Divinitas (ou Pequeniníssima Reflexão Sobre o Poder Econômico Editorial)

Antípodas da Mente sexta-feira, 18 de setembro de 2009 – 0 comentários

Chegou terça feira, dia 14/09, às melhores livrarias o novo livro de Dan Brown, The Lost Symbol.
Ainda não tive tempo de dar uma folheada, mas a obra apresenta, novamente e obviamente, nosso querido professor Robert Langdon em mais um mistério envolvendo segredos antigos e organizações secretas.
A diferença, porém, é que o autor parece ter se inspirado em algumas séries americanas de sucesso, já que toda a ação se passa em apenas 12 horas da vida do protagonista. continue lendo »

Pirâmide, A (Ismail Kadaré)

Livros quinta-feira, 02 de abril de 2009 – 1 comentário

Enquanto vemos proliferar por aí trilogias, quadrilogias e sextologias de romances históricos, mostrando de forma heróica a Roma Antiga, Gengis Khan e outras figuras e lugares de forma completamente infantilizada, ainda encontramos pérolas da literatura que ousam pela inventividade e inventam através da ousadia.
A Pirâmide é justamente um desses livros. Um romance que nada tem de histórico, mas possui toda a força de uma boa crítica política, eternamente atual.

Ismail Kadaré, para quem não sabe, é um escritor albanês conhecido pelo livro Abril Despedaçado (que teve, inclusive, adaptação para o cinema). A maioria de seus romances se passa na Albânia, seja na idade média, seja no século XX, quando o país passava por um arrasador regime comunista.
Com exceção dA Pirâmide….aparentemente.
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Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente – 2. Crash (J.G. Ballard)

Livros quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Eu já cheguei a comentar algo sobre essa grande maravilha aqui, mas Crash ainda não ganhou Sua devida atenção.
Lembram-se daquela matéria sobre Ficção Científica Cyberpunk? Apologia a drogas e tecnologias doentias? Pois bem, nosso amigo Ballard é um dos grandes escritores dessa galera.
Não só isso, é considerado por muitos como o Maior Escritor Vivo da Inglaterra. Seu último livro por exemplo, Terroristas do Milênio, conta sobre uma bizarra e violenta Revolução da Classe Média Inglesa. Extremamente irônico e, ao mesmo tempo, faz todo o sentido.

Mas enfim: Crash! Um romance de perversões sexuais e violência acima do Limite de Velocidade. A história de James Ballard (personagem homônimo ao autor do livro), narrando seu envolvimento com um estranho grupo de aficcionados sexuais a Acidentes de Carros.
Sim, Acidentes de Carros & Sexo na mesma frase.
A impressão do relevo dos controles na pele; o símbolo da fabricante no centro do peito; a conjunção dos ângulos retorcidos das colunas do pára-brisa, refletidos pela ainda acesa luz do painel, com a posição dos cortes e contusões…Prazer Indescritível.

Hmmm….tesão!

Girando em torno de Vaughan, ex-cientista do trânsito e profeta do Caos Tecnológico, Crash Com Certeza não é de leitura fácil. A idéia da Violência amoral, o pan-sexualismo entre os personagens e a criação de novas Possibilidades Eróticas é, na maioria das vezes, Chocante e Revoltante. Isso se você tiver pulado nossa maravilhosa lista, é claro.
Se você chegou até aqui seguindo a ordem direitinho, já vai estar preparado…

A descrição das cenas é incrível. A mistura dos fluídos corporais do sexo com os reflexos das latarias; os detalhes das posições das putas no banco traseiro dos carros, de modo a imitar a forma como os corpos foram encontrados no último acidente observado por Vaughan e Ballard; a fixação de nosso narrador pelas cicatrizes, coletes ortopédicos e “novas superfícies sexuais” de Gabrielle, a deficiente física que utiliza seus aparelhos como Perversões Eróticas; tudo isso de forma a, quase subliminarmente, tecer um quadro Psicopatológico de Nossa Era da Velocidade.
“”After having … been constantly bombarded by road-safety propaganda, it was almost a relief to find myself in a real accident.”

Escrito em 1973 (publicado novamente em 2007 no Brasil), ganhando inclusive uma adaptação em filme, em 1996, pelo incrível Cronenberg, Crash choca. E não apenas o choque pelo choque, simples descarga elétrica no cérebro. Ele choca pela quebra de padrões, pela abertura de possibilidades, pela Perversidade e, principalmente, porque por diversas vezes você acaba pensando “Ok, isso é simplesmente Louco…mas…Faz Sentido. Realmente Soa Erótico!” Quero dizer, já pararam pra pensar em como realmente uma batida de frente, dois desconhecidos que nunca haviam se visto antes entrando repentinamente e violentamente em comunhão entre eles e entre seus carros…parece um ato sexual?

Crash

Título original Crash
Ano de Edição: 2007
Autor: Ballard, J.G.
Número de Páginas: 240
Editora:Companhia das Letras

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