Um dos problemas pessoais que carrego é a incapacidade de entender certas coisas: Baseball, calças rasgadas, mulheres estatística e Clube da Luta. Quero dizer, entendo a coisa toda do maluco ser problemático, de querer apanhar e tudo mais, mas definitivamente não entendo o porquê da galera gostar tanto assim daquele troço, sendo que não faz o menor sentido você criar um clube e se culpar pelas merdas que você faz com o clube, enquanto você come a mulher e não cuida do clube, pra tudo explodir no final.
Eu já falei aqui antes sobre adaptações de modo geral – e especificamente – e sim, seu tanga, eu curto pra caralho. Acho que inspirações são bem vindas e ter por base algo que já fez sucesso antes é meio caminho andado. Mas, calma, não se irrite! Eu sei que você fez mentalmente uma lista das piores adaptações que já comeram o seu dinheiro no cinema. Mas dessa vez, essa é uma lista das boas e com representantes de todas as classes, tem pra todo mundo #TODOSCOMEMORA: Literatura, HQ, teatro, desenho animado, novel.. não, não, esse último não. De qualquer forma, eu juntei hoje alguns dos melhores filmes que pegaram “carona” em algo que já existia, mas sem a frescura de TOP-alguma-coisa porque eu não tô afim de escutar vocês reclamando depois. Tá? continue lendo »
Hoje em dia, o homem vem perdendo cada vez mais seu papel de macho na sociedade, muito devido ao novo papel da mulher no mercado de trabalho e a essa “nova liberação sexual”, que propaga aos pequeninos da nova geração ícones como a família Restart, Fresno, novela ti-ti-ti e esse tanto de tanguisse. Nada melhor do que remar contra a corrente e lembrar pra todo mundo de que macho de verdade ainda existe. Então, vamos relembrar dos caras que mostraram no cinema que honram as bolas que têm entre as pernas! continue lendo »
A editora Rocco, aquela mesma que lançou os Potter‘s a alguns anos atrás, é uma das maiores editoras do momento, na minha opinião. Não por causa de Potter, que nessa hora deve estar com uma varinha no colo esperando a morte chegar de verdade, contando pros filhotes dele como ele era foda nas décadas passadas. Mas o fato de Harry ser pai e estar caindo no esquecimento não é algo que eu gostaria de abordar aqui.
Aí eu disse pra ela: “Essa não é minha varinha, heh.”
Há aproximadamente 1 ano atrás, fiz um post sobre boas aberturas de filmes e elaborei um apanhado de créditos iniciais – E finais – que se destacavam entre as chatíssimas aberturas convencionais (Aquelas que te deixavam a dois palitos de um ronco). Qualquer aspecto relevante era válido, fosse uma música, uma técnica nova, uma história nas entrelinhas. Esse ano, o método de avaliação continua o mesmo, uma edição boa e inovadora que teve destaque positivo veio parar aqui. Posso até agradecer os 10 leitores do Bacon que comentaram no post anterior e fizeram nascer essa segunda parte listando aberturas bacanas. A diferença é que não posso indicar todos os filmes dessa vez. Mas indico todas as aberturas, com certeza. continue lendo »
Protagonistas desconhecidos, por alguma razão ainda a ser compreendida pela ciência, atraem minha atenção de modo exarcebado. Obviamente, você deve achar que eu sou maluco, ao dizer coisas como “protagonistas desconhecidos”. Se é o protagonista, ele é o centro da ação, então, através da mais pura lógica aristotélica, deduzimos que ele é conhecido, certo? Elementar, meu caro Watson etc., não é mesmo? Não.
Como leitores do bacon, e, como deduzo através da mas pura lógica aristotélica, pessoas de bom gosto (A maioria, pelo menos. Sempre existem as exceções), suponho que todos vocês já assistiram e/ou leram Clube da Luta. Me digam, então: qual o nome do personagem de Edward Norton? Resposta: nenhum. continue lendo »
É… eu andei meio sumido. Vocês sabem como é fim de período, provas, trabalhos, seminários e etc. E ainda por cima eu ainda peguei um segundo semestre tumultuadíssimo no trabalho. Mas eu não ia deixar uma data tão especial como o natal passar em branco aqui no Bacon, então preparei o texto mais importante que eu já escrevi aqui, para comemorar essa data. Alguém tem alguma ideia do filme que será abordado? [Nota da editora: Posso tentar? Será esse aí que você mencionou no título. Será? Será? O que eu ganho?]
Pedro: Bem, desconsiderem as implicâncias da Uiara com esse filme. Acreditem – a Ponte do Rio Kwai é o melhor filme já feito sobre a guerra. E isso porque ele se utiliza de um evento (a construção da tal ponte) para demonstrar as loucuras da guerra. Seja pelo embate de “orgulhos” entre dois coronéis (um deles marcado pela atuação lendária de Alec Guiness) – cujas atitudes e motivações demonstram nada senão a loucura e uma deturpação total da ideia de honra – tal como realmente acontece nos grandes conflitos. E na história paralela do personagem de William Holden, fica claro que essa loucura não se restringe somente a dois homens em especial, mas que já está cravado desde o berço no próprio exército. E o final, eternizado na história do cinema, aos moldes das tragédias gregas, é o recado definitivo sobre o que se pode esperar de uma guerra. continue lendo »
Literatura, um mundinho tão simples e que quase não exige nada de você, mas mesmo assim capaz de te deixar triste, frustrado, decepcionado e puto da vida, normalmente tudo isso de uma vez, veja só. Livros são relativamente fáceis de se encontrar se você procura literatura lixo, daquelas que se acha até em semáforos, sendo vendidas juntamente com carregadores de baterias e protetores de volante em um engarrafamento. Não vou entrar em detalhes sobre esses livros, são normalmente aqueles de autores que vocês devem conhecer bem e se tem um mínimo de bom senso, passam longe.
Mas sem definir um lugar para achar literatura boa, vamos ao local que quase todo mundo vai pra comprar seus livros, uma livraria. continue lendo »
Atrás de idéias pra escrever um texto com urgência, um amigo sugeriu escrever sobre a decadência e o ressurgimento do “Cinema Subversivo”. Meu primeiro pensamento foi: Q
MOMENTO HOUAISS
sub.ver.são s.f. 1 Revolta contra ordem estabelecida 2 Pertubação
Traduzindo pra quem tem problemas com dicionários, Cinema Subversivo é aquele que foge do padrão “American Way of Life” no cinema.
AUGE(s) E DECADÊNCIA(s)
A própria invenção do cinema foi uma coisa subversiva, então é natural que os primeiros subversivos sejam os primeiros roteiristas e diretores da sétima arte. Entre eles, destaco Luis Buñuel. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, 1929) e A Idade do Ouro (L´âge d´or, 1930) são filmes que me deixaram de queixo caído quando os assisti num museu em Madri. Foi como se nunca tivesse visto um filme antes na vida, e como se todos os outros filmes fossem ridículos perto dele. Isso é subversão. Claro que parei de desenhar corações com o nome do Dalí umas horas depois, mas com certeza os filmes me pertubaram.
Depois dos anos 30 o cinema descambou pros musicais e houve a primeira decadência. Não que eu não goste de musicais, na verdade gosto muito, mas isso é só porque tenho personalidade bipolar. O que interessa é que o subversivo foi deixado de lado, em produções menores. Foi então que surgiu um diretor marcante: Stanley Kubrick. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)apresentou Alex, um anti-herói na medida pro Cinema Subversivo. O mundo ficou chocado com a imagem de um jovem que achava divertido espancar pessoas, falando uma língua diferente e que acaba sofrendo uma lavagem cerebral do governo pra se tornar bom.
Imagine se o Kubrick tivesse mencionado que ele só tem 15 anos
Depois que Kubrick partiu pro suspense, o Cinema Subversivo amoleceu de novo. Nos anos 90 é que veio uma boa safra do gênero, tendo seu ápice em Trainspotting (1996). A história de Renton, um escocês que escolheu não escolher, faz qualquer um querer chutar a própria televisão, largar o emprego e ir pra um bar ligar o foda-se. Três anos depois, mais uma ótima adaptação de um livro. O diretor David Fincher lançou o mais famosinho da minha lista, O Clube da Luta (Fight Club, 1999). Tyler Durden é tudo que o narrador do filme quer ser, e então ele foge da vida convencional que tinha pra ir morar no meio do nada, achando finalmente um sentido: o clube da luta (dâh!). Rá, eu sabia que você já tinha visto um filme subversivo, mesmo que nem você soubesse disso.
Você viu, mesmo que tenha se concentrado só no Brad Pitt
Atualmente, um dos maiores diretores de obras subversivas é o mexicano Alejandro González Iñárritu. Mesmo com esse nome difícil de escrever, o cara dirigiu filmes que dão voltas e mais voltas até chegar ao mesmo final que uma narrativa comum teria chegado, só que de uma forma BEM mais interessante, tipo 21 gramas (21 grams, 2003) e Babel (Babel, 2006), além de ter produzido Amores Brutos (Amores Perros, 2000). Em comum em todos eles está a fuga dos personagens do convencional.
Antes de pesquisar sobre Cinema Subversivo e depois do Q, perguntei pro meu amigo do início do texto o que diabos era aquilo, e pra minha surpresa ele usou como exemplo exatamente todos alguns dos meus filmes favoritos. Nem sabia que esses filmes tinham um rótulo, mas pelo menos eu vou ter uma resposta pronta da próxima vez que me perguntarem qual é o meu tipo de filme favorito.