioria das pessoas que eu conheço na área de cinema me olha torto quando eu dou minha opinião sobre 1) Woody Allen; 2) Cinema Brasileiro. A questão do judeu de óculos até não é tão marcante – eu consigo reconhecer algumas pérolas em sua filmografia… Apesar de que quando digo pérolas eu me refiro a Vicky Christina Barcelona ou Tudo Pode Dar Certo e não o oscarizado Noivo Nervoso, Noiva Neurótica ou o cult Tudo o que você queria saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar, mas enfim. Já a questão do cinema nacional é mais complicada. continue lendo »
Os shoppings já colocaram sua decoração de fim de ano pra fora da sacola. Então por que eu não poderia começar a fazer retrospectivas? Apesar de me irritar com a comemoração do natal desde OUTUBRO, a verdade é que não vou postar no último mês do ano. Pelo menos não da forma convencional. Mas sobre isso vocês vão saber mais lá no final do texto. O que interessa hoje é que vou falar sobre os melhores (ou maiores) filmes de 2009 no mercado interno. Também conhecido como CINEMA NACIONAL. Ou “os filmes que você não assiste porque é um fresco antinacionalista” continue lendo »
E lá se foi metade do ano. Outro avião caiu, a Madonna segue pegando Jesus, as pessoas continuam guerreando pra lá de Bagdá, o Rio de Janeiro continua lindo, o Michael Jackson morreu. E mais de 10 milhões de pessoas foram aos cinemas só pra ver filmes nacionais. ISSO sim é novidade. No ano de 2008 inteiro não teve esse tanto de gente. Só que o engraçado é que 60% desse povo todo assistiu um filme só. continue lendo »